[1] O documento descreve a transição do feudalismo para o capitalismo comercial na Baixa Idade Média, marcada pelas Cruzadas entre os séculos XII-XIII.
[2] As Cruzadas estimularam o renascimento comercial e urbano na Europa, levando ao surgimento da burguesia e atividade capitalista e aprofundando a crise do feudalismo.
[3] Portugal e Espanha desempenharam um papel pioneiro nessa transição graças à sua posição geográfica e contato precoce com o comé
2. Auge do Sistema Feudal
Séc. X-XI
• Paisagem européia:
Reinos bárbaros constituídos;
Fronteiras definidas;
PERÍODO DE PACIFICAÇÃO = FIM DAS GUERRAS
3. Sintomas iniciais da Crise Feudal:
Crescimento demográfico;
Retração Produtiva;
Desequilíbrio Social: FOME!
Surgimento das Revoltas Servis.
(Jacqueries)
4. CRUZADAS (Sec. XII – XIII)
- Conceito: Expansão territorial europeia com
objetivo de ampliar área produtiva e combater
o avanço muçulmano.
- Principais:
1. Reconquista:`Península Ibérica
2. Libertação da Terra Santa
5. Efeitos das Cruzadas
• Reativação do contato entre Ocidente e
Oriente;
• Reabertura do Mediterrâneo;
• Renascimento comercial (especiarias)
• Renascimento urbano (Gênova e Veneza)
• Reativação das Estradas e integração regional
• Surgimento das Feiras
6. Importante!!
O principal efeito das Cruzadas foi o surgimento
da burguesia e da atividade comercial
capitalista.
As cruzadas aprofundaram
a crise do feudalismo!
7. Ritmo da Transição
• Século XIII:
– Crescimento dos burgos;
– Surgimento das Ligas Comerciais;
– Dificuldades da atividade comercial:
• Falta de Unidade territorial;
• Falta de unidade de padrões monetários e de medidas;
• Insegurança / Perseguição Religiosa
8. Século XIV e XV:
– Peste Negra e Guerra dos 100 anos: alteração das
rotas comerciais
(decadência de Gênova e Veneza)
(destaque à burguesia mercantil do Porto)
9. Momentos Marcantes
(impulso à atividade capitalista)
• Formação das Monarquias Nacionais.
(Estados Absolutistas)
Estrutura Geral: fortalecimento do poder Real
O rei atua como um verdadeiro mediador entre
a crescente burguesia e as ainda fortes classes
da nobreza e do clero.
10. Política Mercantilista
Não constituiu uma teoria hermética,
com regras inflexíveis
INTERVENCIONISMO ESTATAL
Protecionismo Econômico (Alfandegário)
Busca da Balança Comercial Favorável
Metalismo
Exploração Colonial (Monopólios e Exclusivismos)
14. Primeiro autor do Contrato Social
O Estado deve ser forte, interventor, capaz de
retirar a liberdade dos homens com o objetivo
de que esses possam viver harmonicamente.
O homem é essencialmente mau
“O lobo de si próprio”
16. Pioneirismo Ibérico
Razões:
- Contato com a cultura comercial
muçulmana;
- Posição geográfica tornou a região rota
obrigatória de especiarias;
- Grande afluxo de burgueses.
18. Portugal
Cruzadas de Reconquista: Guerras contra
muçulmanos
Aliança da Nobreza (Rei) e
a classe burguesa mercantil
(Revolução de Avis, 1380)
Incentivo ao desenvolvimento comercial
Expansão marítima
19. Expansão Marítima
1453: Derrubada de Constantinopla
Objetivo Maior:
busca de nova rota para as Índias
Sentido Simbólico:
Ampliação da capacidade inventiva do homem
Valorização da sua racionalidade, superação dos
medos, ênfase do individualismo e racionalismo
21. O Caso espanhol:
Séculos XI e XII: Cruzadas de Reconquista
Delimitação de fronteiras territoriais;
Surgimento da noção nacionalista
Formação de Reinos Feudais
(obs.: presença multi-cultural)
22. Momentos marcantes
1469: União dos Reinos de Castela e Aragão
Ao contrário de Portugal, a Espanha surge como
Estado nacional sem forte influência burguesa
1492: Conquista da América
Cristóvão Colombo
23. Importante!!
O início da Idade Moderna (séc. XV e XVI) é o
palco dos conflitos diplomáticos entre
Portugal e Espanha.
Política Mercantilista Ibérica: orientada para
exploração colonial monopolista.
Suas respectivas burguesias crescem e se
consolidam na estrutura do Estado
Absolutista.
24. Resultado:
Ambos os Estado não sofreram o processo conhecido
como o de Revoluções burguesas, muito menos
realizaram a Revolução Industrial na passagem dos
séc. XVIII / XIX.
“Portugal e Espanha perderam o bonde da História;
estacionaram no tempo, vendo outros, rapidamente,
os ultrapassar”
Eric Hobsbawm