2. • De onde partimos?
• Como foi o inverno?
• Teremos El Niño na primavera?
• Como serão as chuvas da estação?
• Verão trará preocupações?
A estação foi marcada pela irregularidade
da chuva em todo o Brasil
Inverno 2018
3. O tempo foi super seco durante todo o
mês em praticamente todo o Brasil. No
Sudeste, Centro-Oeste e no Matopiba, a
chuva já não era mesmo esperada. Mas
o problema foi a falta de precipitações
na maior parte da região Sul. Também
não tivemos frio em Santa Catarina e no
Paraná. As massas polares ficaram só
pelo Rio Grande do Sul.
A chuva que vinha irregular no Sul desde
abril voltou em agosto, e uma frente fria
bemformadalevouchuvaparaoSudeste,
para o Centro-Oeste e até para o Matopi-
ba. Animou muita gente, já que depois de
uma grande estiagem, parecia que o pe-
ríodo úmido poderia começar mais cedo.
Mas a natureza não é tão simples assim.
Falando de temperatura, agosto foi o mês
mais frio do inverno, com massas polares
mais intensas chegando até o Sudeste
e Centro-Oeste, mas nada que pudesse
ameaçar com geadas a cana ou café.
Anomalia de chuva
Julho/2018
Agosto/2018
03
4. O mapa ao lado mostra que apenas a
região Sul tem umidade suficiente para
o plantio de verão. As demais áreas
ainda estão muito secas, já que a chuva
de setembro ainda foi insuficiente.
21 de Setembro/2018
Anomalia de chuva
Água disponível no solo
A chuva continuou no Sul e no Sudeste.
Duas frentes frias, uma no começo
do mês e outra na semana passada,
trouxeram umidade. Bom para diminuir
o número de queimadas no interior do
país, mas insuficiente para umedecer
o solo.
Setembro/2018
04
5. Quando de fato teremos chuva suficiente
para umedecer o solo e garantir o plantio?
El Niño na primavera?
E a chuva?
6. Anomalia de chuva
A última semana de setembro ainda tem
previsão de muita chuva no Rio Grande
do Sul e na parte oeste de Santa Catarina
e do Paraná. Chuva de verdade, que
certamente vai atrapalhar os trabalhos
com o trigo, milho e soja. Tem alguma
chuva prevista também para as outras
áreas do Sul, em Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso e Rondônia, mas o volume
não é grande. Os produtores devem
ficar atentos, porque essa chuva não
vai ter continuidade, não indica o início
do período chuvoso e não chega a
umedecer o solo de verdade.
Na primeira semana de outubro a chuva
diminui outra vez no Centro-Oeste e
continua no Sul, mas com volume bem
menor do que na semana anterior. Chove
um pouco em São Paulo, em Mato Grosso
do Sul e em Mato Grosso, mas o volume é
pequeno. Nas outras áreas do Sudeste e
no Matopiba não chove.
A partir de agora é importante ter muito
cuidado com a interpretação dos modelos
numéricos. Como estamos na transição
do frio e seco (inverno) para o quente e
25/09 e 01/10 de 2018
02/10 e 08/10 de 2018
úmido (verão), a tendência é dos modelos indicarem mais chuva do que realmente vai
acontecer. Um exemplo claro disso é o volume prometido para o Norte. Não dá mesmo
pra confiar nisso.
06
7. A mancha laranja, de chuva abaixo da
média, cobre as principais áreas de
cultivo do Sudeste, do Centro-Oeste,
todo o Matopiba e o norte do Paraná.
Em muitas áreas, é zero de chuva (e
muito calor), em outras pode até ter uma
pancadinha (PR, SP e MS), mas muito
irregular, melhor não contar com ela.
Nas outras áreas do Sul chove bastante.
Na terceira semana de outubro, o quadro
ainda é de estiagem e muito calor nas
principais áreas de cultivo. O solo vai ficando
cada vez mais seco. Quem confiou na chuva
de setembro para plantar pode ter dores
de cabeça. Já no Sul, segue o tempo bem
carregado, com chuvas e solo encharcado
(muitas vezes alagado).
A indicação para a última semana de
outubro não é muito diferente, com tempo
bem seco e muito quente no Sudeste,
Anomalia de chuva
09/10 e 15/10 de 2018
16/10 e 22/10 de 2018
Centro-Oeste e Matopiba, e a permanência da chuva no Sul. Na primeira semana de
novembro, o que muda é o Sul, que tem trégua da chuva e tempo mais seco. No Sudeste,
Centro-Oeste e Matopiba nada de umidade regular ainda.
Tanta chuva no Sul em setembro e em outubro tem uma explicação: é o El Niño que está
se aproximando. O Oceano Pacífico central está lentamente ficando mais quente que o
normal, e a consequência mais clara é o aumento da chuva no Sul e a seca no Nordeste.
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8. Por enquanto, o fenômeno ainda está em
formação e até o final do ano ele esta-
rá em sua plena forma. Mas o Pacífico se
aquecendo já traz as anomalias climáti-
cas para o Brasil, e uma delas é o atraso
do período úmido. Por isso, tanta aten-
ção com a chuva de setembro na região
central do país, já que ela não deve ter
continuidade. Em meados de novembro
tudo se normaliza. Exceto pelo Sul, que
fica sempre acima da média, e pelo Nor-
deste e Tocantins, que ficam abaixo. No
Sudeste e no Centro-Oeste a principal
característica do El Niño é trazer mais
calor que o normal, e com isso a chuva
perde qualidade porque ela cai mais na
forma de pancadas isoladas, que podem
ser fortes, mas se não caem no lugar cer-
to a água é perdida. Além de provocar
estragos por serem bem concentradas.
07
9. Anomalia de precipitação
A chuva demora a chegar, mas na se-
gunda quinzena teremos boas panca-
das no centro-sul de São Paulo e no sul e
leste de Mato Grosso do Sul. O Sul con-
tinua acima da média, e as outras áreas
têm chuva bem irregular. O mapa apa-
rece bem alaranjado, abaixo da média,
mas é preciso lembrar que a média de
novembro já não é tão baixa assim. Ou
seja, chove na segunda quinzena, mas
não o normal de novembro, e de forma
muito pontual.
O El Niño já deve estar se estabelecendo
de fato e o tempo segue mais seco e
mais quente que o normal em grande
parte do país. Como em novembro, as
áreas em laranja têm chuva, mas ela fica
abaixo da média. Não é uma situação
tão complicada assim quanto parece,
já que a chuva que cai é suficiente para
manter as culturas instaladas. Só não
há excedentes e nem regularidade. A
boa notícia é que chove no Matopiba.
Já a má é que o Rio Grande do Sul
segue encharcado.
Novembro/2018
Dezembro/2018
08
11. Anomalia de precipitação/2019
Janeiro Fevereiro Março
Em janeiro, a chuva fica na média em quase
todas as áreas de cultivo, com exceção do
Matopiba, que tem um pouco menos chuva
que a média. As condições são boas para
as lavouras.
Em fevereiro há previsão de veranico,
com um grande bloqueio atmosférico. A
expectativaédecercade15diascomquase
nenhuma chuva no centro-norte do Brasil e
muito, muito calor. Bom para colheita, mas
não tão bom para os tratos culturais, e para
o início de desenvolvimento da segunda
safra que já estiver plantada. A chuva volta
no fim do mês.
Em março chove de acordo com a
normalidade, sem grandes sobressaltos.
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12. BOLETIM climático Patricia Diehl Madeira
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