O poema lamenta a perda de uma pessoa amada, descrevendo como os 100 dias e 100 noites sem ela parecem intermináveis. Tudo na casa lembra a pessoa ausente, incluindo os animais de estimação, plantas e objetos deixados para trás no quarto agora vazio. Apesar da saudade, a pessoa nos ensinou a rir e encontrar alegria nas memórias preservadas em fotos.

1. CEM, FORAM OS DIAS;
CEM, AS NOITES VAZIAS
O TEMPO QUE ERA PARCEIRO, ALIADO
SIMPLESMENTE PAROU DE PASSAR EM
SEU RELÓGIO PARADO.
TUDO AQUI SENTE A SUA FALTA; OS
CACHORROS, AS PLANTAS, A CASA,
O QUE DIREI DE MIM, DE NÓS?
QUEREMOS OUVIR DE NOVO,
NEM QUE SEJA BRIGANDO, SUA VOZ.
NO CANTO DESTE QUARTO AGORA VAZIO
FICOU A TOALHA MOLHADA, UM PENTE,
UM SAPATO FRIO.
NOS RESTARAM A ESPERANÇA, E A
SAUDADE DOS MOMENTOS DE ALEGRIA, QUE
AMENIZAMOS NAS FOTOS, DIGITAIS, NA
MAIORIA.
NOS ENSINOU A RIR DE TUDO. ATÉ DE UMA
CERTA BLUSA AMARELA! SÓ NÃO NOS
ENSINOU A PASSAR, CEM NOITES, CEM DIAS,
SEM ELA.