Vivemos tempos de política. Há anos neste país não se fala tanto, se ouve tanta opinião e se presencia tantas mobilizações sobre o assunto. Se por um lado, a sensação é de turbulência e de um tipo de extravasamento coletivo – algumas vezes, descontrolado –, por outro, é um sinal de que estamos amadurecendo

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Precisamos falar sobre democracia
Vivemos tempos de política. Há anos neste país não se fala tanto, se ouve tanta opinião e se
presencia tantas mobilizações sobre o assunto. Se por um lado, a sensação é de turbulência e
de um tipo de extravasamento coletivo – algumas vezes, descontrolado –, por outro, é um sinal
de que estamos amadurecendo como nação. A democracia agradece.
O conceito, que surgiu na Grécia Antiga, está em ebulição em 2015, num momento em que se
torna urgente reforçar os princípios que regem (ou deveriam reger) o mundo moderno:
liberdade e igualdade.
A palavra democracia vem do grego demo (povo) kracia (governo). Foi em Atenas que nasceu
o regime de governo no qual as decisões políticas eram tomadas pelos cidadãos, que se
reuniam em assembleia. No “governo do povo”, cada indivíduo participava diretamente da
gestão da cidade e os cargos públicos permanentes eram preenchidos por sorteio.
A ideia parecia perfeita, mas um detalhe nada irrelevante tornava a primeira versão da
democracia bem limitada: nem todos podiam participar das assembleias. Mulheres,
estrangeiros, escravos e crianças ficavam de fora das decisões políticas. Nada como a
evolução da história para quebrar paradigmas.
Atualmente, a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa.
Agora sim, é um governo do povo e para o povo. E existem várias formas de democracia, de
acordo com as especificidades de cada lugar, sendo as mais comuns a direta e a indireta.
Na democracia direta, o povo, por meio de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas
populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade,
seu estado ou seu país. Não existem intermediários e representantes. Essa forma não é muito
comum, hoje, pelas dimensões consideráveis dos países, o grande número de habitantes e a
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complexidade que envolve a gestão pública atual.
Já na democracia indireta, o povo participa, porém por meio do voto, elegendo deputados,
senadores, vereadores e presidentes como seus representantes. Eles são legitimados a
tomarem decisões em nome daqueles que os elegeram. Essa forma também é conhecida
como democracia representativa. E é com base nela que os cidadãos têm mostrado sua voz no
Brasil.
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