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16/08/2015 | CanalEnergia | Matéria: Indústria de base pede socorro|
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Indústria de base pede socorro
Setor eletrointensivo vê ameaçada a sua existência no país com o atual patamar de custo da energia
que tem inviabilizado a operação de grandes consumidores pelo Brasil 
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Reportagem Especial
14/08/2015
A indústria deverá ser a responsável pelo consumo de 36,7% de toda a energia elétrica gerada no país em 2015. Essa projeção
é a mais atualizada de que o governo dispõe e considera a queda de 4,4% na demanda para esse ano. Essa queda está na
esteira do custo do insumo no primeiro semestre do ano, que levou a casos de paralisia de cerca de 80% em um segmento por
conta da falta de energia competitiva a até mesmo o anúncio em cadeia de fechamento de fábricas de alumínio. E a
reclamação é geral, alcança o industrial que está tanto no ACR quanto no mercado livre onde os preços flertaram com valores
até 400% mais altos que os verificados em contratos antigos.
Contudo, o quadro clínico do setor industrial no que tange aos custos da energia pode ter uma leve melhora decorrente da
conjuntura econômica do país. O mesmo veneno tem sido o remédio para a crise de preços: o alto custo da energia tem levado
à redução da demanda e a um nível maior de disponibilidade do insumo no mercado. Ou seja, com oferta em alta e demanda
em baixa a lei da oferta e da procura atua e os preços começam a arrefecer. Mesmo assim, a solução ainda não parece estar
próxima.
Um dos principais custos adicionais que o setor vem enfrentando esse ano é com a elevação da Conta de Desenvolvimento
Energético. Tanto que a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres
obteve no início de julho uma liminar que isenta seus associados de parte dessa cobrança, considerada indevida. Essa
avaliação deve­se ao aumento das atribuições da conta que foi fixada em R$ 22 bilhões no ano e que com a ausência do aporte
do Tesouro Nacional em função do ajuste fiscal em curso este ano, caiu na conta de todos os consumidores.
O presidente executivo da Abrace, Paulo Pedrosa, classifica a situação atual do setor elétrico para o grupo que representa
como irrealismo tarifário. Isso porque a conta para o segmento de alta tensão aumentou muito em decorrência desse repasse
de valores que seriam os subsídios do governo, para o setor privado. "O consumidor contratado foi chamado a pagar pela
segurança do sistema. O Brasil deveria ter na verdade é uma política industrial voltada para a produção, mas não temos,
então, se houvesse pelo menos o realismo tarifário já seria um ganho que em tese, se avaliarmos somente os encargos e
custos de segurança para o setor chega a mais de R$ 80/MWh", afirmou Pedrosa. "Hoje estamos transferindo custos para a
base da cadeia produtiva e esse fator para o consumidor eletrointensivo representa uma barreira importante, pois o custo da
energia inviabiliza a produção", alertou ele.
Mas não são apenas os grandes consumidores de energia que estão no ACL que apontam para o problema da elevação dos
custos. A indústria no geral está pressionada. Quem relata essa situação é o presidente da Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo, Paulo Skaf. Ele relembra que a CDE é um ponto fundamental nessa questão. Em 2003, afirmou o representante
paulista, a conta tinha três atribuições e não contava com nenhum aporte do Tesouro Nacional. Já em 2013 a CDE mudou e
passou a ter nove atribuições e aportes do governo.
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Transferência
de custo para
base produtiva
 
Paulo Pedrosa, da Abrace
"Em 2013 o Tesouro Nacional aportou 58,3% da conta. O que aconteceu esse ano? Não aportou nada e quem assumiu essa
conta é o consumidor e isso mina a competitividade da indústria", disse ele. "Se o governo resolveu por um monte de novas
atribuições, tudo bem, mas não poderia fazer isso e o Tesouro Nacional, que bancava quase 60%, não colocar nada, passando
o custo para o consumidor de energia roubando ainda mais a competitividade do país", criticou.
Como reflexo dessa situação, a demanda por energia no segmento industrial vem sendo cada vez menor e de certa forma foi o
que colaborou para que a situação do país com a crise hídrica não se agravasse. Segundo dados da Empresa de Pesquisa
Energética,o consumo dessa classe ficou 4,2% menor nos seis primeiros meses de 2015 comparado ao mesmo período do ano
passado. A EPE avalia que o cenário adverso que perdura desde o início de 2015 se mantém para a maior parte dos segmentos
industriais. E indica que dentre os dez que mais consomem energia, apenas o de extração de minerais metálicos continua com
crescimento. Já a metalurgia, que representa 22% do consumo industrial, recuou 15%.
A previsão do desempenho da indústria em termos de consumo deverá ficar 4,4% menor do que em 2014. Esse indicador
esperado para o final do ano significa que o país deverá ainda ter um problema crescente ante o registrado até o momento já
que na soma dos últimos 12 meses até junho a demanda está 4,1% menor do que até o mesmo mês de 2014 e o ano a queda
acumulada, como citado, é de 4,2%.
Governo jogou
sua parte da
CDE na conta
do consumidor
Paulo Skaf, da Fiesp
Na avaliação de Ricardo Savoia, consultor da Thymos Energia, não é possível atribuir apenas ao custo da energia a retração da
atividade industrial. Essa queda tem relação ainda com o momento da economia brasileira que deverá recuar 1,1%, segundo
estimativas do relatório trimestral do Banco Central. E lembra ainda que o setor industrial já vem perdendo participação na
formação do PIB há mais tempo. Em 15 anos passou de 27% para 25% e isso, em um momento no qual a economia
apresentou uma generosa expansão.
O preço, disse Savoia, influencia na capacidade de competição das empresas e o recuo na formação do produto interno bruto
pode ser um sintoma dessa perda. Além disso, o que chamou de racionamento branco, referindo­se ao aumento de tarifas para
o mercado cativo, associado ao ambiente econômico de incertezas ajuda na queda da produção porque há uma parcela da
população que evita o consumo nesse momento, levando a uma diminuição do ritmo de produção no caso de bens de
consumo.
Para Paulo Cunha, consultor da FGV Energia, a situação da indústria preocupa de maneira geral. E quando se extratifica
aqueles setores que utilizam a energia como insumo de produção, o aumento da conta leva à redução da competitividade já
que há limitações para o repasse de preços em momentos de demanda por produtos em queda, levando a desequilíbrio das
contas dessas empresas. "A redução da atividade nesses segmentos é consequência natural do aumento da participação da
energia nos custos de produção já que representa uma parcela importante dessa formação de preços", avaliou.
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Nesse sentido, Pedrosa comentou que tem notícias de que um dos associados à Abrace (ele não revelou o nome) deixará de
produzir poliuretano, um produto básico para a cadeia de eletrodomésticos, por exemplo. "Estamos voltando na cadeia e
deixando de agregar valor aos nossos produtos para sermos exportadores de commodities apenas e importadores de produtos
de maior valor, estamos voltado a ter um PIB industrial da década de 40", disse ele ao se referir ao caso do setor de alumínio
que tem fechado fábricas e mantendo apenas a produção de alumina, insumo para a produção do alumínio primário.
Aliás esse segmento vem corroborando as análises tanto da EPE quanto da Abrace. A produção de alumínio primário em 2015
deverá registrar o menor nível desde 2008 quando atingiu o pico de 1,7 milhão de toneladas. Para esse ano a Associação
Brasileira do Alumínio (Abal) projeta um volume de 780 mil toneladas. Se essa previsão se confirmar representará um
decréscimo de cerca de 20% sobre o mesmo período de 2014. O motivo para tal desaceleração é o avanço do preço da energia
que vem aumentando o custo de produção para o setor e representa 60% dos custos totais para a sua fabricação.
De acordo com um levantamento que a Abal fez com seus associados, em 2003 o preço da energia para esse segmento da
indústria de base era de R$ 55/MWh, em 2010 passou a R$ 115 e ao final de 2014 fechou a R$ 147/MWh. Na avaliação de
Rego este é o limite máximo de preço de energia para que se possa produzir no país. A avaliação da entidade é de que a
energia não pode avançar a mais de US$ 50/MWh, isso porque o produto é classificado como commodity e tem o preço
controlado pelo mercado internacional. "Ou o Brasil tem a energia competitiva ou é melhor se preparar para não ter mais uma
indústria de base que são eletrointensivos, com esse preço na formação de custos do setor a conta não fecha", alertou.
Indústria de
base está
ameaçada
Milton Rego, da Abal
Esse problema não é de hoje. Essa participação vem subindo ao longo dos últimos anos. Em 2010, reportou o presidente
executivo da Abal, Milton Rego, o peso da energia estava em 50% e em 2003 era de 30%. E ao passo que a energia aumenta
o número de fábricas por aqui diminui em ritmo acelerado. Nos últimos cinco anos foram cinco unidades de produção
encerradas que juntas somam 50% da capacidade que o país possuía.
Ainda no segmento de produtos metálicos a situação do setor de ferro ligas e silício metálico é outra que está em estado
crítico. metálico viu cerca de 80% de sua capacidade de produção parar a atividade desde janeiro. Segundo o diretor executivo
da Associação Brasileira dos Produtores de Ferro Ligas e de Silício Metálico, Edivaldo Holman, esse fator foi causado
diretamente pela crise energética. O insumo representa em média 42% do custo de produção – podendo chegar a até 60% ­
variou mais de 400%. A demanda de energia deste setor é de 700 MW médios que não foram renovados em função da
inexistência desse volume a preços mais baixos para atender as empresas.
Todo o problema começou com o final dos contratos que as empresas do setor tinham com a Cemig. Em decorrência de preços
mais elevados no mercado livre, o custo da energia apresentou uma variação de mais de 400% entre os acordos encerrados e
os novos que estavam sendo propostos. A tarifa passou da casa de R$ 83/MWh antes do aumento da CDE para algo próximo a
R$ 450/MWh. Desse novo valor, a energia reponde por cerca de R$ 380/MWh e a diferença é o encargo, que aumentou 301%
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nessa base de comparação. Segundo ele, os contratos que venceram em 31 de dezembro do ano passado tinham valores entre
R$ 60 a R$ 66/MWh sem contar o acréscimo da CDE ao montante de R$ 17/MWh.
Outro segmento que possui uma importante parcela na participação da carga nacional, o Químico (11%) enfrenta um problema
semelhante a depender do segmento de atuação. No geral, o balanço que o setor fez até maio mostra que a elevação dos
custos de produção, entre eles figura o da energia elétrica, tem impactado direta e indiretamente no que se refere a produtos
para uso industrial. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química, as empresas nacionais não têm conseguido
competir com as suas concorrentes cujas operações estão em regiões com mais baixo custo. A maior parte da energia utilizada
pelo setor é contratada no ACL, a autoprodução respondeu por apenas 8,3% da demanda no ano de 2013.
Energia deve
representar
50% do custo
de produção
Martim Penna, da Abiclor
Dentre os segmentos que fazem parte desse setor, o que mais sente o impacto do custo da energia elétrica é o de cloro e
soda, onde o insumo é usado não como energético, mas como matéria prima. Nesse setor, o peso da energia sobre na
formação de custos de produção é de 46%, mas deverá se elevar a um patamar acima de 50%, principalmente pelo aumento
dos encargos, em especial a CDE. Esse patamar, se confirmado, ficará em cerca de 10 pontos porcentuais acima do nível
histórico do setor. "Nos últimos anos o impacto da energia no custo de produção tem sido maior. Isso, não é porque os demais
custos recuaram, ao contrário, aumentaram, mas a energia teve um custo mais elevado ainda", explicou o diretor executivo da
Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados, Martim Afonso Penna.
Se a situação no ano passado já era de sinal amarelo quanto ao desempenho do setor, em 2015 o cenário está pior, avaliou o
executivo. Além da tarifa da energia e sua elevação na composição dos custos de produção, ao mesmo tempo há a piora do
cenário econômico. Com essa combinação, o resultado de janeiro a maio é de queda da produção de 2,1% em comparação ao
mesmo período de 2014. Essa impressão, contou, vem do uso da capacidade instalada que está menor que o mínimo indicado.
O ideal para o segmento é o uso de algo em torno de 90% da capacidade de uma planta industrial. Até maio esse patamar
estava em 82%, índice 3,2 pontos porcentuais abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
Atratividade do
ACL foi
antecipada
Ricardo Savoia, da Thymos
Energia
E investir em eficiência energética, para reduzir o peso não é visto como uma solução para mitigar o impacto sobre a
produção. O setor químico em geral já vem tomando medidas. Segundo dados da Abiquim, há pouco mais de 20 anos começou
o programa Atuação Responsável. Entre as ações da indústria, relatou a entidade está a redução do consumo de energia e de
água. Em sete anos, até 2013, o setor reduziu seu consumo em 19% o que daria menos espaço para se implantar medidas
para usar de maneira mais eficiente o recurso como forma de mitigar o impacto.
Lucien Belmont, presidente da Abividro, lembrou que a energia é fundamental para a previsibilidade de custos para qualquer
grande consumidor. Até por isso que praticamente todos estão no ACL. Em sua avaliação, o grande problema atual é que as
empresas estão enfrentando aumentos de custos inesperados que minam os cálculos realizados para um horizonte de
investimentos e o retorno em um determinado espaço de tempo. "A contratação no ACL é para travar preço e não ter a sua
mudança ao longo do tempo", acrescentou referindo­se ao valor adicional da CDE que foi imposto ao mercado.
Mudanças de cenário
A classe de consumidores industriais pode ser parte da solução quanto aos preços da energia, pelo menos no mercado livre. É
que com a redução da demanda e a melhoria das condições das afluência no país, os preços no mercado livre já apontam para
uma tendência de baixa até mesmo para o curto e médio prazo. Ricardo Savoia, da Thymos, destacou que o sinal de preços
nesse momento é positivo no mercado livre, ainda mais quando olhamos para o cativo que tem uma tendência de manter as
tarifas elevadas em função de ter que repassar custos contraídos junto ao mercado financeiro no ano passado.
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"O apetite no mercado livre cresceu esse semestre, era algo que se esperava apenas para meados de 2016 ou até mesmo
2017 que se adiantou e está nesse momento mais atrativo", afirmou ele. "A energia convencional que estava a R$ 300/MWh já
é possível de ser encontrada a R$ 200/MWh e para 2016 esses valores estão em cerca de R$ 180 e em 2017 em R$
160/MWh", elencou.
Esse movimento é justamente o reflexo da tendência de queda da demanda que vem impactando na formação do PLD que tem
a indicação da CCEE de chegar ao final do ano a R$ 125/MWh e que a partir de março do ano que vem alcance o patamar
mínimo de R$ 30,26/MWh em todos os submercados do país à exceção do Nordeste que é onde a situação dos reservatórios
está mais crítica.
Agora, lembrou o consultou da Thymos, essa é uma situação conjuntural que depende fortemente da demanda e das vazões.
Mas, apesar dessa ressalva o momento do país aponta para uma melhoria das condições de contratação no ACL. Com essa
perspectiva, quem tem energia para vender coloca no mercado livre, pois oferece mais possibilidade de gerar mais caixa do
que esperar para liquidar ao PLD.
Solução
Com esse cenário, as entidades apontam que a saída seria a adoção de uma real política industrial no país onde a energia
fosse obtida a preços competitivos. Uma das formas que a Abrafe acredita representar como saída para essa verdadeira
armadilha na qual essa indústria está envolvida é a solução dada para a extensão dos contratos da Chesf. Aliás, um dos
beneficiários dessa medida faz parte da Abrafe, a Ferbasa.
Holman elogiou a iniciativa do governo em editar a MP 677 e classificou a decisão como positiva. Porém, ressaltou que essas
condições de suprimento deveriam ser concedidas de forma isonômica para todas as indústrias do setor que representa para
que não tenhamos um problema concorrencial interno em decorrência de uma empresa ter energia a um custo mais baixo e
outras não terem essa oportunidade. Por isso, disse, "estamos fazendo um trabalho junto aos deputados para que possamos
ter as mesmas condições que a MP 677 proporcionou às industrias do Nordeste."
Produção de setor de ferro­liga
praticamente paralisada pela alta do custo da energia
Outro segmento bastante beneficiado com a MP foi o de Cloro e soda. Uma parte das indústrias do setor tem demanda de
energia contratada no mercado livre. Mas, a maior parcela, cerca de 60% de toda a capacidade produtiva deste setor, estão
concentrados na Braskem e Dow que têm seu fornecimento de energia realizado pela Chesf no ACR. Segundo Penna, apesar de
ter um custo mais elevado do que se tinha até o vencimento desses contratos, a extensão do acordo tirou uma grande
preocupação do segmento. E disse que uma solução para as empresas do setor no qual atua passa pelo acesso à energia
cotizada das usinas cuja concessão tenha chegado ao fim. "Para nós é fundamental que a CDE seja revista e ajustada para
retirar o peso do setor, da forma que está é inviável", acrescentou ele.
Pedrosa, da Abrace, disse que a MP 677 é o reconhecimento de uma relação particular de um conjunto de consumidores
cativos atendidos pelo gerador historicamente e que entendiam ser este um direito, que foi respeitado pela medida. Esse caso,
no entanto, pode abrir as portas para uma solução maior que vise atender a grande indústria. Ele defende o acesso aos leilões
de expansão competitiva e às cotas. "A oportunidade de discussão está criada e os interlocutores que estão no governo hoje
estão atentos e abertos ao diálogo", frisou.
16/08/2015 | CanalEnergia | Matéria: Indústria de base pede socorro|
http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/materias/imprimir.asp?id=107796 6/6
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