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Valor Economico - BG Group e FAPESP lançam centro de pesquisa em gás - 01-12-2015
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01/12/2015 05:00
BG Group e FAPESP lançam centro de pesquisa em
gás
Por Camila Maia
A BG Group e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) lançam hoje o Centro de
Pesquisa para Inovação em Gás Natural, com investimento total de aproximadamente R$ 76 milhões até 2020,
com o objetivo de desenvolver projetos com aplicação real na indústria, como na exploração das reservas do pré
sal.
O centro, que terá sede na Universidade de São Paulo (USP), será coordenado por Julio Meneghini, professor da
Escola Politécnica da USP, e por Alexandre Breda, gerente de Projetos Ambientais da BG Group.
"Esse centro tem uma composição de usos para a BG, aplicações diretas, como por exemplo nas emissões de gases
nas nossas operações, uma tecnologia que a companhia poderá incorporar", afirmou Giancarlo Ciola, Gerente de
Parcerias para P&D e Inovação do BG Group.
O centro será dividido em três grandes programas de pesquisa, nos setores de engenharia, físicoquímica e política
energética e economia, explicou o professor Meneghini. "A ideia é conseguir aumentar a participação do gás
natural na matriz energética e também uma sinergia entre gás natural e fontes renováveis, para mitigar a emissão
dos gases causadores do efeito estufa", afirmou Meneghini.
Essa expansão do gás natural é vista positivamente pela BG Group, que terá a oportunidade de aumentar o
mercado consumidor no Brasil, disse Ciola.
Além de estudar soluções para melhorar a eficiência no uso do gás natural na geração de energia em termelétricas,
o centro vai focar projetos para aumentar o uso do gás, como na indústria petroquímica. "Queremos descobrir
caminhos e processos para transformar o gás natural em outros produtos, através de processos químicos e
biológicos", afirmou Meneghini.
Um dos projetos, por exemplo, visa utilizar o bagaço da cana na produção de biogás, que poderia ser
transformado em gás e injetado na rede das distribuidoras, explicou o professor da USP.
"A BG pode não fazer uso da matériaprima, como no caso do uso na indústria petroquímica, mas vai ganhar
porque o mercado de gás vai ficar maior. Direta ou indiretamente, haverá uma série de benefícios para os negócios
ligados ao centro", disse Ciola.
A logística do transporte do gás natural do présal ainda é um desafio, enquanto os dutos submarinos que o
governo do Estado de São Paulo pretende construir com esse fim não ficam prontos. Uma alternativa é estudar
motores híbridos que funcionem a gás natural e possam ser usados pelas frotas de navios da BG Group, explicou
Ciola.