1. Corpos estranhos na face
Foreign bodies in the face
Aline Rose Cantarelli Morosolli1
Luiz César de Moraes]
Edmundo Mediei Fiiho'
Mari Eli Leonelli de Morees'
Márcia Rejane Brücker'
cujo objetivo é aprofundar os co-
Introdução nhecimentos sobre corpos estra-
nhos nos maxilares e tecidos mo-
Corpo estranho é todo e qual-
les da face.
quer objeto ou estrutura que, de
alguma forma, esteja fora de seu
local de costume. Revisão da
A presença de corpos estra-
nhos em determinada região do literatura
corpo pode ser conseqüência de Corpos estranhos nos tecidos
trauma ou, até mesmo, a sua in- moles da face e nos ossos maxila-
serção pode ter sido feita com al- res são freqüentemente encontra-
guma finalidade útil. Há uma ínti- dos em exames radiográficos de
ma relação entre o agente trauma- rotina, pois, na sua maioria, não
tizante e a área receptara, poden- apresentam sintomatologia. Pro-
do ocorrer ou não alterações nos vavelmente, os tecidos moles da
tecidos de natureza tão delicada face contêm mais corpos estranhos
que mal causam modificaçõesana- do que os tecidos de outras partes
tômicas nas partes consideradas. do corpopor estarem expostos, não
São alterações que nem sempre sendo cobertos por vestimenta que
estarão visíveis ao exame clínico, constitua uma forma de proteção à
havendo, em sua maioria, a neces- pele (STAFNEe GIBILISCO, 1986;
sidade de solicitação de exame GANDRA,1988).Corpos estranhos
radiográfico para a sua localização comumente encontrados dentro
e confirmação; porém, em muitos dos maxilares são amálgama de
casos, só são descobertos aciden- prata, guta-percha, cimento, ins-
talmente durante a realização de trumentos dentários fraturados,
um exame radiográfico de rotina. tais comomandris, curetas, brocas
Em virtude da alta incidência e agulhas. Nos tecidos moles são
dessas alterações nos dias de hoje, mais frequentemente encontradas
causadas pelos mais variados trau- agulhas hipodérmicas, alfinetes,
matismos e tratamentos odontoló- agulhas de costura, projéteis de ar-
gicos que utilizam substâncias di- mas de fogo,munição de armas de
versas, justifica-se esta pesquisa, caça e de pequeno calibre e uma
I Aluna-do curso de pós-graduação em Biopatologia Bucal, área de concentração Radiologia Odontológica/
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp.
2 Professor Titular da disciplina de Radiologia! Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp.
3 Professor Titular da disciplina de Radiologia! Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Unesp.
4 Professora Doutora da disciplina de Radiologia! Faculdade de Odontologia de São José dos Campos -
Unesp.
5 Professora Doutora Titular das disciplinas de Radiologia! Faculdade de Odontologia da PUCRS.
Recebido em: 01-04-2003 / aceito em: 21-10-03
Passo Fundo, v. 9, n. 1, p. 12-15, jan./jun. 2004 47
2. variedade de fragmentos metálicos LIMA, 2000; CANTO et al., 2002; (ZIKK, 1991). Por exemplo, a inges-
ou estilhaços de vidro, muitos dos HORLE e KUBA, 2002). tão de uma prótese dental pode ser
quais em decorrência de acidentes Amada do twinkle, a exemplo uma experiência dolorosa para o
de trânsito. Em alguns casos, dis- dos dentes confeccionados em paciente em razão das seqüelas,
positivos dentários encontrados no ouro, os quais eram sinônimos de uma vez que pode resultar em per-
interior ou à volta dos maxilares riqueza e vaidade, apresenta-se furação de estruturas internas e,
foram colocados originalmente na como uma forma alternativa e con- concomitantemente, em infecção
boca com alguma finalidade e tor- servadora, preservando a saúde (TRESKA e SMITH, 1991).
naram-se corpos estranhos em de- dos tecidos bucais, uma vez que Geralmente, nos casos de fra-
corrência de traumas na face sua aplicação é feita por dentistas, turas dentárias, pode ocorrer a in-
(STAFNE e GIBILISCO,1986). utilizando a técnica de colagem, trodução de fragmentos nos tecidos
Corpos estranhos são bastan- como a utilizada na colocação de moles dos lábios e bochechas, em
te freqüentes na clínica odontope- braquetes ortodônticos. O fato de razão de acidentes com esportes e
diátrica, principalmente na faixa ser uma técnica reversível e de não brincadeiras, como patins, bicicle-
etária entre dois a quatro anos de causar danos ao dente torna esse ta e skate; nesses casos, as radio-
idade, em razão do hábito das crian- método alternativo uma boa opção grafias são essenciais para a loca-
ças de colocar objetos na boca ou para a clínica (CANTO et al., 2002). lização do objeto sem evidência clí-
no nariz. Esses objetos incluem cas- As radiografias são muito nica. Freqüentemente, pode ocor-
cas, grãos, nozes, lápis, parafusos, úteis na localização de corpos es- rer inalação ou aspiração de raízes
pregos, madeira, botões e papel. tranhos; as características das pelo paciente durante o ato cirúr-
Tem sido relatado, de forma idên- imagens radiográficas variam de gico, ou aspiração de dente decíduo
tica, em crianças com fendas la- acordo com a natureza do objeto, por estar levemente preso à gen-
biopalatais (FAGAN e MATHEW- porém imagens nem sempre estão giva (KURATA e OHMORI, 1992).
SON, 1990; RANALLI et aI., 1990; presentes. Objetos radiolúcidos, De acordo com Langland e
WAHBEH et aI., 2002). Existem, tais como lascas de madeira e fios Langlais (1989), os objetos localiza-
ainda, determinadas crenças reli- de sutura de seda, não podem ser dos nos tecidos moles, quando su-
giosas que levam os indivíduos a vistos radiograficamente. Lembra- perpostos a estruturas ósseas, pa-
usar adornos em algumas regiões se que objetos radiolúcidos, como recerão estar introduzidos no osso.
da face (LOH,1989). Relatos evi- o vidro, não são necessariamente Por isso, para localizar um corpo
denciam a presença de corpos es- radiolúcidos como os vitrais e frag- estranho são necessárias, no míni-
tranhos aspirados ou deglutidos mentos de vidro de pára-brisa de mo, duas radiografias. O ideal é
acidentalmente, tais como próte- automóveis (FAGAN e MATHEW- que sejam feitas três incidências
ses removíveis, dentes e raízes SON, 1990;GASPARINIet al., 2002). radiográficas, uma em direção a
avulsionadas e, até mesmo, restau- A área craniofacial é freqüen- cada plano facial de referência (pla-
rações dentárias (NIMMO et al., temente exposta a risco de injúrias nos frontal, sagital e horizontal).
1988). causadas por acidentes automobi- Sinais clínicos, comorinorréia
A exemplo de uma massifi- lísticos, de trabalho e esportivos; crônica, odor nasal, halitose, cefa-
cada e repetida difusão por meio no caso de objetos radiopacos loca- léia, espirros e epistaxes, podem
dos instrumentos de comunicação, lizados na orofaringe, podem ser ser indícios da presença de corpo
como rádio e televisão, modas co- detectados radiograficamente para estranho, trazendo como possível
mo piercing são também absorvi- se determinar se foram deglutidos conseqüência a formação de abs-
das pelos adolescentes; o piercing ou aspirados (WUEHRMANN e cesso com lise óssea (KITTLE,
de língua e o de lábio constituem MANSON-HING,1977). 1991). Tendo em vista que a pre-
formas de arte concentradas na Corpos estranhos radiopacos sença de corpo estranho, em sua
região bucal em grande parte do podem ser introduzidos como meio maior parte, é assintomática, seu
mundo. Sabe-se que opiercing bu- de contraste auxiliares de diagnós- achado pode ser acidental quando
cal pode causar conseqüências co- tico, como o lipiodol, injetado no do exame clínico e/ou exame radio-
mo dor, edema, aumento de saliva- interior do seio maxilar, ou meio gráfico de rotina (NIMMO et al.,
ção, abrasão dental, formação de terapêutica, como fios metálicos 1988; RANALLI et al., 1990).
abcesso, dificuldade na fonação e utilizados em procedimentos cirúr- Objetos metálicos no interior
na mastigação, septicemia, infec- gicos na redução de fraturas na dos tecidos moles localizados na re-
ção disseminada pelos tecidos (an- face; ou, ainda, com algum propó- gião mandibular são facilmente
gina de Ludwig), danos a estrutu- sito útil, como a cartilagem ou identificados quando visualizados
ras profundas (como veias e ner- silicone, que são implantados na em radiografia panorâmica. Mui-
vos), fraturas dentárias, recessão superfície anterior da mandíbula tos dos corpos estranhos são mate-
gengivallocalizada, risco potencial por razões estéticas (LOH, 1989). riais e instrumentais dentários; o
de aspiração das partes que com- Em geral, objetos estranhos mais comum é o amálgama de pra-
põem o adereço, além da possibili- que tenham sido ingeridos podem ta que freqüentemente cai no al-
dade cancerígena atribuída ao trau- passar imperceptíveis através do véolo durante a extração de um
ma local ( BOTCHWAY e KUC, sistema gastrointestinal; se estive- dente logo após uma restauração,
1988; PERKINS et aI., 1997; rem alojados no esôfago , a en- por exemplo. As radiografias pós-
BETHKE e REICHART, 1999; doscopia é geralmente solicitada operatórias revelarão a presença
48 Revista da Faculdade de Odontologia
3. deles, que, então, podem ser remo- Figuras 7, 2, 3: A seqüência de radiografias lateral de cabeça cefalométrica, frontal e panorâ-
vidos com facilidade antes da cica- mica mostra possíveis localizações dos projéteis em região de tecido mole e
parede posterior do seio maxilar, lado esquerdo
trização do alvéolo (STAFNE e
GIBILISCO, 1986).Os autores afir-
mam ainda que a presença de mu-
nição de arma de caça e projéteis
de pequeno calibre não é um acha-
do incomum. No caso de munição
de arma de caça, a configuração do
grão de chumbo, fornece um indí-
cio quanto a sua localização. Se o
grão de chumbo não for alterado,
provavelmente estará situado no
tecido mole da face. Com uma pe-
netração profunda e o impacto so-
bre o osso, a forma do grão de
chumbo é alterada e fragmenta-se.
No entanto, não se pode ter
Fig. 1- Radiografia lateral de cabeça Fig. 2 - Radiografia frontal
apenas como base o local de entra-
da do projétil, mas, sim, seu tama-
nho, seu desvio, sua fragmentação
e sua localização real. Tomando
por base o local de entrada, a dis-
tância do disparo e sinais e sinto-
mas, como hematomas, edemas,
limitações funcionais, entre ou-
tros, pode-se sugerir sua localiza-
ção. Contudo, sem dúvida alguma,
a medida mais acertada será, além
desses critérios, que sempre de-
vem ser adotados, a de se obter
uma imagem radiográfica o mais
fiel possível para que se possa loca-
lizar o projétil como mínimo de erro. Fig. 3 - Radiografia panorâmica
A imagem do projétil em sua
parte principal e de seus fragmen-
tos, na maior parte das vezes, po-
derá apresentar distorções na ima-
gem radiográfica, decorrentes de Na literatura concernente, há e lateral de cabeça são de grande
sua localização em relação ao fei- relatos de corpos estranhos locali- valia (NICODEMO e MÉDICI-FI-
xe central dos raios X (Fig.1, 2 e 3). zados no interior do seio maxilar, LHO, 2000). Uma desvantagem da
Portanto, uma vez localizado o tais como raízes residuais, mate- tomografia computadorizada é a
projétil pelas radiografias básicas, riais de impressão, agulhas de su- impossibilidade de identificação de
devem-se realizar outras, de ma- tura e outros objetos, que foram artefatos quando uma variedade de
neira a obter uma noção mais exa- forçados, acidentalmente, para corpos estranhos metálicos tenha
ta do tamanho, da forma e situação dentro do seio maxilar (Fig. 4, 5 e penetrado na face (GASPARINI et
do corpo estranho. Para isso, utili- 6). Alguns desses relatos indicam al., 2002; WAHBEH et aL, 2002).
zam-se técnicas especiais, tais a remoção desses objetos; outros, Os mesmos autores consideram
como dissociação com deslocamen- a expulsão espontânea do interior que a tomografia computadorizada
to horizontal (Clark), axiais, late- do seio maxilar, através do óstium tridimensional mostra corpos es-
rais oblíquas, panorâmicas, xeror- (BARCLAY, 1987;WESTERMARK, tranhos de uma estrutura tridi-
radiografias e tomografias (GAN- 1989). mensional, como ferimentos na
DRA,1988). Para localizar corpos estra- região de órbita, e que a ressonân-
nhos 110 interior do seio maxilar, o cia magnética, quando comparada
exame ideal é a tomografia compu- com a tomografia computadoriza-
tadorizada. Porém, as técnicas in- da, permite melhor avaliação dos
trabucais periapical e oclusal e, tecidos moles, de tal modo que ob-
principalmente, as extrabucais jetos com menor densidade pode-
póstero-anterior para seio maxilar rão ser observados.
Passo Fundo, v. 9, n. 1, p. 47-51, jan./jun. 2004 49
4. Figuras 4, 5 e 6: Caso clínico de introdução acidental do terceiro molar superior no seio maxi- ção de fístula e edema. Entretan-
lar esquerdo to, é válido lembrar que cálculos
salivares podem ser confundidos
com corpos estranhos; por isso, no
mínimo duas projeções radiográ-
ficas são essenciais para o diagnós-
tico diferencial também com le-
sões, como odontomas, lesões api-
cais ou até flebólitos relacionados
com hemangiomas cavernosos
(RASPALL e GONZALEZ, 1990).
Considerações finais
Fig. 4 - Radiografia panorâmica inicial
A solicitação de radiografias
para determinado caso é feita par-
tindo-se de um diagnóstico clínico
preestabelecido. Os exames radio-
gráficos mais adequados auxiliarão
na confirmação do diagnóstico,
bem como na documentação do ca-
so, e fornecerão informações adi-
cionais a respeito do mesmo.
Há necessidade de o radiolo-
gista possuir conhecimentos de
anatomia normal, de suas varian-
tes e de patologia geral e bucal. É
válido considerar que radiografias
são imagens bidimensionais de es-
Fig. 5 - Radiografia panorâmica pós-operatória
truturas tridimensionais e que, por
isso, apresentam muitas superpo-
sições, que mostram tonalidades
do branco ao preto, passando por
variados graus intermediários de
cinza. Dessa forma, quanto melhor
for a qualidade das imagens a se-
rem avaliadas, maior fidelidade
terá a hipótese de diagnóstico.
Quando solicitados, os exa-
mes radiográficos deverão sempre
se complementar, formando ângu-
los retos entre si, para que se pos-
sa ter uma idéia da real localização
dos objetos a serem investigados.
Sempre que necessário, deve-se
lançar mão de meios auxiliares de
diagnóstico mais avançados para
esclarecer as dúvidas que as ra-
diografias obtidas pelo método
Fig. 6 - Radiografia póstero-anterior para seios maxilares (Waters)
convencional não lograram identi-
ficar.
Na maior parte dos casos, os
Corpos estranhos em glându- ma, casca de cereais e outros
exames radiográficos confirmam o
las salivares são de ocorrência (KURATA e ORMORI, 1992;
exame clínico e a anamnese, mas
rara; geralmente, quando presen- NIMMO et al., 1988; RASPALL e
numa parte significativa desses é
tes, localizam-se no dueto de GONZALEZ, 1990). Os mesmos
o exame radiográfico de rotina que
Wharton. Os corpos estranhos re- autores relatam que corpos estra-
descobre os corpos estranhos que
latados incluem lascas de madeira, nhos no dueto induzirão à forma-
não apresentam sintomatologia.
fragmentos de dentes, folha de gra- ção de cálculos salivares ou à ocor-
Por isso, rotineiramente, deve-se
rência de sialoadenites com forma-
50 Revista da Faculdade de Odontologia
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.AlineRoseCantareiiMorosolli
l
LOH, F. C. Talisman in the orofacial re-
RuaAfonsoCésarde Siqueira,212/53
gion. Oral Surg Oral Méd Oral Pathol, VilaAdyanna
v. 68, n. 2, p. 252-255, Sep. 1989. CEP12243-710- SãoJosédos Campos- SP
NICODEMO, R. A; MÉDICI, FILHO, E. Fone:(12)39237217
E-mail: rmorosolli@yahoo.com.br
a
Métodos de localização radiográfica. In:
Passo Fundo, v. 9, n. 1, p. 47-51, jan./jun. 2004 51