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Controle robusto de suspensão semi-ativa para caminhonetes usando amortecedores magneto-reológicos
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Cláudio Crivellaro, Dr.
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Controle robusto de suspensão semi-ativa para caminhonetes usando amortecedores magneto-reológicos
1.
© 2008 Cláudio
Crivellaro Controle Robusto de Suspensão Semi-ativa para Caminhonetes Utilizando Amortecedores Magneto-reológicos 28 de novembro de 2008 Orientador: Dr. Décio Crisol Donha Co-orientador: Dr. Edilson Tamai
2.
2© 2008 Cláudio
Crivellaro Motivação Primeiro contato com o MagneRide® da Delphi em 1999. Meus primeiros estudos de dinâmica veicular em 2000. Trabalho apresentado no SAE sobre fluido MR em 2001. Primeiros contatos com trabalhos publicados pela Lord sobre controle de vibração de prédios em terremotos (2002). Participação no comitê de dinâmica veicular da Dana em 2003.
3.
3© 2008 Cláudio
Crivellaro Justificativa Sistemas passivos para atenuação de vibrações têm uma ação limitada quando o espectro de excitação é muito amplo e a interferência de fatores externos é muito variada. Em muitas aplicações a utilização de absorvedores é limitada pela falta de espaço físico eu pela necessidade de se restringir a massa total do sistema. Os controladores ativos podem não ser viáveis quando não há energia suficiente disponível para alimentar os atuadores, e/ou o custo desta energia custo é muito elevado. Os sistemas de suspensão veicular se encaixam nas três situações acima.
4.
4© 2008 Cláudio
Crivellaro Justificativa Os sistemas semi-ativos podem ser um boa opção nestes casos. Destacam-se os atuadores semi-ativos baseados em fluido Magneto-reológicos pelos sua robustez, confiabilidade, estabilidade e baixa tensão elétrica de operação. Os sistemas semi-ativos já estão presentes em muitas áreas e aplicações:
5.
5© 2008 Cláudio
Crivellaro Sistemas semi-ativos (aplicações) Eletrodomésticos (lar) Próteses e equipamentos de fisioterapia (medicina e saúde) Controle de vibrações em prédios e pontes (construção civil) Amortecedores e embreagens (automobilístico)
6.
6© 2008 Cláudio
Crivellaro Veículos com suspensão SA Corvette Cadillac STS Audi TT Ferrari 599 GTB Fiorano
7.
7© 2008 Cláudio
Crivellaro Caminhonetes: novo nicho Nível de preço capaz de absorver os custos de um sistema semi-ativo. Transita por uma grande variedade de vias e diferentes níveis de carregamento. Necessitam atuadores mais robustos, com maior capacidade de força e maior curso de trabalho.
8.
8© 2008 Cláudio
Crivellaro Objetivo Desenvolvimento de um sistema de suspensão semi-ativo para caminhonetes visando melhorar do conforto e mitigar outros comportamentos dinâmicos indesejáveis que são inerentes a esta classe de veículos, propondo soluções de custo compatível com o valor comercial do veículo e capaz de gerar benefícios que influenciem na decisão de compra do consumidor.
9.
9© 2008 Cláudio
Crivellaro Questões Como projetar um atuador semi-ativo? Que características de um fluido MR são importantes para o desenvolvimento de atuadores eficientes? Como criar um modelo do atuador MR? Como identificar os parâmetros do modelo do atuador a partir de dados experimentais? Como modelar o veículo? Que modelo é mais adequado ao projeto de controladores multivariáveis? Que sinais medir para realizar o controle? Qual técnica de controle utilizar? Como identificar o modelo do veículo? Como conviver com os ruídos e “drift” dos sensores? Como avaliar os resultados? Que testes experimentais são mais adequados?
10.
10© 2008 Cláudio
Crivellaro Escopo do trabalho Amortecedor magneto-reológico Sistema de suspensão semi-ativo X
11.
© 2008 Cláudio
Crivellaro PARTE 1 Projeto do amortecedor magneto-reológico
12.
12© 2008 Cláudio
Crivellaro Estudar a teoria que está por trás dos fenômenos físicos responsáveis pelo funcionamento dos atuadores MR com a finalidade de se definir uma metodologia prática de projeto destes dispositivos, com pleno conhecimento das simplificações e aproximações adotadas. Obter um modelo matemático do atuador, capaz de representar o dispositivo real de forma eficiente, precisa e numericamente robusta. Este modelo pode ser utilizado em simulações e como referência em algoritmos de controle Desenvolver um procedimento para estimação dos parâmetros do modelo proposto, a partir de dados experimentais. Método de projeto Objetivos (Parte 1) Modelagem do atuador Identificação do modelo
13.
13© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Fluidos magneto-reológicos) y y , ,)( G Hy • tensão de escoamento; • viscosidade aparente; • estabilidade e • durabilidade Características fundamentais:
14.
14© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Fórmulas práticas e exemplos)
15.
15© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Modelos dinâmicos) Stanway, et al. 1985, 1987 Gamota e Filisko (1991). Bouc-Wen Spencer et al. (1996).
16.
16© 2008 Cláudio
Crivellaro Mais questões! De onde vêm as fórmulas práticas e quais as considerações e simplificações foram feitas para chegar a este nível de simplicidade? Quais são os requisitos básicos de projeto para um atuador MR? Como se especifica um fluido MR para um atuador MR? Como obter um modelo discreto de um atuador MR a partir dos modelo em tempo contínuo? Como tratar as não linearidades?
17.
17© 2008 Cláudio
Crivellaro Base teórica (projeto de atuadores magneto-reológico) 2 K Dt D cp t A JA B w r )( 11 0 dt iLd iR dt d N SJ Rv w gVp Dt VD pp 2 D Simplificações Volume ativo mínimo Acoplamento de campos 2 0 1 F 2 0 2F HB F 0 3 Fatores de mérito Q c wg 0 2 12 vg 0
18.
18© 2008 Cláudio
Crivellaro 1º Protótipo – construção e testes
19.
19© 2008 Cláudio
Crivellaro Método de projeto (1ª contribuição) Como especificar os requisitos; Como especificar o fluido; Qual a seqüência de passos a seguir; Qual a hierarquia dos ciclos de realimentação no processo de projeto.
20.
20© 2008 Cláudio
Crivellaro Modelo Bouc-Wen
21.
21© 2008 Cláudio
Crivellaro Modelo do atuador (2ª contribuição – Bouc-Wen em tempo discreto)
22.
22© 2008 Cláudio
Crivellaro 2º Protótipo – construção e testes 0 1 2 3 4 5 6 7 -20 0 20 Displacement x(mm) 0 1 2 3 4 5 6 7 0 5 10 Control signal v(volts) 0 1 2 3 4 5 6 7 -2000 0 2000 Damper force F(N) Time (s) 0 1 2 3 4 5 6 7 -20 0 20 Displacement x(mm) 0 1 2 3 4 5 6 7 0 5 10 Control signal v(volts) 0 1 2 3 4 5 6 7 -2000 0 2000 Damper force F(N) Time (s)
23.
23© 2008 Cláudio
Crivellaro Identificação do modelo (3º contribuição – método para ajuste do modelo)
24.
24© 2008 Cláudio
Crivellaro Conclusões – Parte 1 Todos os objetivos foram alcançados: Este trabalho pode ser uma excelente referência para o projeto atuadores baseados em fluido MR. O modelo em tempo discreto de um amortecedor MR também traz uma contribuição importante para a simulação, análise de desempenho destes atuadores, bem como o seu uso em algoritmos de controle, que foi explorado na parte 2 deste trabalho. O processo de identificação do modelo proposto mostrou-se bastante eficiente e robusto para a aplicação, além de ser uma técnica que pode ser aplicada em outros processos de identificação, o que também foi explorado na parte 2.
25.
25© 2008 Cláudio
Crivellaro Trabalho futuros – Parte 1 Desenvolvimento de novos conceitos de válvulas MR, com novas geometrias e materiais magnéticos; Desenvolvimento de um processo (“software”) de síntese da válvula MR através de otimização topológica considerando o acoplamento dos campos de velocidade do fluido e magnético; Criar alternativas para redução da histerese do atuador; Estudar outras aplicações para o modelo Bouc-Wen em tempo discreto que foi proposto neste trabalho.
26.
© 2008 Cláudio
Crivellaro PARTE 2 Projeto do sistema de suspensão semi-ativo
27.
27© 2008 Cláudio
Crivellaro Obter um modelo matemático do atuador, capaz de representar o dispositivo real de forma eficiente, e ser adequado ao projeto de controle multivariável robusto. Adequação do projeto LQG/LTR às necessidades e contingências de um sistema semi- ativo. Modelagem do veículo Objetivos (Parte 2) LQG/LTR adequado à sistemas semi-ativos Tese de que há uma forma do procedimento LTR para sistemas não-estritamente próprios LTR para sistemas não estritamente próprios Adequação da síntese de controle LQG/LTR às necessidades e contingências de um sistema semi-ativo de suspensão. LQG/LTR adequado à sistemas semi-ativos • Desconforto gerados pela ação dos atuadores semi-ativo; • Excitação do modo torcional de vibração do chassi; • Oscilações do eixo traseiro da caminhonete, mesmo com a limitação da banda de resposta em freqüência do atuador. Redução dos comportamentos dinâmicos indesejáveis
28.
28© 2008 Cláudio
Crivellaro A suspensão exerce funções conflitantes Filtragem (menor rigidez) Controle de atitude do corpo do veículo (maior rigidez) Atitude da roda em relação ao solo e ao corpo suspenso (?) Revisão da literatura (Sistemas de suspensão veicular)
29.
29© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Sistemas de controle da suspensão) Ativo X Semi-ativo
30.
30© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Considerações práticas) Excitações exógenas Medidas de conforto “Jerk” Análise em 1 DOF - SkyHook
31.
31© 2008 Cláudio
Crivellaro Revisão da literatura (Considerações práticas) Flexibilidade do chassi Localização dos sensores Tipos de sensores Atrito intrínseco ao sistema de suspensão “Side thrust”
32.
32© 2008 Cláudio
Crivellaro Resultado da pesquisa O projeto de um controle semi-ativo de suspensão veicular deve transpor muitas barreiras técnicas: O “jerk” gerado pelo próprio comportamento semi-ativo, e pelas características do atuador; A flexibilidade do chassi de uma caminhonete; O atrito excessivo nos elementos da suspensão; Como mitigar o efeito “side thrust” com um atuador de banda limitada; Limitar o escopo no desenvolvimento de um sistema SA completo, propondo soluções para cada barreira técnica, contudo sem ter a ambição de buscar a melhor solução, e ciente das limitações intrínsecas a esta aplicação.
33.
33© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento teórico (4ª contribuição – modelo do veículo) • Veículo completo • Entradas de velocidade • Controle através de forças aplicadas entre roda e carroceria • Barra estabilizadora • Eixo rígido na traseira • Ação coordenada dos atuadores sobre os movimentos de corpo rígido da carroceria.
34.
34© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento teórico (Proposição 1 – Solução RLQ “cheap control”) Dado um sistema de equações diferenciadas ordinárias, numa representação em espaço de estados, com vetor de estados x(t) e saída y(t), tal que: e que u(t)=-Gx(t), onde G é a matriz que minimiza o índice de desempenho Considerando-se que (matriz identidade) e definindo-se que é chamada condição de “cheap control” quando Nesta condição afirma-se que BuAxx DuCxy dtRuuQyyJ TT IQ ,IR 0 CDK T c
35.
35© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento teórico (5ª contribuição – Proposição 2 - LTR) oii i KAsICsW e sHsGsW 1 )( )( )()( )()()( W(i)(s) tende a W(ii)(s) a medida que 0 oKAsICDBAsICsH 1110 )()()( (A,B) é controlável; (A,C) é observável; G(s) é quadrada; Os zeros de transmissão de G(s) se localizam no semi-plano esquerdo (SPE) aberto; A matriz de D é não nula e ortogonal. Condições:
36.
36© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento teórico (Proposição 3 – Generalização) Caso a matriz D não seja ortogonal, porém tenha posto completo, pode-se adotar a seguinte normalização: De forma que a matriz de normalização Su deverá fazer parte da função de transferência do compensador: Afirma-se que nesta situação vale a igualdade )(lim)(lim 0 1 0 sHSsH un ocnoocncn KKDKCKKBAsIKsH 1 )()( un un T u SDD SBB DDS 2/1 )(
37.
37© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento teórico (Técnica LQG/LTR adaptada ao controle SA)
38.
38© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Hardware de aquisição de dados e controle) Placa do Kit eZdsp F2812 e seus conectores (Spectrum Digital) Diagrama dos recursos e IO do DSP TMS320F2812
39.
39© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Sensores)
40.
40© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (6ª contribuição – experimento de baixo custo)
41.
41© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (7ª contribuição – Processo de identificação do modelo)
42.
42© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Atuadores – Projeto, construção, testes e instalação)
43.
43© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Projeto do controlador robusto semi-ativo) 10 -1 10 0 10 1 10 2 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 Freqüência(Hz) Variaçãoemrelaçãoaosistemapassivo(%) Deformações dos pneus - Comparação de três versões da matriz L SBTTL 1o1p 1 ppp2 TT p CCCL 1 ppp3 TT p CNCCNL
44.
44© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (8ª contribuição – Inovações para ganho de desempenho) 0se0 0se 12 12 iik iikik iSA zu zuu f 0se0 0se iSAik iSAikik iSA fu fuu f 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 -10 -5 0 5 10 Tensão de entrada: normal(vermelho) e gerada pelo compensador (azul) Tensãoelétrica(V) 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 -1 -0.5 0 0.5 1 Velocidade do pistão do atuador Velocidade(m/s) 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 -1000 -500 0 500 1000 Resposta do atuador: normal (magenta) e compensada (preto) Força(N) Tempo (s) Redução do tempo de resposta do atuador SANova proposta para o grampeador
45.
45© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Simulações)
46.
46© 2008 Cláudio
Crivellaro Desenvolvimento experimental (Experimento final)
47.
47© 2008 Cláudio
Crivellaro Conclusões – Parte 2 A partir da revisão da literatura, verificou-se uma série de barreiras técnicas e limitações para o sucesso de um sistema de suspensão semi-ativa em caminhonetes. Assim, o escopo do trabalho ficou restrito a aplicação de um controlador robusto, sem a ambição de que seja a melhor situação de controle, porém que propusesse soluções para transpor as principais barreiras técnicas. Através dos resultados das simulações e dos experimentos foi verificado resultados positivos com relação à redução da torção no chassi, do jerk e do efeito side thrust. As duas proposições teóricas: o modelo com 7 DOF e o procedimento LTR para sistemas não estritamente próprios foram validados na prática.
48.
48© 2008 Cláudio
Crivellaro Trabalho futuros – Parte 2 Estudar a utilização do controle semi-ativo em sistemas de suspensão hidro-pneumáticos; Estudar o desempenho do sistema proposto em relação a variação da carga da caminhonete; Aumentar os graus de liberdade do modelo. Considerar o “yaw”, e modelos mais sofisticado para os pneus, e o efeito do torque do motor no “side thrust”; Controle de atitude “understeer” ou “oversteer” a partir das forças geradas pelos atuadores semi-ativos; Incorporação de sensores de velocidade nos atuadores; Estudar a síntese Hinf para sistema lineares com dependência paramétrica (LPV) com o objetivo de considerar a característica semi-ativa do atuador (Poussot-Vassal et al. – 2006).
49.
49© 2008 Cláudio
Crivellaro Agradecimentos
50.
© 2008 Cláudio
Crivellaro Obrigado!
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