Barrado no Plano Nacional de Educação (PNE) pela Câmara dos Deputados, o trecho que trata do ensino da ideologia de gênero nas escolas brasileiras está nas mãos dos municípios, que devem individualmente legislar sobre o assunto. Em Ribeirão Pires, as discussões têm sido acaloradas. Durante sessão ordinária da Câmara de vereadores da Estância nesta quinta feira (18), o plenário estava lotado de munícipes, favoráveis e contrários ao Projeto de Lei do Plano Municipal de Educação. Durante essa quarta-feira (17), um grupo de mulheres contraria as medidas visitou os gabinetes dos parlamentares coletando assinaturas dos edis como forma de pressão para a supressão total do tema Ideologia de Gênero do texto da Lei. 11535212_652356551575400_1386268_oA ativista contrária a inserção da “Ideologia de Gênero”, Bárbara Machado de Souza, professora, arte educadora, moradora em Ribeirão Pires e evangélica, disse ao caso de política não ser contraria aos movimentos GLBT’s e a outros grupos que defende essa ideia. “Não sou contra a igualdade, mas a favor da igualdade de todos. Mas tenho como entendimento que a ideologia de gênero nas escolas será contra a uma série de princípios que defendo. O debate é importante mas querer impor essas ideias a crianças é inaceitável”, disse Bárbara. Abaixo, segue texto de Bárbara lido da Tribuna Popular. Um defensor da “Ideologia de Gênero”, o qual solicitou anonimato, nos prestou o seguinte depoimento: “Quando se fala que a questão de gênero e orientação sexual deve ser abordada na escola e não na família, esquece que para nós a família não é aquela de comercial de margarina, muitas vezes a família é agressiva contra o homossexual, o travesti. A família não pode ser o único lugar a discutir essa questão, a escola é lugar de transformação e não de manter preconceito. Deus é amor, é tolerância! Ninguém quer acabar com a família e sim expandir este conceito, despadronizar a família homem-mulher. Família é cuidado e carinho, não importa se são dois homens, uma mãe solteira, uma avó que cuida dos netos, duas amigas. As diferenças existem, mas não podem significar desigualdade. Apanhei muito por ser lésbica e agressões devem ser combatidas e acredito que o ambiente escolar seja também indicado. Esta casa de leis tem que ser neutra e não defender lados ou religiões”, disse.