As principais florestas tropicais incluem florestas tropicais pluviais, nebulares e paludosas, além de florestas sobre turfeiras e decíduas e manguezais. Savanas são outro bioma tropical importante, enquanto desertos tropicais são ecossistemas áridos com adaptações como escape, resistência e tolerância à falta de água.
(1) três províncias floristicamente distintas: América, África e Sudeste Asiático
(2) nessas regiões, há adaptações estruturais e funcionais a condições ambientais similares
estima-se que a flora das florestas tropicais tenha cerca de 100.000 espécies, ou 40% da flora mundial
há chuvas de convecção no final da tarde
as condições quentes e úmidas do clima promovem forte intemperização e lixiviação do solo
os solos característicos são os latossolos, pobres, ácidos e sem horizontes definidos
em regiões com temperatura e precipitação maiores; mais desenvolvidas
em altitudes maiores e temperaturas menores
em locais sempre úmidos, com pouca aeração do solo
turfas são uma massa de tecido de várias plantas, especialmente de musgos do gênero Sphagnum, produzidas por lenta decomposição anaeróbica associada à ação da água
em locais com uma estação seca; todas as espécies perdem as folhas durante essa estação; lianas e arbustos sempreverdes comuns na submata; epífitos e pteridófitos raros
florestas uni-estratificadas em zonas entremarés tropicais; árvores com até 30 m, perenifólias, halófilas, com caules-escora e pneumatóforos; estrato herbáceo pouco desenvolvido, mas briófitos e líquens podem estar associado às regiões mais baixas do caule; alguns epífitos podem estar presentes; riqueza e diversidade muito baixas
raízes superficiais
de 57% a 93% da biomassa de raízes está concentrada nos primeiros 20 cm de solo nas florestas amazônicas (Klinge 1973)
outros mecanismos de sustentação, como sapobembas ou caules-escora
nas florestas pluviais, a floração pode ocorrer em qualquer época do ano, enquanto que, nas florestas estacionais, a floração ocorre especialmente no final da estação seca e começo da estação úmida
90% de espécies zoocóricas nas florestas pluviais e 70%, nas florestas estacionais
(1) as savanas estão mais amplamente distribuídas na África, onde ocupam 65% do continente, em um largo cinturão em torno das florestas da bacia do Congo e na África Oriental
savanas são formações tropicais em que o estrato herbáceo é quase contínuo, interrompido apenas por arbustos e árvores em densidade variáveis, e em que os principais padrões de crescimento estão associados com as estações úmidas e secas alternantes (Bourlière & Hadley 1983)
na África Setentrional e Oriental, predomina a Acacia
as savanas de Madasgacar são mais ricas do que as do continente africano, com algumas espécies de baobás e plantas suculentas como euforbiáceas e didieráceas
nas Américas, a região de savanas mais extensa é a do cerrado, ainda que nem todas as fisionomias de cerrado possam ser consideradas savânicas
ao contrário das outras savanas, o cerrado é rico
em algumas classificações, a caatinga é considerada uma savana estépica
enquanto que o cerrado aparece em altitudes maiores (300-1000 m), os lhanos venezuelanos aparecem em altitudes menores (2-300 m), na bacia do Alto Orinoco
na Bolívia, Paraguai e Argentina, aparece o chaco, em que a precipitação é menor
no chaco, predominam fisionomias abertas de savana, com gramíneas xerofíticas, arbustos armados e cactáceas
na Austrália, predominam as savanas com eucalipto
no Sudeste Asiático, as savanas aparecem em Laos, Vietnã, Tailândia e Burma
a riqueza dessas savanas é razoável, mas a diversidade é baixa, pois há apenas três espécies comuns
na Índia, as savanas ocupavam a maior parte do subcontinente
quais formas de vida devem prevalecer?
dois componentes
fanerófitos e hemicriptófitos
clima estacional, solos intemperizados, fogo
entre as adaptações que as plantas das savanas apresentam contra a seca e o fogo, estão os órgãos de resistência subterrâneos, tais como rizomas, bulbos, xilopódios e sóboles
súber espesso
as savanas existem há pelo menos 25 milhões de anos, mas sua área de ocorrência variou bastante com as flutuações climáticas
as fases alternantes secas e úmidas do Pleistoceno levaram à expansão e retração das savanas
as regiões áridas ocupam 26-35% da superfície terrestre
o maior deserto é o Saara
a maior parte dessas regiões estão localizadas em torno das latitudes de 30, especialmente nas costas oeste
zona de divergência e correntes oceânicas
os processo erosivos induzidos pelas condições áridas levaram a uma certa uniformidade nas paisagens desérticas ao longo do mundo
há 3.000 espécies de plantas reportadas para as regiões desérticas
metade delas ocorrentes no Saara
terófitos dominam a flora em número de espécies
a germinação e o desenvolvimento dessas plantas de vida curta estão restritos ao breve período que se segue às chuvas
estratégia de escape
plantas perenes: suculentas e não-suculentas
formas de vida convergentes
plantas suculentas
Cactaceae nas Américas, Aizoaceae na África Setentrional e Didieraceae em Madagascar
as plantas suculentas, com sua habilidade em reter umidade, são um componente distinto mas pequeno da flora dos desertos
usam a água armazenada em seus tecidos esparsamente
suculentas têm raízes superficiais e respondem rapidamente a chuvas fracas
as plantas perenes não-suculentas, incluindo gramíneas, arbustos e árvores, são muito mais comuns e representam a maior parte da cobertura vegetal em quase todos os desertos
plantas perenes não-suculentas que restringem seu crescimento aos períodos em que há umidade disponível
tipicamente, são arbustos decíduos que permanecem dormentes nos períodos secos
(1) plantas perenes com diversas adaptações morfológicas e fisiológicas que permitem o crescimento mesmo em condições de estresse hídrico extremo
(2) maioria das plantas de deserto possuem essa estratégia
(1) ceras, tricomas ou glândulas de sal podem diminuir a absorção de energia
(2) folhas em rosetas
(3) controle da inclinação da folha pelo pecíolo
(4) estômatos localizados em cavidades