Trabalho apresentado no XXXIII Encontro de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação, em João Pessoa-PB, 2010.
1. XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE
BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO, CIÊNCIA E
GESTÃO DA INFORMAÇÃO - ENEBD
ATIVIDADES CULTURAIS NAS UNIDADES DE
INFORMÇÃO: o caso do museu Théo Brandão em Alagoas
Adriele da Silva
Isaac Kimbell Sales Neves
José Diógenes de O. Lima
Zays Cláudio Gomes da Silva
Maceió-AL
2010
2. 1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa apresenta como temática
principal a produção científica dos discentes
universitários. Como locus de análise busca-se
investigar a realidade da produção científica dos
discentes do curso de Biblioteconomia da
Universidade Federal de Alagoas – UFAL.
A pesquisa e a produção são fatores respeitáveis
para o intercâmbio científico e progressão
intelectual da humanidade, além de servir como
auxílio para o curso obter status na comunidade
científica e crescimento dentro da instituição.
3. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Investigar as características das produções dos discentes do curso de
Biblioteconomia da UFAL.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar e mapear as produções discentes do curso de
Biblioteconomia da UFAL durante os anos de 2007, 2008, 2009 e
2010;
Demonstrar a necessidade e a importância da pesquisa aos discentes
do curso de Biblioteconomia da UFAL;
Fazer com que este artigo sirva de referência para aumento das
pesquisas e produções dos discentes do curso;
Desenvolver um mini-curso para discutir e apresentar argumentos
incentivadores da pesquisa discente.
4. 2 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
Para Mueller (1995, 64) citando Kaplan e Storer
(1968) & Garvey (1979) “o termo Comunicação
Científica se refere à troca de informações entre
cientistas e inclui todas as atividades associadas
com a produção, disseminação e uso da informação,
desde a hora em que o cientista teve a idéia de
pesquisa até o momento em que os resultados de seu
trabalho são aceitos como parte integrante do
conhecimento científico.”
5. 2 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
Em consonância com Mueller (1995) entende-se
que a Comunicação Científica não é só
imprescindível aos pesquisadores de alto nível, mas
sim a qualquer novo pesquisador que pretende iniciar
sua vida de investigador, independente de seu estágio
como pesquisador.
6. 3 PRODUÇÃO CIENTÍFICA: BREVES
CONSIDERAÇÕES
De acordo com Santos et al (2007) a produção cientifica
pode ser entendida como um processo de desenvolvimento de
uma determinada sociedade, pois, o conhecimento que o estado e
a nação produz no mundo é para a contribuição efetiva nos
diversos setores do cotidiano, especificamente, da economia, da
política, da cultura, sobretudo, nas relações de mudança de poder
entre as classes sociais no mundo.
Portanto, percebe-se que, quanto mais “cedo” os estudantes
de graduação começam a produzir cientificamente,
consequentemente poderão ser tornarem pesquisadores, com o
objetivo espera-se, de solucionar os problemas sociais que, a
sociedade contemporânea vem enfrentando no seu cotidiano.
7. 3.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA
DISCENTE
A despeito Ivashita e Rodrigues (200?, p. 1)
apud Chervel (1990) “teoriza acerca da análise
da produção discente, argumentando que ela
propicia elementos que permitem identificar e
avaliar as práticas pedagógicas, bem como
observar o nível de assimilação entre os
discentes, avaliar a distância entre o que se
ensinou e o que se aprendeu. E, por último,
permitem também verificar se fez surgir, entre
os discentes, uma autonomia ou uma vontade
própria, contrariando a lógica das finalidades
das disciplinas.”
8. 4 ESPÍRITO CRÍTICO DO
PESQUISADOR
Macedo (1987) expõe sobre a dedicação que se deve ter
numa investigação na quais diversos fatores incidem de
forma positiva (ou não), estes (fatores) a autora elenca
alguns: o espírito crítico e inquiridor, a vontade de encontrar
novos caminhos, superar defasagens e solucionar problemas.
Desse modo, sabe-se que o pesquisador antes, durante e após
a pesquisa terá que se auto avaliar, pois cada etapa é de suma
importância.
Além disso, ele precisa obter um bom contato com a
comunidade científica, com pesquisadores de renome, colegas
cientistas e claro, um bom envolvimento com sua área de
pesquisa. “Na verdade, faz parte da formação de um futuro
cientista aprender as regras do sistema de comunicação
cientifica, para a sua própria sobrevivência como
pesquisador” (MUELLER, 1995, p. 70).
9. 5 PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
A presente pesquisa buscou métodos e técnicas
quantitativas e qualitativas para análise e coleta de
dados, tendo em vista como suporte de coleta o uso
do questionário para caracterização da produção dos
discentes. Outros dados foram pesquisados e
analisados pelos Currículos Lattes disponibilizados
na Plataforma Lattes do Centro Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq
e pelos Projetos de Pesquisa do curso através do
Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil.
10. 5 PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
As análises seguem algumas etapas.
Etapa 1 – Discentes
◦ Mapeamento dos discentes pesquisadores do Curso de Biblioteconomia
da Universidade Federal de Alagoas e, suas devidas linhas de pesquisa.
Etapa 2 – Veículos de Informação/Publicação
◦ Caracterização dos veículos utilizados para pesquisa e produção dos
discentes;
◦ Anais de Congressos, Encontros e outros;
◦ Periódicos;
◦ Livros.
Etapa 3 – Produção Científica
◦ Identificar as literaturas utilizadas na produção dos discentes, isto é,
nacional/internacional;
◦ Quantificar as médias da produção dos discentes por período.
11. 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
Percebeu-se que no Curso de Biblioteconomia da
UFAL, há cerca de 124 discentes matriculados.
Foram aplicados 70 questionários sendo 58
recebidos. Desta forma, têm-se nos dados no quadro
01, as informações sobre a produção discente no
respectivo curso.
12. 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
Quadro 01. Quantitativo de Discentes Pesquisadores do Curso de Biblioteconomia/UFAL.
Discentes Sim Não Total
Produz 15 43 58
cientificamente
Fonte: Sitio do Curso de Biblioteconomia/UFAL e na Plataforma
Lattes/CNPQ.
Nota-se que no Curso de Biblioteconomia da
UFAL, existe um quantitativo relevante de discentes que
não estão produzindo cientificamente.
13. 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
Gráfico 01. Veículos utilizados para comunicação da produção científica dos discentes.
Observa-se que, os estudantes do curso de
Biblioteconomia da UFAL, estão priorizando os anais
de congresso para a comunicação de seus artigos
científicos.
14. >.
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
Através dos coletados com aplicação de questionários
e investigação na base de dados do Diretório de Grupos
de Pesquisa do Brasil, percebeu-se que o curso através do
Corpo Docente, com exceção de alguns, não norteia a
produção científica dos discentes.
Quadro 02. Quantitativo de Grupos de Pesquisa do Curso de Biblioteconomia/UFAL.
Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa do Brasil. Disponível em: <http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=8048999419906071>
15. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim sendo, conclui-se a pesquisa acerca da produção
científica por discentes do Curso de Biblioteconomia da
UFAL, com base nos resultados da pesquisa, tanto do ponto de
vista do pouco número de discentes pesquisadores e grupos de
pesquisa, apenas 02 (dois).
Enfim, as lacunas identificadas nessa pesquisa podem
servir de base para outras investigações posteriores com
intuito de formar nos discentes de Biblioteconomia da UFAL
uma realidade da qual eles, precisam está conscientes da
necessidade de se produzir pesquisas científicas, pois como é
sabido, tais questões são relevantes num processo de
avaliação, por exemplo, uma avaliação do Ministério da
Educação – MEC, ENADE, CNPQ entre outras instituições
como esse objetivo.
16. REFERÊNCIAS
BOOTH, Wayne C; COLOMB, Gregory G; WILLIAMS, Joseph. A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
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Transinformação, Campinas, v. 14, n. 1, p. 49-53, jan./jun. 2002. Disponível em:
<http://arte.ricesu.com.br/art_link.php?art_cod=1854> Acesso em: 23 out. 2009.
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO-CNPQ. Plataforma Lattes.
Disponível em: <http://lattes.cnpq.br/>. Acesso em: 2 fev. 2010.
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Disponível em: <http://www.ichca.ufal.br/graduacao/biblioteconomia/v1/wp-content/uploads/resolucao-de-tcc-2010.pdf>.
Acesso em: 2 fev. 2010.
KOBASHI. Nair Yumiko. Notas sobre o papel da pesquisa em cursos de graduação em ciência da informação.
Transiformação, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 153-158, jul./dez. 2002. Disponível em: < http://revistas.puc-
campinas.edu.br/transinfo/viewissue.php?id=1&locale=fr>. Acesso em: 23 out. 2009.
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1978.
MACEDO, Neusa Dias de. Pesquisa em ciência da informação e biblioteconomia: questões de base; implicações na pós-
graduação; análise temática. Ciência da Informação, Brasília, v. 16, n. 2, p. 129-144, jul./dez. 1987. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/1466/1085>. Acesso em: 18 out. 2009.
MEADOWS, A.J. A comunicação científica. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 1999.
MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. O crescimento da ciência, o comportamento cientifico e a comunicação cientifica:
algumas reflexões. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v. 24, n.1, p.63-84, jan./jun. 1995.
TARGINO, Maria das Graças. A interdisciplinaridade da ciência da informação como área de pesquisa. Revista Informação
& Sociedade, v. 5, n. 1, 1995. Disponível em: <http://www.informacaoesociedade.ufpb.br/519501.pdf>. Acesso em: 28 jun.
2009.
SANTOS, Márcio Adriano Costa dos. et. al. Características da produção e comunicação cientifica dos docentes da
universidade federal de alagoas – UFAL. In. VII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação-ENANCIB.
Disponível em: <http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT7--229.pdf>. Acesso em: 3 set. 2009.
17. CONTATOS
Zayr Cláudio – zayr87@hotmail.com
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Adriele da Silva – drikinha_ds@hotmail.com
OBRIGADO