O documento discute o papel da proteína p7 do vírus da hepatite C no desencadeamento da inflamação hepática. A pesquisa sugere que a atividade de canal de prótons da proteína p7 altera o pH intracelular, ativando o inflamassomo NLRP3 em macrófagos e levando à produção da citocina pró-inflamatória IL-1β. Isso suporta a hipótese de que a p7 contribui para a inflamação crônica associada à hepatite C.
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Seminário - Imunologia.pptx
1.
2. Introdução
O vírus
•Vírus da Hepatite C – HCV
•Família – Flaviviridae
•Gênero – Hepacivirus
•Se aloja no fígado
•Sofre mutações com alta frequência
A doença
•Uma das mais severas infecções transmitidas pelo sangue;
•Cerca de 3% da população mundial está infectada;
•Cerca de 170 milhões de pacientes crônicos tem o risco de desenvolver
cirrose ou câncer de fígado.
3. A Inflamação do Fígado
Infectados
por HCV
75–85%
Infecção
Crônica
2/3
doenças do
fígado
5 a 20%
cirrose
Existência
persistente do
vírus no corpo por
mais do que 6
meses
5. Diversos estudos correlacionam a Hepatite C crônica com os elevados
níveis de citocinas inflamatórias
•Múltiplas vias de sinalização do sistema da imunidade inata são ativadas em
resposta à infecção pelo vírus
• Sabe-se que um dos mediadores fundamentais da imunidade inata contra
infecções virais é o processamento e liberação de citocinas pró-
inflamatórias
•HCV aumenta os níveis de citocinas proinflamatórias como IL - 1β nos
macrófagos do fígado via ativação do inflamassomo NLRP3
O mecanismo molecular no qual o HCV estimula a inflamação hepática ainda
não foi esclarecido
A Inflamação do Fígado
7. PAMPs
TLR NF-kB
RNAm IL-
1 β
Precursores da
IL-1 β
Inflamassomo
NLRP3
Caspase 1
Toxinas
microbianas
Danos na
membrana
lisossomal
Atividade
da p7
Produção de IL-1β
A produção de IL-1β ativa requer 2 sinais:
IL-1β
ATIVA
Para infecções por HCV, o mecanismo de ativação do NLRP3 não está esclarecido
8. A Viroporina do HCV
•O HCV possui genoma de RNA
•Uma única ORF que codifica uma poliproteína com cerca de 3000 aminoácidos
Adaptado de Scheel and Rice, 2013
9. A Viroporina do HCV
•63 aminoácidos
•Classe II A
•Possui seletividade para cátions (Ca2+, K+ e Na+) e condutância intracelular de H+
•Tem sido estudada como um potencial alvo de drogas anti-HCV
Adaptado de Nieva et al, 2012
10. •Afeta a permeabilidade da membrana e o gradiente de pH de diversos
compartimentos celulares
•Ajuda na montagem e liberação do vírus
Adaptado de Nieva et al, 2012
11. A pesquisa
Propõe que:
•A atividade da p7 pode fornecer o segundo sinal para a produção de
IL-1β em macrófagos do fígado.
•Essa atividade altera o pH intracelular, tornando-se um possível
mecanismo patológico para a inflamação associada à Hepatite C
12. Hipótese:
p7 atua como um canal de prótons, afetando o pH intracelular
Método:
•Construção de p7 de 4 diferentes genótipos expressadas em células HEK 293
•pH intracelular monitorado através de uma sonda com alta fluorescência em
condições ácidas e em menor intensidade em condições neutras ou básicas
Resultados:
•A expressão de p7 reduziu significativamente a intensidade de fluorescência
para todos os genótipos, comparado ao controle
•Isso indica que houve perda da acidez na presença de p7
Alteração do pH intracelular
14. Produção de IL-1β
Hipótese:
p7 possui papel na ativação do inflamassomo NLRP3 através do transporte de H+
Método:
•Construção de p7 de 4 diferentes genótipos expressadas em macrófagos RAW
264.7 com iniciador LPS
•24 h após a transfecção, o sobrenadante foi coletado e a presença de IL-1β foi
analisada usando o método de ELISA
•Tratamento com a droga Rimantadina, para confirmar o efeito da p7 nos níveis
de IL-1β
•Tratamento com Monensina, um carreador que simula a atividade de p7
através da exportação de H+
Resultados:
•A expressão de p7 aumentou significativamente os níveis de IL-1β nos
macrófagos com iniciador LPS;
•O transporte de H+, bem como a alteração do pH vesicular causada por p7 pode
engatilhar a ativação do inflamassomo e contribuir para a produção de IL-1β
17. Conclusão
O trabalho analisou o papel da proteína p7 de HCV como um canal de íon
intracelular e sugere um papel desta proteína na resposta imune e
subsequente inflamação à infecção por HCV;
Este é o primeiro trabalho de expressão da p7 recombinante em linhagem de
células de macrófagos do fígado;
Confirma a hipótese de que a atividade de p7 pode fornecer o segundo sinal
para a produção de IL-1β nos macrófagos;
Esses resultados suportam a classificação da viroporina p7 como um
importante mediador da infecção por hepatite C e sua progressão para
inflamação e cirrose;
Com isso, p7 é marcada como um importante alvo para o desenvolvimento de
novas drogas contra a Hepatite C.
18. Referências
Yang O., et al. Unusual architecture of the p7 channel from hepatitis C virus.
Nature, 498(7455), 2013. doi:10.1038/nature12283.
Scheel T. K. H. and Rice C. M. Understanding the hepatitis C virus life cycle paves
the way for highly effective therapies. Nature Medicine, v. 19, n. 7, p. 837 – 839,
2013. doi:10.1038/nm.3248.
Nieva J. L. et al. Viroporins: structure and biological functions. Nature Reviews
Microbiology, v. 10, p. 563 – 574, 2012. doi:10.1038/nrmicro2820 .
Farag et al. The p7 viroporin of the hepatitis C virus contributes to liver
inflammation by stimulating production of Interleukin-1β. Biochimica et
Biophysica Acta, v. 1863, p. 712–720, 2017.
http://dx.doi.org/10.1016/j.bbadis.2016.12.006.
Imagens
https://www.liverdoctor.com/liver-problems/hepatitis-c/
http://www.abcam.com/il1-beta-antibody-ab9722.html
Notas do Editor
ab9722 staining IL1 beta (green) in murine macrophage cells by Immunocytochemistry/ Immunofluorescence.
PAMPs (pathogen associated molecular patterns)
intracellular multimeric complex of the Nod-like receptor (NLR) inflammasome
1° sinal é induzido pelo reconhecimento dos PAMPs que estimula os receptores Toll-like
Isso leva à ativação do NF-kB e aumenta a expressão de RNAm IL-1β
Os precursores da citocina inflamatória IL-1β são então processados pela caspase – 1 que é ativada por autoclivagem através do inflamassomo NLR
2° é necessário para estimular o domínio de pirina da família NLR (NLRP3) que é requerido para ativação do IL-1β – diversas moléculas agem como segundo sinal, incluindo toxinas microbianas, miatotoxinas, autolisinas e nigericina. Também, danos a membrana lisossomal podem agir assim.
Extremidades N e C terminal ficam expostas no lúmen do Retículo Endoplasmático.
Fig. 2. Live cell fluorescence imaging of HEK 293 cells expressing genotype-specific constructs of p7. (A) Cells transfected with p7 cDNA constructs for genotypes 1a, 2a, 3a and 4a, and loaded with 2 μM LysoSensor Green DND-189 at pH 7.4 are shown.Wavelengths used were λ = 443 nm (excitation) and λ = 500 nm (emission). Controls include untransfected HEK 293 cells as well as cells transfected with glycine receptor α1 subunits (mock transfection). Images were taken in the absence and presence of 100 μM rimantadine. Images show transmission and fluorescence channels. Genotypes and treatments are indicated. Scale bar is 10 μm. (B) Co-staining of HEK 293 cells expressing p71a constructs, and untransfected cells in presence and absence of rimantadine. Cells were loaded with 2 μm LysoSensor Green DND-189 and costained with Hoechst nuclear stain (1 μg/ml for 5 min). Wavelengths used were λ = 443 nm (excitation) and λ = 500 nm (emission) for LysoSensor Green DND-189 and λ = 361 nm (excitation) and λ = 497 nm (emission) for the Hoechst dye.
Fig. 4. P7-mediated production of IL-1β in a recombinant system. (A) LPS-primed RAW264.7 cellswere transfectedwith p7 cDNA constructs of different HCV genotypes and production of IL-1β was assayed in presence and absence of 100 μMrimantadine (Rim) by ELISA. Data presents average IL-1β levels fromthree independent experiments, each run in duplicates, (***= p b 0.001, ns=not significant, one-way ANOVA). (B) IL-1β production in LPS-primedmacrophages by tranfection of p71a constructs, ormonensin, or both. Significance of differences of monensin or monensin/p7 treatment relative to p71a alone are given (** = p b 0.01; *** = p b 0.001, ns= not significant, one-way ANOVA).