2. Como uma fogueira que deixasse os céus incendiados, O sol se pôs. Pinceladas de um vermelho carmim, Acima do horizonte, ficaram espalhadas. Uma carroça, com uma família, Passou, em seguida, aqui pela estrada de areia lavada. A esse tempo, não poucos batem em retirada. É janeiro. Para o plantio no mês que se avizinha, As terras precisam ser preparadas (“encoivaradas”).
3. Estou em retiro. Retirado. Também minh’alma, como a dos servos que comigo convivem, Precisa ser adubada, aguada e plantada. Temos um recurso: a Palavra, a que “se fez carne E entre nós fez morada”(cf. Jo 1, 14). Em silêncio e preces estamos. As vigílias se prolongam para alguns até a madrugada. Longa é a jornada. “ Revelar o Pai temos por carisma E ficar atento às humanas necessidades”.
4. Agora, lá fora, toca o sino. É a ceia. Parca, mas não falta. Em tudo há de ser Deus louvado, E a nós, servos, não convém senão “fazer em tudo sua vontade”. É início de ano E de caminhada.
5. Se é verdade que enquanto há vida, há esperança, igualmente é verdadeiro dizer que, enquanto houver esperança, haverá vida. ( Pe. Airton ) Texto de Airton Freire - 04/01/2008 Música –Instrumental- Ave Maria DitaCriações