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POESÍA LÍRICA MEDIEVAL

    - Jarchas

Tanto amare, tanto amare,       ¡Tanto amar, tanto amar,
habib, tanto amare,             amigo, tanto amar!
enfermaron olios nidios,        ¡enfermaron mis ojos brillantes
e dolen tan male                y me duelen mucho!



Vaise mio corachón de mib.           Se va mi corazón de mí.
¡Ya, Rab!, ¿si se me tornarad?       ¡Ay Señor!, ¿acaso volverá a mí?
¡Tan mal me doled li-l-habib!        ¡Cuánto me duele por el amado!
Enfermo yed, ¿cuánd sanarad?         Enfermo está, ¿cuándo sanará?

    - Lírica galaico-portuguesa
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Ondas do mar de Vigo                           Olas del mar de Vigo

Ondas do mar de Vigo,                          Olas del mar de Vigo,
se vistes meu amigo?                           ¿Visteis a mi amigo?
E ai Deus!, se verra cedo?                     ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto?

Ondas do mar levado,                           Olas del mar agitado,
se vistes meu amado?                           ¿Visteis a mi amado?
E ai Deus!, se verra cedo?                     ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto?

Se vistes meu amigo,                           ¿Visteis a mi amigo,
o por que eu sospiro?                          aquél por quien yo suspiro?
E ai Deus!, se verra cedo?                     ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto?

Se vistes meu amado,                           ¿Visteis a mi amado,
por que ei gran coidado?                       por quién tengo gran cuidado?
E ai Deus!, se verra cedo?                     ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto?


        Cantigas de amor

Mia irmana fremosa                             Hermosa hermana mía

Mia irmana fremosa, treides comigo             Hermosa hermana mía, vente conmigo
a la ygreia de Vigo, u e o mar salido.         a la iglesia de Vigo, donde está el mar agitado.
E miraremos las ondas.                         Y miraremos las olas.

Mia irmana fremosa, treides de grado           Hermosa hermana mía, vente de buen grado
a la ygreia de Vigo, u e o mar levado.         a la iglesia de Vigo, donde está el mar
E miraremos las ondas.                         enfurecido.
                                               Y miraremos las olas.
A la ygreia de Vigo, u e o mar salido,
e verra i mia madre e o meu amigo.         A la iglesia de Vigo, donde está el mar agitado,
E miraremos las ondas                      allí vendrá, madre, mi amigo
                                           Y miraremos las olas.
A la ygreia de Vigo, u e o mar levado,
e verra i mia madre o meu amado            A la iglesia de Vigo, donde está el mar
E miraremos las ondas.                     enfurecido,
                                           allí vendrá, madre, mi amado
                                           Y miraremos las olas.




        Cantigas de escarnio

Mort’é Don Martín Marcos, ai Deus, se é       ¡Ha muerto Don Martín Marcos!
verdade?                                      ¡Ay, Dios, si será verdad!
Sei ca se el é morto, morta é torpidade,      Sé que si él ha muerto, habrá muerto la
morta é bavequía                              torpeza,
e morta neiciidade,                           habrá muerto la estupidez
morta é covardía                              y estará muerta la necedad,
e morta é maldade.                            habrá muerto la cobardía
                                              y estará muerta la maldad.
Se Don Martinh’é morto, sen prez e sen
bondade,                                      Si Don Martín ha muerto, sin mérito y sin
oimais, maos costumes, outro senhor           bondad,
catade;                                       desde hoy, malas costumbres, buscad otro
mais non o acharedes                          señor;
de Roma ata cidade;                           pero no lo encontraréis
se tal senhor queredes,                       desde Roma hasta esta ciudad.
alhu-lo demandade.                            Si queréis un señor así,
                                              buscadlo en otra parte.


        - Lírica popular y oral en lengua castellana

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  • 1. POESÍA LÍRICA MEDIEVAL - Jarchas Tanto amare, tanto amare, ¡Tanto amar, tanto amar, habib, tanto amare, amigo, tanto amar! enfermaron olios nidios, ¡enfermaron mis ojos brillantes e dolen tan male y me duelen mucho! Vaise mio corachón de mib. Se va mi corazón de mí. ¡Ya, Rab!, ¿si se me tornarad? ¡Ay Señor!, ¿acaso volverá a mí? ¡Tan mal me doled li-l-habib! ¡Cuánto me duele por el amado! Enfermo yed, ¿cuánd sanarad? Enfermo está, ¿cuándo sanará? - Lírica galaico-portuguesa Cantigas de amigo Ondas do mar de Vigo Olas del mar de Vigo Ondas do mar de Vigo, Olas del mar de Vigo, se vistes meu amigo? ¿Visteis a mi amigo? E ai Deus!, se verra cedo? ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto? Ondas do mar levado, Olas del mar agitado, se vistes meu amado? ¿Visteis a mi amado? E ai Deus!, se verra cedo? ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto? Se vistes meu amigo, ¿Visteis a mi amigo, o por que eu sospiro? aquél por quien yo suspiro? E ai Deus!, se verra cedo? ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto? Se vistes meu amado, ¿Visteis a mi amado, por que ei gran coidado? por quién tengo gran cuidado? E ai Deus!, se verra cedo? ¡Ay Dios! ¿Vendrá pronto? Cantigas de amor Mia irmana fremosa Hermosa hermana mía Mia irmana fremosa, treides comigo Hermosa hermana mía, vente conmigo a la ygreia de Vigo, u e o mar salido. a la iglesia de Vigo, donde está el mar agitado. E miraremos las ondas. Y miraremos las olas. Mia irmana fremosa, treides de grado Hermosa hermana mía, vente de buen grado a la ygreia de Vigo, u e o mar levado. a la iglesia de Vigo, donde está el mar E miraremos las ondas. enfurecido. Y miraremos las olas.
  • 2. A la ygreia de Vigo, u e o mar salido, e verra i mia madre e o meu amigo. A la iglesia de Vigo, donde está el mar agitado, E miraremos las ondas allí vendrá, madre, mi amigo Y miraremos las olas. A la ygreia de Vigo, u e o mar levado, e verra i mia madre o meu amado A la iglesia de Vigo, donde está el mar E miraremos las ondas. enfurecido, allí vendrá, madre, mi amado Y miraremos las olas. Cantigas de escarnio Mort’é Don Martín Marcos, ai Deus, se é ¡Ha muerto Don Martín Marcos! verdade? ¡Ay, Dios, si será verdad! Sei ca se el é morto, morta é torpidade, Sé que si él ha muerto, habrá muerto la morta é bavequía torpeza, e morta neiciidade, habrá muerto la estupidez morta é covardía y estará muerta la necedad, e morta é maldade. habrá muerto la cobardía y estará muerta la maldad. Se Don Martinh’é morto, sen prez e sen bondade, Si Don Martín ha muerto, sin mérito y sin oimais, maos costumes, outro senhor bondad, catade; desde hoy, malas costumbres, buscad otro mais non o acharedes señor; de Roma ata cidade; pero no lo encontraréis se tal senhor queredes, desde Roma hasta esta ciudad. alhu-lo demandade. Si queréis un señor así, buscadlo en otra parte. - Lírica popular y oral en lengua castellana