A edição 123 enche-se de inovadores produtos em prol da qualidade de vida, de informações centrais sobre fundos europeus, de arte, de paixão e tantos óculos. O destaque arrebatou-o uma poderosa Optivisão , através do seu novo líder, António Amorim e das suas estratégias.
1. PORTUGAL • Nº 123 • JUNHO 2023
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Uma melhor visão
para a vida com
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Essilor
Varilux XR Series e
a inovação de um
olhar natural
Shamir Driver
Intelligence
Barcelona foi palco do
futuro da condução
António
Amorim na
direção da
Optivisão
“O futuro vai
ser brilhante”
2.
3.
4. |
4
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#EDITORIAL
Sob a ótica dos sonhos
A edição 123 da Millioneyes fervilhou! Viajámos entre inovações, novidades, negócios, con-
versas soltas, reencontros profissionais que sabem a amizade e tanta, mas tanta inquietude.
Celebrámos um SILMO com sotaque portuense, de sala cheia, com as marcas eyewear que
admiramos e que contribuem para um setor sempre mais vivo e dinâmico. Reavivamos ainda
a nossa relação com a equipa que torna o SILMO especial, desta vez em “nossa casa”. As mar-
cas estiveram imparáveis. Cada uma num âmbito diferente, comprometem-se sempre mais
com a causa da saúde visual, na medida de um consumidor que quer viver mais e melhor.
Foi também a oportunidade de ouvirmos na primeira pessoa mudanças, novos desafios in-
ternos e a pujança de ir mais longe comum a todos os mais importantes players. Registámos
ainda o cumprimento da missão da Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica com
a conferência online, com voz e conhecimentos do docente Nuno Gama Pinto. Representou
uma forma privilegiada de entendermos de que forma entender de que forma alguns fundos
europeus são distribuídos no nosso país.
A capa, essa, teve contornos especiais. Quando soubemos que António Amorim assumiu os
destinos da Optivisão, quisemos ouvi-lo pessoalmente sobre que planos estão destinados a
um dos mais proeminentes grupos portugueses. A Optivisão aproveitou para dar voz aos seus
investimentos e conquistas e arrebataram-nos o destaque. Temos a certeza que a Optivisão
tem perante a sua infrastutura dias de grande trabalho, mas de muito usufruto também. An-
tónio Amorim conquistou-nos pela assertividade das estratégias, pela empatia fácil que cria
com todos e pela leveza com que encara o futuro.
Claro que nunca resistimos a óculos bonitos, a iniciativas solidárias e humanas e à arte que
pontilha o nosso setor e as pessoas que o constroem com tanta vivacidade e paixão. Encontre
nas próximas páginas a inspiração para os seus negócios, os produtos que podem fazer a di-
ferença na sua empresa, as histórias que nos inspiraram e tanta ótica. Ela está aqui! Obrigada
por nos seguir.
Estatuto Editorial / Sinopse
A Millioneyes é uma revista profissional dedicada ao setor da ótica, contando com presença integral online
através da plataforma isuu.com.
A Millioneyes tem o objetivo de cobrir os acontecimentos específicos do seu setor e retratar a informação
de forma rigorosa, com toda a dedicação e competência.
A Millioneyes traz uma abordagem íntima, atualizada e assertiva sobre o setor da ótica em Portugal, es-
miuça perspetivas de outros países sobre a situação do mercado, retrata tendências em óculos, expõe dados
científicos essenciais aos técnicos da área com o apoio dos oftalmologistas e optometristas e aborda de
forma inédita os empresários que gerem os estabelecimentos nacionais.
A Millioneyes compromete-se a respeitar os princípios deontológicos e a ética profissional aplicada à ativi-
dade profissional dos jornalistas, assim como a boa fé dos leitores, através do trabalho dos seus colaborado-
res e diretor. A Millioneyes é independente do poder político e de grupos económicos, sociais e religiosos.
6. 26
SOCIAL EYES
SILMO Showroom
Exposição na Invicta arrebata
expositores e visitantes
|
6
|
Diretora: Patrícia Vieites | Editora: Carla Mendes | Redação: CarlaMendes,MarleneMaia | Design e Paginação: Paula Craft | Fotografia: Ruy
Coelho | E-mail: millioneyes@outlook.pt | Tel: 96 232 78 90 | Periodicidade: Mensal | Tiragem: 2000 exemplares | Impressão: Uniarte Gráfica,
S.A | Preço de capa em Portugal: 7,50 euros
Depósito Legal n.º 419707/16 | Interdita a reprodução, mesmo que parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios e para quaisquer fins,
inclusive comerciais. Os artigos de opinião e os seus conteúdos são da total responsabilidade dos seus autores.
A MillioneyesTM
é propriedade da Parábolas e Estrelas – Edições Lda. com sede na Rua Manuel Faro Sarmento, 177, 4º esquerdo, 4470-464 Maia,
Portugal | NIF: 510195865 | Gerente/Diretor - Cristóvão Jesus - Detentor de 100 por cento do capital social | Sede de Redação– Rua Elísio de Melo,
28, S 38 – 4000-196 Porto | Qualquer crítica ou sugestão deve remeter-se para: millioneyes@outlook.pt
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ALL EYES ON YOU
António Amorim na direção da Optivisão
“O futuro vai ser brilhante”
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WHAT’S NEW
OneSight EssilorLuxottica
Em prol do futuro do jovens
10
FRAME OUT
Blake Kuwahara
Figuras poderosas em cores
suaves
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IN YOUR EYES
Opticalia
Áurea prossegue
ao ritmo da moda
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EYES WIDE OPEN
AASO
A Europa, a resiliência e a
sustentabilidade
#ÍNDICE
7. MOREL
Um futuro sustentável e primoroso
A histórica casa francesa assume uma posição na
defesa da vida e lança uma linha feita com acetatos
100 por cento reciclados. A Morel avança com uma
parceria com a reconhecida produtora de acetato
Decoracet, localizada a poucos quilómetros da
sua fábrica na região de Jura, que acumula know-
how na criação de novas placas através da termo-
compressão dos grânulos de resíduos de acetato.
Os óculos que nascem deste conceito “verde”
têm variações de cor com um interessante mix de
tonalidades e transparências.
|
7
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J.F.REY
óculos vindos do céu!
A nova coleção Kids da marca francesa
envolve crianças e pais numa jornada
imaginária acima do céu.Cores celestiais,
brilhos cósmicos e efeitos cintilantes
dão espaço a óculos que fazem
sonhar. Os formatos são desenhados
em torno da coleção de adulto, numa
variedade que permite aos pequenos
aventureiros adaptarem a armação à sua
personalidade e gosto.
8.
9.
10. EOE
A eternidade do ouro
A coleção Eternity assinada pelos
criadores da sueca EOE Eyewear tem
um lugar especial no mundo da ótica.
As armações exploram as qualidades
naturais do ouro, sobre o qual a marca
conta uma história romântica em como
“cada vez que uma estrela morre, ouro
nasce. Algo tão precioso e escasso
deve ser manuseado com amor.” O
conjunto valioso é refinado na vila da
Lapónia chamada Lannavaara, por um
ourives que dobra e trabalha o ouro
sob inspiração das folhas das bétulas.
Sofisticados, feitos exclusivamente
à mão em todos os seus detalhes
especiais desafiam a concepção de
óculos, valorizando personalidades e o
próprio setor da ótica.
FRAME
OUT
|
10
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BLAKE KUWAHARA
Figuras poderosas em cores suaves
O designer baseado em Los Angeles, EUA, propõe uma temporada quente
sob a experiência eyewear plena de originalidade e impacto. Blake Kuwahara
absorveu as mudanças inesperadas da sociedade nos últimos anos e reflete isso
na sua criatividade. A nova coleção perpetua os desenhos intensos, mas desta
vez, envolvidos em tonalidades apaziguadoras. A marca norte-americana é
reconhecida pelos frontais precisamente recortados ao ritmo das ideias de Blake
Kuwahara e, em 2023, ganham ainda mais rigor com um corte especial e com
máquinas de corte a laser com controlador CNC.
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12. |
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#WHAT’S
NEW
ECUM
Consciencialização para a Miopia
A Escola de Ciências da universidade do Minho (ECUM) pro-
moveu, em maio, uma sessão interativa sob a temática das
Causas, tratamentos e consequência da miopia em crianças e
adultos. No palco de especialistas estiveram José Gonzalez-
-Méijome, coordenador do Laboratório de Investigação em
Optometria Clínica e Experimental (CEORLab) e presidente
da ECUM, María Mechó García, estudante de doutoramento
no âmbito da Rede Europeia OBERON, de Sara Leite, inves-
tigadora do CEORLab, e de Alexandre Monteiro, investiga-
dor de doutoramento no Laboratório da Ciência da Cor no
Centro de Física da Universidade do Minho e representante
da direção da Associação Profissional de Licenciados de Op-
tometria. Para além do alerta à população, o evento também
expôs os tratamentos que permitem a correção da miopia,
já que ainda não é possível a recuperação total. “Este pro-
blema é global e atinge cada vez mais pessoas, estima-se
que, em 2050, mais de metade da população possa sofrer
desta anomalia visual que impede uma boa visão ao longe.
Antes da miopia se manifestar, pode reduzir-se o risco do
seu aparecimento”, adiantou José Gonzalez-Méijome. Entre
as estratégias apontas estão o aumento de atividades ao ar
livre, menor exposição a ecrãs, dormir e, claro, consultar fre-
quentemente um optometrista ou um oftalmologista.
MIDO
Um universo feito de ótica
A nova campanha da feira milanesa já
está lançada sob o título The Eyewear
Universe. Combina a criatividade hu-
mana com o poder inovador da inteli-
gência artificial. “A MIDO tem seguido
constantemente, e até antecipado, as
novas tendências e não só na indústria
eyewear. Alterou o conceito tradicional
de feiras profissionais, transformando-
-se num verdadeiro evento global, isto
em termos da exposição e de tudo o
que a rodeia, nomeadamente a forma-
ção. Depositámos a nossa confiança
na inovação tecnológica e digital e foi
uma das primeiras feiras a desenvolver
uma aplicação para ser usada na feira e
para aplicar realidade aumentada numa
campanha publicitária. Hoje damos as
boas-vindas à inteligência artificial que
nos proporciona novas fronteiras de co-
municação visual (…)”, declarou o pre-
sidente da MIDO, Giovanni Vitaloni. A
campanha desenvolve-se em torno de
esferas que delineiam as imagens e são
parte de um novo universo. A respon-
sabilidade criativa esteve, pelo segun-
do ano consecutivo, nas mãos de Max
Galli, em parceria com o Mixer Group.
MAXGALLI
+
MIXER
GROUP
+
SILVIA
BADALOTTI
+
ARTIFICIAL
INTELLIGENCE.
FEBRUARY 3-5, 2024
Fiera Milano, Rho
The
eyewear
universe.
14. |
14
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#WHAT’S
NEW
SILMO ACADEMY
A preparação para os Jogos
Olímpicos passa aqui
E não só! A edição de 2023 do SILMO
Paris acontece em simultâneo com a
Taça do Mundo de Rugby, isto enquan-
to a cidade das luzes se prepara para
receber os melhores atletas do mundo
nos Jogos Olímpicos, desejosos por
sucesso. A nova edição do SILMO Aca-
demy adapta-se, dando aos profissio-
nais formações na área da otimização.
Durante a conferência, os oradores es-
pecializados passam os mais recentes
dados, pesquisas e experiências numa
reflexão sobre a unicidade do setor da
ótica, os seus serviços e todas as ferra-
mentas para se tornarem profissionais
de elite. DE 30 de setembro a 1 de ou-
tubro, das 13 às 17:30 horas, o parque
de exposições de Paris Word Villepinte
é um centro formativo de referência.
ONESIGHT ESSILORLUXOTTICA
Em prol do futuro do jovens
O programa Vision as Needed (VAN) da fundação OneSi-
ght EssilorLuxottica levou as suas mais valias em monitori-
zação da saúde visual móvel ao Agrupamento de Escolas
Engenheiro Nuno Mergulhão, em Portimão. A instituição
foi escolhida por acolher uma multiculturalidade de alunos,
recebendo desta forma a equipa de voluntários entre oftal-
mologistas, professores e colaboradores EssilorLuxottica do
programa VAN. Realizaram-se rastreios visuais a mais de 70
alunos do pré-escolar ao 3º ciclo, sinalizados pelos docentes
com suspeita de carências visuais. Como resultado, 96 por
cento das crianças precisavam de óculos graduados, 50 por
cento dos quais com astigmatismos e ametropias bem ele-
vados. “Alguns até sabiam que viam mal, mas a prioridade
dessas famílias está concentrada nas necessidades básicas
de sobrevivência” referiu o comunicado da fundação. A es-
tes alunos foram facultados óculos sem quaisquer encargos.
Como resultado desta ação conjunta, é possível que cada
um destes alunos passe a ver melhor e a conquistar o eu
lugar na sociedade.
ØRGREEN
Ao serviço do design
Os estúdios da dinamarquesa Ørgreen receberam uma instalação
hipnotizante inspirada na tranquilidade e elegância das tradições japonesas
e refletindo a essência da marca conjunta de alguns fabricantes japoneses,
Koyori. O espaço foi decorado com uma coleção cativante de cadeiras e
mesas desenhadas por Ronan & Erwan Bouroullec e GamFratesi, numa
transformação de simples objetos funcionais em maravilhosas esculturas
em madeira. O evento, que aconteceu a propósito dos 3daysofdesign,
entre 12 e 13 de junho, na Dinamarca, teve o momento alto coma visita
dos artistas aos estúdios Ørgreen. “Ficámos encantados por receber esta
instalação excecional nos nossos estúdios, expondo os designs visionários
de GamFratesi e Ronan & Erwan Bouroullec. A instalação (..) reúne a fusão
harmoniosa da estética japonesa e o design contemporâneo, que é um
aspeto fundamental também para a Ørgreen”, declarou Henrik Ørgreen,
fundador da marca de Copenhaga.
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1. Lam CSY, Tang WC, Tse DY, et al. Defocus Incorporated Multiple Segments (DIMS) spectacle lenses slow myopia progression: a 2-year randomised clinical trial. Br J Ophthalmol. 2020;104(3):363-368.
2. Lakkis C, Weidemann K. Evaluation of the performance of photochromic spectacle lenses in children and adolescents aged 10 to 15 years. Clin Exp Optom. 2006;89(4):246-252.
3. Renzi-Hammond LM, Hammond BR Jr. The effects of photochromic lenses on visual performance. Clin Exp Optom. 2016;99(6):568-574.
4. Wu PC, Kuo HK. Effect of photochromic spectacles on visual symptoms and contrast sensitivity of myopic schoolchildren treated with low dose concentration atropine. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2016;57:2484.
5. HOYA data on file. Lens performance validation test for MiYOSMART photochromic lenses – activation and deactivation. 02/2023. Tests were conducted at room temperature (23 °C).
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18. #ALL
EYES
ON
YOU
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18
|
Estes e outros planos estão a ser conge-
minados pelo gestor que assume os des-
tinos do maior grupo nacional de ótica
com grandes expetativas. Ainda antes
de dizer sim a André Brodheim, antigo
diretor geral da Optivisão, o atual líder
confessou que admirou profundamen-
te as mudanças provocadas no grupo
após a integração no grupo Brodheim.
E agora assume a dianteira das estra-
tégias, assinalando e reforçando a área
mais forte da Optivisão: a saúde visual.
António Amorim tem nos gestos e no
discurso a energia e esperança de lan-
çar a Optivisão num plano de sucesso,
que lhe pertence naturalmente, por
toda a história construída em torno
dos “melhores óticos de Portugal”. Tem
ainda o compromisso de estar presen-
te no “terreno” onde se opera a magia
levada a cabo pelos óticos do grupo
e de comunicar aos clientes finais as
vantagens de “entregarem” a sua visão a
mãos experientes sob a insígnia da Op-
tivisão, recentemente eleita A Melhor
Loja de Ótica, em Portugal. De olhos
no futuro, António Amorim quer ain-
da mudar paradigmas instalados sob o
brilho de “grandes máquinas” de marke-
ting, sobrepondo a relação entre opto-
metristas e clientes. Estamos ansiosos
por ver o que a Optivisão vem trazer
ao mercado. Leia António Amorim na
primeira pessoa!
Como é que a Optivisão o convenceu a
aceitar este desafio?
Foi o André que é muito convincen-
te (risos). Claro que toda a história do
grupo me fascina e, agora estando por
dentro e percebendo como chegámos
até aqui, ainda me atrai mais. Depois
da tentativa de compra por parte de um
grupo estrangeiro, o grupo Brodheim
inteirou-se da Optivisão e contrapôs
esse episódio, apurando a comunicação,
uniformizando a imagem e isso reviu-se
na campanha muito bem conseguida
nessa sequência, das mais emocionais da
ótica. Depois houve a necessidade de se
fazer todo o trabalho de back office que
foi muito penoso e duro, otimizando as
operações. Dentro deste pacote, vieram
ainda as lojas próprias que exigiram
muito tempo e que incluiu a formação
das pessoas de um ponto de vista de ges-
tão à semelhança do que aconteceu nas
lojas de retalho de moda da Brodheim.
A Optivisão estava pronta para si, então.
Sim, embora eu tivesse imaginado este
processo para daqui a um ou dois anos.
Foi uma questão de oportunidade. Eu
estava numa fase de mudança, com um
convite para um projeto em Espanha.
Aliás, estava a aterrar de uma das úl-
timas vezes que lá fui quando o André
me ligou e combinámos um café. Eu
longe de perceber o que ia acontecer.
Ele explicou-me o projeto e a necessi-
dade de dar a volta à Optivisão. Come-
çámos logo a pensar mais na vertente
tradicional no retalho. O projeto tem
muito para cumprir com uma ambição
muito grande para o futuro, desenhado
de três a cinco anos e com o qual me
identifico em absoluto, até porque ve-
nho das raízes da ótica tradicional.
Sempre o imaginámos numa frente de
loja (risos)?
Também passei por lá. Quando entrei
na ótica vinha da função de delegado
de informação médica e fiz o processo
completo.Estivenapartetécnica,passei
três anos em loja e, portanto, usufruí
desse know-how.
E como se posiciona o André Bro-
dheim agora?
Ele assume um papel mais global do
plano da ótica do grupo Brodheim, em
Portugal e Espanha.
A responsabilidade de assumir este
grupo poderoso do mercado português
não o assusta?
Não, porque os desafios que vamos ter
pela frente vão ser tão fortes que vão
por à prova todos os que estão no setor,
por isso, não há momento melhor para
encaixar numa organização destas. E
depois há a questão do posicionamento
ANTÓNIO AMORIM NA DIREÇÃO DA OPTIVISÃO
“O FUTURO VAI SER
BRILHANTE”
A Millioneyes esteve frente a frente com o novo “homem forte” do grupo Optivisão, a propósito da
reabertura da loja do Maia Shopping. Sob o novo conceito de loja própria com foco na experiência do
consumidor, a Optivisão já investiu mais de 2,5 milhões de euros na edificação de lojas que têm tanto
de minimalistas como de futuristas. É mais um passo em direção ao crescimento da rede de óticas,
como nos explicou António Amorim.
19. ALL
EYES
ON
YOU
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19
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e tipificação daquele que é o ADN dos
nossos associados. Arrisco-me a dizer
que temos os melhores óticos de Por-
tugal connosco. Tirando algumas exce-
ções que estão fora da rede Optivisão,
tudo o que são as melhores práticas
do que se faz em ótica em Portugal ao
nível do posicionamento, saúde visual
e da aposta em equipamentos, está na
Optivisão. E poucos são os que concor-
rem connosco neste segmento, em ter-
mos de grupos, e os que o fazem têm
uma dimensão menor. Temos aproxi-
madamente 280 lojas óticas em todo o
país, com uma capilaridade impressio-
nante. Não há localidade onde a Opti-
visão não esteja! Há sempre uma Opti-
visão próxima de todos os portugueses
para assegurar cuidados de saúde visual
com qualidade superior.
E não há resistência por por parte dos
óticos em aceitar as novas tendências
do mercado?
Pelo contrário, temos a vantagem de
termos as novas gerações a entrarem
nos negócios com uma visão de gestão.
Já têm formação na área, mesmo sendo
optometristas. Têm ainda a herança pa-
rental do rigor e do posicionamento de
qualidade em serviço de optometria. O
discurso é comum.
E como foi “largar” um projeto de mais
de 20 anos, nesta caso, a OMB?
Emocionalmente foi complicado, por-
que entrei na OMB quando o grupo
tinha 16 óticas e estive no processo
de aquisição e crescimento do grupo
até às 48 lojas. Tinha uma visão estra-
tégica de futuro para o grupo, mas as
circunstâncias mudaram …é mesmo as-
sim. Por muito que emocionalmente es-
tejamos agarrados aos projetos profis-
sionais, temos que ter esta capacidade
de fazer a separação. É importante per-
ceber que para que haja evolução de-
pendemos sempre de pessoas e é pre-
ciso haver uma vontade comum para
que os objetivos se possam cumprir.
António Amorim na
Optivisão Maia que
reabriu renovada com o
novo conceito de ótica
Optivisão.
20. ALL
EYES
ON
YOU
|
20
|
A separação do grupo, com a divisão
dos sócios, alterou o funcionamento
da empresa. Eu senti que foi um ciclo
que se fechou para mim. Nunca tive
medo do futuro, sabendo de antemão
que aquilo que fui construindo, even-
tualmente, seria reconhecido. E sou-
-lhe sincero, a minha decisão tornou-se
mais fácil porque assumi que precisava
de um projeto que se adequasse à visão
estratégica que tenho para o futuro da
ótica em Portugal nesta fase da vida ou
então criava o meu próprio projeto. E
digo-lhe que alguns dias depois de sair
da OMB já tinha recebido chamadas
para novos desafios. Devo a OMB qua-
se tudo o que sei de ótica e agradeço
infinitamente.
E em que ponto considera estar a Opti-
visão neste momento?
Num ponto de viragem, assumidamen-
te. Tivemos uma reunião interna com
os visionários da Optivisão e foi uma
questão que quisemos sublinhar e acau-
telar ainda que o facto de haver uma
mudança não significa que se traduza
em resultados imediatos. A “a roda já
está inventada há muito tempo” e temos
sempre essa consciência. Depois é uma
questão de cadência e temos que defi-
nir o nosso eixo, insistir e os resultados
virão. Não será muito diferente, mesmo
porque não mudamos o posicionamen-
to, continuamos a apostar na saúde
visual. É um conceito muito difícil de
transmitir em termos de comunicação,
e temos esse desafio presente. Temos os
nossos clientes, que são os associados,
mas também temos os clientes finais a
quem temos de passar esta mensagem.
Queremos que o grupo abrace e per-
ceba que juntos, verdadeiramente jun-
tos, conseguimos resultados melhores.
Acredito que estamos todos em sinto-
nia e agora é aplicar tudo o que temos
definido para o futuro.
Qual a assinatura do António no Gru-
po Optivisão?
Eu estou em constante visita aos associa-
dos e vou estar. Acho que, conceptual-
mente, nas empresas do futuro, quando
alguém lidera um projeto, não fica fe-
chado num escritório com a equipa a
delinear estratégias, porque dessa for-
ma pode perder-se o foco daquilo que
é a operação no terreno. Depois, porque
naturalmente o ser humano é mesmo
assim. Há um feedback que as equipas
têm obrigação de trazer até nós e que
tem a ver com a consistência da opera-
ção diária, e há coisas que só sabemos in
loco. Temos que estar e ouvir as pessoas.
Quando assumi o desafio da Optivisão
fiz questão de dizer “não contem comi-
go para ficar fechado numa sala, com
grandes dinâmicas de rácios." O sistema
de gestão tem que estar montado, como
é óbvio, todos sabemos que quem não
consegue medir não consegue gerir, mas
para que esses indicadores tenham a per-
formance que queremos são as pessoas
que fazem a diferença e temos que as
acompanhar e perceber se os planos são
aplicáveis. A nossa capilaridade geográ-
fica é diretamente proporcional à capi-
laridade de personas entre os associados.
Outro desafio que temos para o futuro é
tornar a Optivisão sempre mais um ge-
rador de conteúdos formativos e eu sou
fã das nossas parcerias com os fornece-
dores, mas nunca são independentes da
lógica comercial. O que vamos fazer em
breve é levar essa informação de forma
isenta de acordo com as necessidades
dos associados, sobretudo na área da
optometria.
Oquedizeraumprofissionalquesequer
associar a um grupo, ou melhor, quais as
vantagens de se associar à Optivisão?
A Optivisão raramente é a opção da-
queles profissionais recém chegados à
optometria e que pretendem abrir o
seu negócio sob uma insígnia. Os inputs
que recebem durante a fase académica
não são da Optivisão. O que notamos é
que, quando o ótico já tem larga expe-
riência da atividade e já está posiciona-
do no mercado há mais de cinco anos e
já tem a sua base de dados consolidada,
então nós somos, quase sempre, a pri-
meira opção e isto deve-se sobretudo
à notoriedade da marca e ao respetivo
posicionamento do Grupo Optivisão.
Defendemos muito o conceito de saúde
visual, é o nosso foco e acreditamos que
o futuro passa pela diferenciação por
este conceito.
É nas consultas que devemos assegu-
rar a diferença, proporcionando uma
experiência ao paciente inigualável,
como as pessoas merecem, e sobretudo
análise que aborde, na medida do pos-
sível, o melhor do que é uma consulta
de optometria, sem pressas. O trabalho
é moroso. Exige muito investimento e
dedicação em formação e em equipa-
mento de diagnóstico. Se analisarmos
a base de dados de uma ótica consigo
perceber a frequência de visita de um
cliente e se essa for na ordem dos qua-
tro/cinco anos, num futuro próximo
teremos todos um problema. O desafio
está em encurtar este período e dar ra-
zões aos clientes para que nos possam
visitar mais vezes e comprar outros
produtos e serviços para além das len-
tes oftálmicas. É preciso paciência… e é
também transmitir a noção da diferen-
ça entre entregar óculos ou dispositivos
médicos. E depois, quanto mais vezes
os clientes nos procurarem aumenta a
possibilidade do relacionamento in-
terpessoal ganhar força e proximidade.
21. ALL
EYES
ON
YOU
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21
|
Não podem existir vazios temporais de
comunicação tão grandes.É preciso ca-
pitalizar toda esta relação, que começa
na informação que as óticas têm sobre
os seus clientes nas suas bases de dados.
A lógica de uma estratégia organizada
de CRM (gestão da relação com o clien-
te na sigla em inglês) é ter sempre em
vista assegurar um serviço de excelên-
cia ao nível dos cuidados primários em
saúde visual.
E querem passar a captar também estes
profissionais mais jovens?
Queremos em breve ser influenciadores
desta nova geração que está a entrar no
mercado para que perceba que há outra
realidade e que incopore outra forma de
serviço de optometria e atendimento
em ótica para além do que é vivencia-
do maioritariamente hoje no mercado e
que são totalmente diferentes.
O que esperar da Optivisão no futuro?
Querem crescer?
Nós vamos crescer! Isso é claro como
a água. E vamos crescer quer do ponto
de vista das óticas associadas quer das
lojas óticas próprias. No norte estamos
bem implementados em grande parte
dos centros comerciais, faltam alguns
mas é um processo orgânico e é preciso
que o mercado nos dê oportunidades.
A verdade é que também vamos sentir
dores de crescimento, porque temos em
andamento um grande processo de en-
tradas e já estamos a olhar para o mapa
e a ver áreas demasiadamente peque-
nas para tantas óticas. Temos que dar
sempre proteção a quem está connosco.
Queremos manter a liderança daquela
que é a maior cadeia de retalho de ótica
no país e a segunda maior em termos de
vendas em valor global e para isso tere-
mos de estar atentos. É preciso confiar,
porque o futuro vai ser brilhante.
E por falar nesta aposta em óticas pró-
prias, a do Maia Shopping reflete este
sentidodefuturoqueoAntóniodefende.
Esta aposta na ótica do Maia Shopping
é mais um passo em frente no cresci-
mento e no futuro da rede Optivisão,
de facto, bem como no crescimento
de todos os nossos associados, pois po-
dem replicar integralmente este novo
conceito de ótica. A saúde visual rein-
venta-se e surge neste conceito de mão
dada com a tecnologia, para potenciar
a longevidade na performance visual. O
novo espaço, de 150 metros quadrados,
tem como propósito proporcionar um
serviço de saúde visual inovador, desde
o diagnóstico à oficina para otimizar o
atendimento e melhorar a experiência
da visita do cliente à ótica.
Ou seja, teremos muitas lojas Optivi-
são futuristas.
Queremos fazer um refresh nas nossas
óticas atuais, porque acreditamos que
é um conceito vencedor e que o mer-
cado valoriza. Em paralelo, este modelo
de ótica serve também para inspirar os
nossos associados e parceiros de negó-
cio, de modo que esta imagem e concei-
to seja cada vez mais transversal no país.
Na verdade, já temos alguns associados
interessados e que estão a estudar este
layout na planta deles e contamos vir a
implementar este formato de ótica de
norte a sul do país. Demora o seu tem-
po, numa rede com mais de 270 óticas,
mas o caminho faz-se caminhando.
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“É com muito prazer que participo
nesta conferência e que partilho com
todos, enquanto membro do Conselho
Consultivo da Associação de Apoio à
Sustentabilidade da Óptica (AASO),
a minha experiência e o trabalho que
tenho desenvolvido nesta área em Por-
tugal e também no plano europeu",
foi assim e de forma descontraída que
Nuno Gama Pinto, lançou a palestra
aos participantes. A primeira temática
a ser exposta prendeu-se com o Plano
de Recuperação e Resiliência (PRR),
“que conhecemos nem sempre por
bons motivos. As notícias que circu-
lam sobre a sua execução são sempre
o que nos deixa mais preocupados, no
entanto é importante compreender de
que forma foi desenhado, a que pro-
blemas é que procura responder e, in-
clusivamente, os condicionalismos que
tem”, especificou o orador.
Nuno Gama Pinto explicou que, em
traços gerais, o PRR foi aprovado em
2021 e quer responder à crise pandé-
mica e respetivas consequências. Di-
vide-se em três dimensões: resiliência,
transição climática e transição digital.
A resiliência é aquela que está cono-
tada com um valor mais significativo.
AASO
A EUROPA, A RESILIÊNCIA E
A SUSTENTABILIDADE
Aloca cerca de 11 mil milhões de euros,
porque é nesta rubrica onde o gover-
no português se focou mais. Ou seja,
segundo o professor, a comissão eu-
ropeia quis que todas aquelas dimen-
sões fossem abrangidas, mas a distri-
buição por cada uma delas dependeu
de cada estado membro. Essa rubrica
responde às situações sobre as quais o
país precisa mais, nomeadamente aos
equipamentos de saúde, equipamen-
tos sociais, qualificação dos recursos
humanos, entre outras. As restantes
componentes que dizem respeito ao
ambiente e às ferramentas digitais têm
#EYES
WIDE
OPEN
A Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica promoveu uma exposição sobre o Plano
de Recuperação e Resiliência e o Plano de Ação da União Europeia para a Economia Circular. O
professor Nuno Gama Pinto, doutorado em Gestão, assumiu a palestra que decorreu online, a
10 de maio, dissertando sobre a distribuição dos fundos europeus na pós-pandemia e de que
forma o ambiente é contemplado e ainda sobre os objetivos lançados para se alcançar uma
economia verdadeiramente circular.
23. EYES
WIDE
OPEN
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um investimento mais reduzido, em
torno dos 3 mil milhões e 2500 milhões
respetivamente.
Neste momento a taxa de execução do
PRR "é baixa, especialmente, se olhar-
mos ao facto deste se desenrolar até
2026. Estamos a meio de 2023 e com
apenas 11 por cento do PRR executa-
do é motivo de grande preocupação e,
por isso, quero chamar a atenção que
essa preocupação não reside na transi-
ção climática nem digital”, mas sim no
segmento que aloca mais dinheiro deste
plano. Além de tudo isto, Nuno Gama
Pinto chamou a atenção de que, no diz
respeito às empresas, entre as 20 áreas
delineadas no PRR, só três estão dire-
cionadas de forma direta ao setor em-
presarial. São as limitações que algumas
empresas e confederações empresariais
têm apontado ao plano. “Neste PRR,
Portugal optou por usar essencialmente
verbas a fundo perdido ou subvenções.
Quase 14 mil milhões dos 16,6 mil mi-
lhões afetos ao nosso país são subven-
ções. O resto vem sob a forma de em-
préstimos. Se Portugal não aproveitar
nem cumprir as metas que se compro-
meteu com a comissão europeia é pena-
lizado. É que esta só liberta o montante
mediante o cumprimento das metas
propostas.”, avisou o especialista.
Ação para a Economia Circular. “Con-
vém sublinhar que este não é um tema
novo. Na verdade, já tem alguns anos.
A Comissão Europeia apresentou, em
2015, o seu primeiro Plano de Ação para
a Economia Circular… Já passaram oito
anos! Esse primeiro plano tinha um tí-
tulo interessante: “Fechar o Ciclo”… Só
que infelizmente isso ainda não acon-
teceu”, lamentou Nuno Gama Pinto. “E
os objetivos que a Comissão Europeia
definiu estão longe de estarem cumpri-
dos. Assegurar a sustentabilidade dos
produtos, capacitar os consumidores,
concentrar a ação nos setores mais in-
tensivos na utilização dos recursos e em
que o potencial para a circularidade é
elevado e a redução da produção de re-
síduos são alguns dos objetivos lança-
dos e que têm horizonte até 2030. Neste
último segmento, a Comissão Europeia
apontou setores que considera prioritá-
rios, entre eles os plásticos (o que mais
desafio levanta às empresas), os têxteis
(em termos europeus apenas um por
cento dos têxteis consumidos é reutili-
zado, longe da meta de 10 por cento até
2030) “e outro setor que para o ecos-
sistema da ótica é importante que é o
das embalagens e a minimização do seu
impacto”, acrescentou o palestrante.
O plano surge à boleia do Pacto Eco-
lógico Europeu apresentado em 2019
pela Comissão Curopeia como gran-
de missão para os 27 países da União
Europeia. “As metas são ambiciosas.
Por exemplo, está prevista a diminui-
ção dos gases com efeito de estufa até
55 por cento quando comparado com
a década de 90. É tangível e ainda as-
sim estamos longe! Nem metade do
que está previsto alcançámos.Portu-
gal neste setor, por via das eólicas, até
está bem posicionado e conseguirá até
2030 atingir a meta. Já a Polónia, por
exemplo, que depende muito do se-
tor do carvão, pediu uma prorrogação
para além de 2030. Infelizmente falta
ainda muito caminho a percorrer para
se alcançar a meta da neutralidade
carbónica até 2050. Um passo impor-
tante foi dado em 2021, com a apro-
vação da Lei Europeia do Clima, que
tornou vinculativos esse e outros ob-
jetivos” salientou Nuno Gama Pinto.
Como conclusão, o especialista louvou
a criação da AASO e o trabalho que
tem sido realizado. “A AASO está a
desenvolver um trabalho pioneiro na
resposta a estes desafios, antecipando
as implicações que a transição para
uma economia circular irá provocar
em todo o setor, nomeadamente na
gestão das empresas e, de um modo es-
pecial, no ciclo de vida dos produtos”,
terminou Nuno Gama Pinto.
O OBJETIVO DA ECONOMIA
CIRCULAR
A passagem de uma economia linear,
que é aquela em que vivemos, para uma
economia circular exige recursos e um
trabalho muito aprofundado, principal-
mente sob as metas estabelecidas há já
algum tempo pela Comissão Europeia.
Estas metas estão reunidas no Plano de
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#IN
YOUR
EYES
OPTICALIA
ÁUREA PROSSEGUE AO
RITMO DA OPTICALIA
A Opticalia Portugal renova a aposta na sua dinâmica embaixadora Áurea
para promover as mais recentes coleções eyewear. É uma aliança que lança as
campanhas para o estrelato nacional e reforça a notoriedade e posicionamento
do grupo no mercado.
2023 tem sido um ano prolífico para
o grupo internacional e também se
deve à presença intensa da artista Áu-
rea, lado a lado com as iniciativas das
várias óticas e a promover as coleções
da Opticalia. Este resultado positivo
motiva a presença da cantora na mais
recente campanha 2x1 em Óculos de
Marca. Áurea surge em imagens suges-
tivas com óculos das marcas exclusivas
da Opticalia e ainda alguns comple-
mentos disponíveis nas lojas de norte
a sul do país.
Esta campanha está em divulgação a
nível nacional através dos meios de
comunicação generalistas, em spots te-
levisivos e radiofónicos, anúncios na
imprensa escrita, banners e ainda mu-
pis e outdoors.
“O ano de 2022 foi um ano muito po-
sitivo e a associação à embaixadora
Áurea contribuiu para esse resultado,
pelo que perpetuámos esta parceria”,
reforçou António Alves, diretor geral
da Opticalia Portugal. O grupo tem
investido na disseminação do conceito
moda em eyewear e reforça a ideia com
comunicações de produto que unem
glamour e lifestyle, num tom enérgico
e feliz, evidenciando ainda profissio-
nalismo e qualidade de serviços, trans-
versais às 260 lojas Opticalia.
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YOUR
EYES
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O grupo multinacional de óticas solidifica a sua expansão com a adesão da Óptica
Mandy e os seus dois pontos de vendas. Contam-se, desta forma, 14 novos associados
da CECOP Portugal no primeiro semestre de 2023.
Os novos associados querem fortalecer o posicio-
namento no mercado também através dos serviços
de marketing proporcionados pela CECOP e com
a nova identidade visual concebida pelo grupo. A
Óptica Mandy abriu os espaços a 13 e 27 de maio,
em Santo André e Sines, respetivamente, com o
objetivo de ter mais alcance no fornecimento de
serviços de saúde visual. E com o departamento de
marketing da CECOP Portugal, a empresa trabalhou
na criação do logótipo e da imagem, com um resul-
tado que deixou a equipa das óticas com sensação de
dever cumprido e satisfação com a entrega e profis-
sionalismo do grupo.
"O maior valor que vimos ao entrar para a CECOP
foram as pessoas envolvidas e a visão do grupo",
afirmaram Mandy e Pedro David, representantes
da Óptica Mandy, que ressaltam também a sua sa-
tisfação com a nova identidade visual. Quanto a
planos futuros, a Óptica Mandy procura alcançar
a excelência em todos os aspetos dos seus serviços
e, posteriormente, expandir a um maior número de
clientes. Para que isso aconteça, a CECOP garan-
te consultoria personalizada e suporte na melhoria
contínua da identidade visual, assim como na im-
plementação das estratégias de marketing mais ade-
quadas com o objetivo primordial de impulsionar o
crescimento do negócio.
Para a CECOP, esta nova angariação, que se junta
às 13 óticas que entraram na comunidade nos pri-
meiros meses de 2023, significa o reconhecimento
da ótica nacional pelo empenho investido. O futuro
próximo assenta, por isso, no prosseguimento do
suporte à comunidade CECOP em Portugal e na
garantia da disponibilização dos recursos necessá-
rios para que todos os associados prosperem num
mercado sempre mais competitivo.
CECOP PORTUGAL
EXPANSÃO COM A
ÓPTICA MANDY
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#SOCIAL
EYES
SILMO SHOWROOM
EXPOSIÇÃO NA INVICTA
ARREBATA EXPOSITORES E
VISITANTES
O conceito Family da grande feira de ótica de Paris expandiu-se ao Porto em 2023, com
resultados positivos. A 16 de maio, no fabuloso Palácio do Freixo, a lotação de marcas
expositoras ficou completa e os negócios começaram logo na abertura de portas.
O SILMO Showroom voltou a Portu-
gal, segundo a organização, a pedido de
muitos óticos nacionais. Desenvolvido
em Lisboa duas vezes, subiu a norte
para abranger mais território e estar
próximos dos óticos. O Porto, o rio
Douro e o magnífico Palácio do Freixo
serviram de base ao conceito mais vo-
lante da feira e envolto de um sucesso
seguro, tanto no número de empresas
presentes, como de profissionais visi-
tantes. Mais uma vez, contou com o
apoio da Associação Nacional dos Óp-
ticos que tornou a dimensão do evento
transversal aos seus associados. A Mil-
lioneyes foi um dos meios de comuni-
cação oficial deste SILMO Showroom
e viveu a atmosfera dinâmica imposta
desde as primeiras horas.
De facto, à chegada ao Palácio do
Freixo durante a manhã já vários óti-
cos consultavam as mais de 30 marcas
em exposição e houve quem iniciasse
logo negócios in loco. Num espaço am-
plo, elegante e muito luminoso e com
o Douro no fundo, os óculos tiveram
um palco primordial de consulta. Os
expositores puderam conversar com os
seus clientes sem pressas, de forma in-
timista e ainda com espaço para provar
algumas iguarias disponibilizadas pela
organização do SILMO Showroom.
“O mercado português é muito in-
teressante e para o SILMO faz-nos
27. SOCIAL
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imensamente felizes trazer o conceito SILMO Family a
Portugal. Em edições anteriores escolhemos Lisboa e em
2023 quisemos, naturalmente, subir a norte. Foi uma edição
promissora. O local foi escolhido pela nossa Isabel Beuzen,
responsável pela comunicação, que encontrou este espaço
incrível. Realmente, abrimos às 10 e, logo na abertura de
portas, já tínhamos muitos óticos na exposição”, contou a
presidente do SILMO, Amélie Morel, à Millioneyes.
Para terminar a jornada de contactos e negócios com chave
de ouro, a organização do SILMO Showroom convidou ex-
positores e visitantes a apreciar o fim do dia com um cock-
tail e com uma vista de luxo. A família de uma das mais
importantes feiras mundiais de ótica ganhou laços impor-
tantes no mercado português com este evento de networking
essencial. O próximo encontro fica marcado para o SILMO
Paris, entre 29 de setembro e 2 de outubro de 2023, no fabu-
loso complexo de feiras de Villepinte.
SILMO FAMILY MAIS PRÓXIMO DE TODOS
O certame parisiense desenvolve o conceito de “feiras re-
gionais” para celebrar o universo da ótica em diferentes paí-
ses e ao longo de todo o ano. No roteiro de exposições em
2023, para além de Portugal, estão ainda contemplados pela
organização a República Checa, com Praga, Turquia, com
Istambul e ainda Singapura.
"O mercado português é muito
interessante e para o SILMO faz-nos
imensamente felizes trazer o conceito
SILMO Family a Portugal"
28. ZEISS MYOCARE
A PROMESSA DE UMA MELHOR
VISÃO PARA A VIDA
A Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, foi um dos palcos de apresentação
das novas lentes Zeiss MyoCare: o primeiro produto da marca que representa
uma solução para o tratamento da miopia relacionada com a idade. Na tarde
de formação acerca das novíssimas MyoCare, a Zeiss formulou um convite aos
presentes para que se unam na missão da marca: “Uma melhor visão do futuro. Um
futuro com visão”.
Num fim de tarde com temperaturas de verão,
em plena Avenida da Boavista e com a brisa do
mar ali tão perto a fazer-se sentir, a sobriedade
do hall de entrada do Museu do Papel Moeda re-
cebeu os convidados e brindou a chegada de cada
um com um Porto de Honra e uns canapés.
A motivação para o encontro estava no lança-
mento das novas lentes Zeiss Myocare. Disponi-
bilizadas no mercado a 1 de Junho - precisamente
no Dia da Criança - as lentes proporcionam aos
mais jovens um controlo eficaz da miopia rela-
cionado com a idade.
A SOLUÇÃO MYOCARE
Laura Rocha, optometrista da Zeiss Internacio-
nal e integrante da equipa que desenvolveu este
produto, explicou aos presentes as várias etapas
subjacentes à criação da MyoCare. Apresentou
o produto como uma “solução inovadora” e uma
“abordagem responsável”.
A inovação está patente nas áreas alternadas de
desfocagem competitiva simultânea e nas áreas
de focagem na periferia da lente através da incor-
poração de microestruturas óticas. Um desenho
que incorpora conceitos científicos baseados em
SOCIAL
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Texto: Marlene Maia
29. evidências e tratamentos com eficácia
comprovada, incluindo: modelação da
córnea em forma de anel após o trata-
mento de ortoqueratologia; anéis con-
cêntricos de zonas alternadas de potên-
cia e correção aplicados em lentes de
contacto gelatinosas; e a ciência aplica-
da na nova geração de lentes oftálmicas.
Tudo fundido nestas novas lentes da
Zeiss, que incluem a tecnologia paten-
teada C.A.R.E. (que alterna zonas de
desfocagem e de correção até à peri-
feria da lente) e o desenho ClearFocus
(que minimiza a desfocagem hiperme-
trópica, independentemente da dire-
ção do olhar).
A isto somam-se nesta lente os trata-
mentos Zeiss DuraVision (tratamen-
to antirreflexo com propriedades que
tornam as lentes mais resistentes e
duradouras) e Zeiss UV Protect (tec-
nologia que proporciona a máxima
proteção UV, protegendo os olhos das
crianças ao ar livre).
MEDIÇÃO DA EFICÁCIA
O resultado de um ano de testes clíni-
cos aleatórios mostrou uma diferença
significativa na alteração do compri-
mento axial e do equivalente esférico,
entre o grupo sem tratamento (que
usou lentes monofocais) e o grupo
com tratamento (que usou lentes Zeiss
MyoCare).
O produto é desenvolvido em duas ca-
tegorias: Zeiss MyoCare para as faixas
etárias mais jovens e Zeiss MyoCare S
para crianças mais crescidas (superior a
10 anos). Em ambos os casos, a evidên-
cia clínica comprovou a capacidade das
novas lentes, posicionando o produto
como eficaz nos tratamentos visados.
Na soma de todos os fatores e todos os
tratamentos agrupados na Zeiss Myo-
Care, esta revela-se não só como solu-
ção para a progressão da miopia, mas
igualmente como confortável para o
estilo de vida das crianças, permitindo
uma visão nítida, uma estética agradá-
vel e total liberdade na participação
das atividades favoritas, como brincar
ao ar livre.
COMERCIALIZAÇÃO
Ana Sofia Carvalho foi a profissional
da marca que trouxe inputs sobre a
comercialização deste novo produto.
Porque a missão da Zeiss é a de tra-
balhar globalmente para uma visão
melhor acessível a todos, o preço do
produto foi muito cuidado. Assim, as
novas lentes entram no mercado com
um valor igual ao das lentes monofo-
cais pre-existentes, para que o preço
não seja impeditivo e para que esta
nova solução possa chegar ao máximo
de famílias possível.
SOCIAL
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O resultado de um ano de testes clínicos
aleatórios mostrou uma diferença
significativa na alteração do comprimento
axial e do equivalente esférico
PROBLEMÁTICA SUBJACENTE
À MIOPIA
O professor doutor Eduardo Silva
abriu a sessão, expondo a problemática
subjacente à miopia. Diretor de Oftal-
mologia Pediátrica do Hospital da Es-
tefânia, o médico cirurgião relembrou
que esta é uma temática que está na
ordem do dia, já que, só na China, por
exemplo, existem 220 milhões de crian-
ças com miopia. Também na Europa a
prevalência da miopia está a tornar-se
mais comum. Mais ainda, estima-se
que 50 por cento da população mundial
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venha a ser míope em 2050. Arriscan-
do mesmo a designar a miopia como a
nova “pandemia” do século, o clínico
apontou as causas para esta evolução:
as pessoas passam cada vez menos tem-
po ao ar livre, desenvolvem continua-
mente mais trabalho ao perto e com
cada vez maior exposição aos ecrãs de
computador e de telemóvel. O médico
salvaguardou que a componente ge-
nética também pode pesar neste alas-
trar do erro refrativo, a verdade é que
vemos a miopia em progressão, lado a
lado com a obesidade infantil.
Verifica-se ainda, nos últimos tempos,
uma progressão muito mais rápida do
que seria expectável, com a doença a
atingir mais severamente os pacientes
que dela padecem. A prevalência da
alta miopia também aumenta, levando
a um maior risco de problemas ocula-
res, como danos na retina que podem
conduzir à cegueira.
Designando a miopia como um “pro-
blema global”, Eduardo Silva frisou ser
imprescindível criar a consciência de
que é necessário apostar na deteção
precoce do erro refrativo.
Feita a introdução e analisando as novas lentes propostas
pela Zeiss, o oftalmologista afirmou acreditar que vão aju-
dar a que o olho não cresça mais do que o previsto, revelan-
do-se como a solução para o controlo da miopia.
Isto porque a miopia é habitualmente corrigida com óculos
standard ou com lentes de contacto, que apenas corrigem o
estado atual da miopia e não conseguem tratar a progressão
da mesma. Algo a que a Zeiss MyoCare agora se propõe.
TERMINAR MOTIVANDO
A sessão terminou com uma palestra motivacional pelo
Professor Jorge Sequeira, que desenvolveu uma dinâmica
com os presentes. O momento arrancou com a música Me-
lhor de Mim, da fadista Mariza, impactando os cerca de 100
profissionais na sala. A partilha prosseguiu com um jantar
convívio de descontração e comunicação entre todos.
Estima-se que 50 por cento da
população mundial venha a ser
míope em 2050
31. Edifício Premium Rua Miguel Serrano, nº9, 6ºAndar
1495-173 Miraflores, Portugal | Contacto: +351 210 004 552
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SHAMIR DRIVER INTELLIGENCE
BARCELONA FOI PALCO DO
FUTURO DA CONDUÇÃO
A fabricante de lentes oftálmicas demonstrou o seu domínio em investigação e desenvolvimento
de produtos que “melhoram a vida das pessoas”. E a Shamir Driver Intelligence tem todo o
potencial revolucionário que os elementos da empresa ambicionaram, ainda por cima sob a união
com a equipa da Fórmula 1 BWT Alpine F1. Para a apresentar ao mundo, a Shamir reuniu vários
convidados de interesse e jornalistas do universo da ótica e do automobilismo de todo o mundo.
O palco privilegiado das apresentações foi numa fabulosa Barcelona, a 1 de junho, paralelamente
ao desenrolar do Grande Prémio da Catalunha. Desta forma, enquanto assistimos a um momento
histórico para o desenvolvimento de lentes oftálmicas, houve o privilégio de conhecer um
verdadeiro campeão da Fórmula 1 e o chefe de equipa da BWT Alpine F1.
O espaço escolhido para acolher o
evento dava azo à exposição de um
carro de Fórmula 1, à vivência das lu-
zes de final do dia de Barcelona num
local exterior intimista e quente e de
se envolver nas imagens e informações,
pela voz da equipa da Shamir, que de-
ram origem às inovadoras Driver In-
telligence. A receber os convidados es-
tiveram os elementos que dinamizam
esta Shamir, e com clara satisfação
pela meta alcançada, montando assim
um ambiente festivo e muito enérgi-
co. O CEO da Shamir Portugal, Luís
Feijó, foi uma das figuras essenciais na
apresentação, pelo constante envolvi-
mento nos desenvolvimentos da “casa-
-mãe” e porque tem na sua mão a pro-
dução de uma quota parte importante
das lentes de todo o mundo.
Entretanto, foi o diretor geral da Sha-
mir Optical Espanha, Ricardo Wu
Palacios que abriu a apresentação e
introduziu os oradores e convidados.
O presidente e CEO da Shamir, Ya-
gen Moshe, também subiu ao palco,
louvando os nomes de cada um dos
membros da sua empresa que estive-
ram diretamente envolvidos na elabo-
ração das Shamir Driver Intelligence.
“Tenho o prazer e a enorme honra de
apresentar o lançamento internacio-
nal da Shamir Driver Intelligence. Ao
mesmo tempo é um grande respon-
sabilidade e desafio que conseguimos
cumprir graças ao excelente trabalho
feito pela equipa da Shamir. O timing
para esta apresentação não podia ser
melhor. Este fim de semana temos a
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Fórmula 1 em Barcelona e nada mais
apropriado que falar de condução,
mais precisamente de visão e condu-
ção. Em termos de visão, todos sabem
que a Shamir foi a primeira empresa
a lançar uma lente criada a partir da
inteligência artificial e agora esta nova
lente reforça a marca Shamir, graças à
respetiva performance e inovação. Em
nome da Shamir, membro do grupo
Essilorluxottica, dou as boas vindas
à imprensa da ótica, desportiva e ge-
neralista mais proeminente e, claro, à
equipa da BWT Alpine ao lançamento
da Shamir Driver Intelligence”, exal-
tou o homem forte da Shamir.
CONDUÇÃO SEGUNDO AS
ESTRELAS DAS PISTAS
Omomentoquetodosesperavamacon-
teceu com o anúncio da chegada das
personagens principais da noite. Em
destaque na apresentação das Shamir
Driver Intelligence estiveram
o condutor da BWT Alpine F1, Pierre
Gasly, e o chefe de equipa, Otmar
Szafnauer que se fizeram ouvir no
compasso das questões colocadas pelo
jornalista da área automóvel, Michael
Taylor.
E sobre lentes, Szafnauer foi o primei-
ro a descrever a experiência privile-
giada com as novíssimas Driver Intel-
ligence. “A Shamir desafiou-me a usar
as suas lentes e eu fui cético, porque
já tinha umas que considerava as me-
lhores. De facto, a experiência com as
lentes Shamir foi significativamente
superior e quando as usei pela primei-
ra vez senti logo a diferença e, por isso
mesmo, quero agradecer à Shamir. E
não é preciso dizer o quanto a visão é
importante na condução na Fórmula
1 e na condução diária e se podemos
usufruir de tecnologia que nos permi-
te percepcionar melhor algo no carro
enquanto conduzimos, ou à noite que
não veríamos de outra forma, pode
salvar-nos a vida e a vida de alguém.
Ouvi hoje dizer que querem melhorar
a vida das pessoas, mas neste caso, se
permite aperfeiçoar a visão durante a
condução, então pode mesmo salvar a
vida das pessoas e é por isso que adoro
o que esta equipa faz.”
O jovem piloto da Alpine, Pierre
Gasly, falou das especificidades da
condução desportiva. "Posso dizer com
confiança que a visão é o elemento
mais importante enquanto condutor.
Quando competimos chegamos aos
350 quilómetros por horas e tudo vem
até nós muito, muito depressa. A esta
velocidade temos que ser extrema-
mente precisos e antecipar tudo o que
surge."
SHAMIR DRIVER INTELLIGENCE
DESDE A GÉNESE
Coube a Shahar Ben-Ari, diretor de
formação e suporte de vendas da Sha-
mir, deslindar perante a plateia os
passos que justificam a criação de um
produto de alta performance. A sua pa-
lestra arrancou com dados vitais. As
estatísticas demonstram que, enquan-
to condutores diários, reunimos qua-
tro anos de vida na estrada a conduzir!
E com todos os contornos da condu-
ção, trata-se de uma tarefa desafiante.
E o objetivo máximo é a segurança. “A
nossa visão na Shamir é garantir per-
formance visual, desde os condutores
apaixonados, aos diários e aos profis-
sionais, quando ficarem mais velhos
(risos). Nas nossas pesquisas entre os
consumidores apurámos que um em
cada três condutores tem dificuldade
em ajustar a direção do olhar e 20 por
cento têm limitações na visão ao longe.
34. SOCIAL
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Outros fatores importantes são o bri-
lho e a luz e 74 por cento reportaram
dificuldades ao conduzir à noite, en-
quanto 70 por cento disseram que
sentem o mesmo em dias soalheiros. E
tudo isto leva à fadiga visual, regista-
da em um em cada cinco condutores
e nem todos conseguimos identificar
este problema mas sentimos olhos
secos, dores de cabeça, desconforto
generalizado.”, descreveu Shahar Ben-
-Ari.
A luz é um fator crucial enquanto
conduzimos e o ideal é controlá-la na
forma como influencia a nossa visão e
eliminar quaisquer “ruídos” visuais da
equação. As pesquisas da Shamir reve-
laram que 48 por cento dos inquiridos
relatou ter preocupações visuais que
impedem a condução noturna e 62 por
cento indica que sente fadiga visual
durante a condução noturna.
E há novos desafios que influenciam
a condução de hoje, fontes de luz que
provêm dos dispositivos que os carros
atuais têm e ainda os nossos próprios
dispositivos digitais. Isso implica olhar
para tantas distâncias, entre os espe-
lhos, as pessoas, os sinais e ainda estes
aparelhos. Acaba por se instalar uma
sobrecarga cognitiva.
“Felizmente tivemos também infor-
mações valiosas de condutores profis-
sionais. Graças a eles entendemos as
particularidades da condução profis-
sional, mas também como nos podia
servir na solução para os restantes
condutores. Agradecemos a oportuni-
dade de partilhar informações e dados
com esta grande equipa. Encontrámos
também um novo playground para a
nossa equipa de R&D e da gestão de
produtos (risos). Os condutores deram
informações vitais que nos permitiram
ter uma enorme quantidade de dados,
entre 14 milhões pontos de olhar, 200
cenários de condução, 80 tipos de veí-
culos com diferentes condutores de vá-
rios géneros e idades e medições com
condutores profissionais e condutores
diários. Também usámos a informação
que reunimos para a primeira lente
que recorre à Inteligência artificial, a
Shamir Autograph. Isto traduziu-se na
criação de uma solução otimizada para
a condução. Consiste em dois pares de
lentes premium, progressivas e monofo-
cais, para moon e sun. Combinam três
elementos principais: design de alta per-
formance, filtros de alta qualidade para
cores vívidas e claras e depois tudo isso
envolvido em tratamentos.”, acrescen-
tou o representante da Shamir.
Entre os benefícios para os usuários
estão o aumento da perceção da estra-
da, menos sobrecarga cognitiva, maior
conforto físico, mais confiança na con-
dução e tempo de reação aumentado.
Os resultados na satisfação do uso das
lentes nas pesquisas clínicas foram in-
críveis e sempre acima dos 90 por cento
e todos podem comprovar a respetiva
eficácia. A terminar as apresentações e
durante a sessão de perguntas e respos-
tas, esclareceu-se que o produto se divi-
de em dois pares de lentes, que juntos
representam uma solução única para a
condução otimizada. Estarão disponí-
veis a partir de julho de 2023.
Ainda houve tempo para um conví-
vio descontraído entre convidados e
a equipa “vencedora” da Shamir sob o
por-do-sol de Barcelona e a expectati-
va de sucesso.
“A nossa visão na
Shamir é garantir
performance visual,
desde os condutores
apaixonados, aos diários
e aos profissionais"
35.
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A equipa da EssilorLuxottica em Portugal “saiu à rua” para levar aos seus parceiros mais um avanço
em lentes oftálmicas, assinado pela Varilux. “Deixem-me voltar atrás, precisamente há seis anos, um
mês e uns dias, num momento que foi um marco histórico: o lançamento da Varilux X, um avanço
nas progressivas no mercado nacional. Acreditámos que este lançamento da XR será ainda melhor”,
declarou Alberto Silva, diretor comercial para Portugal da área de lentes, aos profissionais presentes
no lançamento especial da Varilux XR Series. A 30 de maio, num elegante hotel Vincci no Porto, a
família do costume, agora sob uma insígnia gigante, conviveu com os óticos nortenhos e renovou o
compromisso com a melhor qualidade de vida pela visão, sob as tecnologias mais avançadas. Já está
disponível nas óticas!
O por do sol portuense deu brilho à
iniciativa da EssilorLuxottica. Os óti-
cos reuniram-se na expetativa de ver
mais um produto que valoriza os seus
negócios e a atividade em geral. E os
oradores destacados para expor a mais
recente Varilux prepararam bem a
apresentação com dados essenciais que
justificam o caminho das investigações
e investimentos das empresas ligadas
ao setor da ótica. Foi Luís Leite Rio,
diretor de marketing para o mercado
ibérico na área de lentes, que lançou as
informações que comprovam a asser-
tividade das novas Varilux XR Series.
“Sabemos que o número de presbitas
vai duplicar a nível mundial e que será
de quatro mil milhões. Sabemos tam-
ESSILOR
VARILUX XR SERIES E A
INOVAÇÃO DE UM OLHAR
NATURAL
bém que os consumidores na pós-pan-
demia passaram a estar mais atentos à
sua saúde e bem-estar e a investir mais
nisso, nomeadamente na saúde visual”,
apontou Luís Leite Rio. Sublinhou-se
ainda a maior personalização dos pro-
dutos,sendoqueainteligênciaartificial
tem sido um enorme facilitador desta
tendência. Claro que, a digitalização
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dos consumidores também está na or-
dem do dia, assim como a exigência de
uma mentalidade mais sustentável por
parte da indústria. Mas a EssilorLu-
xottica insistiu em ir mais longe. “No
que diz respeito aos consumidores de
lentes progressivas, quisemos perceber
também o que influenciava as suas es-
colhas de compra. Vivemos numa era
de sobreinformação e há um desafio
novo na forma como usamos o olhar
e um esforço adicional. Encontrámos
aqui o desafio de encontrar uma lente
que nos ajudasse na mudança de dire-
ção do olhar de atividade para ativida-
de sem que existisse perda de nitidez
ou exigisse um esforço adicional do
usuário. Foi o que conseguimos com a
nova Varilux XR, graças à utilização da
inteligência artificial que nos permitiu
ter a primeira lente reactiva ao com-
portamento do olho”, realçou o diretor
de marketing.
VARILUX XR SERIES E UMA
FORMA INOVADORA DE
COMPENSAR A PRESBIOPIA
Quanto às especificidades da lente
progressiva, Armando Costa, diretor
vision care da EssilorLuxottica, deu voz
aos fatores que tornam a Varilux XR
Series especial. “Fazemos 100 mil mo-
vimentos oculares por dia. Entre mo-
"Era necessário
encontrar uma lente
que “soubesse” como
é que os olhos se
movimentam”
vimentos conscientes e inconscientes
imaginem a quantidade de informação
visual que é necessário processar. É um
grande esforço e intensifica-se com a
multitarefa. Além disso os movimen-
tos não são lineares. Era necessário
encontrar uma lente que “soubesse”
como é que os olhos se movimentam”,
explicou o responsável.
A equipa de investigação & desenvol-
vimento da EssilorLuxottica baseou-se
no método de modelação, algo a que as
diferentes áreas da saúde já recorrem.
Esta modelação, no fundo, permite a
um médico, por exemplo, treinar um
novo procedimento ou equipamento,
sem recorrer a um paciente real. “Tra-
zemos esta modulação para a área da
saúde visual. Construímos um gémeo
digital, que é a réplica do utilizador
em ação. Estudámos em ambiente 3D,
onde podemos recolher todos os dados
e detalhes que necessitamos, para efe-
tuar uma análise completa do compor-
tamento. E serve para replicar tarefas
simples, como apanhar uma caneta,
outras mais complexas como alternar
diferentes ecrãs a diferentes distân-
cias”, sublinhou Armando Costa. O re-
sultado deste levantamento inovador
de informações está no registo de mais
de um milhão de dados de diferentes
fontes, “da investigação, de pedidos,
comportamentais, de modelos fisioló-
gicos que fizemos evoluir de modelos
que já existiam, como por exemplo, a
perda de acuidade visual a fazer de-
terminada tarefa, modelos de esforços
posturais, coordenação olho-cabeça e
movimentos de cabeça aos quais acres-
cemos ainda um relacionado com o
modelo acomodativo e outro com a di-
reção do olhar. Chegamos assim à mo-
dulação preditiva e a um perfil visual
para cada pessoa.” A EssilorLuxottica
conquistou assim uma otimização bi-
nocular com base no perfil construído
a partir do gémeo digital. Para cada
um deles, atribui-se uma vasta grelha
de alvos e para cada alvo a potência
exata do astigmatismo residual ideal
para cada ponto. Ou seja, esta otimi-
zação binocular permite minimizar as
disparidades binoculares. No fundo,
confronta-se o design do olho direito
com o design do olho esquerdo. Assim
alcança-se o movimento ocular mais
natural possível. Traduzindo tudo
isto em vantagens, as Varilux XR Se-
ries aumentam o volume do campo
de visão, melhoram a visão de perto
até mais 25 por cento e os resultados
clínicos registaram excelentes resulta-
dos nos utilizadores. Adicionalmente,
“temos uma lente de design ecológico,
com menos seis por cento de emis-
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ter uma forma sustentável de estar no
mercado. Aqui falo não só em termos
ambientais, e temos projetos já neste
sentido como o Eyes on the Planet, mas
também porque queremos ser um for-
necedor e um parceiro sólido dos me-
lhores óticos do país, hoje e no futuro.
Por último, outro foco que temos é a
inovação e criação de valor”, garantiu
Tiago Sobreiro aos óticos. Alberto
Silva também subiu ao palco dos dis-
cursos, como novo diretor comercial
da EssilorLuxottica da parte de lentes,
mas como um rosto muito familiar dos
profissionais, graças aos mais 20 anos
de Essilor, dos quais, quatro na sede
em Paris e depois Milão.
“Existe um antes e um depois de um
Varilux XR e estamos aqui hoje para
falar de inovação. Deixo porém, qua-
tro alavancas de criação de valor, para
o mercado e consumidor final, aplica-
das em parceria convosco, a nossa fa-
mília. A comunicação através do canal
digital e tradicional numa linguagem
dedicada ao nosso consumidor, a apos-
ta muito grande numa plataforma que
todos conhecemos e que foi desenvol-
vida muito especificamente para a área
da ótica que é a Leonardo com todos
os conteúdos que tenham a ver com
o negócio em si, mas também com o
suporte ao próprio negócio com área
comercial, de pessoal e, por fim, a cria-
ção de produtos de valor acrescentado
que tragam rentabilidade”, concluiu
Alberto Silva.
sões de CO2, um menor consumo de
plástico devido a uma nova configura-
ção de semi-acabado e, claro são lentes
que, se não são fabricadas em Portugal,
são seguramente fabricadas no conti-
nente europeu. É a melhor lente Va-
rilux de sempre!”, concluiu Armando
Costa.
UM NOVO GRUPO QUE
NASCE E QUE TAMBÉM FALA
PORTUGUÊS
Tiago Sobreiro tomou a liderança
tanto do evento da Varilux XR Series
como da EssilorLuxottica em Portugal.
O representante português da gigante
da ótica quis, finalmente, falar desta
integração e assegurar que o futuro é
promissor, eliminando inseguranças
e dúvidas. “Quero passar-vos quatro
mensagens muito simples em relação à
nossa estratégia e às nossas prioridades
como EssilorLuxottica para Portugal.
A primeira é que vamos continuar, en-
quanto grupo, a ter um enorme foco
na saúde visual e a ser uma força no
mercado, a comunicar a relevância da
saúde para todas as entidades públicas
e privadas e também, obviamente, para
a sociedade e os consumidores. É este o
nosso mercado, este é o nosso futuro!
A segunda tem a ver com as relações
fortes e próximas com os nossos clien-
tes e que, sendo nós hoje um parceiro
com mais áreas que no passado, que-
remos que essas ferramentas estejam
à disposição de todos para acrescentar
valor aos respetivos negócios. Temos a
área das lentes oftálmicas, área das ar-
mações, óculos de sol, temos também
um forte investimento em termos de
formação, em termos de medical, de di-
gital, de instrumentos e queremos cada
vez mais ser um fornecedor completo e
estarmos próximos dos nossos princi-
pais parceiros, a uma só voz.
A terceira mensagem é a forma como
nós queremos gerir as relações com
os nossos principais parceiros e como
queremos continuar com uma postura
ética e transparente. Vamos continuar,
porque faz parte do ADN do grupo, a