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XI CONFERENCIA INTERNACIONAL DE ARROZ PARA
          AMERICA LATINA Y EL CARIBE
          “Desafíos Arroceros Siglo XXI”
         Cali, 21 a 24 de setembro de 2010




 OS DESAFIOS DO MELHORAMENTO
GENÉTICO PARA A ZONA TEMPERADA
         DA AMÉRICA LATINA



            Renata Pereira da Cruz
      Doutora em Melhoramento Genético
                                   é
            Pesquisadora do IRGA
Zona Temperada da América Latina




  Chile                   Rio Grande do Sul




                           Uruguai
Argentina
30



                          25
     mperatura méd (oC)




                          20
                 dia




                          15
   Tem




                          10

                                                                                     Argentina
                                                                                     Rio Grande do Sul
                           5
                                                                                     Uruguai
                                                                                     Chile
                           0
                               SET   OUT   NOV        DEZ         JAN          FEV           MAR    ABR
                                                 Período de cultivo do arroz


Figura 1. Temperatura média ao longo do período de cultivo do arroz
                               na Zona Temperada da América Latina.                      FONTE: IRGA, INTA, INIA
Tabela 1. Dados gerais sobre a produção e o consumo de arroz
            nos países da Zona Temperada da América Latina

                                                        RIO GRANDE
                      CHILE     ARGENTINA   URUGUAI
                                                          DO SUL

Área total (ha)      20.960
                     20 960      182.460
                                 182 460    168.300
                                            168 300     1.070.000
                                                        1 070 000

Produção(t)          121.400    1.245.800   1.330.000   7.905.000

Rendimento
                       5,8           6,8       7,9         7,1
(t/ha)

Consumo
                       7,2           6,2      11,4        33,2*
(kg/capita/ano)

* Refere-se ao consumo brasileiro.
FONTE: Faostat (2008) e IRGA (2009)
URUGUAI                                                                         CHILE
                              1400                                                                          200
        odução de arro (mil




                                                                                     odução de arro (mil
                              1200
                                                                                                            150
                     oz




                                                                                                  oz
           toneladas))        1000




                                                                                        toneladas))
                               800
                                                                                                            100
                               600
                               400                                                                           50
                               200
      Pro




                                                                                   Pro
                                 0                                                                             0



                                         Safras   ár e a ( e m mi l ha )
                                                                                                                     Safras    ár e a ( e m mi l ha )
                                                  P r odução ( mi l t on. )                                                    P r odução ( mi l t on. )




                                    ARGENTINA                                                              RIO GRANDE DO SUL
                          2000                                                                         10.000,0




                                                                                 dução de grãos (mil
    dução de arroz (mil




                          1500                                                                             8.000,0
      toneladas)




                                                                                   toneladas)
                                                                                                           6.000,0
                          1000
                                                                                                           4.000,0
                              500
                                                                                                           2.000,0
 Prod




                                                                              Prod

                               0                                                                                -


                                                  ár e a ( e m mi l ha )                                                       ár e a ( e m mi l ha )
                                        Safras    P r odução ( mi l t on. )
                                                                                                                      Safras   P r odução ( mi l t on. )




Figura 2. Produção de arroz (mil ton.) e área cultivada (mil ha)
        com arroz irrigado nos quatro países da zona temperada
        da América Latina. FONTE: Faostat (2010)
Tabela 2. Média de rendimento de grãos dos países da zona
            temperada da América Latina, da América Latina e do
            mundo na safra 2008/09.

       País/região
           / g                  Rendimento de grãos
                                              g
                                      (t/ha)
 Chile                                  5,8
 Argentina                                  6,6
 Brasil (RS)                                7,3
                                            73
 Uruguai                                    8,0
 América Latina
   é                                        4,8
 Mundo                                      4,3
FONTE: Faostat (2010)
Rendimento de grãos FORA dos Centros de
Origem (Evans, 1993)
       (Evans

1. Desenvolvimento econômico

2. Condições ambientais
      latitudes maiores:
     • dias mais longos;
     • maior radiação/dia;
     • temperaturas mais amenas;
     • ciclos maiores


3. Menor incidência de pragas e doenças

4. Vigor vegetativo
Índice de
       colheita
        = 0 42
          0,42                                    Índice de
                                                   colheita
                                                    = 0,54




1961 a 2004: 102 kg/ha (ganho genético no RS) – Lopes et al. (2005)
Evolução histórica da produtividade de arroz irrigado
                                        no Rio Grande do Sul no período de 1921 a 2007
                               7000
                                000
     mento de grãos (kg ha )
-1




                               6000                            Segundo período:
                                                               (1970 a 1981)
                                                               y = 3.501 + 19,40 x
                                                                             ,
                      g




                                      Primeiro período:         2       ns
                               5000                            r = 0,09
                                      (1922 a 1969)            Média = 3.608 kg ha
                                                                                   -1
                                      y = 2.072 + 16,03 x
                               4000   r2 = 0,52**
                                                          -1
                                                           1
                                      Média 2.449 kg ha
                                      Médi = 2 449 k h                                  Terceiro período:
                                                                                        (1982 a 2007)
                               3000                                                     y = 4.357+ 68,74 x
                                                                                        r2 = 0,60**
                                                                                                           -1
Rendim




                               2000                                                     Média = 5.216 kg ha


                               1000

                                 0
                                 1920    1930    1940    1950     1960    1970    1980     1990   2000    2010

                                                                      Ano
Tabela 3. Cultivares utilizadas atualmente nos países da
            zona temperada da América Latina.

     País         Cultivares em uso comercial
Brasil (RS)      Puitá INTA CL, IRGA 424, IRGA 417, IRGA
                 422 CL, BR-IRGA 409, EPAGRI’S, BRS
                 QUERÊNCIA,
                 QUERÊNCIA BRS TAIM INIA OLIMAR
                                      TAIM,     OLIMAR,
                 Híbridos (Avaxi, Sator, Inov)

Argentina
                 Puitá INTA CL, BRS TAIM, Supremo 13,
                 Camba INTA, El Paso L144, Híbridos

Uruguai
                 El Paso L144, INIA Olimar, INIA Tacuari

Chile
Chil             Oro, Di
                 O    Diamante-INIA, B ill t INIA A b
                            t INIA Brillante-INIA, Ambar-
                 INIA
Produtor




 “Brecha” de
 “B   h ”d
rendimento de       X
    grãos




                Pesquisa
Tabela 4. Rendimento de grãos obtidos por alguns produtores de
         arroz de diferentes locais do RS na safra 2007/08.

                                                 Produtividade
   Município     Região         Produtor
                                                    (kg/ha)


     Bagé         CMP         Cláudio Schitz         13.550


 Dom Pedrito      CMP      Anselmo Marchesan         10.010


   A. Grande       ZS         Paulo Hadler           9.931

   Jaguarão        ZS      Ricardo Gonçalves         9.890

 Santa Vitória     ZS        Renato Amaral           12.312

 Cachoeirinha     PCE              EEA               10.360

 D. Francisca      DC        Rogério Pisirico        12.250
DESAFIOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO
PARA A ZONA TEMPERADA DA AMÉRICA LATINA


    Rendimento de grãos       Qualidade de grãos




                          +


                 COMO????
PRODUTIVIDADE POTENCIAL
    RELAÇÃO FONTE / DRENO
1. SELEÇÃO DE CARACTERÍSTICAS
   MORFOFISIOLÓGICAS ASSOCIADAS AO
               RENDIMENTO DE GRÃOS
                                      Vigor inicial
  Biomassa




“Stay green”


                    Ângulo foliar



                                    Maior índice
                                     de colheita
Tabela 5. Características fisiológicas associadas ao aumento no
           rendimento de grãos e mapeadas em arroz.

Característica             Cromossomos           Referência

- Taxa fotossintética
                              4e6             Teng et al. (
                                                 g        (2004)
                                                               )
  líquida
  lí id

- Conteúdo de clorofila       1,3 e 8         Teng et al. (2004)


                                          Ashrafuzzaman et al. (2009)


- Resistência estomática        4             Teng et al. (2004)


                                              Teng et al. (2004)
- Taxa de transpiração        4e7

- Armazenamento de
  carboidratos não              6              Ishimaru (2003)
  estruturais

                            1,2,3,6 e 9       Takai et al. (2005)
SAFRA 2006/07: Unidade demonstrativa em Santa Vitória




 BR-IRGA 410                             IRGA 424


 Diferença em rendimento de grãos = 3 ton/ha a mais
16

     14

     12

     10

      8

      6

      4

      2

      0
          IRGA 423       QM 13           AVAXI        IRGA 424

                          Produtividade (t/ha)

Figura 3 Rendimento de grãos (t/ha) obtido a nível de produtor
       3.
          com   três   cultivares   de    arroz   e   um    híbrido   em
          Uruguaiana na safra 2006/07.
BASE GENÉTICA DAS CULTIVARES DE
                ARROZ É ESTREITA!


Local     Base genética das cultivares       Referência

RS         6 ancestrais: 86% dos genes   Rangel et al. (1996)


EUA               22 ancestrais
                     a cest a s             Dilday (1990)
                                               day ( 990)


América                                  Cuevas-Pérez et al.
           2 ancestrais: 36% dos genes
Latina                                        ( 99 )
                                              (1992)
2. AMPLIAÇÃO DA BASE GENÉTICA
              Estratégia de melhoramento inteligente:
Uso da variação genética “natural” existente nos parentes silvestres
   e cultivares antigas para “revitalizar” as cultivares modernas
                           (McCouch, 2004)




- 30% de aumento no rendimento de grãos de híbrido na China proveniente
de duas introgressões de um parente silvestre (Deng et al., 2004)
OUTROS DESAFIOS
       DESAFIOS...
16,0
                                                                                                              Chile
                            14,0
                                                                                                              RS
       ento de grã (t/ha)



                            12,0
                 ãos




                            10,0
                              ,

                             8,0
  endim
      m




                             6,0
                             60

                             4,0
 R




                             2,0

                             0,0
                                      1a.        2a.        1a.        2a.        1a.        2a.        1a.        2a.
                                   Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena /
                                      Set        Set        Out        Out        Nov        Nov        Dez        Dez

                                                              Épocas de semeadura

Figura 4. Rendimento de grãos em diferentes épocas de
                                       semeadura no Chile e no Rio Grande do Sul (RS).
FONTE: Alvarado e Hernaiz (2002); Mariot el at. (2007)
Problemas limitantes para a produção de arroz
                na zona temperada
                               d


1. Estabelecimento i i i l velocidade e uniformidade d
1 E t b l i     t inicial:   l id d       if   id d de
emergência nas semeaduras precoces
Problemas limitantes para a produção de arroz
               na zona temperada
                   o      p   d

  2. Doenças
ESTRATÉGIAS
 S     G S
Marcadores moleculares:
-Ferramentas     para   “catalogar”   e   organizar   a    variabilidade
genética (Xu et al., 2004);


- Introgressão   seletiva   de   características   úteis   a   partir   de
germoplasma exótico e/ou silvestre (Brondani et al., 2002;
McCouch, 2004);


- Aceleração da recuperação do genótipo recorrente no método
         ç          p   ç      g     p
de retrocruzamento.
“MELHORAMENTO DE PRECISÃO”
           RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR
                  MARCADORES MOLECULARES


Característica       Gene       Cromossomo      Referência

Teor de amilose        wx           6        Bao et al. (2006a);
                                             Chen et al. (2010)

                      SS1           6        Bao et al. (2006a)

Temperatura de      alk/SSIIa       6        Bao et al.(2006b)
                                                       (     )
gelatinização
  l ti i   ã
Tamanho do grão       GS3           3         Fan et al. (2006)

Peso do grão
P    d    ã           GW2           2        Song et al. (2007)
                                                      l (     )
“MELHORAMENTO DE PRECISÃO”
           RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR
                 MARCADORES MOLECULARES


Característica       Gene    Cromossomo        Referência

Tolerância ao frio   Ctb1        4          Saito et al. (2010)

                     Ctb
                     Ctb2        4          Sa to
                                            Saito et al. (2001)
                                                     a ( 00 )

                     Cts12       12       Andaya and Tai (2006)

Resistência à         Pi1        11         Mew et al. (1994)
                                                   al
brusone
                      Pi2
                                 6           Yu et al. (1991)

Tolerância à         Sub1        9           Xu et al. (2006)
submersão
INFRA-ESTRUTURA É FUNDAMENTAL
Sequenom MassARRAY (Henry and Waters, 2008):

     Diferenças em unidades de massa




                               X




         Ensaio multiplex para os seguintes genes:
         - baixa estatura (Sd1);
                          (   );
         - amilose (wx);
         - temperatura de gelatinização (alk);
         - aroma (fgr);
         - resistência à brusone (Pi’s)
“MELHORAMENTO DE PRECISÃO”
  RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR SELEÇÃO
      FENOTÍPICA EFICIENTE (Ali et al., 2006)


                                Tolerância à submersão
  Tolerância ao frio




                                Qualidade de grão
Problemas limitantes para a produção de arroz
               na zona temperada
                              d


3. Áreas infestadas com arroz vermelho
PARA O ARROZ VERMELHO...




                 AA   Aa   aa
NECESSIDADES FUTURAS
- Aumento no investimento em pesquisa pública: infraestrutura;


- Treinamento e capacitação de pesquisadores;


-M i
 Maior fl
       fluxo d germoplasma;
             de      l


- Maior integração entre centros nacionais e internacionais de
pesquisa;


- Capacidade de competir e/ou associar se a empresas privadas
                              associar-se
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Zona temperada da América Latina tem poucas restrições à
      obtenção de elevado potencial de rendimento




Oportunidade única para usar as ferramentas disponíveis
para o aumento no potencial de rendimento das cultivares




   Não precisamos fazer coisas novas, mas mudar a
               FORMA como fazemos...
MUCHAS GRACIAS!


        CONTATO:
renata-cruz@irga.rs.gov.br
    t      @i           b

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Os desafios do melhoramento genético para a zona temperada da América Latina

  • 1. XI CONFERENCIA INTERNACIONAL DE ARROZ PARA AMERICA LATINA Y EL CARIBE “Desafíos Arroceros Siglo XXI” Cali, 21 a 24 de setembro de 2010 OS DESAFIOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO PARA A ZONA TEMPERADA DA AMÉRICA LATINA Renata Pereira da Cruz Doutora em Melhoramento Genético é Pesquisadora do IRGA
  • 2. Zona Temperada da América Latina Chile Rio Grande do Sul Uruguai Argentina
  • 3. 30 25 mperatura méd (oC) 20 dia 15 Tem 10 Argentina Rio Grande do Sul 5 Uruguai Chile 0 SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR Período de cultivo do arroz Figura 1. Temperatura média ao longo do período de cultivo do arroz na Zona Temperada da América Latina. FONTE: IRGA, INTA, INIA
  • 4. Tabela 1. Dados gerais sobre a produção e o consumo de arroz nos países da Zona Temperada da América Latina RIO GRANDE CHILE ARGENTINA URUGUAI DO SUL Área total (ha) 20.960 20 960 182.460 182 460 168.300 168 300 1.070.000 1 070 000 Produção(t) 121.400 1.245.800 1.330.000 7.905.000 Rendimento 5,8 6,8 7,9 7,1 (t/ha) Consumo 7,2 6,2 11,4 33,2* (kg/capita/ano) * Refere-se ao consumo brasileiro. FONTE: Faostat (2008) e IRGA (2009)
  • 5. URUGUAI CHILE 1400 200 odução de arro (mil odução de arro (mil 1200 150 oz oz toneladas)) 1000 toneladas)) 800 100 600 400 50 200 Pro Pro 0 0 Safras ár e a ( e m mi l ha ) Safras ár e a ( e m mi l ha ) P r odução ( mi l t on. ) P r odução ( mi l t on. ) ARGENTINA RIO GRANDE DO SUL 2000 10.000,0 dução de grãos (mil dução de arroz (mil 1500 8.000,0 toneladas) toneladas) 6.000,0 1000 4.000,0 500 2.000,0 Prod Prod 0 - ár e a ( e m mi l ha ) ár e a ( e m mi l ha ) Safras P r odução ( mi l t on. ) Safras P r odução ( mi l t on. ) Figura 2. Produção de arroz (mil ton.) e área cultivada (mil ha) com arroz irrigado nos quatro países da zona temperada da América Latina. FONTE: Faostat (2010)
  • 6. Tabela 2. Média de rendimento de grãos dos países da zona temperada da América Latina, da América Latina e do mundo na safra 2008/09. País/região / g Rendimento de grãos g (t/ha) Chile 5,8 Argentina 6,6 Brasil (RS) 7,3 73 Uruguai 8,0 América Latina é 4,8 Mundo 4,3 FONTE: Faostat (2010)
  • 7. Rendimento de grãos FORA dos Centros de Origem (Evans, 1993) (Evans 1. Desenvolvimento econômico 2. Condições ambientais latitudes maiores: • dias mais longos; • maior radiação/dia; • temperaturas mais amenas; • ciclos maiores 3. Menor incidência de pragas e doenças 4. Vigor vegetativo
  • 8. Índice de colheita = 0 42 0,42 Índice de colheita = 0,54 1961 a 2004: 102 kg/ha (ganho genético no RS) – Lopes et al. (2005)
  • 9. Evolução histórica da produtividade de arroz irrigado no Rio Grande do Sul no período de 1921 a 2007 7000 000 mento de grãos (kg ha ) -1 6000 Segundo período: (1970 a 1981) y = 3.501 + 19,40 x , g Primeiro período: 2 ns 5000 r = 0,09 (1922 a 1969) Média = 3.608 kg ha -1 y = 2.072 + 16,03 x 4000 r2 = 0,52** -1 1 Média 2.449 kg ha Médi = 2 449 k h Terceiro período: (1982 a 2007) 3000 y = 4.357+ 68,74 x r2 = 0,60** -1 Rendim 2000 Média = 5.216 kg ha 1000 0 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Ano
  • 10. Tabela 3. Cultivares utilizadas atualmente nos países da zona temperada da América Latina. País Cultivares em uso comercial Brasil (RS) Puitá INTA CL, IRGA 424, IRGA 417, IRGA 422 CL, BR-IRGA 409, EPAGRI’S, BRS QUERÊNCIA, QUERÊNCIA BRS TAIM INIA OLIMAR TAIM, OLIMAR, Híbridos (Avaxi, Sator, Inov) Argentina Puitá INTA CL, BRS TAIM, Supremo 13, Camba INTA, El Paso L144, Híbridos Uruguai El Paso L144, INIA Olimar, INIA Tacuari Chile Chil Oro, Di O Diamante-INIA, B ill t INIA A b t INIA Brillante-INIA, Ambar- INIA
  • 11. Produtor “Brecha” de “B h ”d rendimento de X grãos Pesquisa
  • 12. Tabela 4. Rendimento de grãos obtidos por alguns produtores de arroz de diferentes locais do RS na safra 2007/08. Produtividade Município Região Produtor (kg/ha) Bagé CMP Cláudio Schitz 13.550 Dom Pedrito CMP Anselmo Marchesan 10.010 A. Grande ZS Paulo Hadler 9.931 Jaguarão ZS Ricardo Gonçalves 9.890 Santa Vitória ZS Renato Amaral 12.312 Cachoeirinha PCE EEA 10.360 D. Francisca DC Rogério Pisirico 12.250
  • 13. DESAFIOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO PARA A ZONA TEMPERADA DA AMÉRICA LATINA Rendimento de grãos Qualidade de grãos + COMO????
  • 14. PRODUTIVIDADE POTENCIAL RELAÇÃO FONTE / DRENO
  • 15. 1. SELEÇÃO DE CARACTERÍSTICAS MORFOFISIOLÓGICAS ASSOCIADAS AO RENDIMENTO DE GRÃOS Vigor inicial Biomassa “Stay green” Ângulo foliar Maior índice de colheita
  • 16. Tabela 5. Características fisiológicas associadas ao aumento no rendimento de grãos e mapeadas em arroz. Característica Cromossomos Referência - Taxa fotossintética 4e6 Teng et al. ( g (2004) ) líquida lí id - Conteúdo de clorofila 1,3 e 8 Teng et al. (2004) Ashrafuzzaman et al. (2009) - Resistência estomática 4 Teng et al. (2004) Teng et al. (2004) - Taxa de transpiração 4e7 - Armazenamento de carboidratos não 6 Ishimaru (2003) estruturais 1,2,3,6 e 9 Takai et al. (2005)
  • 17. SAFRA 2006/07: Unidade demonstrativa em Santa Vitória BR-IRGA 410 IRGA 424 Diferença em rendimento de grãos = 3 ton/ha a mais
  • 18. 16 14 12 10 8 6 4 2 0 IRGA 423 QM 13 AVAXI IRGA 424 Produtividade (t/ha) Figura 3 Rendimento de grãos (t/ha) obtido a nível de produtor 3. com três cultivares de arroz e um híbrido em Uruguaiana na safra 2006/07.
  • 19. BASE GENÉTICA DAS CULTIVARES DE ARROZ É ESTREITA! Local Base genética das cultivares Referência RS 6 ancestrais: 86% dos genes Rangel et al. (1996) EUA 22 ancestrais a cest a s Dilday (1990) day ( 990) América Cuevas-Pérez et al. 2 ancestrais: 36% dos genes Latina ( 99 ) (1992)
  • 20. 2. AMPLIAÇÃO DA BASE GENÉTICA Estratégia de melhoramento inteligente: Uso da variação genética “natural” existente nos parentes silvestres e cultivares antigas para “revitalizar” as cultivares modernas (McCouch, 2004) - 30% de aumento no rendimento de grãos de híbrido na China proveniente de duas introgressões de um parente silvestre (Deng et al., 2004)
  • 21. OUTROS DESAFIOS DESAFIOS...
  • 22. 16,0 Chile 14,0 RS ento de grã (t/ha) 12,0 ãos 10,0 , 8,0 endim m 6,0 60 4,0 R 2,0 0,0 1a. 2a. 1a. 2a. 1a. 2a. 1a. 2a. Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Quinzena / Set Set Out Out Nov Nov Dez Dez Épocas de semeadura Figura 4. Rendimento de grãos em diferentes épocas de semeadura no Chile e no Rio Grande do Sul (RS). FONTE: Alvarado e Hernaiz (2002); Mariot el at. (2007)
  • 23. Problemas limitantes para a produção de arroz na zona temperada d 1. Estabelecimento i i i l velocidade e uniformidade d 1 E t b l i t inicial: l id d if id d de emergência nas semeaduras precoces
  • 24. Problemas limitantes para a produção de arroz na zona temperada o p d 2. Doenças
  • 26. Marcadores moleculares: -Ferramentas para “catalogar” e organizar a variabilidade genética (Xu et al., 2004); - Introgressão seletiva de características úteis a partir de germoplasma exótico e/ou silvestre (Brondani et al., 2002; McCouch, 2004); - Aceleração da recuperação do genótipo recorrente no método ç p ç g p de retrocruzamento.
  • 27. “MELHORAMENTO DE PRECISÃO” RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR MARCADORES MOLECULARES Característica Gene Cromossomo Referência Teor de amilose wx 6 Bao et al. (2006a); Chen et al. (2010) SS1 6 Bao et al. (2006a) Temperatura de alk/SSIIa 6 Bao et al.(2006b) ( ) gelatinização l ti i ã Tamanho do grão GS3 3 Fan et al. (2006) Peso do grão P d ã GW2 2 Song et al. (2007) l ( )
  • 28. “MELHORAMENTO DE PRECISÃO” RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR MARCADORES MOLECULARES Característica Gene Cromossomo Referência Tolerância ao frio Ctb1 4 Saito et al. (2010) Ctb Ctb2 4 Sa to Saito et al. (2001) a ( 00 ) Cts12 12 Andaya and Tai (2006) Resistência à Pi1 11 Mew et al. (1994) al brusone Pi2 6 Yu et al. (1991) Tolerância à Sub1 9 Xu et al. (2006) submersão
  • 30. Sequenom MassARRAY (Henry and Waters, 2008): Diferenças em unidades de massa X Ensaio multiplex para os seguintes genes: - baixa estatura (Sd1); ( ); - amilose (wx); - temperatura de gelatinização (alk); - aroma (fgr); - resistência à brusone (Pi’s)
  • 31. “MELHORAMENTO DE PRECISÃO” RETROCRUZAMENTOS ASSISTIDOS POR SELEÇÃO FENOTÍPICA EFICIENTE (Ali et al., 2006) Tolerância à submersão Tolerância ao frio Qualidade de grão
  • 32. Problemas limitantes para a produção de arroz na zona temperada d 3. Áreas infestadas com arroz vermelho
  • 33. PARA O ARROZ VERMELHO... AA Aa aa
  • 34. NECESSIDADES FUTURAS - Aumento no investimento em pesquisa pública: infraestrutura; - Treinamento e capacitação de pesquisadores; -M i Maior fl fluxo d germoplasma; de l - Maior integração entre centros nacionais e internacionais de pesquisa; - Capacidade de competir e/ou associar se a empresas privadas associar-se
  • 35. CONSIDERAÇÕES FINAIS Zona temperada da América Latina tem poucas restrições à obtenção de elevado potencial de rendimento Oportunidade única para usar as ferramentas disponíveis para o aumento no potencial de rendimento das cultivares Não precisamos fazer coisas novas, mas mudar a FORMA como fazemos...
  • 36. MUCHAS GRACIAS! CONTATO: renata-cruz@irga.rs.gov.br t @i b