1. Prova de Fogo
Desde segunda-feira, uma guerra simulada nos céus do Nordeste representa mais um ponto de interrogação na
opção de compra dos novos caças da Força aérea Brasileira. Na quinta edição, o Cruzex mobiliza 92
aeronaves e dezenas de pilotos de seis países: Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, França e Uruguai.
Nesta quinta edição da Operação Cruzex, sediada em Natal (RN), militares bolivianos, canadenses,
colombianos, equatorianos, ingleses e paraguaios também acompanham os exercícios.
As estrelas do evento são os quatro caças Rafale, da francesa Dassault, que a França enviou para o exercício
militar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negocia com o presidente francês Nicolas Sarkozy a compra
de 36 aviões desse modelo, sob fortes pressões dos concorrentes da Suécia e dos Estados Unidos. É possível
que o negócio seja fechado na próxima conversa entre os dois, na reunião do G20 em Seul, na Coreia do Sul,
da qual participará também a presente eleita, Dilma Rousseff. Há expectativa de que a compra dos caças seja
anunciada no encerramento do evento, previsto para 19 de novembro, pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O Cruzex é o maior exercício aéreo de caça da América do Sul. Os franceses participaram das duas edições
anteriores com os caças Mirage-2000 que estão baseados na Guiana, semelhantes aos que vendeu ao Brasil.
Levaram um baile dos pilotos do Esquadrão Pampa, baseado em Canoas (RS), que utiliza os cinco F-5 EM
recauchutados que a FAB deseja substituir como principal força de ataque. Os norte-americanos também
estão participando das operações, mas não enviaram os F/A 18 que querem vender ao Brasil e são operados
pela Marinha. Vão usar os caças F-16 de sua Força aérea, que são mais antigos.
(...)
Força Aérea Brasileira realiza treinamento no céu de Caruaru
Aviões da Força Aérea Brasileira sobrevoaram Caruaru na manhã de ontem, terça-feira (9). As aeronaves
estão participando de um treinamento de guerra envolvendo vários países. A ação segue até o dia 19 desse
mês.
O treinamento denominado "Cruzex" está na quinta edição e acontece desde o dia 26. Além do Brasil, mais
de 90 aeronaves da Argentina, Chile, Uruguai, França e Estados Unidos participam da ação que é uma
2. simulação de guerra entre países.
Em Caruaru, dois aviões da FAB fizeram sobrevoos e paraquedistas realizaram saltos. A base da quinta
"Cruzex" está localizada na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
DIA-A-DIA O NORTE
Helicóptero simulam salvamento na CRUZEX
Em algumas cidades como João Pessoa foi possível perceber a presença dos aviões durante operação da FAB
Isabela Alencar
Dois helicópteros H-60L Black Hawk levantaram vôo ontem durante o dia, do aeroporto João Suassuna, em
Campina Grande, depois que foram acionados para o salvamento. Quatro aeronaves, do 7º Esquadrão do Oitavo
Grupo de Aviação (v), Esquadrão Hárpia, de Manaus-AM, estão na cidade para realizar a Operação Cruzeiro do
Sul V (CRUZEX V), uma simulação de guerra que é realizada a cada dois anos, pela Força Aérea Brasileira
(FAB) com o intuito de realizar procedimentos de combate ofensivo e defensivo. Cerca de 90 homens estão
instalados no aeroporto de sobreaviso, caso algum comando instalado em outras cidades do Nordeste, realize
uma convocação urgente para o salvamento de homens.
Ontem dois helicópteros Black Hawk sobrevoaram o espaço aéreo da região de
Campina Grande, com o intuito de realizar o salvamento de pilotos que
"ejetaram das aeronaves atingidas em guerra". De acordo com o 2° tenente da
FAB, Alexandre Fernandes, quatro aeronaves, além de três Black Hawk,
também um Helicóptero UH-14, da Marinha do Brasil, estão na cidade. Em
outros estados que participam da operação, como Ceará, Pernambuco e Rio
Grande do Norte, a missão também funciona com caças brasileiros F-5 EM, F-
2000 Mirage, A-1 e A-29 Super Tucano, que contam com o reforço de Rafales
(França), F-16 (Chile e EUA), A-4AR Argentina), A-37 e IA-58 (Uruguai). O
tenente explicou que as aeronaves, recentemente adquiridas pela FAB, tem o
objetivo de atender, especificamente, a missão de C-SAR (Combat, Search and
Rascue) em qualquer região do País e principalmente na região amazônica.
"O objetivo da doutrina C-SAR é treinar as unidades operacionais em repatriar
pilotos abatidos durante incursões. Para tal, a aeronave líder configurada no padrão SAR é amparada por alas
que fazem sua escolta, devidamente armados e prontos para proteger a aeronave-resgate de uma eventual
resistência terrestre ou de uma Patrulha Aérea de Combate", disse. Conforme explicou, a operação constitui em
uma simulação de guerra entre países, o Vermelho, que representa o Ceará e está invadindo o país Azul, que
está situado nos estados do Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, sendo que Campina Grande
corresponde a um terceiro país, o Amarelo, onde está situada uma zona de risco e operacional, para o
salvamento.
Aeronaves decolaram do
aeroporto João Suassuna, em
Campina Grande
Foto:Katharine
Nóbrega/DB/D.A Press
3. CRUZEX V
A GUERRA É SIMULADA, O TREINAMENTO É REAL.
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