2. Big Data
Trata-se de um grande volume de dados,
processado com grande velocidade, que
exige novas formas de processamento,
armazenamento, sumarização e visualização.
3. 3 V’s
Alguns autores, como Doug Laney, falam nos
3 V’s: volume, velocidade (velocity) e
variedade (variety). O quarto V é a
veracidade (veracity), ainda mais importante
no caso do jornalismo.
4. Conceito relacional
Não é possível estabelecer uma quantidade de
bytes a partir da qual um dataset seria
considerado big data em função das constantes
evoluções nos sistemas de gerenciamento de
dados relacionais e não-relacionais. Portanto,
nessa apresentação, consideramos big data
mais como um fenômeno de interesse na
descoberta de informações não-triviais em
grandes conjuntos de dados do que uma
delimitação técnica.
5. Jornalismo de Dados
O jornalismo de dados, também chamado de
jornalismo guiado por dados, pode ser
entendido como um conjunto de práticas
profissionais cujo ponto em comum é o uso de
dados como principal fonte de informação
para a produção de notícias (TRASEL, 2013).
6. Jornalismo de Dados
Para Lorenz (2010), ele pode ser definido
como “um fluxo de trabalho, onde os dados
são a base para análise, visualização e – o mais
importante – narrativa”. Lorenz também
afirma que o jornalismo de dados pode ser
visto como um processo de refinamento, onde
dados crus podem ser transformados em algo
com significado.
7. Pelo mundo
França -> Journalisme de données
Alemanha -> Datenjournalismus
Países de língua espanhola -> Periodismo de
Datos
Países de língua inglesa -> Data Journalism /
Data-driven journalism
8. Conceitos similares
- Suzana Barbosa desenvolveu o paradigma de
Jornalismo Digital em Base de Dados (JDBD),
que recebeu esta denominação “em razão das
funcionalidades asseguradas pelas bases de
dados para a construção e gestão de produtos
jornalísticos digitais, bem como para a
estruturação e apresentação dos conteúdos”.
9. Conceitos similares
António Fidalgo trabalhou o conceito de
jornalismo assente em base de dados, que
consiste no gerador e possibilitador de jornais
on-line sem edições fixas, sendo cada edição
apenas uma configuração possível gerada de
forma automática pelos dados armazenados.
10. Business Intelligence
Se refere a sistemas que utilizam dados
disponíveis nas organizações para elaborar
informações relevantes para a tomada de
decisões (SANTOS e RAMOS, 2006). No
jornalismo, o interesse público é o “cliente”,
ao invés de organizações.
11. Um pouco de história
O primeiro caso de um grande volume de
dados sendo usado no jornalismo ocorreu em
1952, durante as eleições presidenciais dos
Estados Unidos. Com os resultados parciais da
apuração processados por um computador
UNIVAC, a rede de televisão CBS foi a única
capaz de prever corretamente a vitória de
Eisenhower com grande margem.
12. Um pouco de história
Em 1967, Philip Meyer ganhou um prêmio
Pullitzer por sua cobertura das revoltas de
Detroit, na qual utilizou análises demográficas
realizadas em um mainframe. Em 1973, Meyer
publica o livro “Jornalismo de Precisão”,
conceito que fornece alguma das bases para o
jornalismo de dados.
13. Um pouco de história
Em 1996, Brant Houston escreve o livro
“Reportagem Assistida por Computador” no
qual estabelece como sendo três as
ferramentas básicas para o jornalista desta
modalidade: tabelas (como as do programa
Excel), gerenciadores de bancos de dados e
recursos online.
14. Exemplo
Big data journalism exposes offshore tax dodgers
Mais de 100 jornalistas do mundo inteiro
investigaram 260gb de arquivos corporativos que
revelaram a lavagem de U$ 100 mi e
identificaram alguns do proprietários das 100 mil
empresas envolvidas.
http://www.computerweekly.
com/news/2240202669/Big-data-journalism-
exposes-offshore-tax-dodgers
16. Referências
BARBOSA, Suzana; TORRES, Vitor. O paradigma
‘Jornalismo Digital em Base de Dados’: modos de
narrar, formatos e visualização para conteúdos.
Galaxia (São Paulo, Online), n. 25, p. 152-164,
jun. 2013.
FIDALGO, António. Sintaxe e semântica das
notícias online. Para um jornalismo assente em
base de dados. Informação e Comunicação Online
– Volume I. Universidade da Beira Interior,
Portugal, 2004.
17. Referências
HOLMES, David. Flowchart: Should journalists learn to
code? Diponível em http://pandodaily.
com/2013/10/23/flowchart-should-journalists-learn-
to-code/
HOUSTON, Brant. Computer-assisted reporting. New
York: St. Martin's Press, 1996.
LIMA JUNIOR,Walter Teixeira. Jornalismo
computacional em função da “Era do Big Data”.
Líbero – São Paulo – v. 14, n. 28, 2011. Disponível em
http://www.casperlibero.edu.
br/rep_arquivos/2011/12/12/1323717839.pdf .
18. Referências
LORENZ, Mirko. Data driven journalism: What is
there to learn. In: Innovation Journalism
Conference (IJ-7), Stanford, CA. 2010.
MEYER, Philip. The new precision journalism.
Indiana Univ Pr, 1991.
OPEN METHODOLOGY FRAMEWORK (Switzerland).
Big Data Definition. Disponível em: <http:
//mike2.openmethodology.
org/wiki/Big_Data_Definition>. Acesso em: 02
ago. 2013.
19. Referências
SANTOS, Maribel Yasmina; RAMOS, Isabel.
Business Intelligence: tecnologias da informação
na gestão de conhecimento. Lisboa: FCA Editora
de Informática, 2006.
TRÄSEL, Marcelo. Jornalismo guiado por dados:
relações da cultura hacker com a cultura
jornalística. XXII Encontro Anual da COMPÓS.
Encontro da Associação Nacional dos Programas
de PósGraduação em Comunicação, Universidade
Federal da Bahia, 2013.