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Linguagem II - O Chiste
1.
2. O que é Chiste?
Um chiste é uma pequena história ou uma série curta de palavras, ambas
imaginadas, faladas ou escritas com a intenção de fazer rir o ouvinte ou leitor, isto
é, o receptor.
Normalmente tem fins humorísticos, ainda que há chistes com conotações
políticas, rivalidades desportivas, etc.
Diz-se que há chistes "bons" e chistes "maus", dependendo do efeito final
causado; muitas vezes isto é influenciado diretamente por como se apresenta o
chiste, ou seja, como se conta um chiste.
4. Paranomásia ou Paronomásia
Uma figura estilística que consiste no emprego de palavras parônimas (com
sonoridade semelhante) numa mesma frase, fenômeno que é conhecido
popularmente como trocadilho.
A mulher para o marido:
- Zé, você não sabe o que vale uma mulher como eu !!
- É, mas sei o que custa...
5. Texto – Agradar: O Chiste
Em que esse prazer é especifico?
O prazer do chiste decorre da “poupança psíquica” que ele permite.
É preciso, porém, chegarmos a um acordo quanto a este ponto; a poupança em si
não é nem espirituosa nem agradável; dizer E.U.A. ou U.R.S.S. poupa tempo mas não
faz rir em causa prazer.
Além disso, entender um chiste exige um esforço que é, sem dúvida, uma parte de
seu encanto.
A teoria da poupança psíquica aplica-se ao slogan como ao chiste. Nos dois casos, a
concisão nos poupa penosas explicações à censura, sobretudo à do espírito critico, e
permite a certas tendências frustrá-la, sobretudo a agressividade e a tendência de
voltar a ser criança. Em ambos os casos, a concisão é uma invenção que nos agrada e
nos encoraja a aceitar um prazer mais profundo, o de uma desforra do desejo contra
a realidade. Há uma necessidade do slogan como há uma necessidade do chiste:
trata-se em grande parte da mesma necessidade.
6. Texto – Agradar: O Chiste
As técnicas do chiste encontram-se também no slogan. Em primeiro lugar, a
condensação como os “amálgamas” publicitários que lembram o familionário de
Freud. Dédoril evoca assim a idéia de ouro e de desodorante jogando com a silaba
comum dor.
Quem faz um bom chiste não tem consciência de “estar fazendo” alguma coisa.
O mesmo se dá com um bom slogan; ele é muito mais achado do que buscado;
as regras permitem julgá-lo depois de pronto, não inventá-lo.
Em todo o caso, o procedimento que faz rir é o mesmo que torna os
slogans eficientes:
7. Texto – Agradar: O Chiste
Se uma empresa promete a seus clientes uma cinta confortável, corre o risco de
quase não ser ouvida; se ela anuncia, como faz Scandale:
Non pas gênée, mas gainée
[À vontade, mas com cinta]
A paronomásia arrebata e tende a testemunhar. Isto é ainda mais verdadeiro para os
slogans que jogam como o nome da marca que elogiam:
Adoptez Dop (Adote Dop); Bayard, lê stylo sans reproche
[Bayard, estilo para ninguém botar defeito];
Ou para o aperitivo:
Salers, Toute peite mérite Salers
[Todo cansaço merece Salers].
8. Texto – Agradar: O Chiste
Freud distingue os chistes tendenciosos daqueles que denomina “inofensivos”.
Os primeiros satisfazem, sem dar a impressão disso, às paixões que a sociedade
reprime duramente: a sexualidade e a agressividade, compreendendo esta última a
hostilidade contra os outros e o cinismo
Daí o seu prazer: prazer de despir no espírito atrevido, de humilhar ou dessacralizar
no espírito agressivo.
10. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FEA – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária
Bruna Cordeiro
Cristiano Moreira
Elliah Pernas
Turma MKT NA2