O documento descreve a crise no setor aéreo brasileiro conhecida como "apagão aéreo", que foi desencadeada pelo acidente do voo Gol 1907 em 2006. Fatores como greves de controladores de voo, falhas em equipamentos de radares e a falência da Varig contribuíram para atrasos e cancelamentos generalizados de voos no período.
2. A crise no setor aéreo brasileiro ou "apagão aéreo" ,como divulgado pela imprensa, é uma série de colapsos no transporte aéreo que foram deflagrados após o acidente do vôo Gol 1907. O nome adotado para se referir a crise faz alusão ao Escândalo do apagão, episódio que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica no Brasil.
3. Greve Greve é a cessação coletiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo.Ir para: navegação, pesquisa Greve branca: Mera paralisação de atividades, desacompanhada de represálias. Operação-padrão: Consiste em seguir rigorosamente todas as normas da atividade, o que acaba por retardar, diminuir ou restringir o seu andamento. É uma forma de protesto que não pode ser contestada judicialmente, sendo muito utilizada por categorias sujeitas a leis que restringem o direito de greve, como as prestadoras de serviços considerados essenciais à sociedade, por exemplo. É muito utilizada por ferroviários, metroviários, controladores de vôo e policiais de alfândega, entre outros
4. Antecedentes As dificuldades no transporte aéreo brasileiro tornaram-se públicas após a crise financeira da companhia aérea Varig, que em poucos meses deixou de operar várias rotas domésticas e internacionais. Isso ocorreu devido à falta de aeronaves, retomadas por credores dada a falta de pagamento de contratos de arrendamento. As outras companhias aéreas demoraram a absorver os passageiros deixados pela Varig. É importante ressaltar a interferência política antes do início da crise. Em 24 de setembro de 2006 ocorreu um churrasco em Brasília organizado pelo deputado federal Alberto Fraga PFL-DF e os convidados foram os controladores de vôo. A reunião teria ocorrido com a intenção de angariar votos para a eleição do referido deputado. Foram feitas promessas de "apoio logístico para os controladores em suas reivindicações salariais". Houve a revelação de que um "grupo internacional estaria interessado na privatização do sistema de controle aéreo brasileiro. Só privatizando, explicou o deputado, seria possível aumentar os salários." (Revista Isto É, de 29 de novembro de 2006)
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6. Falhas de equipamentos A primeira falha de equipamento noticiada que ocorreu na crise foi em 20 de outubro de 2006, quando uma pane no centro de processamento de dados obrigou o Cindacta 2 a desligar o sistema de radar no Sul do país, o que provocou atraso de até 3 horas e 40 minutos em pelo menos 146 vôos comerciais na região. No dia anterior, o centro de processamento de dados do Cindacta 2 já tinha apresentado problemas. Durante 2 horas, os vôos foram monitorados pela operação convencional, em que são feitos contatos por rádio entre o piloto e os controladores, o que é mais lento do que o sistema com radar.