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consumo. O discurso de ambos, hoje,
não combina em nada com essa forma-
çào.
"Estamos numa epoca consun)ista
demais. Dinheiro é só consequência de
um trabalho legal e pode até atrapalhar'l
diz Luporini. "Tênho alma meio hippie.
Fico leliz com o mesmo carro, a mesma
bicicleta... Meu luxo é comprar uma má-
quina fotográfica'l afirma Prado. O dis-
curso surpreende quando se sabe que a
dupla criou um dos negócios de maior
suéesso do país e fatura milhões venden-
do vários produtos. Eles criaram a maior
estrela de vídeos na internet do Brasil e
da América Latina - a balrinha, gordu-
chae azulâcea Galinha Pintadinha.
Os que não convivem com crianças
pequenas talvez não saibam quem é a tal
êalinha, nem tenham ideia do poderio
econômico do bichinho. Tiata-se de uma
personagem infantil, existente na imagi-
nação popular há décadas, que em 2006
ganhou uma representação específica
pelas mãos dos dois sócios. Colocaram-
na em animações básicas, cantando mú-
sicas infantis conhecidas e de domínio
público, como'Atirei o pau no gato" ou
"O sapo não lava o pé". Hoje, a mascote
percorre o país em shows, estampa ceÍl-
ienas de produtos, como roupas, fraldas
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vos para celular.
Até dezembro, a continuar no ritmo
atual, o canal Galinha Pintadinha no
YouTübe superará a marca de 1 bilhao
de acessos. No mundo todo, essa audiên-
cia foi alcançada por um grupo restrito
de menos de 50 canais (nenhum deles
latino-americano), entre cerca de 1 mi-
lhão que ganham publicidade no You-
he (leia mais sobre o império Galinha
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julho, Prado e Luporini lançaram ani-
maçÕes em inglês e espanhol. A versão
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de acessos. Os sócios planejam fazer um
longa-metragem. Estima-se que seu fa-
turamento ultrapasse R$ 20 milhões.
Mesmo ao entrar nessa escala de ne-
gócios, Prado e Luporini mantêm o dis-
éurso de adeptos de uma filosoÍia que
poderíamos chamar de zen-empreen-
ãedorismo. Fazem parte da mais invejá-
vel espécie de milionário: os sujeitos
tranquilos, com horários fleíveis, que
administram o negócio com a mesma
serenidade com que pedalam suas bici-
cletas. A primeira vista, não é fácil en-
tender a estratégia dos dois.
No início, eles queriam tentar ganhar
mais algum dinheiro com música e fazer
DVDs com personagens infantis >
SMI
O estilo proprio dos
dois sócios que
enriqueceram com
a febre da Galinha
Pintadinha para
cuidar dos negocios
e do dinheiro
Marcos Coronato
e Rafael Ciscati
76 I ÉPocA 7 de out!bro de 2013
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Fotoi Fil pe Redondo/ÉPOCA
fazemos
de 1 bilhão de acessos
no YouTube, com o canal
Galinha Píntadinha
"Queríamos trabalhar com
música e fazer animações
irifantis com personagens
, variados. Um deles, a Galinha
. Pintadinha, fez suoesso'
"Pensávamos em trabalhar
com 13 personagens e
ter projetos paralelos.
Hoje, a Galinha Pintadinha
ocupa o centro da nossá
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parcerias. Pràferimos dividir
o lucro com parceiros e
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EMPREENDEDORISMO
variados, a Galinha entre eles. Luporini
pensava mais no sucesso de público -
que ele chama de "patrimônio intelec-
tual" - do que em como transformá-lo
em dinheiro. Prado diz que pensava em
conseguir um complemento de renda
-"uns R$ 1.500 por mês para cada um".
O sucesso começou Por tentativa e
erro. Isso depois se revelaria uma im-
portante qualidade no jeito como a
dupla faznegócios. Em 2006, colocaram
um desenho animado na internet, ape-
nas para mostrar uma das mascotes a
um cliente potencial. Havia no forno
mais 13 animações, com ou
personagens. O negócio não
fechado. Aquela primeira ani
mação da Galinha, porém,
nou-se um fenômeno. Nos
meses seguintes, foi vista 5
mil vezes e ganhou comentário
simpáticos. Animou-os a dar
passo segulnte.
Ignorando o plano original,
a Galinha atropelou todos o
outros personagens que
e Luporini tinham
Tornou-se a musa da dupla. Eles
rece lições valiosas a quem pensa em
abrir um negócio.
Os dois sócios acertaram, principal-
mente, ao abraçar os erros e os impre-
vistos, sem nunca abrir mão da simpli-
cidade e da flexibilidade. A criação deles
não é especialmente original nem edu-
cativa. Ao fazer as primeiras animaçÕes,
não chegaram a pensar numa falra etá-
ria específica a agradar. A Galinha e os
outros personagens de sua turma, com
cores fortes, movimentos limitados e
músicas fáceis de decorar, hipnotizaram
cnanças com menos de 5 anos de idade.
É um público bom, que gosta
de repetição e não pede novi-
dades. Mas também delicado,
porque depende da decisão dos
pais para comprar produtos ou
assistir aos vídeos. Nenhum dos
dois sócios tinha filhos nessa
idade quando veio o sucesso.
Desde 2008, perceberam que
esse era seu público e o adota-
ram. Como resultado, crianças
e pais lotam os shows, compram
os DVDs, procuram os brin-
quedos e assistem aos vídeos
Com a palavra, uma especialista,
Isabelly Vital, de 3 anos de idade. Ela
fica embevecida ao ver e ouvir a can-
toria da personagem nos DVDs e no
YouTube. Diante de um questiona-
mento do pai, Cristiano Vital, aos as-
pectos estéticos da Galinha, Isabelly
reage com veemência:'A Galinha é
muito'munita'!". E fim de papo.
Com o crescimento dos últimos cin-
co anos, a maior fonte de receita da em-
presa dos dois sócios, a Bromélia Filmi-
nhos, passou a ser o licenciamento de
produtos. A marca é administrada pela
'f iriii::
Os criadores
daGalinha: os
publicitários Marcos
Luporini (àesq.),de
43 anos, e Juliano
Prado íà dir.),de 42,
sócios da Bromélia
Filminhos, de
Campinas, São Paulo
A GALINHA
E SEUS
PINIINHOS
PUBLICIDADE DIGITAL
B3O MILHOES
DE ACESSOS
NO YOUTUBE
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1,5 MILHAO
DVDs
DE UNIDADES
VENDIDAS
Como um
negocio cresceu
muito além do
que esperavam
seus criadores
O primeiro "produto" Galinha
Pintadinha foi um vídeo de
demonstraÇâo, colocado no ar
em 2006. Hoje, é o maior canal
do YouTube na América Latina
O primeiro DVD foi lançado
em 2008. O terceiro, lançado
em2012,foi o segundo mais
vendido do ano, atrás da
cantora britânica Adele
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mandaram fazer um primeiro lote de
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a duração daquele sucesso. Venderam
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ca das 400 mil cópias. Quase disputou
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dança no plano original, a Galinha
atropelou também a maior parte dos
projetos paralelos que os sócios ti-
nham, em cinema e música. Tornou-se
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C
*
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Redibra, que também cuida do licencia_
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Santana. No dia em que recebeu ÉPOCA,
Prado avaliava três galinhas marrons de
pelúcia. Marrons? A estrela da festa é azul
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nhamento de um coro de três outias
galinhas: verde, lilás e cor-de-rosa _ tudo
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nual de identidade visual. por que gali_
nhas marrons? "precisáva-o, da"r-
teste rápido com materiais diferentes,
para experimentar a maciez.Não preci_
savam vir na cor certa", diz prado.
Enquanto Luporini se concentra na
produção musicai, prado tem se dedica_
do mais à administração da marca. Hoje,
isso significa tomar decisÕes como vetar meiro lugar, quando começaram a pro_
o uso da Galinha em. refrigeranres, mas duzir, nàã se c;.p;;;;;;rm com mui_
permiti-lo em-papel higiênico.Ao mes_ tos gastos Íixos. Um realizadormenos
mo tempo,.a dupla defende na Justiça o insplrado t..*,lo;;;;J!ri_.i.or rirui,
que considera ser seu direito sobre a poiitiuos, instaladã u.rir"ru num imó_
personagem. A base de uma guerra de i,a _rir'.r.àl;;;;;i;ã; uma equipe
decisões temporárias, o produior teatral -aio, e ."_ú;á;;;ir*."qripu_..rto.
Benedito Maciel (ou Maiiel Fama, como prado e frpo.irri ,"guiram out.o ca_
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f.mila1.
Fte argumenta qui a Galúha o -..iuàã. Àilid;üo interesse se
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a popularidade da Galinha. prado diz diz Marcelo N"k;g;;",;;;fessor da es_
que continuará a enfrenrar empresários cola de negocios t?;p..iiàr" erros co_
que tentem usar a marca. muns subeitimr.;;ã; iii.iul. o pru_
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rados na personagem azul. A Gaiinia nhàu.sede prOp.ir, u_u cusa despojudu
está presente em pintura de unhas, rou_ ,u.', bui..o'n;-b;;;;ê;;tnas.Apenas
pinhas costuradas em casa, docinhos
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n.ri" ano ela foi reformada. Mantém o
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produtos não rendem nenhum direito .a estudantil. O
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paradamente, eles falam de forma pare_ sócios e sete funcionáiios..,.Gosto que a
cida, e com gosto, dessa producãó nao .-p..ru seja enxutinha, como uma ban_
autorizada, inspirada eT sul persona_ aa,i aizp."a., erriÃ,-_".iemos a cul_
gem. Para a dupla, a distribuiçao da tu.rd.rturt_up:;Éi";;*Íê;.àsempre_
prosperidade criada oela personagem sas iniciante.,'rú;;
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infantil que os enriquá*, ujuau p.{u.- ia.ii .n.orr,rar flexibilidade e fervilha_
nos produtores artesanais e ainda fun- mento de ideias, normalmente bem mais
ciona como dilulgação. raros em companhias maiores. euando
A dupla revela grande sabedoria fi- ,,rrg" u-u n-ova frente de negócios,
nanceira ao explicar os fundamentos de .oüo p.çu, teatrais ou aplicativos para
seuzen-empreendedorismo.Aestratégia celular, a dupla au Cuii".frã pintadinha
de expansão da
9mp1e1a se apoiou. ém simplesmenà f.;h";;i;;*a parceria
parte na personalidade frugal de ambos, e dáxa que terceiros conduzam a ativi-
em parte nas boas nocõ5; de negócios dade. Elàs a,,ali;,6;;ià'Ã (o,r rrao)
que adquiriram na faculdade. Eri pri_ _.,á-p* n.urn .o_ ià*. ao t,r..o. a
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Janeiro, o outro em turnê
que deve percorrer mais de
20 cidades neste sêmestre
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Os criadores colocaram a Galinha
Pintadinha em tablet, mas não
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que cuida também da Coca-Cola
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nha. Outros empreendedores não têm
tanta sorte. As frnanças são o principal
tema de dúvidas atendidas pelo Sebrae
em São Paulo. Para superar as dificul-
dades, é possível aprender com as li-
ções de outros empreendedores que já
viraram milionários.
O empresário Daniel Mendez, de
Campinas, organiza serviços de refei-
ção para outras empresas. Ele cuida do
restaurante de grandes empregadores,
como Fiat, Petrobras e Vale. Quando
pensou em abrir o negócio, acreditava
conhecer o fundamental para lidar
bem com dinheiro, graças aos exem-
plos que recebera do pai - todos nega-
tivos, como ocorre em muitas famílias.
"Meu pai era desorganizado. Num
momento, tivemos quatro carros. Em
outro, minha mãe estava preocuPada
em esconder eletrodomésticos para
que os cobradores não os encontras-
sem", diz. Deu um ousado passo inicial
para abrir o negócio: raspou o Fundo
de Garantia e vendeu o carro. O risco,
porém, era calculado. Ele trabalhara
por cinco anos em outra empresa de
refeições corporativas. Antes disso, ti-
vera emprego em hotéis. Conhecia o
ramo. Deu certo. Em 1992, seu fatura-
mento cresceu rápido. No primeiro
ano, chegou a R$ 1,8 milhão.
Em 1995, ganhava R$ 10 milhões
por ano. Naquele momento, não sabia
se conseguiria transformar a grande
receita em lucro, por causa dos altos
custos da operação. Tratou de cuidar
da questão pessoalmente. A medida
que a empresa crescia, num mercado
já ocupado por concorrentes muito
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gastos no que fosse importante para se
diterenciar (por exemplo, permitir que
um mesmo refeitório oferecesse tipos
diferentes de refeições, para que o fun-
cionário escolhesse), ao mesmo tempo
que continha as despesas gerais com
lupa (mobiliou a empresa frequentan-
do leilões de móveis). Esse tipo de con-
trole funcionou até Mendez perceber
que precisava trazer mais conhecimen-
to financeiro para dentro da comPa-
nhia. Entre 2003 e 2005, reformulou a
adn-rinistração, até atender aos padrões
de organização e transparência neces-
sários para que o BNDES comPrasse
uma participação. "O fundador da em-
presa tem de ficar atento a alguns si-
nais de perigo',, afirma o consultor fi-
nanceiro Laecio Barreiros. "Se ele for
ótimo na áreaÍéçnica, mas não enten-
der de finanças, precisa lÍazer para o
negócio um sócio ou funcionário que
61 ANoS
Faturou R$ 1O milhões em
1995 (três anos depois
de fundar a empresa) e o
primeiro bilhão em 2Ol2
MINHAHISTÓRIA
"Írleu pai, como eu, foi garçom
e empreendedor. Mas era
desorganizado. Por causa
desse exemplo, sou muito
cuidadoso com dinheiro'
MEU ERRO
''Fui centralizador com as
finanças durante rempo
demais. No começo, é
hom conrrolar tudo de
perto. Ouando a empresa
cresce, você Pode
começar a atraPalhar"
MINHADICA
''Receber um sócio investidor
loi importante por causa do
capital, mas tambem pela :.:,
mel horia da organizaçáo"
As estratégias dos empreendedores que
conseguiram superar as tentações financeiras
e ultrapassar a barreira do milhão em receitas
O GARÇOM OUE SERVE 1 MILHÃO
DANIEL MENDEZ
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Como um negócio cresceu muito além do que esperavam seus criadores: a história da Galinha Pintadinha

  • 1. A história 0 no primeiro turno" na área de www.epoca.com.br oi aE zd oí N: N^= : O- -o -6 :s :N o o a o z U) o I ü I I a 0 do Hanks - do aeroporto, 0 §, Êi '- it§ trço§§ DE QUEM GANHOU O INCRíVEL SUCESSO DA PERSONAGEM INFANTIL BRA§ILEIRA, ESTRELA DE 6(}0 PRODUTOS - E PRESTES A ATINGIR A MARCA INÉDffA DE 1 BILHÃO DE ACE§SOS NA INTERNET i] i É o t l I l o .t tr
  • 2. DA GA EMPREENDEDORISMO N HOES INHA INHA r ntes de faturar milhões meio ,t que sem querer. os amigos Julia- , I no Prado e [arcos LuPorini ate A panruram em enrrar no ntsrca- I I:'""ff,:r,:1::,1:n:".:xff tração, e Luporini, publicidade - dois cursos que dificilmente seriam acusados de fbrmar contestadores do mercado de consumo. O discurso de ambos, hoje, não combina em nada com essa forma- çào. "Estamos numa epoca consun)ista demais. Dinheiro é só consequência de um trabalho legal e pode até atrapalhar'l diz Luporini. "Tênho alma meio hippie. Fico leliz com o mesmo carro, a mesma bicicleta... Meu luxo é comprar uma má- quina fotográfica'l afirma Prado. O dis- curso surpreende quando se sabe que a dupla criou um dos negócios de maior suéesso do país e fatura milhões venden- do vários produtos. Eles criaram a maior estrela de vídeos na internet do Brasil e da América Latina - a balrinha, gordu- chae azulâcea Galinha Pintadinha. Os que não convivem com crianças pequenas talvez não saibam quem é a tal êalinha, nem tenham ideia do poderio econômico do bichinho. Tiata-se de uma personagem infantil, existente na imagi- nação popular há décadas, que em 2006 ganhou uma representação específica pelas mãos dos dois sócios. Colocaram- na em animações básicas, cantando mú- sicas infantis conhecidas e de domínio público, como'Atirei o pau no gato" ou "O sapo não lava o pé". Hoje, a mascote percorre o país em shows, estampa ceÍl- ienas de produtos, como roupas, fraldas e tablets, e estimula a venda de aplicati- vos para celular. Até dezembro, a continuar no ritmo atual, o canal Galinha Pintadinha no YouTübe superará a marca de 1 bilhao de acessos. No mundo todo, essa audiên- cia foi alcançada por um grupo restrito de menos de 50 canais (nenhum deles latino-americano), entre cerca de 1 mi- lhão que ganham publicidade no You- he (leia mais sobre o império Galinha Pintadinha no quadro da página 7 8 ). Em julho, Prado e Luporini lançaram ani- maçÕes em inglês e espanhol. A versão espanhola registra mais de 200 milhÕes de acessos. Os sócios planejam fazer um longa-metragem. Estima-se que seu fa- turamento ultrapasse R$ 20 milhões. Mesmo ao entrar nessa escala de ne- gócios, Prado e Luporini mantêm o dis- éurso de adeptos de uma filosoÍia que poderíamos chamar de zen-empreen- ãedorismo. Fazem parte da mais invejá- vel espécie de milionário: os sujeitos tranquilos, com horários fleíveis, que administram o negócio com a mesma serenidade com que pedalam suas bici- cletas. A primeira vista, não é fácil en- tender a estratégia dos dois. No início, eles queriam tentar ganhar mais algum dinheiro com música e fazer DVDs com personagens infantis > SMI O estilo proprio dos dois sócios que enriqueceram com a febre da Galinha Pintadinha para cuidar dos negocios e do dinheiro Marcos Coronato e Rafael Ciscati 76 I ÉPocA 7 de out!bro de 2013 - Fotoi Fil pe Redondo/ÉPOCA
  • 3. fazemos de 1 bilhão de acessos no YouTube, com o canal Galinha Píntadinha "Queríamos trabalhar com música e fazer animações irifantis com personagens , variados. Um deles, a Galinha . Pintadinha, fez suoesso' "Pensávamos em trabalhar com 13 personagens e ter projetos paralelos. Hoje, a Galinha Pintadinha ocupa o centro da nossá vida profissional" parcerias. Pràferimos dividir o lucro com parceiros e manter a empresa enxuta, como uma bandd t. ã r*- ,:&s-: = ,€ # :&:rY. !í: .!i.:{j ,;. * ''t -1 4..
  • 4. EMPREENDEDORISMO variados, a Galinha entre eles. Luporini pensava mais no sucesso de público - que ele chama de "patrimônio intelec- tual" - do que em como transformá-lo em dinheiro. Prado diz que pensava em conseguir um complemento de renda -"uns R$ 1.500 por mês para cada um". O sucesso começou Por tentativa e erro. Isso depois se revelaria uma im- portante qualidade no jeito como a dupla faznegócios. Em 2006, colocaram um desenho animado na internet, ape- nas para mostrar uma das mascotes a um cliente potencial. Havia no forno mais 13 animações, com ou personagens. O negócio não fechado. Aquela primeira ani mação da Galinha, porém, nou-se um fenômeno. Nos meses seguintes, foi vista 5 mil vezes e ganhou comentário simpáticos. Animou-os a dar passo segulnte. Ignorando o plano original, a Galinha atropelou todos o outros personagens que e Luporini tinham Tornou-se a musa da dupla. Eles rece lições valiosas a quem pensa em abrir um negócio. Os dois sócios acertaram, principal- mente, ao abraçar os erros e os impre- vistos, sem nunca abrir mão da simpli- cidade e da flexibilidade. A criação deles não é especialmente original nem edu- cativa. Ao fazer as primeiras animaçÕes, não chegaram a pensar numa falra etá- ria específica a agradar. A Galinha e os outros personagens de sua turma, com cores fortes, movimentos limitados e músicas fáceis de decorar, hipnotizaram cnanças com menos de 5 anos de idade. É um público bom, que gosta de repetição e não pede novi- dades. Mas também delicado, porque depende da decisão dos pais para comprar produtos ou assistir aos vídeos. Nenhum dos dois sócios tinha filhos nessa idade quando veio o sucesso. Desde 2008, perceberam que esse era seu público e o adota- ram. Como resultado, crianças e pais lotam os shows, compram os DVDs, procuram os brin- quedos e assistem aos vídeos Com a palavra, uma especialista, Isabelly Vital, de 3 anos de idade. Ela fica embevecida ao ver e ouvir a can- toria da personagem nos DVDs e no YouTube. Diante de um questiona- mento do pai, Cristiano Vital, aos as- pectos estéticos da Galinha, Isabelly reage com veemência:'A Galinha é muito'munita'!". E fim de papo. Com o crescimento dos últimos cin- co anos, a maior fonte de receita da em- presa dos dois sócios, a Bromélia Filmi- nhos, passou a ser o licenciamento de produtos. A marca é administrada pela 'f iriii:: Os criadores daGalinha: os publicitários Marcos Luporini (àesq.),de 43 anos, e Juliano Prado íà dir.),de 42, sócios da Bromélia Filminhos, de Campinas, São Paulo A GALINHA E SEUS PINIINHOS PUBLICIDADE DIGITAL B3O MILHOES DE ACESSOS NO YOUTUBE -rv 1,5 MILHAO DVDs DE UNIDADES VENDIDAS Como um negocio cresceu muito além do que esperavam seus criadores O primeiro "produto" Galinha Pintadinha foi um vídeo de demonstraÇâo, colocado no ar em 2006. Hoje, é o maior canal do YouTube na América Latina O primeiro DVD foi lançado em 2008. O terceiro, lançado em2012,foi o segundo mais vendido do ano, atrás da cantora britânica Adele 78 ÉPoca 7 de outubro de 2ol3 r tor- seis Esta reportagenr faz parte do Empreenda. Particlpe, inspíre-se e empreenda l4ovimen!o mandaram fazer um primeiro lote de 1.000 DVDs, ainda com dúvidas sobre a duração daquele sucesso. Venderam 15 mil unidades só em 2008. No ano passado, o terceiro DVD passou a mar- ca das 400 mil cópias. Quase disputou a liderança de vendas no país com a cantora britânica Adele. Em outra mu- dança no plano original, a Galinha atropelou também a maior parte dos projetos paralelos que os sócios ti- nham, em cinema e música. Tornou-se a principal ocupação profissional de ambos. A história impressiona - e ofe- C * * * i
  • 5. Redibra, que também cuida do licencia_ mento da Coca-Cola e do cantor Luan Santana. No dia em que recebeu ÉPOCA, Prado avaliava três galinhas marrons de pelúcia. Marrons? A estrela da festa é azul com pintinhas brancas. E tem o acompa_ nhamento de um coro de três outias galinhas: verde, lilás e cor-de-rosa _ tudo minuciosamente detalhado num ma_ nual de identidade visual. por que gali_ nhas marrons? "precisáva-o, da"r- teste rápido com materiais diferentes, para experimentar a maciez.Não preci_ savam vir na cor certa", diz prado. Enquanto Luporini se concentra na produção musicai, prado tem se dedica_ do mais à administração da marca. Hoje, isso significa tomar decisÕes como vetar meiro lugar, quando começaram a pro_ o uso da Galinha em. refrigeranres, mas duzir, nàã se c;.p;;;;;;rm com mui_ permiti-lo em-papel higiênico.Ao mes_ tos gastos Íixos. Um realizadormenos mo tempo,.a dupla defende na Justiça o insplrado t..*,lo;;;;J!ri_.i.or rirui, que considera ser seu direito sobre a poiitiuos, instaladã u.rir"ru num imó_ personagem. A base de uma guerra de i,a _rir'.r.àl;;;;;i;ã; uma equipe decisões temporárias, o produior teatral -aio, e ."_ú;á;;;ir*."qripu_..rto. Benedito Maciel (ou Maiiel Fama, como prado e frpo.irri ,"guiram out.o ca_ ele prefere ser chamado) vem conseguin_ minho. Fizeram uma vãrsào minimalis_ do fazer shows com uma personagem ta do que poderiam oferecer e sondaram f.mila1. Fte argumenta qui a Galúha o -..iuàã. Àilid;üo interesse se Pintadinha pertence à culiura popular e confirmou, tanto do publico quanto de quesuaversãodapersonagem.ésuâcien_ parceiros, "1., .o_áçárurn u investir temente diferente da desenhadapor pra_ -uir.,,otí_irã;;;;;.rerística do do e Luporini. Os dois la.los seglem em eÀp.e.ndedor, mas ele precisa temperar disputa - e todos seguem jucra"ndo com irro .o- realismo ao pensar nas contas,] a popularidade da Galinha. prado diz diz Marcelo N"k;g;;",;;;fessor da es_ que continuará a enfrenrar empresários cola de negocios t?;p..iiàr" erros co_ que tentem usar a marca. muns subeitimr.;;ã; iii.iul. o pru_ ,^ ll:.1:^T:T, g": sosra da p.rgtusão zo paÍareceber pugí-.rãr." oe servrÇos e produtos artesanais inspi_ Só no. ano pàrüdo, a Bromélia ga_ rados na personagem azul. A Gaiinia nhàu.sede prOp.ir, u_u cusa despojudu está presente em pintura de unhas, rou_ ,u.', bui..o'n;-b;;;;ê;;tnas.Apenas pinhas costuradas em casa, docinhos " n.ri" ano ela foi reformada. Mantém o enfeites caseiros de festas infantis. Esses jeiiao levemente bagunçado de repúbli_ produtos não rendem nenhum direito .a estudantil. O "riif.ã J" império Ga_ autoral a Luporini e prado. Mesmo se_ linha pintadi"h";t;Ê" "penas os dois paradamente, eles falam de forma pare_ sócios e sete funcionáiios..,.Gosto que a cida, e com gosto, dessa producãó nao .-p..ru seja enxutinha, como uma ban_ autorizada, inspirada eT sul persona_ aa,i aizp."a., erriÃ,-_".iemos a cul_ gem. Para a dupla, a distribuiçao da tu.rd.rturt_up:;Éi";;*Íê;.àsempre_ prosperidade criada oela personagem sas iniciante.,'rú;; "À'qr" é mais infantil que os enriquá*, ujuau p.{u.- ia.ii .n.orr,rar flexibilidade e fervilha_ nos produtores artesanais e ainda fun- mento de ideias, normalmente bem mais ciona como dilulgação. raros em companhias maiores. euando A dupla revela grande sabedoria fi- ,,rrg" u-u n-ova frente de negócios, nanceira ao explicar os fundamentos de .oüo p.çu, teatrais ou aplicativos para seuzen-empreendedorismo.Aestratégia celular, a dupla au Cuii".frã pintadinha de expansão da 9mp1e1a se apoiou. ém simplesmenà f.;h";;i;;*a parceria parte na personalidade frugal de ambos, e dáxa que terceiros conduzam a ativi- em parte nas boas nocõ5; de negócios dade. Elàs a,,ali;,6;;ià'Ã (o,r rrao) que adquiriram na faculdade. Eri pri_ _.,á-p* n.urn .o_ ià*. ao t,r..o. a sHows 24 ESPEIÁCULOS POR MES Dois grupos fazem os shows 'bficiais" - um fixo no Rio de Janeiro, o outro em turnê que deve percorrer mais de 20 cidades neste sêmestre LICENCIAMENTO 600 PRODUTOS LEVAM A MARCA Os criadores colocaram a Galinha Pintadinha em tablet, mas não em refrigérante. A administradora dos licenciamentos é a Redibra, que cuida também da Coca-Cola 7 dê outubro de Fotosi divulgação , ÉPocA I 79 I -/ Çs r 0 t ;,;t t r I aa, a rt T
  • 6. Gomoganheio primeiromilhão EMPREENDEDORISMO Marcos Coronato, Graziele Oliveira e Rafael Ciscati 1|f anhar o primeiro milhào nào fii l:i":il:,ilãlff ff J,xli o:: nha. Outros empreendedores não têm tanta sorte. As frnanças são o principal tema de dúvidas atendidas pelo Sebrae em São Paulo. Para superar as dificul- dades, é possível aprender com as li- ções de outros empreendedores que já viraram milionários. O empresário Daniel Mendez, de Campinas, organiza serviços de refei- ção para outras empresas. Ele cuida do restaurante de grandes empregadores, como Fiat, Petrobras e Vale. Quando pensou em abrir o negócio, acreditava conhecer o fundamental para lidar bem com dinheiro, graças aos exem- plos que recebera do pai - todos nega- tivos, como ocorre em muitas famílias. "Meu pai era desorganizado. Num momento, tivemos quatro carros. Em outro, minha mãe estava preocuPada em esconder eletrodomésticos para que os cobradores não os encontras- sem", diz. Deu um ousado passo inicial para abrir o negócio: raspou o Fundo de Garantia e vendeu o carro. O risco, porém, era calculado. Ele trabalhara por cinco anos em outra empresa de refeições corporativas. Antes disso, ti- vera emprego em hotéis. Conhecia o ramo. Deu certo. Em 1992, seu fatura- mento cresceu rápido. No primeiro ano, chegou a R$ 1,8 milhão. Em 1995, ganhava R$ 10 milhões por ano. Naquele momento, não sabia se conseguiria transformar a grande receita em lucro, por causa dos altos custos da operação. Tratou de cuidar da questão pessoalmente. A medida que a empresa crescia, num mercado já ocupado por concorrentes muito maiores, Mendez resolveu concentrar gastos no que fosse importante para se diterenciar (por exemplo, permitir que um mesmo refeitório oferecesse tipos diferentes de refeições, para que o fun- cionário escolhesse), ao mesmo tempo que continha as despesas gerais com lupa (mobiliou a empresa frequentan- do leilões de móveis). Esse tipo de con- trole funcionou até Mendez perceber que precisava trazer mais conhecimen- to financeiro para dentro da comPa- nhia. Entre 2003 e 2005, reformulou a adn-rinistração, até atender aos padrões de organização e transparência neces- sários para que o BNDES comPrasse uma participação. "O fundador da em- presa tem de ficar atento a alguns si- nais de perigo',, afirma o consultor fi- nanceiro Laecio Barreiros. "Se ele for ótimo na áreaÍéçnica, mas não enten- der de finanças, precisa lÍazer para o negócio um sócio ou funcionário que 61 ANoS Faturou R$ 1O milhões em 1995 (três anos depois de fundar a empresa) e o primeiro bilhão em 2Ol2 MINHAHISTÓRIA "Írleu pai, como eu, foi garçom e empreendedor. Mas era desorganizado. Por causa desse exemplo, sou muito cuidadoso com dinheiro' MEU ERRO ''Fui centralizador com as finanças durante rempo demais. No começo, é hom conrrolar tudo de perto. Ouando a empresa cresce, você Pode começar a atraPalhar" MINHADICA ''Receber um sócio investidor loi importante por causa do capital, mas tambem pela :.:, mel horia da organizaçáo" As estratégias dos empreendedores que conseguiram superar as tentações financeiras e ultrapassar a barreira do milhão em receitas O GARÇOM OUE SERVE 1 MILHÃO DANIEL MENDEZ 80 I ÉPoca I 7 dê outubro de 2ol3 Fotos: Letícla lúoreira/EPOCA §§ § d f I § E s § § I § I o f I { s () E ô § § § I § I 0 f o f § ô s § § o o o ú § a, o § o § § í § § §ÉÉ