Este documento apresenta um caso prático de engenharia para testar as habilidades de desenho técnico de um estagiário. O estagiário é desafiado a interpretar verbalmente e por imagem uma peça e desenhar suas perspectivas isométrica e cavaleira. Em seguida, deve projetar ortogonalmente a peça com dimensões para fabricação. Por fim, digitaliza o projeto seguindo padrão da empresa.
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MAPA - DESENHO TÉCNICO.pdf
1. MAPA - DESENHO TÉCNICO - 51/2023
VOCÊ ESTÁ PREPARADO(A)?
Nas próximas páginas, você será DESAFIADO(A)! Como futuro(a) profissional da área
de tecnologia, queremos que você desenvolva habilidades essenciais para a sua
jornada, como: analisar, sistematizar, refletir e tomar decisão. Uma aprendizagem ativa
relevante é relacionada a nossa vida, aos nossos projetos e expectativas. E nisso, o
Desenho Técnico é excelente! Analisar e interpretar os desafios da vida real para a
tomada de decisão, transformando-os em um objeto de estudo que permita a aplicação
de conceitos de tecnologia na vivência prática de concepção de projetos. O objetivo
deste desafio é provocar o seu senso de interpretação, buscando os fundamentos
necessários à explicação e compreensão das questões propostas, conectando o
conteúdo de Desenho Técnico à realidade de uma determinada indústria. Além disso,
este desafio proporciona autonomia para que você seja capaz de organizar suas
atividades mentais, de modo a desenvolver não somente o que compete as suas
atribuições como estudante, mas também como futuros profissionais. Nossa atividade
está dividida em três etapas que deverão ser feitas individualmente. Você será
A S S E S S O R I A A C A D Ê M I C A
A C A D Ê M I C A
(43) 99668 - 6495
(43) 98816 - 5388
2. desafiado(a) a realizar uma interpretação de uma determinada peça primeiramente
usando a descrição verbal de um cliente. Em seguida, aplicará conceitos de perspectivas
e projeções em uma indústria que você foi contratado(a) para desenhar e executar.
Assim, seus conhecimentos serão colocados à prova! Você está preparado(a)? Vamos
lá!
CONTEXTUALIZAÇÃO
Em um belo fim de semana junto com os seus amigos, enquanto se divertem com jogos
de tabuleiro, você propõe jogar uma partida de "O Jogo da Vida". No primeiro momento
pode até parecer estranho, todo o pessoal animado para um Role-Playing Game (RPG)
de tabuleiro ou uma boa partida de truco ou uno, mas ninguém discorda e a partida então
é iniciada. Durante a primeira rodada, na sua vez de jogar, você pensa logo em seguir o
jogo, buscando o caminho que segue a universidade e, ao girar a roleta, você segue as
casas e acaba recebendo seu diploma de Engenheiro. Pois é... A vida imita a arte, ou
melhor, o jogo. E hoje estamos aqui dentro de um curso da área de tecnologia, podendo
ter a chance de adquirir novos conhecimentos que com toda certeza serão essenciais
para que você possa desenvolver suas habilidades em sua nova carreira. Pensando
nessa imersão do jogo onde foi escolhida a profissão da engenharia, vamos mergulhar
neste caso seguinte, que não é de todo hipotético, pois quando eu iniciei minha própria
jornada dentro da engenharia, passei por algo parecido, mas infelizmente não tive a
chance de poder simular uma situação dessas antes da situação real. Então, espero que
essa caminhada neste material de aprendizagem prática (MAPA) seja muito bem
aproveitada por você e que possa tirar o devido aprendizado nessa jornada. Assim como
no jogo da vida citado anteriormente, estamos aqui com o foco em ser engenheiros(as).
Logo após iniciar a graduação, você teve a chance de iniciar um estágio dentro do
escritório de projetos de uma empresa de engenharia. É uma empresa pequena, familiar,
mas com funcionários focados em entregar um serviço de qualidade na área
metalmecânica, associando um serviço de qualidade, mas com foco em rentabilidade e
competitividade no mercado.
Logo na sua primeira semana de trabalho, você realiza alguns trabalhos mais simples,
como conferência de projetos, verificar se eles estão em ordem, organizados em suas
3. respectivas pastas, mas sempre de olho no Engenheiro líder, que na maior parte do
tempo ou está buscando soluções viáveis sentado em sua mesa, sempre com livros e
normas abertas na sua frente, sua calculadora científica ao lado e um computador para
realizar alguns processos, ou está conversando com a equipe de produção, buscando o
conhecimento prévio técnico que só o tempo do chão de fábrica vai poder te trazer. Certo
dia, você observa um cliente sendo atendido na recepção, um senhor que gostaria de
produzir algumas peças específicas, porém não tem domínio de leitura e interpretação
de desenho técnico. Ele tenta descrever com palavras mais ou menos como são as
peças que ele gostaria de produzir, e na sua observação você escuta a seguinte
explicação:
- "O que eu preciso mesmo é uma peça redonda e na ponta dela é quadrada, aí de um
lado vai ter um buraquinho pra passá um pino e do outro vai enganchar na outra parte
que já tá lá."
Nesse momento, vamos para o nosso primeiro desafio onde podemos fazer um breve
exercício de interpretação. Utilizando uma folha de papel e grafite (lápis ou lapiseira),
faça o desenho da peça que o cliente gostaria que fosse produzida.
ETAPA 1 (Perspectivas)
E aí, como se saiu? Fácil? Eu acredito que não, pois aqui podemos perceber que a
descrição verbal não é a melhor escolha para se fazer um projeto, já que muitas brechas
ficam expostas e precisam ser preenchidas para que a peça produzida não seja diferente
da que o cliente espera. Então até podemos concluir que a representação verbal é uma
forma de se iniciar um projeto, mas não é nada confiável, a não ser que a peça a ser
produzida seja de uma simplicidade ínfima.
Percebendo que a descrição não teve o efeito desejado, o senhor então se lembra que
tirou uma foto da peça que ele precisa, então pega seu smartphone no bolso e abre a
galeria de imagens. Ali ele mostra uma foto de como é a peça que ele gostaria de produzir
e, ao ver a imagem, você acaba ficando abismado(a) com tamanha distância entre a
interpretação da fala feita anteriormente, comparado com a imagem da peça.
4. É, meu caro futuro colega... A nossa profissão tem dessas, muito mais do que se imagina,
indiferente de qual engenharia você está seguindo... Quantos detalhes que não estavam
presentes na descrição! Quanta informação errada que foi passada... Agora sim, com a
imagem, podemos ter uma ideia melhor do que se trata esse produto.
Ainda assim, a fotografia, apesar de ser uma forma de demonstrar uma peça/projeto,
também é superficial, pois não temos medidas precisas como diâmetros de furos,
espessura de parede, comprimento de haste... Eis então que você se lembra das suas
primeiras aulas de desenho técnico e ouviu seu professor falando de um tal de croqui.
Ou será que era algo sobre perspectivas? Ah, se pelo menos naquela hora da aula não
tivesse com uma guia do site de vídeos aberta... Melhor rever a aula novamente sob
demanda, então...
Realmente, poderia fazer um croqui de uma perspectiva dessa peça para apresentar
para a equipe. Isso com certeza facilitaria o entendimento de todos e pouparia tempo.
Contudo, qual perspectiva fazer? Talvez seja melhor fazer duas, uma cilíndrica
axonométrica e outra cilíndrica oblíqua...
Então vamos praticar! Utilizando de lápis e papel ainda, faça um croqui de uma
perspectiva ISOMÉTRICA e um outro croqui de uma perspectiva CAVALEIRA a 45°.
Utilize seu livro de estudos e as folhas reticuladas para te auxiliar na elaboração do
croqui. Lembre-se de que para um croqui não necessariamente é obrigatório o uso de
escala específica ou representação de cotas, mas seu desenho deve ser capaz de
transmitir a informação necessária para se identificar a peça.
ETAPA 2 (Projeções)
Agora sim, tudo começa a ficar mais claro. Entretanto, ao mostrar para a equipe de
produção o seu croqui, eles te perguntam quais são as dimensões da peça? Nesse
momento você realmente concorda que não tem como fabricar uma peça igual se eu não
tiver todas as dimensões... Isso é engenharia, os milímetros importam... Rapidamente
você entra em contato com aquele cliente e, para nossa surpresa, ele disse que irá até
o escritório levando a peça em mãos, para que você possa conferir.
5. Ao chegar na empresa, o senhor vai desdobrando um paninho sujo de graxa, revelando,
assim, a peça real. Ao observar ela, você fica feliz por seu croqui ter chegado bem
próximo da realidade, mas percebe que alguns detalhes ficaram esquecidos, como um
rebaixo que na foto não aparecia porque estava na parte posterior da peça e só tínhamos
a foto de um único ângulo.
Então, você se lembra que recentemente aprendeu sobre projeções ortogonais? E que
com elas, e suas respectivas normas, seria possível mostrar todos os detalhes dessa
peça? Fazendo o uso de uma escala de aço, podemos criar as vistas frontal, superior e
lateral esquerda, junto com as linhas contínuas e tracejadas, incluindo também suas
dimensões através de cotas. Chegou a hora de mais uma etapa, então.
Faça a projeção ortogonal da peça do nosso cliente, utilize uma escala 1:1, régua e
lapiseira. Destaque as linhas contínuas grossas das linhas contínuas estreitas como
linhas auxiliares e linhas de cotas. Não se esqueça também de usar as linhas tracejadas
para demonstrar os contornos não visíveis. Se for necessário, faça o uso de papel
milimetrado. E lembre-se do posicionamento das vistas na folha, seguindo a norma para
alinhamento entre a vista frontal e as vistas lateral e superior.
ETAPA 3 (Um novo projeto)
Agora sim, a equipe da produção poderá fabricar a peça com todos os detalhes sem
correr o risco de cometer um erro durante o processo por causa de falha no projeto. O
engenheiro líder fica feliz com sua evolução no aprendizado e logo começa a te passar
projetos mais complexos, sendo um deles auxiliar na digitalização do escritório de
projetos, a fim de criar um escritório virtual. Para isso, ele te entrega alguns projetos
feitos à mão para que você faça usando um sistema CAD, padronizado com as folhas de
projeto da empresa, usando uma folha com margem e legenda adequada.
Faça a projeção ortogonal do projeto a seguir utilizando escala e gere o arquivo em PDF,
seguindo a norma para alinhamento entre a vista frontal e as vistas lateral e superior.
Para que a empresa tenha o mesmo padrão de excelência em seus projetos, utilize o
modelo de legenda/carimbo da Figura 6 a seguir para criar o leiaute da folha A3 na etapa
3. Ainda posicione a legenda/carimbo no canto inferior direito em formato A3 na posição
6. paisagem. Você pode utilizar um programa CAD de sua preferência (solidworks, autocad,
sketchup, inventor...) ou pode também fazer à mão, mas lembre-se de manter as
medidas da peça em suas devidas proporções, em escala 1:2.
ETAPA FINAL Bom, chegamos ao fim da nossa jornada. Espero que o que tenha
começado em um simples rolar de roleta em um jogo da vida possa te servir de
conhecimento para a vida toda. O aprendizado de um engenheiro só termina quando a
vida chega ao final e é um imenso prazer poder fazer parte dessa sua jornada rumo ao
sucesso. Espero que tenha gostado desse MAPA e entendido todo o seu propósito.
Agora, você deverá compilar todas as informações em um único arquivo PDF para o
envio.