O documento discute a espiritualidade e sua relação com a saúde e o trabalho de profissionais de saúde. Apresenta como a espiritualidade foi dividida da medicina e da psicologia ao longo dos séculos e argumenta que precisamos considerar a dimensão espiritual dos pacientes. Também reflete sobre como viver a espiritualidade no cotidiano por meio do respeito e cuidado com os outros.
1. ESPIRITUALIDADE
E SAÚDE
Reflexões para nós,
profissionais da saúde
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2. AS
ESPIRITUALIDADES
E AS SAÚDES
Reflexões para nós,
profissionais da saúde
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3. JULIO WONG - ISCO - UFF
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4. D'où venonsnous?
Que sommes-nous?
Où allons-nous?
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5. A DIMENSÃO
INVISÍVEL
PRESENTE NO
TRABALHO
EM SAÚDE
Espiritualidade
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6. POR QUE É
TÃO DIFÍCIL
ENXERGAR
COM RESPEITO
E SERIEDADE
A VIDA DO
ESPÍRITO?
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7. ADISSECÇÃO
PROGRESSIVA
DOHUMANO
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8. PROCESSO
TRAUMÁTICO
DESDE O
SÉCULO XVI
INQUISIÇÕES,
A IDADE ESCURA,
REVOLTAS
VINGANÇAS
Academia - Igreja Ciência - Religião
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9. A UNIDADE
DA PESSOA
Em 500 anos foi dividido
aquilo que não poderia
nem deveria ser dividido.
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11. OS PEDAÇOS DO BOLO
O Corpo para a Medicina;
A mente para a Psicologia;
O Espírito para as Religiões
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12. UMA DIVISÃO NA FORMA E NÃO
NO FUNDO. CONSTATAMOS:
Persistências; Hibridações;
Resistências; Mestiçagens;
Remanescentes; Superposições;
Itinerários Espirituais; Diálogos;
Misturas; Conflitos;
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13. SOMOS
MUITO MAIS
DO QUE
DIZEM QUE
SOMOS
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14. A CRISE DA
SECULARIZAÇÃO
A volta daquilo que não tinha ido embora;
As vanguardas científicas: física quântica; biologia
cognitiva; psicologia transpessoal;
Interexistência; Co-dependência;
Os limites da ciência materialista;
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15. A COMPLEXIDADE COM
QUE NOS DEFRONTAMOS:
Adoecer; O inesperado;
Cuidar; A criação;
Nascer; Surgimento do novo;
Morrer...
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16. E NÓS DA SAÚDE NA
COMPLEXIDADE?
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18. ESPIRITUALIDADE E
RELIGIÃO
Uma certa polêmica: para alguns espiritualidade é um
termo mais amplo, que incluiria o religioso;
O religioso está ligado à instituição Igreja: regras,
preceitos, hierarquias, cultos e rituais;
Entretanto, a religiosidade é mais flexível, incluindo
as interpretações das pessoas e sub-culturas;
exemplo: sincretismo e religiosidade popular.
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19. ESPIRITUALIDADE
A arte e o saber do Ser Mais, do Ir Além De: a
transcendência;
A experiência direta do Numinoso, do Sagrado;
Entrever a outra Margem, aquele mundo que está
conosco e apenas percebemos;
Rupturas da lógica do tempo e do espaço:
experiências intensas.
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20. ESPIRITUALIDADE
Arte; Deslumbramentos;
Paixão; Surpresas;
Amor erótico; Ir além dos sentidos;
Amor solidário; Experiência Mística;
Amor Fraterno; Religião...
Planejamentos parciais;
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22. A experiência espiritual ou a experiência de Deus ou
do Divino acompanham as mudanças no mundo
atual;
Mundo impaciente, instantâneo, consumista,
obcecado pelo novo e pela mudança rápida;
Oferta espiritual e religiosa contemporânea: tribos
diversas, regras flexíveis, uso das linguagens da
mídia, teologias da prosperidade material... “Deus
está bombando”
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23. UMA
ESPIRITUALIDADE
SEM A NOÇÃO DE
DEUS
oportunidade e problema: crise
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24. O ESPÍRITO SOPRA
ONDE QUER...
Nada garante que o religioso/espirituoso seja eticamente
melhor do que o não-religioso;
Em nome de Deus foram cometidos grandes crimes;
O Ateu Espiritual;
A Epidemiologista Kardecista;
Sábio que não sabia ler;
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25. A DIMENSÃO
ESPIRITUAL DO/
NO TRABALHO
EM SAÚDE
se definir,
se delimitar demais
estraga?
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26. MERGULHADOS NO
ESPÍRITO...
Como experimentar a Doença?
Como experimentar os Doentes?
Como experimentar o Sofrimento Social?
Como renovar as nossas forças, ideais e utopias?
Como encontrar sentido naquilo que se faz?
Como transformar/entender/aceitar a Dor / a Morte/ o
Inesperado?
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28. VIVER É FAZER
O respeito profundo - mas não
incondicional - pelo Outro;
Escutar, Dizer o (nosso) Mundo,
Zonas de Contato e
Superposição;
Negociações Práticas;
Apoio, consolo, conforto;
Hospitalidade;
Cuidado.
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29. PRATICAR A
ESPIRITUALI
DADE
tratado geral
do ínfimo
do inútil e
do invisível
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30. • Viver a Arte em todas suas formas (e além das usuais:
namorar o mundo e as pessoas);
• Conhecimento espantado e sagrado de Outras
Culturas;
• Aprender a humildade e o encantamento do mundo;
• Deixar se surpreender;
• Olhar como criança, como Poeta, como principiante:
como se fosse a primeira vez.
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31. • Desconfiar das dicotomias excludentes;
• Favorecer as misturas;
• Confiar nos sentidos, nos desejos, nas emoções e nas
intuições;
• Aprender do simples, daquele que sofre, dos pequenos,
dos excluídos;
• Enxergar as oportunidades de transformação no
cotidiano – mesmo na dificuldade;
• Aprender do contato profundo com os Outros
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32. O meu olhar é nítido como um girassol. O Mundo não se fez para pensarmos nele
Tenho o costume de andar pelas estradas (Pensar é estar doente dos olhos)
Olhando para a direita e para a esquerda, Mas para olharmos para ele e estarmos de
E de vez em quando olhando para trás... acordo...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto, Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
E eu sei dar por isso muito bem... Se falo na Natureza não é porque saiba o
Sei ter o pasmo essencial que ela é,
Que tem uma criança se, ao nascer, Mas porque a amo, e amo-a por isso
Reparasse que nascera deveras... Porque quem ama nunca sabe o que ama
Sinto-me nascido a cada momento Nem sabe por que ama, nem o que é
Para a eterna novidade do Mundo... amar...
Creio no mundo como num malmequer, Amar é a eterna inocência,
Porque o vejo. Mas não penso nele E a única inocência não pensar...
Porque pensar é não compreender...
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914
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33. OBRIGADO!!!
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34. JULIO A.
WONG UN
Departamento de saúde e
sociedade - instituto de
saúde da comunidade -
universidade federal
fluminense - uff
julio.wong.un@gmail.com
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