Este documento discute vários aspectos negativos do uso excessivo do Facebook. A autora critica as fotos provocantes que as mulheres postam apenas para obter likes, os estados emocionais excessivos que as pessoas publicam, e a necessidade constante de validação através de likes. Ela também expressa preocupação com o bem-estar de uma menina de 12 anos que faz publicações tristes. No geral, o documento sugere que as redes sociais podem ser prejudiciais quando usadas apenas para chamar atenção ou descarregar frustrações.
1. Crónica sobre o Facebook
Alerta vermelho, o fim do mundo foi cancelado, já não vai haver apagão, boa, regressemos ao
Facebook.
A idade nunca foi documento, desde 2004 que o Facebook tem vindo a provar o mesmo, afinal
já encontrei pessoas dos dez aos setenta e dois anos conectadas. Vou começar por elogiar os
corpos bonitos e tonificados daquelas belas raparigas, atenção, belas só no Facebook, que
põem fotos de biquíni o ano inteiro porque são demasiado ‘’hot’’ para sentirem frio.
Biquínis microscópicos e poses provocadoras para ajudar os homens a poupar dinheiro na
Maxmen e na Playboy porque de facto estamos em crise. Existem vários ângulos e lados de
que as raparigas podem pousar para a foto, pelo que vejo diariamente, o que as favorece mais,
é o lado de trás porque o cabelo é sem duvida a parte do corpo mais bonita de uma mulher, oi
que mais me fascina nas fotos são os comentários tais como ‘’linda’’ quando o rosto nem
sequer está visível, mas presumo que estejam a falar da argola porque é o que mais sobressai
na fotografia.
Falemos agora do que está em destaque, os psicólogos de hoje em dia já não são tão
eficientes, pois não resolvem as frustrações dos seus pacientes o que faz com que eles as
descarreguem no Facebook, precisamente nos estados, onde encontram uma palavra amiga
por detrás de um ecrã, às vezes questiono-me sobre o porquê da existência de um chat,
quando fazem questão de expor tudo no estado tanto para o amigo em questão como para os
dois mil amigos que adicionou conhecendo apenas duzentos deles.
O sentimento de preocupação justifica-se pois até o próprio Facebook nos pergunta como
estamos, o que pensamos, o que fazemos e o que é que se passa… Se me perguntasse se
tenho trabalhos por fazer, sono ou fome eu até diria que é tudo esquema da minha mãe.
Por falar em estados sentimentais, estou preocupada com uma garota de doze anos que nos
últimos tempos tem colocado frases que me deixam de coração partido: ‘’Eu não consigo tirá-
lo da cabeça’’ e eu pergunto-me: ‘’será piolho?’’. Sim estamos em crise mas a higiene é dos
nossos bens mais essenciais…
Ando um bocado cheia, a solidariedade nunca foi o meu forte, e estou farta que me peçam
para pôr um ‘’like’’ na foto, como se as pessoas não fossem livres gostar, sufoca-me um pouco
porque quando pedem, metem corações como se nos conhecêssemos há imenso tempo. E
quando eu pensava que já tinha visto tudo, chego à conclusão que ainda não vi nada, porque
todos os dias surge algo pior do que no dia anterior como por exemplo, status a dizer: ‘’Se me
achas bonita põe like’’, se ela tivesse escrito: ‘’ quem quer que eu apague o Facebook ponha
like’’ eu era a primeira a pôr’’
Enfim, o que me resta é manter-me diferente e remover a amizade, também tenho a opção de
desactivar o meu Facebook mas não consigo.
Ariana Oliveira nº 5 10º10ª