Segundo o IBGE, agricultura e o agronegócio são quem mais desmata a Amazônia.
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Governo recebe apoio do agronegócio para reduzir emissões
1. Portal Face News
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Governo recebe apoio do
agronegócio para reduzir emissões
Segundo o IBGE, agricultura e o agronegócio
são quem mais desmata a Amazônia.
Duas das principais entidades ligadas ao setor agropecuário, Abag
(Associação Brasileira do Agronegócio) e SRB (Sociedade Rural
Brasileira) se mostraram favoráveis à meta de redução de emissão de
gases pelo Brasil em 43% até 2030, anunciada no domingo (27/9) pela
presidente Dilma Rousseff na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento
Sustentável, realizada na sede da instituição, em Nova York.
As associações integram a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura,
que reúne empresas, organizações da sociedade civil, centros de
pesquisa e entidades setoriais.
As medidas anunciadas para alcançar as metas até 2030 são o fim do
desmatamento ilegal no Brasil, a restauração e o reflorestamento de
12 milhões de hectares, a recuperação de 15 milhões de hectares de
pastagens degradadas e a integração de cinco milhões de hectares
2. Portal Face News
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de lavoura-pecuária-florestas. “Temos uma das maiores populações e
PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas
dos países desenvolvidos”, disse a presidente.
Para a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as propostas
anunciadas pela presidente estão alinhadas com aquilo que o setor vem
discutindo e considera importante. “Não é uma tarefa simples. Há muito
trabalho a ser feito, mas estamos satisfeitos”, afirma o diretor-executivo
da entidade, Luiz Cornacchioni.
Para ele, a questão da sustentabilidade tem, atualmente, a mesma
importância para a agropecuária brasileira que o desenvolvimento
da agricultura no Cerrado, décadas atrás. O diretor
da Abag considera que a responsabilidade do setor no cumprimento das
metas do clima é proporcional ao seu tamanho e sua importância para a
economia brasileira. Mas acredita que é possível dar respostas positivas.
“O que foi feito no passado serve para olharmos e não repetirmos na
frente. Os setores têm evoluído nessa questão, há uma conscientização
bastante intensa”, afirma o executivo. “Essas metas vão dar a
oportunidade de desmistificar muita coisa e mostrar a responsabilidade
que o setor vem dando à questão”, acrescenta.
Metas ambiciosas, mas factíveis para redução das
emissões
A solução não é fácil, reconhece Cornacchioni, pelas próprias metas em
si – que considera “ambiciosas, mas factíveis” – e porque na mesa de
negociações entre o governo e o setor produtivo devem entrar diversos
pontos em que as partes são divergentes. Para o diretor executivo da
Abag, não dá para discutir as metas para o clima sem deixar de lado
assuntos como infraestrutura, política de crédito e pagamento por
serviços ambientais. “São questões que devem ser tratadas, mas acho
que é possível dialogar. O governo tem pessoas preparadas para um
diálogo positivo e elas terão que sentar à mesa”, diz.
3. Portal Face News
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Em nota, a Sociedade Rural Brasileira (SRB), que também integra a
Coalizão Brasil Clima, avaliou que o Código Florestal, aprovado em 2012,
foi um importante passo do Brasil para se adaptar às mudanças
climáticas. Para a entidade, a legislação é uma das mais rigorosas que
existem por estipular, por exemplo, porcentuais de áreas que devem ser
preservadas dentro das propriedades rurais. O desafio do país é fazer
dessa legislação um atestado de confiança na produção, como uma
certificação em escala mundial.
“O Código Florestal é uma fiança de que os alimentos produzidos no
Brasil atendem de forma consistente a proteção dos recursos naturais,
dando para o mundo uma garantia oficial de qualidade”, avalia o
presidente da entidade, Gustavo Diniz Junqueira, no comunicado.
De outro lado, a SRB defende que o país deve repensar sua estrutura
de financiamento da produção para garantir a implantação do Código
Florestal e o aumento da produtividade na agropecuária do país. “A meta
é ambiciosa e coloca o agro como principal veículo para o Brasil honrar
os compromissos. Portanto, é imprescindível que o Brasil abra aos
investidores estrangeiros a oportunidade de investir em propriedades
rurais”, avalia Junqueira, destacando a importância de fatores
como segurança jurídica no campo e abertura de novos mercados.
Para a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, o Brasil deve
estabelecer uma INDC(Contribuições Nacionalmente Determinadas
Pretendidas) com metas palpáveis e mobilizadoras para ser
apresentada durante a Conferência da ONU para a Mudança do Clima,
a COP-21, que acontece em dezembro, em Paris.