1) A revista ÁGIL aborda desporto, agilidade, bem-estar físico e formas de recuperação.
2) O trabalho final do curso deve corresponder a uma revista mensal com tema de desporto, respeitando o estilo gráfico do Expresso.
3) A revista imaginada aborda parkour e delfinoterapia, promovendo formas alternativas de desporto e terapia moderna.
2. Memória Descritiva
ÁGIL é uma revista desportiva
que aborda a agilidade no
desporto, a boa forma e, também,
meios para a recuperar quando
diminuída.
Limitações e imposições: os
formadores do curso pediram aos
formandos que os trabalhos finais
respeitassem as características
de um suplemento do semanário
Expresso.
O trabalho final deveria
corresponder a uma revista
mensal, com liberdade criativa,
mas preservando as bases
gráficas do modelo imposto. O
tema global seria o desporto,
mas com um sub-tema livre,
se possível, mantendo uma
coerência com o dominante.
Deveria ainda fazer parte do
conjunto a apresentar para uma
apreciação final uma página
abordando temas diversos.
Conceito: a forma e conteúdo
apresentados tiveram, como
ponto de partida, uma revista
de desporto, cujo tema principal
aborda uma determinada prática
desportiva, podendo esta tomar
a forma de entrevista ou ser
desenvolvida enquanto jornalismo
de investigação.
O segundo tema da publicação
interessa-se por novas formas de
terapia ou fisioterapia.
Assim, a ÁGIL foi imaginada
1
3. como uma revista de carácter
principalmente informativo, tendo
como objectivo dar a conhecer
práticas de desporto alternativas a
par com modernas e inovadoras
técnicas na área da terapia.
Descrição do logótipo: é o próprio
nome da revista. O desenho,
forma e mais características foram
“sugeridas” e orientadas pelas
ideias de salto e agilidade. Partiu-
se da possibilidade de utilizar
uma figura a executar um salto,
que servisse como acento da
palavra/logo, mas rapidamente se
constatou que a fonte escolhida
agil
para a palavra/logo transmitia,
na nossa percepção, uma
ideia suficiente de agilidade e
elasticidade.
Design gráfico: atendendo à
premissa imposta – integrar-se no
espírito e grafismo das revistas do
semanário Expresso – optámos
pelas linhas de design simples,
mas com uma combinação
moderna dos vários elementos.
Assim, podem ver-se alguns deles
com rotação – entrada e títulos,
por exemplo – numa tentativa
de sair dos estereótipos gráficos
mais correntes, mas tendo
sempre presente quer a facilidade
da leitura, quer a harmonia e
agradabilidade visuais.
A disposição das imagens com
caixas – oblíquas, um pouco fora
do comum – pretende criar uma
dinâmica diferente na percepção
e, também, transmitir ao leitor
uma característica predominante
2
4. de originalidade gráfica, que
sirva, igualmente, de argumento Alguns elementos
gráficos escolhidos.
subjectivo de fidelização. Neste caso, para
a última página,
Até se atingir a solução final que etiquetas seriam as
caixas de texto a
se apresenta, foram testadas aplicar. Em baixo,
elementos gr[aficos
várias hipóteses. para os continuados.
Experimentaram-se caixas com
molduras, mas o excesso de
ruído e complexidade gráfica
conduziram a uma escolha
de simplicidade, mais directa,
compreensível e, contudo,
respeitando um design original.
Em relação às caixas de texto
o caminho percorrido foi
semelhante e a solução final
encontrada permite que estas se
harmonizem, sem causar qualquer
estranheza, com a disposição e
tipo de enquadramento escolhido Bilhetes de desporto
seriam a ficha ténica
para as fotografias. todos os meses.
Os bilhetes mudam
Para a página de temas consoante o tema
de opinião, que se
diversos o tema escolhido foi focará sempre num
determinado desporto.
“Merchandising”. Por não ter
obrigatoriamente de obedecer as
mesmas regras que as restantes
da publicação, escolheram-se
para limitar o texto etiquetas de
preço – previamente fotografadas
e tratadas, quer em Photoshop,
quer em Illustrator. Neste tipo Fa mília Sansumi-
de opção esteve presente o foi esta a fonte
tema da página – Merchandising
escolhida para
– e, por isso, também, surge
este elemento diferente de um texto normal,
caixa comum, mas que o leitor entradas, textos
rapidamente associa ao conceito
de caixa.
compra.
Regular
Tipografia: para respeitar
Demi-Bold
o espírito atrás exposto, a
escolha das fontes empregues Ultra-Light
3
5. foi orientada, essencialmente, pela
leveza que trariam à página, mas Títulos de páginas Editorial,
com um desenho de caracteres que
não comprometesse a facilidade de Opiniáo e Merchandising, fonte
percepção e leitura. Pretendeu-se ainda
na ÁGIL evitar ao leitor que abre a revista Tall Films Expanded, que é
a sensação – tantas vezes desagradável
– de blocos de texto compactos e pouco também utilizada para capitular
apelativos, que dificultam a leitura e,
por consequência, a transmissão das
mensagens implícitas no texto.
Dentro do mesmo espírito, e como
Titulo de tema de
se trata de uma publicação em que a
imagem assume grande importância, foi
capa e centrais -
decisivo na escolha final da fonte uma fonte texture road
que fluísse de maneira coerente à volta
das imagens. Apenas a fonte empregue
no título do tema principal e das
centrais é propositadamente diferente,
procurando-se um evidente contraste
em relação às restantes que permita,
também, dar maior destaque ao tema
principal.
Escolha de cores: optou-se pelo azul e o
laranja como cores base da revista. Azul
pela leveza e transmissão de sentimento
de calma e, também, por não interferir
com a leitura dos textos. O laranja vem
aliviar e dar uma nova vida ao azul,
facilitando a dinâmica da página.
Escolha das imagens: parkour, imagens
que fazem um percurso, sugerem
um caminho e ilustram diferentes
passos deste novo desporto. O leitor
pode conhecer o que é o parkour
percorrendo as imagens.
Delfinoterapia, imagens que ilustram
a terapia aquática com golfinhos, para
crianças e adultos. São também imagens
que graficamente transmitem informação
sobre esta terapia.
4
7. AGIL
nº 1 70 31 DE JULHO
9
delfinoterapia
divertir
q
-se a rec
uperar
parkour
obstác
ulos a v
e ncer
outra
j
s
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X
8. agil
delfinoterapia
divertir-se
a recuperar
parkour
obstáculos
a vencer
outra
nº 1 70 31 DE JULHO
9
Raesto do exer sim
zzrit aliquipissi.
9. agil
nº 1 70 31 DE JULHO
9
delfinoterapia
divertir-se a
recuperar
parkour
obstaculos a
vencer
outra
Occuptia
sperumqui
outra
Occuptia
sperumqui
10. Stress
da folha branca
O
poent Ibus mu-
mus te tem,
u s , Ca s d a ch
icaetra voludef
atquam se, que
dit conster ibulem
prius esses caut gra- EDITORIAL
ciorunum igil crisse
tantion vocchil inere, consum nocasdacto rum fugitiu mquam,
none reo, sperra? P. cultifese nonsuastri quatque suntem di
Piorion sultios et es senduci aetorav olt- consequiam harum
bon temqua verferid ius ia L. Me patiam P. rem imus autem alig-
nerei sperfiri, consi- Enate adhus in Etrort- nienda persper iberis-
liciore cruntimmove, este nos virit publies quiam dolorehentia
num orat, siliciem, iliciam lostiam sultus doluptate parum re
niam est? que fac ob- cricie sulicon dinaris. venest, qui rescit,
sena, ubliam inat, que- An si pra mena, con- quos eariberes as ut
rio, quis. Valegil vide- voct a t i a m o m mo pra si blabo. Itatin nes
mortis forum essena, patque consulintiu- et liquas arum hilli-
es essa vivere meni- mOd mi, saped quas quos autendi berum
um nequo viviviginpra dolorum quiatur epe- quia doles evelend u
Ficha Técnica
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1
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Sede Social na Rua do Cascais, nº10 .
2890-005 Lisboa
Tiragem do mês anterior: 2 5.000 - Telefone
21 348 30
2 7
2
11. Automobilismo
e a crise
Sequis dip ex ese
dolore consequa-
met, commy non-
sed do odolorem
dolorem inim do-
OPINIÃO lortisisim nulput
T
i nt ro x s i l i u m , consimus, que caper- forbis acciae cones-
quodiis iam opo- num tus fecto ut fa- sena quium, autempli-
tisquium diem. tum il vivatquem. Harundamus, esciaec
Rit, ut graeque Uctuus sciptieni ius eaquam, quae sequo
parit gra queri atum eto iam, serei volorro et ea iume et
et pro in diente, publi- perei iaet fuemus omnime maio blabore
quodi sessimus eger- hactorbis, manum nitium dolo incient vo-
is. Nam aurobununin alemus fac te patu- lupic tempos sinveni
sed facem Romaciam sum aredetri factam molorem est harciae
arips, pl. Opubli se non verum fex mo inc et atque veniatin et
cortero poportis. fuga. Ut aut ese
Ahabula qui patum voluptiunt qui
ini publibus, Ca- netum fugitaest
tiquo nscerit ala- quoUgiatiur aut
ritebena, Catimor doluptas aboribe
idenatra? quo et rferspe rchiti re
forterit, quod nostionsed mol-
Cupplius su il vi- or. Ed quaturepe-
gnost ebunum an- ria sit laboreium
unteri tantemur volupturit occa-
publien simpertu- borectis et eicil-
am inpro aut fuite lati raestia non
nicepos tescienit; excest et aute-
hoctam o vatiorei cus dolorumqui
sunu que ex mus- nobitas eatese-
tabununum abus qui aut
3
12. De
fi
no
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tera
à Àg
pia
re
O
g re ss o ua
, só depois,
am na água e
nimais evoluir manos re-
As espécies a d e terra, Os hu
m o caminho envolvem-se
no
empreendera l milenar: des
criam este m
emoria a boas pal-
, depois de um
da placenta e al, é o seu
meio aquoso rra firme, afin
dem que a te especialistas
madas, apren u ito sismarem
, depois de m chegaram à
meio. Só que envolvimento
mento e des a e os nossos
em comporta ro com a águ
e o reencont simo benéfic
o...
conclusão qu ivem é muitís
nela v
“primos” que
13. B
it, aut ad
que deligent
abo. Ipistias
voles aut lit
as et quae la-
tur, ad ut omnitat.
Maionse riaspidusam
assunt voloria possi of- repudit lam fugia pro do- magnatqui dion earior
ficiustrum faceaque loriae non enderna tem- atur, sit, officillor accus
ped eat. pores sandae. Ecabo. doluptibea voluptam hil
Ximi, qui beaquis cus, Harum harumque etus modi opta dis et eture
sed quas enditi aut ul- seque debitio nsecto vellabore voluptum nus.
lit et utempera delibea esequis resti dolupita- Pid que eliquidia vol-
temquate duscietus tur, optati cus, eiciet, oreres numene cor ren-
voluptatur? Epra sam et qui od el et lab ilique dere num remquam,
quiae nobisciam eture nossed quo officitatet, quiderat omnim volup-
ere si quia sam, sus, sim- corpos videbisque pa taepel exerchillab in nis
por sit rerehen imodign sequaepudae. Ut ligen- mossed ea dolorepelia
atinullecat. imi, tescil magnis quiae simporibus, ipsamet acil-
Qui de vit landelescia ide cus, sequae volo it, cus, ut labo. Ligende-
aut prerio. Moloresciam consequi quisti sequiae stem il il mosaectiae
5
14. pro quibus con nobis- ad molupta sapitae
senita simincto demquid cuptatio cum as ex el-
maximinum ut ad quam Cae ad maio omnihille-
ad ulparis dolupid eliqui cum litaquae namus ra
solorep taepre occum veleseque nobis exerior
quam, quae et occa- eseque sed maximin-
tus dolore comnia aliqui cid eum harum quos et
commolore dolentis as- magni doluptas dolutem
picient. sinus id ut vent quosto
il mint aut arum corep-
Nissentist et, et
tatur sus dolese nonem t o re i u n t
et
rem volorem des pelec- venis ut la-
aniene nis aliquis quun- tur? borem sit et
tium re perciis molup- Ximus sit restet que is volupta adi
tatqui doluptatur se- prat. quidunt rem. Met lam
quiam niendebitium Rovidel maios as ex- est, cus modi comnis
alignisit, nonse voluptae plit enis voluptat dest, aut ra de earunt lique
laccusandem quossit optatquist prate no- pro molo quae pedi ad
harcid ea dus magnimod- bitaque rerum nonsed quis parum soloriant.
it milis secest laborporit que et prerorias estio Tum venimpore, sitatio
ullatiorem res eriatur mi, as illabo. Ferore, ut tem. Uciaspe rferumq
santin consequatem in etur, omni beritaquia uaerisi qui aut as do-
nonsequia venimilibus iumquam ni autet modi lorepra sandis mo dolor
6
15. aut quidunt faccabo dit expeles equamusam
rerempo rporentis ex- quature vidNat. Mo do-
era volorerionse lis debis lorio ium fuga. Sus even-
idus ab im iliquat emper- di voluptatem ex et
at ureicia quia alitaspel reped que quia volorem
maximol umetur, quis illoriatum que et a nesti-
natem cum voluptati de busa nobit aut volupta
por magnat quati con cus volendi stiant.
consequ ibusda non-
Ceperum
seque restia prorescita-
ti tenit, que verepro ip- aspeditat. Neque non
sanihit que core conseni cusciam sendae. Itatis
ssimaxime sae. E ullup-
t sunt, que ea net in con-
tatius mos nonseque secerit, officitatqui ul-
landaecto modis est lab id ma quae pra volu-
labo. E aut voluptat.
t picti vit laut as iduntias
Pudam, simus estio. mi, quo volorem rempo-
Ciam sunt dit occat et rehent velendae cuMod
voluptatint endi conse ut am, si ut laboribus
nectis alit plam, odita- nulles pe verro ommos-
eptati doluptam, nobis anihit, veni volupie ndan-
re quia am quia velibea dent facest, excera
nimagnitati volum re nuscient mi, qui odios
netustis aut aperiatus- nos sim eic tem res abor
cia nis qui omnis est, alis anis eaquiatiae volupta-
sunt utatia deligen ihilia sit, odit explandit, omni-
eium inveles ipsumendi mus doluptat.
nobitem porehent rae Imilligendis dent laboru-
met pora eos nulparup-
tas sint quos ut eum et
Sed ullandiam est harum volorem dolorem
voluptus mi, qui dem
utem non eseque sum a doluptat ium vellectur ratibus, conse ea dolectur?
ipsum quisciur sequund ioritibus pa doluptur anim volore, chilis volor alisquia
comniscia conem sunt. quunt molorecat
Nemperum quiaesequs nullendel mo to omnimil lacient aut reptaturit aut om-
od quam, sequi rest odigenda nulparchitis eatet escitiis modiciae por rese-
aut vit eumquae. Anda culpa Evelignatis audis quaepre ra- queOresequis si dis
tures esto conectur, nat reptatio. Optaspe delique est volupta turepe
que milluptatur rentur, qui delitae stionsediCae voluptia- perfere
tur re nossi ne omni omnimi, etur, voloreriae. Itatum
7
18. ul os
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pa ra
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19. a centena de
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pessoas p articiparam e
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q uarto encon de
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m embros do g o
o ur é um nov
Shintai. Park a
a no que ganh
d esporto urb
is adeptos em
cada vez ma
portugal.
cinco traceurs, no segundo
encontro estiveram 50
pessoas, o ano passado
partir daí, todos os anos contámos com a presença
se comemora o aniversário do David Belle e este ano
P
rédios, muros, bancos desse encontro, algo que conseguimos juntar cerca
de jardim, passeios aconteceu sábado, dia 19, de 1 5 pessoas a treinar”,
1
ou corrimões servem numa Jam no Parque das explica, ao NM, José Gama,
de obstáculos a Nações, comemorativa um dos jovens pioneiros
ultrapassar para os do 4. aniversário do na prática do parkour no
praticantes de parkour. Este primeiro encontro. Mais nosso País. Com vinte e seis
é um desporto urbano que de uma centena de jovens anos de idade, começou
chegou a Portugal há cerca estiveram presentes no a praticar há três anos e
de quatro anos quando evento que contou com meio e pelo meio criou o
alguns jovens, motivados um ‘workshop’ de parkour, site oficial para os amantes
pelas imagens que viam, orientado por Erwan da modalidade. “Já tinha
provenientes de França, Suquet, Thibaut Granier e visto imagens de parkour
onde David Belle inventou Benoit Lavellate, traceurs em sites e vídeos que me
o desporto, começaram a franceses do grupo Shintai. enviavam. Entretanto, em
praticar a modalidade. Em “Este encontro celebra o Outubro de 2004, depois
Janeiro de 2005 deu-se aniversário da primeira Jam de ter aberto um link que me
pela primeira vez o encontro nacional que houve. Na enviaram, em que se viam
de traceurs em Lisboa, e, a altura participaram apenas demonstrações do David
11
20. Primórdios do Parkour
O parkour nasceu em França durante
a década de 80 tendo o nome origem na palavra francesa
parcour, que em português significa percurso. A arte deste
desporto conheceu os seus primeiros passos através dos
Belle e da sua equipa,
soldados franceses no Vietname, sendo depois desenvolvida
comecei a praticar e
por David Belle, nas ruas de Lisses, nos arredores de Paris,
a treinar”. Para os mais
inspirado pelo seu pai. Para o criador do parkour, esta era uma
laicos, o jovem apresenta
arte criada para ajudar a ultrapassa qualquer obstáculo, “ir
uma definição generalizada
do ponto A ao B, utilizando apenas o corpo humano” Em
da modalidade. “O parkour
Portugal o desporto chegou há quase quatro anos,
consiste em ultrapassar
contando hoje com centenas de praticantes. Toda a
obstáculos urbanos,
informação sobre o desporto, iniciativas a organi-
percorrendo o percurso
zar e fotografias é possível de ser visto em
entre um ponto e outro,
www.parkourpt.com
da maneira mais rápida
e fluida possível”, diz,
acrescentando que “as
pessoas têm tendência em entanto, convém “ter já também têm, mas os
contornar os obstáculos alguma desenvoltura física” rapazes procuram mais”.
no seu quotidiano, nós e não é aconselhado “a Mas para quem pratica
ultrapassamo-los da forma ninguém com menos de 16 parkour nem tudo é fácil,
mais directa possível”. Na anos”, defende José Gama. muitas são as pessoas
prática do parkour, todos Ainda assim, não são muitas que com eles se cruzam
são bem vindos. A partir do as raparigas a praticar. na rua e que os criticam
momento em que queiram “Há poucas raparigas a pela arte que demonstram.
praticar desporto, “qualquer praticar, é um desporto “As pessoas pensam que
pessoa pode praticar” que exige muita destreza subimos aos prédios para
seja rapaz ou rapariga, no física, o que as raparigas assaltar e que passamos a
12
21. desporto, e, para isso, muito
contribuem os eventos
internacionais em que se
assiste a demonstrações
de parkour, os filmes que
têm surgido e até os vídeos
de musica, como o de
Madonna, no tema ‘Jump’.
“Esses vídeos e filmes que
cada vez mais aparecem
são uma ajuda importante
para a divulgação do nosso
desporto, e os convites
vida a estragar os muros e polícia me chamou. Pensei
para demonstrações ou
bancos das ruas. A reacção que me ia expulsar do
formações que recebemos
mais normal quando nos local, mas questionou-
também são essenciais para
vêm é chamarem a polícia”, me sobre o que estava a
mostrar às pessoas o que
explica. Mas o crescente fazer e mostrou-se muito
fazemos”, diz José Gama.
reconhecimento do interessado, dizendo que
parkour já traz reacções também gostava de um dia
O PARKOUR É A VIDA
muito mais positivas. praticar”, conta José Gama.
DELES
“Uma vez estava a treinar Esse reconhecimento chega
num parque infantil, em com a crescente expansão Para Ruben Leal, 20 anos,
Campolide, quando um que tem sido dada ao praticante há um ano
13
22. e meio, o parkour veio saiu o filme do Belle, ‘Banlieu
colmatar uma necessidade 13’, e comecei a pesquisar
que tinha desde muito na Internet para ver se já
pequeno. “Desde criança haveria alguma coisa do
que andava sempre género em Portugal”. Estes ‘ses’, o ‘se me aleijo?’, ‘se
a correr, a saltar e a são os elementos que unem caio?’, é um importante
pendurar-me nas árvores”, os traceurs portugueses: auxilio psicológico”. Para
diz, recordando que mais David Belle, impulsionador José Gama, o parkour é uma
tarde viria a conhecer da modalidade e o realização pessoal: “Durante
o desporto que pratica ‘parkourPt’ site criado as nossas vidas todos
no seu ‘habitat natural’. por José Gama e outros vamos encontrando coisas
“Quando era miúdo estive amigos seus. Também com que nos identificamos,
em França e ouvia falar Hilário Freire, traceur de 24 eu tive a sorte de ser
de ‘superheróis ‘, pessoal anos, percorreu o mesmo o parkour”. Ruben Leal
que saltava de uns prédios caminho: “Comecei por salienta a importância do
para os outros e na altura treinar artes marciais, parkour, exemplificando
pensava que era gente depois vi um vídeo do a utilidade que este pode
doida”, refere, explicando David Belle e comecei a ter: “Costumamos dar
que mais tarde ficaria ganhar interesse. Descobri o exemplo de que os
adepto da modalidade. “Aos o parkourPt, vim a uma exercícios que treinamos
1 anos regressei a França
8 Jam e a partir dai nunca podem servir para ajudar
e lembrei-me do que tinha mais parei”. Adianta ainda alguém em apuros, amigos,
visto há alguns anos atrás, que, “o Parkour ajudanos a família, namorada ou até
isto numa altura em que vencer o medo de agir, os desconhecidos. Faz-nos
14
23. sentir úteis e prestáveis. refere José Gama, lem- desporto pelo contacto
DESPORTO FÍSICO brando ainda que “não directo que temos com
E PSICOLÓGICO podemos dizer que já não os obstáculos”, mas, por
temos limites porque à outro lado, “também es-
O parkour tem a particu-
medida que vamos ultra- tamos mais atentos e
laridade de ser um des-
passando distâncias va- com a prática o número de
porto essencialmente
mos sempre querer mais”. quedas também diminui”
físico, mas, também, um
Para se estar em forma, confessa. Para estes jo-
excelente reac-
Hélio Freire afiança que vens, o parkour não se
tor psicológico. “É
se deve treinar bastante: trata de exibicionismo ou
muito psicológico
“Tem de haver descanso competição por ser “ex-
porque implica
duas vezes por semana, ercício físico como qual-
que nos ultra-
porque o treino é maiori- quer outro” explicando
passemos a
tariamente físico, com que “nem faz parte da fi-
cada momento
dois dias dedicados a por- losofia do parkour haver
para superar
menores técnicos e ainda competição”. Em poucas
os nossos
um dia de corrida”. Quan- palavras, estes ‘traceurs’
obstáculos
to a lesões, José Gama portugueses expres-
e
não nega que aconteçam, sam o que lhes vai na alma
limites”
porque “no nosso despor- quando praticam o seu
to estamos mais arrisca- desporto: “Liberdade,
dos a cair do que noutro adrenalina, velocidade”.
Parkour falado
Como muitos outros desportos, também o parkour criou ao longo dos anos uma linguagem
própria para os exercícios realizados e outros termos.
Aqui ficam alguns exemplos:
Traceur/traceuse – praticantes de parkour.
Spot – locais onde os traceurs se juntam para treinar.
Saut précision (salto de precisão) - técnica de salto a pés juntos com recepção em
pequenas superfícies.
Saut de fond (salto de fundo) – salto efectuado com ou sem corrida de forma a
atingir uma determinada distância, ou um dado ponto impossível de atingir com
o salto a pés juntos, ou que apresente um desnível acentuado entre o
ponto de partida e o ponto de chegada.
Roulade (enrolamento) – técnica utilizada para dissipar o
impacto após um salto de fundo ou outro.
Saut de bras (salto de braços) – salto para um muro ou
outro agarre, concluindo com uma recepção de braços
15
24. merchandising
Or
au io e
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ma odia rum ma d
de ion qua acc is
iun m a se q tur um
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