Este documento fornece um tutorial sobre como usar o software gratuito Ivy Generator para criar plantas trepadeiras em objetos 3D no Blender, e renderizá-las no Lux Render. Ele explica como exportar um objeto do Blender para o Ivy Generator, gerar a planta, e importá-la de volta ao Blender para renderização, destacando dicas para melhorar a performance e qualidade visual, como configurar materiais com transparência no Lux Render.
1. TUTORIAL: BLENDER, IVY GENERATOR E LUX RENDER
O Ivy Generator é um software gratuito que produz plantas trepadeiras em superfícies de
“meshes” 3D. É Facilmente encontrado para baixar na internet, onde encontrei a versão 1.3:
Se você procurar por imagens
feitas com ele, terá uma noção
das possibilidades que esse
programa proporcionará em
seus trabalhos.
Então vamos
começar:
Resolvi fazer
um vaso
simples, sem
subdivisões,
com uma
forma que
seria a terra do
vaso e dois
pedaços de
madeira
encravados,
tudo com
texturas
simples. Você
poderá fazer a
forma que
quiser.
2. Tomem o cuidado para que as “normals” das faces estejam viradas pra fora, em qualquer forma que
escolham.
No modo de edição, na visualização por faces, clique no “Draw normals”. As normals são
representadas por essas linhas azuis, selecione as faces onde as linhas estão apontadas para dentro,
aperte Ctrl + E, e escolha o Flip Normals. Este procedimento será importante na hora da planta se
“arraizar” nas faces dos objetos.
Ok, menu principal,
exportar, wavefront
(extensão.obj).
3. Escolha um diretório para exportar, e seguinte: Na opção “Selection Only”, apenas o que está
selecionado será exportado, no meu caso, o vaso, a terra e as madeiras, que juntei tudo num objeto
só. Poderia ter selecionado o chão também, mais tarde veremos porque.
Desconfio que
deveria ter
selecionado a
exportação dos
materiais e Uvs.
Palpite agora, é
que antes
desconfiei que não
iria precisar.
Quando começei a
usar o programa,
minhas “meshes”
ficavam estranhas
quando eu as abria
no Ivy. Hoje
milagrosamente
escolhi o
triangulate. Quando não fazia isso as formas abriam “trianguladas” no Ivy. Deve ser (lógico, gênio)
a forma como o wavefront armazena as informações.
Beleza, com o arquivo obj salvo, baixe o Ivy (google it), descompacte, ele é um executável que não
é preciso instalar. Está na pasta bin, de onde você descompactou.
4. Esta é a interface do Ivy Generator. Ela é bem simples e direta. A forma de rotacionar o desenho
também é um pouco diferente do Blender. Além dos ajustes, os principais comandos são o grow e o
birth.
Dê um clique
duplo para
colocar a
“semente” (um
ponto verde),
de onde os
ramos da planta
sairão, em
alguma parte da
planta.
O comando grow faz os ramos crescerem. Ou
você clica de novo para os ramos pararem, ou
ele encontra um limite.
O comando birth faz as folhas crescerem.
Muita calma nessa hora, essas configurações
podem deixar o seu desenho pesado para o computador.
Portanto, vamos descobrir outras dicas para melhorar
não só a qualidade do desenho, mas também o
rendimento do desenho no computador.
5. Uma outra opção interessante é o Ivy Size. Quando
maior o valor, maior será a espessura dos galhos e
dimensões das folhas. De alguma forma,
consequentemente diminuíram a quantidade de
ramificações e folhas na minha planta, deixando o
arquivo mais leve.
O Branching Probability e o Max Float Lenght
deixaram a minha planta mais solta no ar, alcançando
os dois bastões, o que não aconteceu quando os valores estavam mais baixos.
Aumentei a gravidade. Tinha dito, no começo do
tutorial, que talvez devesse ter exportado o solo também. Por isso, daí minhas raízes não tivessem
passado pra baixo dele na hora de crescer. Isso pode fazer a diferença no Blender, porque a planta
atravessará alguns vértices, e dependendo do caso, poderá
tirar um pouco a aparência de algo real do trabalho.
E preparei para exportar de novo. Clicando no birth já com as folhas maiores.
6. Hora de importar de novo no Blender. Podem ver que exportei ainda outra forma. Pena, a anterior
tinha ficado melhor, mas vamos em frente. Talvez no 3D max ou outros programas, o arquivo obj
vem com as texturas das folhas.
Mas no Blender, tem que fazer
toda uma configuração para
colocar as transparências nas
folhas com os “canais (?)” alpha.
Vejamos uma renderização com o
render interno do Blender, algum
ambient oclusion e a sombra de apenas
uma luz tipo sun.
Putz, parece um pé de dinheiro né?
Agora vamos ao que interessa. Vou pular estas configurações para materiais alpha no blender e ir
direto para como fazer isso no Lux Render.
O Ivy exporta também três tipos de materiais. A
folha jovem (leaf_young), a folha adulta
(leaf_adult) e os ramos, galhos ou raízes
(branch).
7. Abra o menu dos scripts, render, lux render, blá blá blá.
Escolha os materiais das folhas para editar, faça um mix
de matte primeiro e null depois. Importante, o “amount”
deve estar totalmente para a direita, com valor 1. Isto
significa... sei lá, que o alpha map ficará totalmente
invisível, deixando apenas um espaço para as cores das
folhas como veremos a seguir.
Tive que apagar as texturas vindas do Ivy.
A textura do canal principal (amount) será uma
imagem em preto e branco (alpha map), onde, como se
fosse uma máscara, a cor das folhas passará.
Na verdade, essa imagem foi editada a partir de uma
imagem qualquer de uma folha normal. Não lembro no
momento onde consegui, mas não é difícil fazer uma e a
partir dela fazer o alpha map.
O matte terá a textura colorida.
Ela vai aparecer onde está em
branco no alpha map. O preto na
verdade será transparente no
desenho.
8. Abaixo está a folha original.
Para variar as
cores da planta,
as vermelhas
ficaram para as
folhas adultas, as
vermelhas para as
jovens.
9. E por falar em diferenças, não esqueça de configuras os dois
tipos de folhas, e depois também os galhos, para não ficar
aquele matte branco padrão.
E, voilá, render, dois minutos.
E pronto, imagens em camo aberto renderizam beeem
mais rápido. Quase três horas:
Hum, vendo bem, faltam muitas informações para os iniciantes, principalmente aquelas
relacionadas à texturização. Quaisquer dúvidas estou pronto pra ajudar. É só me mandar um e-mail.
E é isso aí, espero que tenham gostado, logo logo pretendo postar mais.
E-mail: miltonhurpocha@yahoo.com.br