Um pintor cria vários animais em seu mundo abstrato, mas fica frustrado por eles não o obedecerem. Ele então desenha o Homem, mas fica insatisfeito. O pintor cria então a Mulher, vendo-a como perfeita. No entanto, a Mulher diz ao pintor que a perfeição é impossível e o encoraja a criar seres originais ao invés de perfeitos.
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Rascunho da vida
1. Rascunho da Vida, de Verónica Maciel e Rita Silva
Planificação:
(recursos: cenário virtual com projeção de imagens)
1. Pintor desenha animais;
2. Repara que são irracionais e não seguem suas ordens;
3. Desenha um ser de aspeto básico semelhante a ele e dá o nome de Homem;
4. Pintor deseja um ser perfeito a seus olhos;
5. Começa a desenhá-lo e dá o nome de Mulher devido à juncão das suas características principais;
6. A mulher diz que o perfeito é impossível;
7. Acaba com o pintor criando um ser não perfeito, mas seu e original.
Personagens:
Pintor
Homem
Mulher
Vaca
Pato
Animais (figurantes)
Local:Mundo abstrato apresentado numa tela.
Ato 1
Cena I
Pintor, animais
(tela no meio do nada, pintor alto, magro, com boina, uma paleta de pintura e um pincel nas
mãos entra no palco e desenha animais)
Pintor: Agora, minha bela criação, domina este tão solitário mundo e faz dele vosso território!
Pato:(projetado no cenário virtual) Quac!
Vaca:(projetada) Muuuuuuu!
2. Pintor:(suspiro) Com animais irracionais não consigo eu trabalhar! Um ser, um ser só
desejava eu criar… com duas pernas para andar e correr, braços com mãos a acompanhar,
um coração constante a bater e um cérebro bem recheado de massa cinzenta para o pensar
e o saber!(pausa para pensar) Depois… que nome hei eudedar a tão importante invenção?
(pausa para pensar) Lembro-me das aulas de História… do homo-sapiens-sapiens… Hum…
homo-sapiens-sapiens… homo… não… home… não gosto… homom… credo, que horror…
JÁ SEI!... HOMEM!
Pato: Quac?!
Cena II
Pintor, homens, Nando
(começa por desenhar as pernas, altas e finas, segue-se o tronco, os braços, as mãos com 6
dedos…)
Pintor:Credo, desenhei 6 dedos! Vamos corrigir…
(apaga 1 dedo, acaba de desenhar os braços, depois o pescoço delgado e por fim a cabeça,
com olhos verde mar, cabelos cor de oiro, lábios grossos e um nariz frouxo)
Homem: Mas… quem sou eu? Que faço eu aqui? Como me chamo? QUEM ÉS TU?!
Pintor:(aparte) Ai valha-me minha nossa senhora, teve de sair curioso!(para o homem) Bem-
vindo, Homem!
Homem: ‘Comem’?! Aqui não se rói nem um osso!
Pintor:(aparte) E se já não bastasse, é burro! (para o homem) HOMEM!
Homem: Desculpe a minha falta de intelectualidade… Ainda há meros segundos não bastava
de uma ponta de um pincel, sem vida, sem movimento e sem esta bola esborrachada dentro
da minha cabeça.
Pintor: Essa “bola esborrachada” na tua cabeça chama-se cérebro e devia ser usada para
pensar e agir, mas parece que ficaste apenas pelo “agir”… (suspiro) Tudo o que eu queria era
um humano delicado, ágil, corajoso mas com os seus medos, de beleza extrema…
Homem:(interrompe) HEY! Estás a chamar-me burro e feio indiretamente
Pintor:(atrapalhado) Ah… continuando (desviando a conversa) um, só um ser... Que me
desse atenção para dar e vender, carinho para consolar as minhas desilusões ao pintar…
Mas eu quero, posso e mando! Desenharei uma pessoa fiel de nascença, que tudo iluminará
na sua presença! Magnífica… ultra-romântica… leal… habilidosa… esperta… rara. Para mim
esta junção é a perfeição! M… u… l… h… e… r… Seu nome será “Mulher”!
3. Cena III
Pintor, Homem, Mulher
(pintor começa por desenhar as pernas compridas e magras, a cintura fina, o resto do tronco,
os braços esguios com as mãos muito delicadas…)
Pintor:Agora cuidado tenho que ter, para finalizar esta tão linda mulher. (dizer enquanto
desenha)Uma cabecinha oval, pequena ou grande, isso é opcional.Um nariz pequeno com
pontinhos rosados, situado acima dos lábios finos e encarnados. Olhos redondos cor de
avelã, com um pouquinho de verde maçã. Para finalizar este tão belo ser, cabelo ondulado
deverei conceber. Pintando-o com castanho chocolate, e esta mulher está preparada para o
engate.
Homem: Oh meu Deus, estou apaixonado! (baba-se)
Mulher:(atrapalhada) Ah… olá também para ti!
Pintor: Deixem-se de namoros! Bem-vinda linda Mulher… Demorou tempo mas consegui criar
um humano que posso chamar perfeito!
Mulher:Agradeço a sua gentileza mas perfeita não sou.
Pintor:Mas… Você é uma obra de arte!
Mulher: Até as mais requintadas obras de arte tem as suas falhas.
Pintor: Então, quando conseguirei desenhar um ser perfeito?
Mulher: Não se preocupe em criar o perfeito, mas sim o original, o seu próprio projeto, e verá
que terá muito mais orgulho em o desenhar.
(acaba com o pintor a iniciar um novo esboço)
Blackout