Com a presente edição do i -ON-TOURISM, a ILM ■ THR dá início a mais uma das suas iniciativas de market intelligence, disponibilizando mensalmente informação turística ao mercado através da recolha e compilação sistemática de diferentes indicadores de performance da actividade turística nacional. Nesta primeira edição são apresentados indicadores referentes aos anos de 2007 e 2008 em sectores como a aviação, a hotelaria e o lazer. Boas leituras.

1. M A R Ç O 2 0 0 9
E D I Ç Ã O O ‐ E S P E C I A L 2 0 0 7 / 2 0 0 8
B O L E T I M M E N S A L D E P E R F O R M A N C E T U R Í S T I C A
NESTA EDIÇÃO
Com a presente edição do i ‐ON‐TOURISM, a ILM ■ THR dá início a mais uma das suas
Aviação 1
iniciativas de market intelligence, disponibilizando mensalmente informação turística
Cruzeiros 2
ao mercado através da recolha e compilação sistemática de diferentes indicadores de
Hotelaria ‐ Lisboa 3
performance da actividade turística nacional.
Lazer
Nesta primeira edição serão apresentados indicadores referentes aos anos de 2007 e
‐ Golfe, Lisboa 3
2008 em sectores como a aviação, a hotelaria e o lazer.
‐ Museus e Palácios 4
‐ Oceanário, Lisboa 4 Boas leituras.
‐ Casa da Música 5
A V I A Ç Ã O
Análise do tráfego aéreo nos quatro principais aeroportos nacionais – Porto, Lisboa,
Faro e Funchal.
A análise das entradas de passageiros nos aeroportos do Porto, Lisboa, Faro e Funchal
permite‐nos concluir que não obstante a situação económica que se fez sentir no ano
de 2008, os aeroportos de Lisboa e Funchal conseguiram manter a sua actividade
fechando o ano com variações positivas de 1,6 % e 1,2% respectivamente. Ao
contrário, o aeroporto de Faro registou uma variação negativa de 0,5% .
Número de Passageiros por Aeroporto
Por sua vez o aeroporto do Porto verificou um
Aeroportos 2007 2008 Var 07/08
aumento de 12%, o que se pode traduzir num
Porto 3.988.388 4.534.829 12,0%
aumento de procura por destinos emergentes em
Lisboa 13.392.059 13.603.620 1,6%
detrimento de destinos maduros muito suportados
Faro 5.472.791 5.447.199 ‐0,5%
pelo produto Sol e Mar e muito dependentes de
Funchal 2.418.489 2.446.924 1,2%
mercados emissores tradicionais.
Total 25.271.727 26.032.572 2,9%
Fonte: ANA Aeroportos e Aeroportos da Madeira
Distribuição Percentual dos Passageiros por Aeroporto nos Dois Anos em Análise
9% 17%
O Aeroporto de Lisboa é sem dúvida aquele que recebe o maior 21%
número de passageiros/ano, tendo nos dois últimos anos
recebido 52,6% do número total de passageiros que chegaram 53%
aos quatro aeroportos analisados.
Porto Lisboa Faro Funchal
Fonte: ANA Aeroportos e Aeroportos da Madeira

2. i ‐ O N ‐ T O U R I S M Página 2
Número de Passageiros por Principais Países de Origem e Aeroporto de Destino
2007 2008
Número Passageiros
Aeroporto País de Origem Número Passageiros País de Origem Var. 07/08
Porto Portugal 774.690 França 878.731 104.041
Lisboa Portugal 2.076.638 Portugal 2.009.272 ‐67.366
E D I Ç Ã O O ‐ E S P E C I A L 2 0 0 7 / 2 0 0 8
Faro Reino Unido 3.223.631 Reino Unido 3.205.500 ‐18.131
1.068.033
Funchal Portugal 1.057.701 Portugal 10.332
Fonte: ANA Aeroportos e Aeroportos da Madeira
• Porto – alteração do mercado português para o francês, o que se deve ao incremento dos voos low cost para França.
• Lisboa – decréscimo dos passageiros nacionais. Porém o número total de passageiros aumentou, o que pode ser explicado
com a diversificação de rotas e companhias aéreas a operarem para este aeroporto.
• Faro – menos 18.131 passageiros britânicos, quebra esta que representou 70% do decréscimo total verificado neste aero‐
porto.
• Funchal – muito dependente do mercado nacional.
A V I A Ç Ã O “LOW COST”
Peso das companhias low cost nos 4 aeroportos analisados durante os anos de 2007 e 2008
• Em todos os aeroportos verificou‐se um aumento 55% 58%
60%
do número de voos de companhias low cost 40%
20%24%
durante o ano de 2008, entre os 1 e os 8 pontos
20% 11% 12%
21%
percentuais. 13%
0%
• Aeroporto do Funchal ‐ aumento de 9%, o que Porto
Lisboa
Faro
pode ser justificado pelo início das operações low
Funchal
cost da companhia EasyJet, a qual registou um
crescimento na ordem dos 795,1%. 2007 2008
Fonte: ANA Aeroportos e Aeroportos da Madeira
Importa mencionar que só foram tidas em conta para esta análise, as 30 principais companhias aéreas a operarem para cada
um destes aeroportos, as quais correspondem quase a 100% da amostra das companhias a operarem para os aeroportos em
causa.
C R U Z E I R O S
Análise do movimento de cruzeiros nos portos de Lisboa e Funchal.
Lisboa Funchal
Passageiros
2007 2008 2007 2008
Cruzeiros 256 308 262 270
Passageiros Embarcados 16.007 18.862 6.101 5.360
Passageiros Desembarcados 15.703 20.054 5.905 4.986
Em Trânsito 273.475 368.588 337.421 394.960
Fonte: Porto de Lisboa e Portos da Madeira
• Porto de Lisboa – mais 52 cruzeiros em 2008 (256 vs 308).
• Porto do Funchal – mais 8 cruzeiros em 2008 (262 vs 270).
• 19% ‐ subida no número total de passageiros em ambos os portos – mais 2.114 passageiros no total.
• Apesar das quebras registadas no número de passageiros embarcados e desembarcados no Porto do Funchal (14% e 18%
respectivamente), na soma dos dois portos verificou‐se um aumento de 9% e 14% devido ao incremento significativo do
número de passageiros que chegaram e partiram do Porto de Lisboa.
• Os dados recolhidos permitem‐nos classificar o Porto de Lisboa como um porto de entrada e de saída de passageiros,
enquanto que o Porto do Funchal se apresenta como um porto de passagem.

3. Página 3
H O T E L A R I A
Análise da performance hoteleira da cidade de Lisboa
Indicadores de Performance Hoteleira na Região de Lisboa
• A ocupação por quarto sofreu uma quebra gene‐
78,97 €
ralizada de 3,37%, tendo sido na categoria de 5 75,39 €
80,00 €
estrelas que se verificaram as principais quebras 70,00 €
60,00 €
na ocupação – 6,65%.
48,67 €
50,00 €
• Em todas as categorias registou‐se uma subida no 48,32 €
40,00 €
PMQV* ‐ 3,58€. 30,00 €
• Os hotéis de 5 estrelas foram os que registaram a 20,00 €
10,00 €
maior subida no PMQV – 11,02€/quarto.
-€
• Apesar de em termos absolutos se ter assistido a PMQV
PMQV
2007
um decréscimo do Revpar**, os hotéis de 3 estre‐ RevPar
2008
RevPar
2007
las registaram um aumento de 1,05€. 2008
PMQV 2007 PMQV 2008 RevPar 2007 RevPar 2008
*PMQV — Preço Médio Por Quarto Vendido Fonte: Associação de Turismo de Lisboa
** Revpar — Revenue per available room
Assim, apesar de não se ter assistido a um decréscimo no número de entradas de turistas no aeroporto de Lisboa, podemos verifi‐
car que os turistas começam a procurar tipologias de unidades de alojamento de categorias inferiores e com preços mais acessí‐
veis. Os hotéis de 5 estrelas, para combater as taxas de ocupação mais reduzidas que se fazem sentir, tendem a elevar os preços
das suas unidades de alojamento, daí o aumento significativo verificado ao nível do PMQV.
Esta realidade pode estar relacionada com a Presidência da União Europeia no 2º semestre de 2007, a qual trouxe mais movimen‐
to à cidade e sobretudo ao nível dos hotéis 5 estrelas.
L A Z E R
G O L F E
Análise ao número de voltas, valor dos green fees e receita total nos campos da região de Lisboa
Apesar dos aumentos verificados ao nível do green fee, a receita total por volta diminuiu o que pode‐
rá ser justificado pela diminuição das despesas efectuadas ao nível do aluguer de equipamentos, pas‐
sando os jogadores a viajar mais com os seus sets e a optarem por fazer os campos a pé ou com trol‐
leys manuais, em vez de recorrerem ao aluguer de buggies, os quais possuem custos superiores, bem
como procedendo a gastos inferiores ao nível das pro‐shops.
Variações 2007/2008
Indicadores de Performance de Golfe na Região de Lisboa
• Número total de voltas realiza‐
2,5 %
40,00 € 36,53 €
das (60,5 contra 62).
33,83 €
30,00 €
18,94 €
19,21 €
20,00 €
• Valor de green fees por volta
0,27 %
10,00 € realizada ‐ crescimento de
1,42% (abaixo da inflação), logo
-€
ficou mais barato jogar em
Green Fee
Green Fee 2008.
2007 Receita
2008 Receita
Total 2007
7 %
Total 2008
• Receita total anual por volta
(36.53€ contra 33.83€).
Green Fee 2007 Green Fee 2008
Fonte: Associação de Turismo de Lisboa

4. i ‐ O N ‐ T O U R I S M Página 4
L A Z E R
M U S E U S E P A L Á C I O S
Análise ao Número de Visitantes dos Museus e Palácios Nacionais .
De salientar que para esta rubrica foram analisados os dados referentes ao número de
E D I Ç Ã O O ‐ E S P E C I A L 2 0 0 7 / 2 0 0 8
visitantes nos museus e palácios nacionais que se encontram a cargo do Instituto dos
Museus e da Conservação. A amostra em causa é composta por 27 museus e 6 palácios
(relativamente ao ano de 2007 só existe informação referente a estas instituições a partir
do mês de Agosto).
• Museu Nacional dos Coches – museu mais visitado em ambos Número Total de Visitantes nos Museus e Palácios nos
os anos com 222.349 e 288.580 entradas em 2007 e 2008 Anos de 2007 e 2008
respectivamente.
1.500.000 1.243.051
• Palácio Nacional de Sintra – palácio mais visitado em 2007 e 1.218.718
1.139.514
1.000.000
2008 com 185.964 e 408.712 visitantes, respectivamente e na
438.838
sua maioria estrangeiros.
500.000
• Maio – mês de maior procura nos museus.
0
• Agosto – mês de maior procura nos palácios.
2007
• Palácio com maior número de entradas registadas no mês de 2008
Agosto de 2008 e num só mês nesse ano – Paço dos Duques Museus
em Guimarães com 61.894 visitantes. Visitantes maioritaria‐ Palácios
mente nacionais, porém forte representatividade estrangeira. Fonte: Instituto dos Museus e da Conservação
• Segundo o Turismo do Município de Guimarães este concelho registou em 2008 um aumento de 16,6% no número de
turistas nos postos de informação. Os meses de Verão representam 57% da procura total anual.
• Janeiro e Dezembro – meses com menor número de visitantes nas duas rubricas em análise e em ambos os anos.
L A Z E R
O C E A N Á R I O
Análise ao Número de Visitantes do Oceanário de Lisboa .
• Em 2007 o Oceanário de Lisboa recebeu mais 18.066 visitantes do que no ano de 2008
(1.037.750 contra 1.019.684).
• Em ambos os anos, Agosto foi o mês que registou o maior número de entradas (197.756
e 193.666), o que corresponde respectivamente, a 19% do número total de visitantes
durante os dois anos em análise.
250.000
200.000
150.000
• De todos os meses em análise, o mês de Janeiro de 2008 foi
100.000
aquele que registou a taxa de visitantes mais reduzida
50.000
(42.200), a qual representou somente 4% das entradas
0
anuais registadas no Oceanário de Lisboa em 2008.
2007 2008
Fonte: Oceanário de Lisboa
Os dados apresentados nesta rubrica foram gentilmente cedidos pelo Dr. Miguel Oliveira, Responsável do Departamento de Operações e Qualidade do
Oceanário de Lisboa que se mostrou disponível para dar informações adicionais a todos os que o contactem através do e‐mail: moliveira@oceanario.pt .

5. i ‐ O N ‐ T O U R I S M Página 5
L A Z E R
C A S A D A M Ú S I C A
Análise ao Número de Visitantes da Casa da Música
Nesta rubrica foram analisadas as entradas absolutas nos anos de 2007 e 2008 no edifício
E D I Ç Ã O O ‐ E S P E C I A L 2 0 0 7 / 2 0 0 8
da Casa da Música, situada no Porto. As análises foram efectuadas em três distintas cate‐
gorias:
• Número de visitantes em visita guiada;
• Número de visitantes em livre circulação no edifício;
• Número total de espectadores em espectáculos.
• Das três categorias podemos verificar que somente a refe‐
Número Total de Visitantes na Casa da Música nos Anos
rente ao número de visitantes em visita guiada se verificou
de 2007 e 2008
uma quebra na ordem dos 4%;
250.000
• O maior aumento verificou‐se no número de espectadores
200.000 205.000
200.000 201.976
170.914 em espectáculos com uma subida de 15,4% ;
150.000
100.000
38.134 36.552
Em termos absolutos assistiu‐se a um aumento no número de
50.000
0
visitantes da Casa da Música em 7,8%, algo que poderá ser expli‐
Nr. visitantes em cado pelo aumento do número do número de passageiros
Nr. visitantes em
visitas guiadas
Nr. total de
circulação livre no desembarcados no Aeroporto do Porto (12%), bem como pelo
espectadores nos
edifício
incremento das dormidas de turistas no Norte do país (4,1%).
espectáculos
2007 2008
Fonte: Casa da Música
C O N C L U S Ã O
A análise dos dados anteriormente expostos permite‐nos constatar que em termos absolutos, não obstante o aumento de
entradas de turistas em Portugal Continental e no arquipélago da Madeira, se verificaram decréscimos nas receitas da hotela‐
ria e do golfe, bem como ao nível do número de visitantes nos museus e palácios nacionais e Oceanário de Lisboa. Verifica‐se
ainda uma tendência da procura turística para a utilização de produtos menos dispendiosos como é o caso de voos em compa‐
nhias low cost, assim como de estadas em hotéis de categorias inferiores, daí o facto dos hotéis de 3 estrelas terem sido os
únicos na região de Lisboa a registarem aumentos nas suas receitas. O aumento de entrada de turistas em território nacional
pode assim ser explicado pelo aumento da representatividade das companhias low cost nos aeroportos analisados.
Não obstante a situação global de crise económica e os decréscimos registados nos indicadores analisados, de salientar que
Portugal terminou o ano de 2008 com resultados superiores aos de 2007, ano este considerado por muitos como o melhor de
sempre em termos turísticos. As visitas dos turistas estrangeiros geraram 7.5 mil milhões de euros, o que correspondeu a um
aumento de 1,7%.
O ano de 2009 é ainda olhado por muitos como um ano de incertezas, porém o Turismo de Portugal já se encontra a tomar
medidas de precaução para se proceder a uma maximização do potencial turístico nacional, através da captação dos principais
mercados emissores, bem como da dinamização do turismo a nível interno.
A I L M ■ T H R A G R A D E C E:
ANA Aeroportos; Aeroportos da Madeira (ANAM); Associação de Turismo de Lisboa (ATL); Casa da Música, Instituto dos
Museus e da Conservação (IMC); Oceanário de Lisboa; Porto de Lisboa e Portos da Madeira.

6. i ‐ O N ‐ T O U R I S M Página 6
E D I Ç Ã O O ‐ E S P E C I A L 2 0 0 7 / 2 0 0 8
A ILM, que este ano celebra os seus 10 anos de crescimento consolidado, foi fun‐
dada em 1999 por Andrew Coutts com o objectivo de prestar serviços de consul‐
tadoria estratégica em turismo, hotelaria e lazer no mercado nacional. Nestes 10
anos de experiência, a ILM cresceu organicamente e evoluiu ao ponto de actual‐
mente ocupar uma posição de topo em consultadoria de turismo. Orientada pelo
mercado e pela inovação a missão da ILM é contribuir activamente para o desen‐
volvimento sustentado do sector turístico e hoteleiro nacional, sendo a única
consultora independente especialista no desenvolvimento e implementação de
projectos de Turismo Residencial.
ILM ■ THR
Pelas mãos da ILM nasceram em Portugal projectos estruturantes, entre os quais
a Identificação e “Business Planning” dos 10 Produtos Estratégicos definidos no Praça Duque de Saldanha
PENT, e projectos qualificadores do destino turístico nacional, como por exemplo Edifício Atrium Saldanha 10º J
o Praia Del Rey Marriott Resort, Hilton Vilamoura, o Conrad Quinta do Lago ou o
1050‐094 LISBOA
Corte Velho by Six Senses.
O desenvolvimento, em parceria com a THR, do trabalho no PENT deu origem ao Tel.: (+351) 213 528 239
estabelecimento oficial da parceria estratégica ILM‐THR Advisors em 2006. A THR
Fax: (+351) 213 145 482
foi fundada em 1985 por Eulogio Bordas, seu actual Presidente. Com o inicio da
www,ilm‐portugal.com
sua actividade em Espanha, a THR presta actualmente serviços em todo Mundo,
estando referenciada no EMEA como a maior empresa da sua categoria, e sendo
por isso permanentemente convocada por empresas e governos de distintos paí‐
ses, assim como por organismos internacionais como a União Europeia (UE) e a
Organização Mundial de Turismo (OMT).