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FUNDAÇÃO FAFILE DE CARANGOLA
Criada pela Lei Estadual nº Lei 5454, de 10 de junho de 1970
CNPJ - 17 725 656/0001-74 – Inscrição Estadual - ISENTA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG (Lei 18.384/09)

ADALTO ALARCON DE SOUZA
FILIPE ZANIRATTI DAMICA
HUDSON GIOVANNI N. S.
KEILIANE NASCIMENTO COELHO

RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: ZONA DA MATA DE MINAS
GERAIS, DE ESPAÇO ESTRATÉGICO A REGIÃO
ESTAGNADA

Carangola, MG
2013
Adalto Alarcon de Souza
Filipe Zaniratti Damica
Hudson Giovanni N. S.
Keiliane Nascimento Coelho

RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: ZONA DA MATA DE MINAS
GERAIS, DE ESPAÇO ESTRATÉGICO A REGIÃO
ESTAGNADA

Resumo Crítico apresentado à disciplina de Zona
da Mata, do curso de Geografia das Faculdades
Vale do Carangola para aprovação no curso.
Professora: Juliane Vidal

Carangola, MG
2013
Resumo
Adalto Alarcon de Souza; Filipe Zaniratti Damica;
Hudson Giovanni N. S.; Keiliane Nascimento Coelho.

Sabemos que a Zona da Mata sempre foi vista como uma região estratégica para
os propósitos da coroa no período do Brasil Império. Isso se dá graças às vastas reservas
de recursos naturais. Contudo, o foco de interesse sempre foi o fato da região ser uma
barreira natural à evasão das riquezas minerais das Minas Gerais. Durante esse período
se inicia as bases para os futuros problemas socioeconômicos da região.
Entre o final do século XVIII e a década de 1930 tivemos a chegada de famílias
tradicionais da zona de mineração, que vieram na busca de fomentar o ciclo cafeeiro. A
região vivia o fim do período do ouro, e precisava dinamizar sua economia.
Grande parte das terras eram consideradas “sem dono”, por ter sido vista por tanto
tempo como zona proibida.
Nos Anos de 1970, a região buscou através de alguns projetos de desenvolvimento
, contudo, sem muito sucesso, já que a crise do café assolava todo o país. Nesse período
a região enfrentava uma crise onde sua microrregiões tinham indicadores sociais
comparáveis às regiões mais pobres do Estado.
Moraes nos mostra que forte mecanismo de buscar a mudança da realidade
socioeconômica foi através da sociedade como força produtiva. A sociedade passa a ser
vista como agente da transformação e o próprio estado fomenta essa participação efetiva
do

processo. O comércio passa

a ser visto

como pequeno fomentador do

desenvolvimento, sendo visto como agente de motivação da economia.
O Governo buscava restaurar a estabilidade econômica através de projetos de
incentivo, como o PRODEMATA, que era financiado pelo Banco Internacional,
incentivando e direcionado à região da Mata mineira. A proposta

do programa era

enfrentar a pobreza e recuperar a produção agropecuária em áreas de concentração de
pequenos produtores.
A falta de investimentos de vulto ao longo das últimas décadas tornou a Zona da
Mata economicamente instável e palco da evasão de atividades econômicas. Some-se a
isso, a manutenção de uma razoável estabilidade populacional, gerando problemas de
sub-emprego e desemprego. Ressalte-se o último grande investimento realizado na
região, especificamente em Juiz de Fora, da montadora Mercedes-Benz, que subsiste
graças a acordos políticos e subsídios estatais. De resto, há a Cia. Siderúrgica Belgo
Mineira e a Cia Paraibuna de Metais na mesma cidade, além da Cia. Força e Luz
Cataguases- Leopoldina, no município de Cataguases. Fora isso, não há qualquer outro
grande empreendimento que congregue elevado investimento na região. Acordos políticos
ainda é a principal consequência de investimentos privados na região, o que um dia foi
uma área estratégica de investimentos hoje se reserva a local de instrumento político e
lembrança de povoação para extração de minerais.

Em termos demográficos, a Zona da Mata Mineira constitui-se na terceira mais
populosa região de Minas Gerais, com 11,35% da população total do Estado. É digno
de nota o fato de a região apresentar taxas de urbanização inferiores à média do
Estado (82,00%), tanto em 1991 (69,21%), quanto em 2000 (76,67%). Tal fato,
possivelmente, deve-se ao elevado número de municípios com população inferior a
10.000 habitantes (69,72%), sendo 38,73% dos municípios da Zona da Mata têm
população inferior a 5.000 habitantes. Todos, com fortes vínculos com o mundo rural.
Este é um dos principais problemas econômicos da região, a alta taxa populacional
com em uma área pouco extensa com uma economia tão estagnada.
Neste quadro há ainda que considerar que a grande maioria dos municípios da
Mata (69,72%) possui população inferior a 10.000 habitantes. Esses municípios
sobrevivem basicamente de transferências constitucionais (Fundo de Participação dos
Municípios) do governo federal. Geralmente possuem dentro do setor de serviços, um
pequeno comércio local, bem como atividade agropecuária voltada quase que
exclusivamente à subsistência. Além disso, boa parte desses municípios sobrevive da
renda de aposentadorias e pensões de sua população, além dos programas de
assistência a desvalidos do Governo Federal. Ou seja, apenas uma pequena parcela
de municípios concorre efetivamente com a produção, desta forma uma grande parte
dos habitantes sobrevivem de influências externas ao município. Assim é correto
afirmar que em sua grade maioria as cidades não se sustentam apenas com impostos
imobiliários, comerciais, industriais e outros, as cidades não se “bancam”, e sem
grandes empresas dinamizando e circulando o capital os municípios ficam as margens
do Fundo de Participação dos municípios. O setor industrial representa 32,52% das
riquezas geradas na Zona da Mata. No geral, o setor industrial é relativamente
diversificado, com destaque para a produção de alimentos (sucos, laticínios e
conservas de carnes e subprodutos), eletricidade, tecidos, produção de arames e
vergalhões, material de transportes, confecções e móveis. No entanto, deve-se
apontar que a participação deste setor na composição geral do PIB da Zona da Mata
deve muito à microrregião de Juiz de Fora, onde 52,96% do PIB industrial da região
são produzidos, com destaque para a siderurgia e a indústria têxtil. Em um patamar
muito inferior destacam-se ainda as microrregiões de Ubá, polo moveleiro, seguida de
Cataguases, onde a indústria têxtil e a produção de energia elétrica polarizam o setor
industrial. Nas demais microrregiões o desempenho não é relevante, sendo apenas a
microrregião de Muriaé, tradicionalmente voltada ao setor agropecuário, digna de nota
em função da indústria de confecções, ainda pouco significativa. Neste contexto
apenas algumas cidades se destacam no PIB, mas, por outro lado a região incorpora
em seu mercado consumidor os produtos produzidos na mesma Zona fortalecendo os
pequenos e médios comércios além de promover o fortalecimento das prestações de
serviços (em casos, mão-de-obra qualificada).
Mas a transferência de prestação de serviço do campo para a cidade houve um
grande problema, os setores industriais e de serviços urbanos não foram capazes de
absorver a mão-de-obra proveniente do campo, gerando um quadro de exclusão social
cada vez mais intenso. Tal situação ocorre muitas vezes, pela exigência de uma
qualificação que, a população oriunda do campo ou de interior não possui, pelas
circunstâncias que lhe são impostas, uma vez que os mecanismos de políticas
públicas, sempre estiveram voltados para os setores econômicos do que para os
sociais.

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Sintese Crítica sobre a economia da Z. da Mata Mineira

  • 1. FUNDAÇÃO FAFILE DE CARANGOLA Criada pela Lei Estadual nº Lei 5454, de 10 de junho de 1970 CNPJ - 17 725 656/0001-74 – Inscrição Estadual - ISENTA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG (Lei 18.384/09) ADALTO ALARCON DE SOUZA FILIPE ZANIRATTI DAMICA HUDSON GIOVANNI N. S. KEILIANE NASCIMENTO COELHO RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS, DE ESPAÇO ESTRATÉGICO A REGIÃO ESTAGNADA Carangola, MG 2013
  • 2. Adalto Alarcon de Souza Filipe Zaniratti Damica Hudson Giovanni N. S. Keiliane Nascimento Coelho RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS, DE ESPAÇO ESTRATÉGICO A REGIÃO ESTAGNADA Resumo Crítico apresentado à disciplina de Zona da Mata, do curso de Geografia das Faculdades Vale do Carangola para aprovação no curso. Professora: Juliane Vidal Carangola, MG 2013
  • 3. Resumo Adalto Alarcon de Souza; Filipe Zaniratti Damica; Hudson Giovanni N. S.; Keiliane Nascimento Coelho. Sabemos que a Zona da Mata sempre foi vista como uma região estratégica para os propósitos da coroa no período do Brasil Império. Isso se dá graças às vastas reservas de recursos naturais. Contudo, o foco de interesse sempre foi o fato da região ser uma barreira natural à evasão das riquezas minerais das Minas Gerais. Durante esse período se inicia as bases para os futuros problemas socioeconômicos da região. Entre o final do século XVIII e a década de 1930 tivemos a chegada de famílias tradicionais da zona de mineração, que vieram na busca de fomentar o ciclo cafeeiro. A região vivia o fim do período do ouro, e precisava dinamizar sua economia. Grande parte das terras eram consideradas “sem dono”, por ter sido vista por tanto tempo como zona proibida. Nos Anos de 1970, a região buscou através de alguns projetos de desenvolvimento , contudo, sem muito sucesso, já que a crise do café assolava todo o país. Nesse período a região enfrentava uma crise onde sua microrregiões tinham indicadores sociais comparáveis às regiões mais pobres do Estado. Moraes nos mostra que forte mecanismo de buscar a mudança da realidade socioeconômica foi através da sociedade como força produtiva. A sociedade passa a ser vista como agente da transformação e o próprio estado fomenta essa participação efetiva do processo. O comércio passa a ser visto como pequeno fomentador do desenvolvimento, sendo visto como agente de motivação da economia. O Governo buscava restaurar a estabilidade econômica através de projetos de incentivo, como o PRODEMATA, que era financiado pelo Banco Internacional, incentivando e direcionado à região da Mata mineira. A proposta do programa era enfrentar a pobreza e recuperar a produção agropecuária em áreas de concentração de pequenos produtores. A falta de investimentos de vulto ao longo das últimas décadas tornou a Zona da Mata economicamente instável e palco da evasão de atividades econômicas. Some-se a isso, a manutenção de uma razoável estabilidade populacional, gerando problemas de sub-emprego e desemprego. Ressalte-se o último grande investimento realizado na região, especificamente em Juiz de Fora, da montadora Mercedes-Benz, que subsiste graças a acordos políticos e subsídios estatais. De resto, há a Cia. Siderúrgica Belgo Mineira e a Cia Paraibuna de Metais na mesma cidade, além da Cia. Força e Luz Cataguases- Leopoldina, no município de Cataguases. Fora isso, não há qualquer outro grande empreendimento que congregue elevado investimento na região. Acordos políticos ainda é a principal consequência de investimentos privados na região, o que um dia foi
  • 4. uma área estratégica de investimentos hoje se reserva a local de instrumento político e lembrança de povoação para extração de minerais. Em termos demográficos, a Zona da Mata Mineira constitui-se na terceira mais populosa região de Minas Gerais, com 11,35% da população total do Estado. É digno de nota o fato de a região apresentar taxas de urbanização inferiores à média do Estado (82,00%), tanto em 1991 (69,21%), quanto em 2000 (76,67%). Tal fato, possivelmente, deve-se ao elevado número de municípios com população inferior a 10.000 habitantes (69,72%), sendo 38,73% dos municípios da Zona da Mata têm população inferior a 5.000 habitantes. Todos, com fortes vínculos com o mundo rural. Este é um dos principais problemas econômicos da região, a alta taxa populacional com em uma área pouco extensa com uma economia tão estagnada. Neste quadro há ainda que considerar que a grande maioria dos municípios da Mata (69,72%) possui população inferior a 10.000 habitantes. Esses municípios sobrevivem basicamente de transferências constitucionais (Fundo de Participação dos Municípios) do governo federal. Geralmente possuem dentro do setor de serviços, um pequeno comércio local, bem como atividade agropecuária voltada quase que exclusivamente à subsistência. Além disso, boa parte desses municípios sobrevive da renda de aposentadorias e pensões de sua população, além dos programas de assistência a desvalidos do Governo Federal. Ou seja, apenas uma pequena parcela de municípios concorre efetivamente com a produção, desta forma uma grande parte dos habitantes sobrevivem de influências externas ao município. Assim é correto afirmar que em sua grade maioria as cidades não se sustentam apenas com impostos imobiliários, comerciais, industriais e outros, as cidades não se “bancam”, e sem grandes empresas dinamizando e circulando o capital os municípios ficam as margens do Fundo de Participação dos municípios. O setor industrial representa 32,52% das riquezas geradas na Zona da Mata. No geral, o setor industrial é relativamente diversificado, com destaque para a produção de alimentos (sucos, laticínios e conservas de carnes e subprodutos), eletricidade, tecidos, produção de arames e vergalhões, material de transportes, confecções e móveis. No entanto, deve-se apontar que a participação deste setor na composição geral do PIB da Zona da Mata deve muito à microrregião de Juiz de Fora, onde 52,96% do PIB industrial da região são produzidos, com destaque para a siderurgia e a indústria têxtil. Em um patamar muito inferior destacam-se ainda as microrregiões de Ubá, polo moveleiro, seguida de Cataguases, onde a indústria têxtil e a produção de energia elétrica polarizam o setor industrial. Nas demais microrregiões o desempenho não é relevante, sendo apenas a microrregião de Muriaé, tradicionalmente voltada ao setor agropecuário, digna de nota em função da indústria de confecções, ainda pouco significativa. Neste contexto
  • 5. apenas algumas cidades se destacam no PIB, mas, por outro lado a região incorpora em seu mercado consumidor os produtos produzidos na mesma Zona fortalecendo os pequenos e médios comércios além de promover o fortalecimento das prestações de serviços (em casos, mão-de-obra qualificada). Mas a transferência de prestação de serviço do campo para a cidade houve um grande problema, os setores industriais e de serviços urbanos não foram capazes de absorver a mão-de-obra proveniente do campo, gerando um quadro de exclusão social cada vez mais intenso. Tal situação ocorre muitas vezes, pela exigência de uma qualificação que, a população oriunda do campo ou de interior não possui, pelas circunstâncias que lhe são impostas, uma vez que os mecanismos de políticas públicas, sempre estiveram voltados para os setores econômicos do que para os sociais.