1. A FOME Brasil, terra tão rica, Celeiro de tanta riqueza, Muitos, com pouco fica, Numa total pobreza. Tudo em mãos de poucos; Muitos sem nada ter, É o domínio dos loucos, Que fazem o povo sofrer.
2. País de tanta gente, Poucos, muito consome, Gerando um povo carente, Miserável, passando fome. Esses caçadores treinados, Que enganam suas presas, Com bonitos palavreados, Tiram-lhes tudo de surpresa.
3. O povo torna-se caça, Dos caçadores de dinheiro, Que criam uma sub-raça, Por este Brasil inteiro. Tantos gritos de socorro, Entram em ressonância, Numa orquestra de choro, Que se escuta à distância.
4. Lágrimas caídas nos rostos, Dessa gente tão sofrida, Que chora seus desgostos, Numa vida dura e deprimida. Ó país das desigualdades! Ó terra dos sem leitos! Deserto, seco da verdade, Oásis de muitos direitos.
5. País de muitos direitos, Pelo poder governado, Poderosos tudo tem feito, O povo se faz, é condenado. Ó mundo dos direitos! Ó direitos do mundo! Que encobrem os defeitos, Ó lamaçal sem fundo!
6. Quem cria tanta lama, Um dia, nela vai se afogar, Hoje, no apogeu da fama, Não conseguem enxergar.
7. APRESENTAÇÃO E POESIA: João C. de Vasconcelos. E-MAIL: joclauvas@yahoo.com.br www.mensagensvirtuais.com.br