O documento discute paralisia cerebral, incluindo sua definição, classificação, etiologia, exames complementares, tratamentos e prognóstico de marcha. Aborda os principais tipos de paralisia cerebral, fatores que influenciam a aquisição de marcha e escalas para avaliar a funcionalidade da marcha.
3. SARAH
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Introdução
• Descrita pela primeira vez em 1843 por William
John Little, que acompanhou 47 crianças com
rigidez espástica.
• Freud introduziu o termo paralisia cerebral.
4. SARAH
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Conceito
• Segundo Aicardi e Bax:
“Paralisia cerebral é uma desordem persistente da
postura e do movimento, causada por um defeito
ou lesão não progressiva em um cérebro
imaturo. “
10. SARAH
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Etiologia
• Fatores pré-natais
*de origem fetal: infecções congênitas,
malformações
*de origem materna: alterações placentárias,
DHEG, uso de drogas, diabetes gestacional,
incompatibilidade RH.
11. SARAH
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Etiologia
• Fatores perinatais: anóxia perinatal
(descolamento de placenta, eclampsia,
circular de cordão, prolapso de cordão,
apresentação pélvica, cabeça derradeira,
etc)
12. SARAH
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Etiologia
• Fatores pós natais: prematuridade, anóxia
pós natal, hemorragia periventricular,
infecção do SNC, trauma, AVE, cardiopatia
congênita.
30. SARAH
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Fatores envolvidos na aquisição de
marcha:
• Severidade do envolvimento e o tipo de PC,
incluindo atividade reflexa, idade de aquisições
motoras e deformidades;
• Desenvolvimento cognitivo, interesse, motivação
Déficit sensorial;
• Crises convulsivas;
• Participação familiar e condição social.
31. SARAH
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Estudos de prognóstico de
marcha:
• Crothers e Paine, 1939
Bom prognóstico para hemiplegia e prognóstico
ruim para tipos rígidos e hipotônicos.
32. SARAH
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• Bleck, 1975
73 crianças com PC espástica
Presença de reflexos primitivos e ausência de
reações posturais.
Desfavorável: Moro, RTCA, RTCS, apoio
positivo e retificação cervical
Favorável: Placing e reação de Para-quedas.
33. SARAH
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Reflexos avaliados a partir do primeiro ano de
vida: prognóstico bom, reservado e ruim.
Deambuladores funcionais: caminhar
independente (ou com apoio) em superfície
plana por no mínimo 15 metros.
34. SARAH
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• Molnar, 1979
Hemiplegia: todos andam a menos que
tenham envolvimento cognitivo. Maioria até
os 2 anos e alguns com 3 anos.
Diplegia: Mais que 50% adquire marcha
independente, 20% com apoio e 15% CR.
Quadriplegia: 1/3 nenhuma ou pouca limitação
para marcha, 1/3 necessita auxílio.
35. SARAH
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Atetose: 3/4 andam independente (dificuldade
de utilizar bengalas), sendo que a metade
antes de 3 anos.
Espasticidade e coreo: 1/2 andam, sendo que
muitos depois dos 3 anos.
Idade de sentar aos 2 (1/3) e 4 anos (todos).
37. SARAH
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• Watt, Robson e Grace, 1989
Alta correlação entre a persistência de reflexos
primitivos até os 2 anos e a inabilidade para
andar até os 8 anos.
Habilidade para sentar até os 2 anos
altamente correlacionada com aquisição
marcha.
38. SARAH
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• Campos da Paz, Burnett e Braga, 1994
Estudo retrospectivo de 22 anos
272 PC espástica ( diplegia, triplegia e
quadriplegia)
Variáveis: Idade em meses, em que os
pacientes adquiriram equilíbrio cervical,
sentar sem apoio e engatinhar.
Classificação: bom, reservado e ruim.
40. SARAH
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Crianças que deambularam independente,
adquiriram esta função aos 34 meses (2
anos e 10 meses).
Aqueles que adquiriram marcha com apoio, o
fizeram até os 108 meses (9 anos).
Quase todas as crianças diplégicas adquiriram
marcha mas a maioria das quadriplégicas
não.
41. SARAH
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Classificação de marcha
• Não deambulador
• Deambulador não funcional
• Deambulador domiciliar
• Deambulador comunitário
(modificado de Hoffer et al.,1973 )
42. SARAH
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Treino de marcha
• Etapas desenvolvimento neuropsicomotor
• Transferência, equilíbrio ortostático estático e
dinâmico, marcha lateral, auxílio de lençol,
barras paralelas, andador, bastões,
bengalas.
• Fatores associados
• Grupo de andador
43. SARAH
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Marcha: Escala de avaliação
funcional da marcha - Gillette
modificada
• 1. NÃO troca passos.
• 2. Troca passos com ajuda de outra pessoa, SEM
sustentar peso nos pés.
• 3. MARCHA COMO EXERCICIO. Anda como exercício
na terapia, distância inferior a domiciliar. Geralmente
necessita ajuda de outra pessoa.
44. SARAH
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• 4. ANDA e ENGATINHA ou ANDA E ARRASTA.
(ANDA E CR). Anda em distância domiciliar,
deslocamento lento, mas NÃO usa o andar como
forma preferencial de deslocamento. Transfere
para/de posição de pé.
• 5. DOMICILIAR LIMITADO DENTRO DE CASA.
Anda mais que 5-15 metros, apenas dentro de casa
ou escola.
• 6. DOMICILIAR FORA DE CASA. Anda mais que 5-
15 metros fora de casa, mas geralmente usa CR,
troller, carrinho ou colo para distâncias comunitárias
ou locais congestionados.
45. SARAH
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• 7. COMUNITÁRIO LIMITADO, superfícies planas.
Anda fora de casa em distâncias comunitárias, mas
apenas em superfícies planas. NÃO lida com meio-
fio, terrenos acidentados, escadas sem ajuda de
outras pessoas.
• 8. COMUNITÁRIO, terrenos acidentados. Anda
fora de casa em distancias comunitárias, lida com
meio fio e terrenos acidentados, mas pode requerer
ajuda mínima ou supervisão por segurança.
46. SARAH
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• 9. COMUNITÁRIO, corre/escadas. Anda fora de
casa em distâncias comunitárias, facilmente lida
com terrenos acidentados, meio fios, mas apresenta
dificuldade ou requer assistência mínima para correr,
subir e descer escadas. Usa transporte coletivo e
atravessa rua.
• 10. COMUNITÁRIO pleno. Anda, corre, sobe em
terrenos acidentados SEM dificuldade ou
assistência.
47. SARAH
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Conclusão
Prognóstico relacionado com localização
anatômica e extensão da lesão cerebral (tipo
de PC, ritmo do DNPM, atividade reflexa),
mas também com ocorrência de epilepsia,
déficit cognitivo, envolvimento sensorial
grave, estimulação/motivação.
48. REDE SARAH
DE HOSPITAIS
DE REABILITAÇÃO
SARAH
SALVADOR
Rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor
Associação das Pioneiras Sociais