Dossier de apresentação do projeto 15M.cc em Português.
Se não tem uma conta no Slideshare, pode baixar o PDF aqui -> http://cos.as/22w
Mais informações em http://15M.cc
4. Graças ao trabalho colaborativo, este trabalho foi traduzido ao português por Miguel Castro (@serra_lheria),
Gabriel Silveira (@gblsilveira) e Daniela Vono.
15M.cc Versão 0.9.1 BETA
Última versão deste documento e do próprio projeto em http://www.15M.cc
Textos e fotos disponíveis baixo licença Creative Commons Atribuição-Compartilha Igual
(CC) 2012 alguns direitos reservados | Creative Commons BY/SA 3.0 ES
5. 1. O PROJETO
1.1.- Descrição
1.2.- Objetivos
1.3.- Metodologia de Trabalho
1.4.- Formas de Participação
2. AS OBRAS
2.1.- O Livro - 15M.cc Revolução Digital
2.2.- O Documentário - 15M.cc Dormíamos, Despertamos
2.3.- A página web - 15M.cc Banco de Idéias
3. METODOLOGIA DE TRABALHO
3.1.- O livro
3.2.- O Documentário
3.3.- A página web
4. ELEMENTOS DE DIFERENCIAÇÃO
4.1.- Projeto transmídia: web + livro + filme
4.2.- O Financiamento
4.3.- O material áudio-visual
4.4.- A Comunidade
4.5.- A licença: CC BY/SA 3.0
5. POR TRÁS DO PROJETO
6. 1. O PROJETO
1.1.- DESCRIÇÃO DO PROJETO
O 15M.cc é um projeto transmídia, colaborativo, sob licença copyleft e sem ânimo de lucro so-
bre o 15M. O movimento de origem civil nasceu no dia 15 de maio de 2011 na Espanha. O objetivo é
publicar um livro, produzir um documentário e desenvolver uma página web (em paralelo à página
informativa sobre o projeto) com os que possam se aprofundar sobre a eclosão de um movimento
que graças as redes sociais, abriu caminho, aqui e agora, em nossa sociedade.
O passado 15 de maio de 2011, a manifestação convocada pela ¡Democracia Real YA! abriu cami-
nho para o que ficou conhecido como o «movimento 15M», um despertar de consciência coletiva
sem precedentes na Espanha. A partir desse dia, centenas de pessoas fizeram-se presentes na
praça Puerta del Sol e alguns como nós (Pablo Soto, Stéphane M. Grueso y Patricia Horrillo), come-
çaram a relatar o que estava sucedendo valendo-se das redes sociais e de blogs.
O objetivo dos três era comum: contribuir com o nosso grão de areia para o movimento. Por esse
motivo, decidimos dedicar um ano de nossas vidas para a criação de um projeto transmídia, cola-
borativo, sob uma licença copyleft (em específico, uma Creative Commons BY/SA 3.0 ES) e sem
ânimo de lucro. O próximo 15 de maio de 2012 serão publicados o livro e o documentário. Serão
colocados à disposição do público para seu livre e gratuito download em uma web interativa que
hospedará também outros conteúdos. A partir dessa data, começará a tarefa de difusão das obras
mediante as traduções para outros idiomas, distribuição global e presença em todo o tipo de fóruns,
para que se conheça o 15M.
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7. Neste projeto também vamos experimentar a criação de uma obra coletiva aplicando alguns princí-
pios da cultura livre. Como proposta criativa, trataremos de adaptar técnicas de desenvolvimento de
software livre, e documentar nosso processo experimental. Para as diferentes obras, solicitaremos a
colaboração da comunidade em diferentes pontos e estabeleceremos uma comunicação constante
e bidirecional que tenha um resultado enriquecedor.
1.2.- OBJETIVOS
O principal objetivo do projeto é difundir o 15M entre o maior número de pessoas. A tradu-
ção das obras para distintos idiomas e a apresentação do 15M.cc em tantos lugares que sejam
possíveis,incluindo a internet, somam-se a este propósito.
Pelo motivo de ser um projeto colaborativo, sob uma licença copyleft, e que nutre o desejo de colocar
a disposição de todo o mundo três obras que falam do 15M, teremos a possibilidade de pesquisar
sobre o procomún. Ao trabalhar de forma colaboraria com a comunidade e sendo partícipes de seu
desenvolvimento muitos indivíduos , o próprio processo de elaboração das obras será um experimen-
to de como se pode coordenar, por meio de diferentes ferramentas, não só o trabalho, como também
a criação coletiva.
Mesmo inicialmente tendo partido de um investimento de tempo próprio, dinheiro e material, não des-
cartamos a idéia de recuperar, ao menos, a parte económica. Por tanto, o próprio projeto será um
experimento de financiamento e produção no âmbito a cultura livre. Publicaremos o orçamento
do projeto assim como os possíveis investimentos que formos recebendo (doações + financiamento
coletivo “crowdfunding”). No caso de que estes retornos superem o orçamento do projeto, os mes-
mos serão destinados a conseguir uma maior difusão.
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8.
9.
10. 1.3.- METODOLOGIAS
Queremos estabelecer formas de colaboração que não se limitem ao mundo online para não deixar
de fora pessoas que queiram participar, seja porque não se movem tanto pelas redes sociais ou nem
trabalhem na nuvem. Por tanto, haverá uma série de fóruns vinculados a cada uma das obras,
mas também organizaremos reuniões presenciais para facilitar a comunicação entre os impulsores
do projeto e a comunidade.
1.3.1.- PARA O LIVRO
No momento de redatar o livro, o coordenador da obra elaborará uma árvore de idéias cujos concei-
tos serão desenvolvidos pela comunidade. Uma vez definidas todas aquelas unidades de conteúdo,
será levado a cabo um remix de textos que permitirá a criação do livro. Os originais, e sua autoria,
estarão publicados integralmente na web de conteúdos (pendente de desenvolver).
1.3.2.- PARA O DOCUMENTáRIO
Se fará público um esqueleto do documentário para que a comunidade tenha a oportunidade de
opinar. Depois, através de um foro (virtual e presencial), será possível apresentar aquelas questões
que os colaboradores acreditem ser necessárias para o término e definição do esqueleto do docu-
mentário. Para que este intercâmbio de idéias seja produtivo e não se estanque, o coordenador
estabelecerá um sistema de decisões a que se reservará a última palavra (ditador benévolo). Tam-
bém, uma vez terminada a obra, haverá uma exibição prévia à montagem definitiva para recolher
comentários dos colaboradores que sirvam para dar os retoques finais.
1.3.3.- PARA A WEB
Mediante as listas de correio e reuniões presenciais no Laboratório do Procomún de Medialab
Prado, será discutida e decida tanto os requerimentos da aplicação web como as tecnologías utili-
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11. zadas para desenvolvê-la. A partir daí, com repositório públicos de código, qualquer pessoa poderá
participar no desenvolvimento. A coordenação sobre o desenvolvimento e entorno de produção será
tarefa de aLabs e Pablo Soto.
1.3.4.- PARA O PROJETO
Com o propósito de transparência, queremos por à disposição da comunidade um orçamento sobre
o projeto, no qual refletiremos todos os gastos que implica o 15M.cc. Ainda que seja um projeto
sem ânimo de lucro, não renunciaremos a recuperar o investimento que faremos durante este ano
e se conseguírmos cubrir essa cifra, o dinheiro sobrante será empregardo em um novo projeto com
os mesmos princípios do 15M.cc, quer dizer, sobre um tema de caráter social e com licença copyleft.
1.4.- FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
A ajuda que necessitaremos para que o resultado do 15M.cc alcance o desejado será diversa e pas-
sa por três estágios básicos ao longo do projeto: dá-lo a conhecer [1], desenvolver as obras [2] e
difundi-lo ao maior número de lugares [3].
[1] No início, além da cessão de todo o tipo de material audiovisual (vídeos, fotos, música...),
também necessitaremos da elaboração de textos sobre os conceitos que existem ao re-
dor do movimento e que serão postos na árvore de idéias.
[2] Cada obra necessitará de diferentes perfis de participantes (descrito mais abaixo), ainda
que, em todas elas, será necessária uma discussão sobre determinados aspectos: quais são
os conceitos da árvore de idéias, que deve aparecer e que não no índice do documental...
Para isso, criaremos fóruns que nos permitam gerir a participação da comunidade.
[3] Quando estejam terminadas as obras, será muito importante a ajuda para difundir o projeto,
tanto na Espanha como fora de nossas fronteiras. Por tanto, será imprescindível qualquer
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12. conexão com entidades do tipo que seja para que podamos explicar os fundamentos da obra
e do próprio 15M.cc.
1.4.1.- PARA O LIVRO
Uma vez criada a árvore de idéias sobre a qual basearemos o núcleo do livro, necessitaremos gen-
te que queira escrever sobre estes conceitos. Para aqueles temas mais técnicos, buscaremos
especialistas na matéria que ajudem à compreensão dos aspectos mais complexos (advogados
especializados em propriedade intelectual, …). Para a apresentação física do livro, será necessário
um designer que elabore com o coordenador do projeto um padrão adequado às necessidades da
obra: versão impressa e digital.
1.4.2.- PARA O DOCUMENTáRIO
O material de vídeo e fotografia que estamos recompilando não proveêm necessariamente de pro-
fissionais audiovisuais, mas sim de qualquer cidadão que haja realizado gravações ou fotos de
acontecimentos relativos ao 15M. Além do material em bruto, para a finalização do documentário
será necessário um infografista/3D para ilustrar determinados aspectos do movimento, assim como
um montador ou ajudante de montagem que ajude o coordenador da obra na gestão e classifica-
ção do material audiovisual. Também será necessário legendar o documentário em diversos idiomas,
o que nos faz necessário dois perfis: um técnico para por as legendas e um tradutor para cada
idioma que redate os textos.
1.4.3.- PARA A WEB
Em princípio, para poder desenvolver uma web tipo wiki, porém um pouco mais complexa e interati-
va, necessitaremos: animadores/programadores HTML5/javascript e desenvolvedoes web. Uma
vez criada a web, sería interessante que documentaristas nos ajudassem a classificar e ordenar
todo o material que existe para armazena-lo com certo critério na nuvem.
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13.
14. 2. AS OBRAS
2.1.- O LIVRO — 15M.cc Revolução Digital
Durante a primavera de 2011, vários países do mediterrâneo expe-
rimentaram um processo revolucionário e democratizador, que se tem
denominado de “a primavera árabe”. No dia 15 de maio, enquanto a
mudança de regime nestes países se materializava em diferentes ritmos,
surgiu na Espanha uma movilização cidadã sem precedentes: o movi-
mento 15M. Neste texto, pretendemos contextualizar o 15M, defini-lo
e explicá-lo, a vezes em primeira pessoa, a vezes como reflexão ou
conversação. Ainda que nos sintamos parte do movimento, não somos
“membros oficiais”, já que uma das grandezas do movimento é a inexis-
tência de uma associação que nos agrupe. Este livro representa exclusi-
vamente nossa opinião como cidadãos, nossas vivências e reflexões sobre o que, a nosso modo de
ver, é a maior revolução que verá nossa geração: a revolução digital.
O livro se propõe como um processo experimental colaborativo, coordenado por Patricia Horrillo,
tratando de ser um reflexo analítico e contextualizador do 15M. Mantendo o espírito do bem comum
de todo o projeto, replicaremos técnicas utilizadas com êxito em outros contextos como o desenvolvi-
mento de software livre. Utilizaremos as ferramentas que as licenças Creative Commons põe à nossa
disposição, buscaremos uma criação literária que não se limite a sequenciar textos de diferentes
autores. Uma árvore de idéias, a desenvolver, será abordada de forma descentralizada. Mantendo
um continuum através de toda a obra, encapsularemos idéias sobre às merecem reflexões, entrevis-
tas e referências em um livro que seja consistente do princípio ao fim.
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15. 2.2.- O DOCUMENTÁRIO — 15M.cc Dormíamos, Despertamos
O que é o 15M? Quais foram suas influências, orígens? Como
foi o desenvolvimento dos protestos? Quem são seus partici-
pantes? Qual foi a reação da sociedade civil? E os meios? E
os políticos? Como mudaram estas mobilizações e suas con-
vocatórias em relação à cidadanía com as TICs? Ainda que não
podamos responder a todas as perguntas que se propõe, por
conta deste movimento, gostaríamos de criar um documentá-
rio que, ao menos, jogue alguma luz sobre algumas delas. Fa-
remos um percurso completo pelo antes, durante e depois
do movimento 15M, revisitaremos #acampadasol e tentare-
mos comprender e transmitir a importância deste movimento
que encheu de ilusão as vidas de centenas de milhares de pessoas, incluídas as nossas. No
filme, queremos transmitir esta emoção. Por isso, falaremos como protagonistas que viveram e
vivem o 15M em primeira pessoa. Também entrevistaremos personalidades e especialistas que
nos darão seu ponto de vista sobre o que está ocorrendo. Para completar este patchwork, con-
taremos com um expressivo número de imagens de vídeo e fotografias das mais diversas fontes.
Haverá um cuidado com a linguágem gráfica para orientarnos e ajudarnos a explicar determinados
conceitos ou estatísticas. Uma música original acompanhará o documentário e lhe dará unidade.
Finalmente, faremos um exercício de imaginação e tentaremos decifrar o que é que passará com o
15M nos próximos anos.
Para o documentário, que será coordenado por Stéphane M. Grueso, também vamos refletir
sobre à criação coletiva ou colaborativa em uma obra audiovisual. Já estamos investigando e
faremos umas quantas entrevistas. Em princìpio, não queremos usar material de vídeo próprio (ou o
menos possível) e queremos tentar que todas as imagens que saiam no filme sejam proporcionadas
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16. pela comunidade (exceto a das entrevistas). Por isso pediremos à comunidade que nos provenha
de suas imagens em vídeo (assim como fotos e sons) e nos permita usá-las no projeto. Também
mediante o blog, consultaremos e discutiremos com a comunidade que situações, momentos ou
temas nos parecem importantes que saiam no documentário e os trataremos em maior ou menor
profundidade. Também, questionaremos sobre que pessoas deveríam estar no filme além de outras
questões que surjam. O documentário será um re-contar pessoal do sucedido e tentaremos que
seja também um re-contar pessoal de muitas pessoas.
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17. 2.3.- A PÁGINA WEB — 15M.cc Banco de idéias
Desde o início do projeto, existe uma página web na qual descrevemos
os fundamentos de 15M.cc, assim como os avanços que levamos a cabo
valendo-se de uma categoria do blog. De todas formas, junto com as
outras obras (documentário e livro), o terceiro eixo do projeto é o desen-
volvimento de uma página web interativa.
Essa web tem uma dupla função: por um lado, será uma ferramenta de
recoleta de materiais (textos, vídeos, audios, fotografias), e por outro
permitirá uma visualização de conteúdos fazendo com que o usuário
“experimente seu próprio 15M”. O chamamos «banco de idéias», porque
armazenará uma árvore de conceitos que não tem por que ter limite de desenvolvimento. Propore-
mos uma série de “tags” que estarão conectados entre si e permitirão uma navegação multidirecio-
nal. Todos estes conceitos se enlaçam de alguma maneira com o 15M, já seja como antecedentes
históricos ou como termos que tem outro tipo de relação.
A programação desta página está proposta como uma criação aberta desde o princípio, quer dizer,
que ninguém inicia o código, até que o grupo de trabalho estabeleça as bases. Será realizada uma
programação colaborativa com reuniões presenciais, listas de correio, etherpads,... e o código da
web será liberado sob uma licença Affero GPL. Para desenvolvê-la, estabelecemos uma colabora-
ção com especialistas em software livre da associação cultural aLabs, que coordenará Pablo Soto.
Desde o dia 15 de maio de 2012, esta página conterá as obras em diversos formatos e permitirá
manter viva a experiência do 15M. A idéia é que este espaço possa seguir crescendo mesmo de-
pois da apresentação do livro e do documentário.
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18. Trabalharemos sobre um modelo de conceitos interconectados que podería basearse em algo como este
gráfico (mapa conceitual da Acampada Sol, por Marga Padilla).
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19.
20. 3. METODOLOGIA DE TRABALHO
3.1.- O LIVRO
O livro do projeto «15M.cc Revolução Digital», será o resultado da seleção e adaptação daqueles
artigos que expliquem de formas mais clara os conceitos existentes no banco de idéias, e que
sirvam para completar a tese inicial: a revolução digital facilitadora do próprio movimento “quincemay-
sita”. Esse processo será levado a cabo por Pablo Soto, que utilizará a árvore de conceitos da página
web, complementado pela comunidade, como base dessa seleção.
Para a edição final, um texto que esteja na página web poderá ser reproduzido integralmente no livro,
também existirá a possibilidade de que se extraiam alguns fragmentos; seja reeditado com outro
texto, ou que se retire dele as idéias principais e se permita redigir um texto novo. Evidentemente
também serão escritos textos exclusivos para o livro.
3.2.- O DOCUMENTÁRIO
Para a produção do documentário, «15M.cc Dormíamos, despertamos», queremos contar com a
opinião e a ajuda da comunidade. Não temos referência de processos de criação audiovisual desse
tipo, o que faz com que o próprio projeto leve em seu seio uma carga de experimentação, ensaio e
erro. Publicaremos o orçamento e uma série de informações legais e logísticas, mas neste documen-
tos nos centraremos no aspecto criativo da produção.
Vamos utilizar uma variação do sistema do “ditador benévolo”, uma figura muito usada no de-
senvolvimento do software livre, que permite a colaboração de todos os indivíduos da comunidade
no projeto, buscando o consenso ou maiorias, mas que reserva as decisões finais a uma pessoas
ou grupo de pessoa, geralmente os iniciadores do projeto. Uma decisão de “ditador benévolo”: “A
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21. autoridade final da tomada de decisões reside em uma pessoa, de que se espera que, por força da
sua personalidade ou experiência, a utilize sabiamente”. Ou seja, que alguém tenha a palavra final.
Não se pode esquecer que, nesse caso, o que estamos fazendo é um documentário. Paralelamente
ao interesse de determinada situação ou pessoa ou se deve publicar muito ou pouco, etc. nos en-
contramos com outras questões de linguagem cinematográfica, narração, ritmo,... No nosso caso,
depois do debate com a comunidade, o grupo de iniciadores do projeto, Patrícia, Pablo e Stéphane,
consultaremos e decidiremos as questões, e no caso de dissenso, decidiría Stéphane, o qual conta
com maior experiência de narração audiovisual e responsável último do documentário.
Produzir um filme não é comparável à programar um software e por conta disso não vamos utilizar os
mesmos sistemas que existem nesse processo. Vamos implementar uma série de formas de contato
e decisão junto à comunidade. Entre elas destacaremos estes cinco pontos:
[1] O primeiro se refere ao material necessário para o filme. Vamos recolher todo o material
audiovisual possível e relevante para o projeto. Assim mesmo, solicitaremos uma autorização
explícita de todo o material conseguido para possibilitar uma cópia para o Arquivo Audiovisual
do 15M, assim que esteja concluído o projeto, para que deste modo nos asseguremos de que
todos que queiram possam contar “sua história” do 15M. Nós nos encarregaremos de gravar
as entrevistas necessárias.
[2] Tentaremos responder a todas as consultas e observações que nos cheguem por e-mail. Isso
depende do volume que haja. Eventualmente publicaremos algum resumo destes no blog.
Também trabalharemos com os comentários do blog, e estudaremos a criação de uma lista
de correio caso o volume o justifique. Deste modo asseguraremos o fluído intercâmbio de
idéias e opiniões em torno do projeto.
[3] Será publicado o roteiro atualizado na internet, de modo que todos possam consultar o
estado atual da narração possibilitando comentários ou contribuir com idéias. Através de um
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22. sistema de enquete ou formulários online os interessados poderão opinar ou votar sobre
certas opiniões sobre o desenvolvimento narrativo do filme ou mesmo das pessoas a serem
entrevistadas para o projeto.
[4] Uma vez ao mês serão organizadas reuniões presenciais em Madri, onde os interessados
poderão assistir e debater presencialmente sobre tudo o que for relativo ao desenvolvimento
e produção do documentário. Retransmitiremos essas reuniões por streaming para facilitar a
interação das pessoas que não puderem comparecer.
[5] Eventualmente, durante o período final do projeto, levaremos a cabo uma série de exibições
públicas de sequências e pré-montagens para detectar problemas e afinar o resultado final.
3.3.- A PÁGINA WEB
Na produção deste projeto transmídia (web, livro e documentário), vamos experimentar novas for-
mas de criação colaborativa e envolvimento direto da comunidade em todo o processo. Para
isso desenvolveremos formas de comunicação e criação coletiva. Vamos trabalhar sobre um ban-
cos de idéias, com conceitos que estarão interconectados mas que terão sua autonomia (unidades
conceituais independentes). Estas idéias se estruturarão dentro de um mapa conceitual complexo
que tentará marcar e contextualizar a origem e eclosão do movimento 15M.
Para a criação e disfrute dessa árvore de idéias, desenvolveremos uma ferramenta que permita
a vizualização da nuvens de conceitos/idéias em uma interface web. Este site se converterá,
assim mesmo, em uma obra que conterá todas as idéias, materiais, vídeos e textos ofertados pela
comunidade. Cada um dos conceitos poderá ter um ou vários artigos, fotos, vídeos, etc. gerados
pela comunidade. Alem disso proveremos uma versão acessível em formato wiki, ou similar, onde
todos que quiserem poderão realizar suas contribuições de forma simples. Estes dados e conteúdos
serão transpostos para um modelo de animação que nos permita explorar o 15M e todos os seus
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23. conceitos. Talvez algo parecido com uma nuvem de tags, porém inter-relacionados. Essa web é um
dos três elementos do projeto. Cuando o tenhamos, poderemos ler um livro, ver um documentário ou
experimentar a navegação por esta web, sendo as três obras independentes e ao mesmo tempo
complementares.
Ao contrário do livro ou do documentário, a experiência na web será não linear. Na web poderse-
á navegar por conceitos específicos. Quando nos detenhamos em um deles, será possível acessar
conteúdos de texto, foto, áudio, vídeo, links, etc. assim como a inter-relação deste conceito com
outros. Cada um poderá navegar através do “seu próprio” 15M experimentando e aprofundando no
que lhe convier.
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24.
25.
26. 4. ELEMENTOS DIFERENCIAIS
Nos próximos meses, um cem número de obras sobre o 15M virão a luz, porém existem algumas
questões que fazem nosso projeto ter um valor especial:
4.1.- PROJETO TRANSMÍDIA: WEB + LIVRO + FILME
Este projeto não deve considerarse como um produto único. Será a combinação de três elemen-
tos: um livro, um documentário e uma web interativa que oferecerá todos os materiais para seus
download e assim mesmo armazenará materiais extra como as entrevistas íntegras que realizamos
para o documentário, textos alternativos, fotografias e outros conteúdos.
4.2.- A FINANCIAÇÃO
O projeto nasce graças ao financiamento privado colocado por seus três responsáveis. Em uma
segunda fase: distribuição, traduções, promoção, etc. esperamos contar com a ajuda económica dos
espectadores do documentário e membros da comunidade, por meio do sistema de microfinancia-
mento “crowdfunding” para etapas específicas do projeto. Esta segunda fase será colocada em an-
damento uma vez estejam produzidos tanto o livro como o documentário; sem comprometer o estilo
e conteúdo da obra e tão pouco o conteúdo da obra e licença aberta do projeto. Apesar do caráter
altruísta do projeto, não renunciaremos a recuperar os investimentos efetuados. O projeto é, a
sua vez, um ensaio de como viver da cultura livre.
4.3.- O MATERIAL AUDIOVISUAL
Para o documentário do projeto não queremos usar material próprio (com exceção das entrevistas
que estamos gravando) pois haverá uma chamada à comunidade para que nos provenham de
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27. imagens de todo o ocorrido. Serão publicadas listas de lugares, datas, conceitos e combinações
destes dados, os quais serão requeridos pelo material audio-visual.
4.4.- A COMUNIDADE
Tendo o desejo de que as obras sejam de caráter colaborativo, será solicitada a ajuda da comunida-
de para que participem do processo produtivo. Além das reuniões de tipo presencial, se abrirão
grupos de trabalhos para que qualquer pessoa que deseje possa contribuir com idéias para o projeto.
4.5.- A LICENÇA: CC BY/SA 3.0
O documentário, junto com o livro e a web serão editados sob uma licença CopyLeft, mais es-
pecificamente uma Creative Commons BY/SA 3.0 ES. O objetivo é que se tenha a mais ampla
distribuição mundial baseada na internet. Livro e documentários serão traduzidos, ao menos para o
inglês e francês, tentando chegar ao maior número de idiomas possíveis. Na web, o projeto poderá
ser encontrado para livre download, versões do documentário em HD, assim como o livro em PDF,
epub e outros formatos também estarão livres para download. Do material audiovisual recolhido para
a produção do documentário será facilitada (quando com prévia autorização específica e por escrito
de seus autores) uma cópia para o Arquivo AudioVisual do 15M para sua manutenção, registro e
posterior uso por parte da comunidade respeitando a licença aplicada ao material.
(CC) 2012 alguns direitos reservados
Creative Commons BY/SA 3.0 ES
(Atribuição-Compartilha Igual)
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28.
29.
30. 5. POR TRÁS do PROJETO
Embarcamos nessa proposta três empreendedores de diferentes áreas,. A continuação, expomos
uma descrição da nossa trajetória profissional.
Pablo Soto
Empresário e programador, Madri (Espanha) 1979
@pablomp2p | pablo@15M.cc | http://www.pablosoto.com
Considerado um dos «pais do P2P» juntamente a Jus-
tin Frankel (Gnutella) y Shawn Fanning (Napster), é um
dos 25 espanhóis mais influentes no âmbito da In-
ternet segundo o jornal EL MUNDO. Participa de modo
frequente em fóruns nacionais e internacionais. Em al-
gumas ocasiões, ministrou aulas como professor con-
vidado em várias universidades do Estado (Espanha).
Recebeu diversos prêmios tanto na Espanha como no
exterior, em 2009, foi premiado com o Pionner Award
da Associação Internacional da Computação Distribuída.
DCIA na sigla inglesa. Conta com uma longa trajetória
de ativismo pelo mundo da cultura livre, acompanhou
com interesse especial o papel da novas tecnologias
na Primavera árabe. Desde de 15 de maio, de perto
acompanhou a evolucão do movimento ajudando a ma-
nifestações com sua presença e colaboração nas redes
sociais, seu meio natural.
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31. Stéphane M. Grueso
Cineasta, Sevilha (Espanha) 1973
@fanetin | stephane@15M.cc | http://stephanegrueso.blogspot.com
Interessado desde sempre em cinema e televisão,
desenvolveu sua carreira na Espanha e Alemanha, onde
viveu e trabalhou sete anos. Teve uma maravilhosa ex-
periência viajando por toda a Europa fazendo notícias
e reportagens como enviado da TVE em Berlim. Di-
rigiu documentários sobre a vida nas prisões por conta
dos atentados de 11M. Interessado pela cultura livre,
seu último filme é ¡Copiad, malditos!, um documen-
tário e página web sobre propriedade intelectual que
foi a primeira co-produção sob licenças Creative Com-
mons de uma televisão Espanhola. Do mesmo dia 15 de
maio tomou o papel de narrador por meio do Twitter de
#acampadasol e de #15M em geral. Serviu de “ponte
de informação” entre os presentes nos acampamentos
(e outras ações) e os que não. Stéphane e Pablo são
um dos “100 Twiteros de língua Espanhola a seguir
em 2011”, segundo o blog ALT1040.
30
32. Patricia Horrillo
Jornalista, Madri (Espanha) 1977
@patrihorrillo | patricia@15M.cc | http://patrihorrillo.blogspot.com
Apaixonada pela comunicação e pelas redes sociais
foi se formando em diversas áreas de perfil multidisci-
plinar. Inicialmente cursou a carreira de Relações Inter-
nacionais e adquiriu conhecimentos técnicos como de-
signer gráfica e editora que a levou à criação de sua
primeira empresa de serviços gráficos de Barcelona.
Anos mais tarde, completou sua formação com a carrei-
ra de Jornalismo e trabalhou com diversos jornais como
redatora. Actualmente, como jornalista independente,
colabora com meios digitais. Desde 15 de maio, cobre
todas aquelas assembléias e manifestações que pode,
relatando-as por Twitter e publicando crónicas em Zo-
naRetiro.com
Entre os três somasse uma altíssimo potencial de difusão tanto online como em meios tradicionais.
Alem das audiência que a imprensa e televisão seguem suas obras e trajetória, Patricia, Stéphane e
Pablo acumulam centenas de milhares de visitas a seus blogs, reproduções de seus vídeos e milhões
de descargas de conteúdos.
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33. www.15M.cc | contato@15M.cc
Twitter @15M_cc
Facebook http://cos.as/154
Telefone na Espanha [+34] 910 059 045
(CC) 2012 alguns direitos reservados
Creative Commons BY/SA 3.0 ES
PHOTOS: Julio Albarrán @soulseekers | Creative Commons BY/NC/SA | http://cos.as/1wk
NOTA: Nem o projeto nem os autores do 15M.cc estão relacionados de alguma forma
com Creative Commons nem ao Creative Commons Espanha, além do uso de suas licenças.