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A Castanha Lili
Era uma vez um castanheiro muito grande,
que vivia junto de uma estrada
E todos os anos no Outono, quando as folhas começavam a
ficar amarelas com a chuva e secas com o vento, este
castanheiro ficava cheio de ouriços, todos castanhos e cheios
de picos. Lá dentro, muito apertadinhas e quentinhas,
estavam as castanhas.
Num belo ano, durante o Outono, quando estavam
a crescer os ouriços, houve um que nasceu lá no
alto, bem lá no alto…
O ouriço era muito redondinho, muito brilhante
quando chovia, e tinha uns picos muito afiados.
O castanheiro ficou muito admirado, pois nunca
tinha visto um ouriço tão bonito, e disse-lhe: - Que
bonito que tu és ouriço! Nunca tive um ouriço tão
belo na minha árvore!
Os outros ouriços, olharam todos para
cima, e disseram: É verdade, que
ouriço tão bonito! É realmente muito
lindo! – diziam eles, com pena de não
serem tão lindos como ele.
E o nosso amigo ouriço, todos os dias era
elogiado, e quanto mais crescia, mais bonito e
elegante ficava. Assim, começou a ficar muito
vaidoso. Passava os dias a dançar e a abanar-se
para todos o verem melhor.
Os outros ouriços, às vezes avisavam-no: -Tem
cuidado ouriço, olha que o vento pode mandar-te
para o chão!
E o ouriço respondia: -Não tenho medo, o vento
nunca me vai mandar para o chão, ele também
me acha muito bonito!
Mas um dia começou a ouvir-se o barulho
do vento: V …V …V …V …
O castanheiro no meio daquela ventania
gritava: Segurem-se bem ouriços, para não
cairem ao chão!
V …V …V …V …
E o ouriço bonito gritava: -Ai, ai, que o
vento não pára, vai mandar-me para o
chão…
E o vento, cada vez mais forte, atirou o ouriço
para o chão e levou-o para muito longe do
castanheiro… Quando abriu os olhos, não sabia
onde se encontrava, e quando se viu sozinho,
começou a chorar!
Mas de repente, ouviu uma vózinha que lhe dizia:
-Não chores, e não tenhas medo, não estás
sózinho, eu estou aqui!
O ouriço ficou muito admirado, olhou para
um lado e depois para o outro, mas não via
ninguém!
-Sou eu, estou aqui. Eu sou a tua castanha. Chamo-me
Lili, e até agora, vivi dentro de ti, ouriço. Mas, quando
veio o vento, e te atirou para aqui, tu abriste-te um
bocadinho, e eu, pude espreitar.
De repente, junto do ouriço e da castanha Lili,
apareceu um menino: Olha, uma castanha, e um
ouriço. Vou levar a castanha para junto das
outras, para quando fizermos o Magusto. E o
ouriço, também vou levá-lo para fazer uma bonita
colagem lá na escola!
O Ouriço olhou para a castanha Lili e disse-lhe: -Ó
castanha, tu és muito mais bela do que eu, tens uma cor
muito bonita, e és tão lisinha… Magoaste-te quando eu
caí?
-Não ouriço, tu protegias-me bem com os teus picos –
disse a castanha Lili.
E o ouriço diz: E agora, o que havemos de fazer? Não sei
onde estamos, não vejo a nossa árvore…
E tanto o ouriço como a castanha Lili, ficaram
muito contentes, porque o menino os levou para a
sua escola e participaram todos na festa das
castanhas, a que chamamos Magusto!
PERLIM…PIM……PIM…
…A HISTÓRIA CHEGOU AO
FIM!

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  • 2. Era uma vez um castanheiro muito grande, que vivia junto de uma estrada
  • 3. E todos os anos no Outono, quando as folhas começavam a ficar amarelas com a chuva e secas com o vento, este castanheiro ficava cheio de ouriços, todos castanhos e cheios de picos. Lá dentro, muito apertadinhas e quentinhas, estavam as castanhas.
  • 4. Num belo ano, durante o Outono, quando estavam a crescer os ouriços, houve um que nasceu lá no alto, bem lá no alto… O ouriço era muito redondinho, muito brilhante quando chovia, e tinha uns picos muito afiados.
  • 5. O castanheiro ficou muito admirado, pois nunca tinha visto um ouriço tão bonito, e disse-lhe: - Que bonito que tu és ouriço! Nunca tive um ouriço tão belo na minha árvore!
  • 6. Os outros ouriços, olharam todos para cima, e disseram: É verdade, que ouriço tão bonito! É realmente muito lindo! – diziam eles, com pena de não serem tão lindos como ele.
  • 7. E o nosso amigo ouriço, todos os dias era elogiado, e quanto mais crescia, mais bonito e elegante ficava. Assim, começou a ficar muito vaidoso. Passava os dias a dançar e a abanar-se para todos o verem melhor.
  • 8. Os outros ouriços, às vezes avisavam-no: -Tem cuidado ouriço, olha que o vento pode mandar-te para o chão! E o ouriço respondia: -Não tenho medo, o vento nunca me vai mandar para o chão, ele também me acha muito bonito!
  • 9. Mas um dia começou a ouvir-se o barulho do vento: V …V …V …V … O castanheiro no meio daquela ventania gritava: Segurem-se bem ouriços, para não cairem ao chão! V …V …V …V …
  • 10. E o ouriço bonito gritava: -Ai, ai, que o vento não pára, vai mandar-me para o chão… E o vento, cada vez mais forte, atirou o ouriço para o chão e levou-o para muito longe do castanheiro… Quando abriu os olhos, não sabia onde se encontrava, e quando se viu sozinho, começou a chorar!
  • 11. Mas de repente, ouviu uma vózinha que lhe dizia: -Não chores, e não tenhas medo, não estás sózinho, eu estou aqui! O ouriço ficou muito admirado, olhou para um lado e depois para o outro, mas não via ninguém!
  • 12. -Sou eu, estou aqui. Eu sou a tua castanha. Chamo-me Lili, e até agora, vivi dentro de ti, ouriço. Mas, quando veio o vento, e te atirou para aqui, tu abriste-te um bocadinho, e eu, pude espreitar.
  • 13. De repente, junto do ouriço e da castanha Lili, apareceu um menino: Olha, uma castanha, e um ouriço. Vou levar a castanha para junto das outras, para quando fizermos o Magusto. E o ouriço, também vou levá-lo para fazer uma bonita colagem lá na escola!
  • 14. O Ouriço olhou para a castanha Lili e disse-lhe: -Ó castanha, tu és muito mais bela do que eu, tens uma cor muito bonita, e és tão lisinha… Magoaste-te quando eu caí? -Não ouriço, tu protegias-me bem com os teus picos – disse a castanha Lili. E o ouriço diz: E agora, o que havemos de fazer? Não sei onde estamos, não vejo a nossa árvore…
  • 15. E tanto o ouriço como a castanha Lili, ficaram muito contentes, porque o menino os levou para a sua escola e participaram todos na festa das castanhas, a que chamamos Magusto!