O poema reflete sobre a incerteza da colheita futura, seja no outro mundo ou em eras futuras, dependendo de como as sementes são lançadas na vida, com força ou preguiça, coragem ou medo. Pede a Deus para dar a melhor semente, a do amor, para plantar e colher uma boa colheita além-deste mundo.
2. Cai a semente no bom frescor, Cai outras vezes do sol no ardor. Cai na doçura da viração, Cai na tristeza da escuridão. Oh! Qual será a colheita além, A colheita além?
3. Seja lançada com força ou langor, Com ousadia, com medo e temor, Já ou nas eras do mundo por vir, Certo a colheita, a colheita nos tem de vir.
4. Sobre os rochedos irá murchar, Ou nas estradas se esperdiçar; Entre os espinhos se vai perder, Ou nas campinas enflorescer. Oh! Qual será a colheita além, A colheita além?
5. Seja lançada com força ou langor, Com ousadia, com medo e temor, Já ou nas eras do mundo por vir, Certo a colheita, a colheita nos tem de vir.
6. Há sementeiras só de amargor, Há de remorso e de negro horror. Há de vergonha e de confusão, Há de miséria e de perdição. Oh! Qual será a colheita além, A colheita além?
7. Seja lançada com força ou langor, Com ousadia, com medo e temor, Já ou nas eras do mundo por vir, Certo a colheita, a colheita nos tem de vir.
8. Em prantos vai o semeador; Chora os estorvos do seu labor, Ou, jubiloso, a fazer festim, Nutre esperanças de nobre fim. Oh! Qual será a colheita além, A colheita além?
9. Seja lançada com força ou langor, Com ousadia, com medo e temor, Já ou nas eras do mundo por vir, Certo a colheita, a colheita nos tem de vir.
10. Vale-me, ó grande Semeador! Dá-me a semente do Teu labor! Eu vou servir-Te, meu Rei Jesus! Quero contigo ceifar na luz. Oh! Qual será a colheita além, A colheita além?
11. Seja lançada com força ou langor, Com ousadia, com medo e temor, Já ou nas eras do mundo por vir, Certo a colheita, a colheita nos tem de vir.