1. Por que a polícia suspeita deLeonardo
REVISTA EXAME13/08/1997 00:00
Por que a polícia suspeita deLeonardo
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Darlene Menconi, de EXAME
EXAME teve acesso,com exclusividade,a documentos referentes à investigação queapura a explosão
ocorrida no Fokker 100 da TAM no dia 9 de julho.A Polícia Federal aguarda os laudos desua equipede
peritos e do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) para concluir seu trabalho e,em seguida,apontar o
instrutor de mecânica Leonardo Teodoro de Castro como responsável pela explosão.Até agora,as
suspeitas sobreLeonardo estavam baseadas quaseexclusivamente em seu perfil ps icológico.Os laudos
devem ser divulgados dentro de alguns dias.Eles trazem o resultado de testes que indicamquais as
substâncias usadasparaa fabricação da bomba e análises da fuselagemdo avião.Eis os principais
indícios queapontam para Leonardo como o suspeito de autoria do atentado: 1. A MALA - As suspeitas
surgiramno primeiro depoimento do instrutor.Leonardo reconheceu como sendo seu um par de óculos
com lentes de grau encontrado no avião,mas negou que a mala preta onde os óculos ficaramguarda dos
o tempo todo eram de sua propriedade. Depois da explosão,a mala preta foi abandonada no avião ede
lá seguiu para os investigadores.Dentro dela estavamos óculos deLeonardo e um papelão enrolado em
formato retangular com a palavra "Protótipo"datilografada.Os agentes suspeitamque Leonardo teria
carregado a bomba dentro desse invólucro depapelão para protegê-la e evitar que explodisseantes da
hora.Uma perícia vai confirmar ou não se o papelão contém resíduos de substânciasexplosivas. 2.A
MÁQUINA - Os investigadores acreditamque a palavra "Protótipo"foi datilografada na máquina de
escrever Olivetti apreendida no apartamento de Leonardo, na Zona Sul de São Paulo.A máquina é
considerada uma peça-chaveno caso.Após algum tempo de uso, as máquinas adquiremos cacoetes de
datilografia deseu dono e imprimem as letras comespaçamento e característicasdetipografia únicas,
como se fossem impressões digitais. 3.A PAPELADA - Os agentes também descobrirambilhetes com
mensagens em tom de despedida, como se o dono da casa tivesseviajado para nunca maisvoltar.Ao
lado de sua pistola Imbel calibre38 havia umbilhetedatilografado dizendo que, em sua ausência,a
arma deveria ser entregue a um determinado parente. "Eu comprei esta arma para matar o assassino do
Jos", escreveu Leonardo. (José era um irmão de Leonardo que morreu em um conflito no interior de
Minas Gerais.) Outro bilhete datilografado diziaqueem um envelope estavam 13 apólices deseguro
com validadede um ano. Todas elas foramcompradas no mesmo dia,em dezembro de 1996. Segundo
as investigações,há pelo menos duas hipóteses de como Leonardo teria acionado a bomba durante o
vôo. Minutos depois da decolagem, o instrutor mecânico teria levantado da poltrona onde estava
sentado, apanhado a mala preta no bagageiro superior,retirado a bomba do invólucro de papelão e
colocado o explosivo na poltrona 18D.Na outra possibilidade,Leonardo estaria sentado na poltrona 17C
quando teria desafivelado o cinto,estendido o braço para a poltrona 18D,na fi leira detrás,e
depositado a bomba no assento do banco.Leonardo então teria sentado outra vez e esperado a
explosão.O engenheiro Fernando Caldeira deMoura estava na poltrona 19E, ao lado da janela - e não
na 18E, como vinha sendo divulgado - quando foi arremessado através do rombo na fuselagem do avião.
Leonardo poderá ser indiciado por homicídio,explosão elesões corporaisou ser submetido a avaliações
psiquiátricas.
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