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Deve o cristão preocupar-se com ''segurança''?
Esta é, sem dúvida alguma, uma pergunta pertinente e
relevante ao momento ímpar que atravessamos em
nosso país. Momento este de grande violência urbana e
de profundos distúrbios sociais. Aquilo que antes
conhecíamos somente dos filmes de Hollywood, e que
parecia tão irreal e distante, agora está muito perto.
Hoje o perigo mora ao lado. Para alguns é ainda pior,
pois o perigo mora dentro de casa.
Diversos recursos são apresentados como paliativos
para a situação, como forma de amenizá-la. Assim,
multiplicam-se vertiginosamente os diversos meios que oferecem alguma segurança às pessoas,
patrimônio, empresas e até igrejas (pois nem estas estão escapando). A justiça e a polícia,
principais responsáveis pela proteção e combate às forças do mal, estão impotentes e têm se
mostrado insuficientes e ineficazes, apesar de todo esforço empreendido.
Estamos bem perto do caos, e tanto a impunidade, como as drogas e a falta de Deus na vida das
pessoas, tem potencializado e agravado a situação.
As seguradoras, as empresas de vigilância especializadas, escoltas, segurança pessoal, as que
vendem e instalam equipamentos de segurança, armamentos e até academias que oferecem
cursos de defesa pessoal e de lutas, têm crescido como nunca e inovado espetacularmente. São
os que se beneficiam na proporção em que a violência e o medo crescem.
Cada um se vira como pode; aumentando os muros da casa, instalando cercas elétricas, colocado
cacos de vidro nos muros, grades, sensores e até mesmo cães ferozes. Hoje não dá para ter um
carro sem seguro, travas, alarmes e até blindagem. Não faltam os que contratam segurança
pessoal, nem os que andam armados; como forma de se defender e proteger.
Quem hoje pode se gabar de nunca ter sido assaltado, ameaçado ou abordado de modo violento?
Quem nunca teve uma arma apontada para a cabeça?
Quem nunca teve algum bem roubado, ou pior, já perdeu alguém que lhe era caro? Quantas vidas
já não foram ceifadas de forma cruel e trágica? Ninguém está imune, seja nos grandes centros
urbanos ou interior. Em lugar algum há segurança! Todos sofrem com a violência, de modo direto
ou indireto, e se vêem impotentes e indefesos.
Ante o terrível quadro apresentado e vivido por todos, surge a questão: E nós cristãos, que temos
fé em Jesus Cristo e sabemos ser Ele o nosso guardião, como ficamos nesta situação? Devemos
nos preocupar com segurança? Devemos nos precaver, ou somente esperar e crer no livramento
de Deus? Estaríamos pecando ou demostrando falta de fé ao utilizar algum método de segurança?
O que fazer? A Bíblia diz algo a respeito?
Quando lemos o Antigo Testamento, descobrimos que o povo escolhido de Deus, Israel, sofria
constantemente com a violência de ataques inimigos (povos vizinhos que queriam tomar a sua
terra, colheitas, riquezas, e torná-los seus escravos), e até mesmo de animais selvagens. Eles,
embora confiantes que Deus era o seu general, escudo, protetor, aquele que os guardava e
pelejava por eles, não deixavam de tomar as devidas precauções.
Tinham soldados armados e bem treinados, vigias, espiões, estratégias de guerra, e não se
descuidavam das defesas. Construíam muralhas ao redor da cidade, em suma, faziam tudo que
estivesse ao seu alcance para dificultar os ataques inimigos e para não ser pegos de surpresa ou
despreparados.
Por si, isto já seria um forte argumento a favor do uso de segurança. Eles iam até onde as suas
condições permitiam, mas estavam sempre certos e confiantes de que se o que fizessem falhasse,
Deus não falharia. Em última instância, Deus era a sua segurança. Aquilo que estava ao seu
alcance fazer, eles faziam, quanto ao mais, criam que Deus faria.
Dois outros textos, ainda que indiretos, seriam também suficientes para nos dar um parecer
conclusivo a este respeito. Um deles trata da tentação de Jesus: "Então o Diabo o levou à cidade
santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui
abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e:
eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." (Mateus 4:5-7)
Se formos sensatos, saberemos que Jesus é o maior exemplo da fé viva em Deus e em tudo
quanto na Bíblia está registrado. Quando Satanás lhe veio com a proposta de pular sem
paraquedas, para provar a Deus, a veracidade da divindade de Jesus e da Palavra, Jesus não
aceitou. Ele não deixou de crer que Deus faria como prometeu, mas indicou que não precisamos
acionar Deus para o que não é absolutamente necessário. Se fosse necessário, Deus agiria, mas
Ele não iria provocar a situação.
Semelhantemente, na grande comissão, Jesus deu esta palavra a seus discípulos: "E estes sinais
acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;
pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão
as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados." (Marcos 16:17-19). Isto não significa que para
testar a fé de alguém seja-lhe dado veneno a beber; e, permanecendo vivo - tem fé, morrendo - era
incrédulo. Ou, que devamos sair pegando em serpentes para provar a fé e a infalibilidade da
Palavra.
É certo que o que Jesus falou se cumprirá, desde que não provocado intencionalmente para tal.
Não se deve tentar a Deus ou desafiá-lo.
Acontecendo pela maldade alheia ou, por ignorância, deve-se crer que a Palavra se cumprirá.
Os discípulos de Jesus não precisam temer, no exercício da pregação, as tentativas dos inimigos
da fé, porém, não devem sair a provocar estas situações. Nada está fora do controle de Deus,
onde tudo mais falhou, Deus não falhará.
Portanto, podemos chegar a seguinte conclusão, e que vale para nós como pessoas, empresas,
bens e igrejas: Façamos tudo quanto for legalmente permitido e estiver ao nosso alcance para
evitar, prevenir e dificultar ações violentas e criminosas contra a nossa pessoa e patrimônio.
Sejamos sensatos, astutos e vigilantes, sem dar ocasião. Não sejamos ingênuos a ponto de
provocar situações ou facilitá-las. Dar a outra face não é dar a cara a tapa. Não vamos tentar a
Deus, confiar sim.
"Pois ninguém pode entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o
valente; e então lhe saqueará a casa." (Marcos 3:27) "Quando o valente guarda, armado, a sua
casa, em segurança estão os seus bens." (Lucas 11:21) "Sabei, porém, isto: se o dono da casa
soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa."
(Mateus 24:43)
Entrementes, devemos depositar total confiança na provisão de Deus, e depois de ter feito tudo
quanto estava ao nosso alcance, e ainda assim os recursos e cuidados empregados falharem,
Deus não falhará. Ele é a segurança infalível daquele que nEle confia. Tudo pode falhar, mas Deus
não falhará.
Você poderá ter todos os recursos de segurança disponíveis, mas, se não estiver firmado em
Deus, já decretou a própria ruína. "Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela."
(Salmo 127:1) "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes
aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." (Mateus 10:28)
Temamos a Deus e confiemos nEle. O que podemos fazer, Deus não fará, mas aquilo que nos for
impossível, para Deus é possível.

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  • 1. Deve o cristão preocupar-se com ''segurança''? Esta é, sem dúvida alguma, uma pergunta pertinente e relevante ao momento ímpar que atravessamos em nosso país. Momento este de grande violência urbana e de profundos distúrbios sociais. Aquilo que antes conhecíamos somente dos filmes de Hollywood, e que parecia tão irreal e distante, agora está muito perto. Hoje o perigo mora ao lado. Para alguns é ainda pior, pois o perigo mora dentro de casa. Diversos recursos são apresentados como paliativos para a situação, como forma de amenizá-la. Assim, multiplicam-se vertiginosamente os diversos meios que oferecem alguma segurança às pessoas, patrimônio, empresas e até igrejas (pois nem estas estão escapando). A justiça e a polícia, principais responsáveis pela proteção e combate às forças do mal, estão impotentes e têm se mostrado insuficientes e ineficazes, apesar de todo esforço empreendido. Estamos bem perto do caos, e tanto a impunidade, como as drogas e a falta de Deus na vida das pessoas, tem potencializado e agravado a situação. As seguradoras, as empresas de vigilância especializadas, escoltas, segurança pessoal, as que vendem e instalam equipamentos de segurança, armamentos e até academias que oferecem cursos de defesa pessoal e de lutas, têm crescido como nunca e inovado espetacularmente. São os que se beneficiam na proporção em que a violência e o medo crescem. Cada um se vira como pode; aumentando os muros da casa, instalando cercas elétricas, colocado cacos de vidro nos muros, grades, sensores e até mesmo cães ferozes. Hoje não dá para ter um carro sem seguro, travas, alarmes e até blindagem. Não faltam os que contratam segurança pessoal, nem os que andam armados; como forma de se defender e proteger. Quem hoje pode se gabar de nunca ter sido assaltado, ameaçado ou abordado de modo violento? Quem nunca teve uma arma apontada para a cabeça? Quem nunca teve algum bem roubado, ou pior, já perdeu alguém que lhe era caro? Quantas vidas já não foram ceifadas de forma cruel e trágica? Ninguém está imune, seja nos grandes centros urbanos ou interior. Em lugar algum há segurança! Todos sofrem com a violência, de modo direto ou indireto, e se vêem impotentes e indefesos. Ante o terrível quadro apresentado e vivido por todos, surge a questão: E nós cristãos, que temos fé em Jesus Cristo e sabemos ser Ele o nosso guardião, como ficamos nesta situação? Devemos nos preocupar com segurança? Devemos nos precaver, ou somente esperar e crer no livramento de Deus? Estaríamos pecando ou demostrando falta de fé ao utilizar algum método de segurança? O que fazer? A Bíblia diz algo a respeito? Quando lemos o Antigo Testamento, descobrimos que o povo escolhido de Deus, Israel, sofria constantemente com a violência de ataques inimigos (povos vizinhos que queriam tomar a sua terra, colheitas, riquezas, e torná-los seus escravos), e até mesmo de animais selvagens. Eles, embora confiantes que Deus era o seu general, escudo, protetor, aquele que os guardava e pelejava por eles, não deixavam de tomar as devidas precauções. Tinham soldados armados e bem treinados, vigias, espiões, estratégias de guerra, e não se descuidavam das defesas. Construíam muralhas ao redor da cidade, em suma, faziam tudo que estivesse ao seu alcance para dificultar os ataques inimigos e para não ser pegos de surpresa ou
  • 2. despreparados. Por si, isto já seria um forte argumento a favor do uso de segurança. Eles iam até onde as suas condições permitiam, mas estavam sempre certos e confiantes de que se o que fizessem falhasse, Deus não falharia. Em última instância, Deus era a sua segurança. Aquilo que estava ao seu alcance fazer, eles faziam, quanto ao mais, criam que Deus faria. Dois outros textos, ainda que indiretos, seriam também suficientes para nos dar um parecer conclusivo a este respeito. Um deles trata da tentação de Jesus: "Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." (Mateus 4:5-7) Se formos sensatos, saberemos que Jesus é o maior exemplo da fé viva em Deus e em tudo quanto na Bíblia está registrado. Quando Satanás lhe veio com a proposta de pular sem paraquedas, para provar a Deus, a veracidade da divindade de Jesus e da Palavra, Jesus não aceitou. Ele não deixou de crer que Deus faria como prometeu, mas indicou que não precisamos acionar Deus para o que não é absolutamente necessário. Se fosse necessário, Deus agiria, mas Ele não iria provocar a situação. Semelhantemente, na grande comissão, Jesus deu esta palavra a seus discípulos: "E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados." (Marcos 16:17-19). Isto não significa que para testar a fé de alguém seja-lhe dado veneno a beber; e, permanecendo vivo - tem fé, morrendo - era incrédulo. Ou, que devamos sair pegando em serpentes para provar a fé e a infalibilidade da Palavra. É certo que o que Jesus falou se cumprirá, desde que não provocado intencionalmente para tal. Não se deve tentar a Deus ou desafiá-lo. Acontecendo pela maldade alheia ou, por ignorância, deve-se crer que a Palavra se cumprirá. Os discípulos de Jesus não precisam temer, no exercício da pregação, as tentativas dos inimigos da fé, porém, não devem sair a provocar estas situações. Nada está fora do controle de Deus, onde tudo mais falhou, Deus não falhará. Portanto, podemos chegar a seguinte conclusão, e que vale para nós como pessoas, empresas, bens e igrejas: Façamos tudo quanto for legalmente permitido e estiver ao nosso alcance para evitar, prevenir e dificultar ações violentas e criminosas contra a nossa pessoa e patrimônio. Sejamos sensatos, astutos e vigilantes, sem dar ocasião. Não sejamos ingênuos a ponto de provocar situações ou facilitá-las. Dar a outra face não é dar a cara a tapa. Não vamos tentar a Deus, confiar sim. "Pois ninguém pode entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente; e então lhe saqueará a casa." (Marcos 3:27) "Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança estão os seus bens." (Lucas 11:21) "Sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa." (Mateus 24:43) Entrementes, devemos depositar total confiança na provisão de Deus, e depois de ter feito tudo quanto estava ao nosso alcance, e ainda assim os recursos e cuidados empregados falharem, Deus não falhará. Ele é a segurança infalível daquele que nEle confia. Tudo pode falhar, mas Deus
  • 3. não falhará. Você poderá ter todos os recursos de segurança disponíveis, mas, se não estiver firmado em Deus, já decretou a própria ruína. "Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." (Salmo 127:1) "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." (Mateus 10:28) Temamos a Deus e confiemos nEle. O que podemos fazer, Deus não fará, mas aquilo que nos for impossível, para Deus é possível.