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Design de Sistemas de Identidade Visuais para Eventos

  1. Introdução Objetivos Definição de termos Aspectos do SIV de eventos Arquitetura de SIV Metodologia Manual Referências bibliográficas
  2. 4 A ideia de estudar este tema surgiu com a busca tidade de marca, como: “ a expressão visual e de encontrar algum tipo de orientação na meto- verbal de uma Marca. A identidade dá apoio, dologia de projeto para o sistema de identida- expressão comunicação, sintetiza e visualiza a de visual de eventos. O projeto que estimulou marca”(WHEELER, 2008, p.14). Já no livro Design a pesquisa foi o Perro Loco - Festival de Cinema de Identidade e Imagem Corporativa, Daniel Ra- Universitário Latino-Americano, que acontece poso (2008, p.19) se restringe ao estudo da iden- desde 2007, na cidade de Goiânia. A complexi- tidade corporativa e a define como “um conjun- dade e particularidade deste evento mostrou to de atributos assumidos como próprios, pela que a metodologia de sistema de identidade organização, que constitui ‘o discurso da iden- visual corporativa não contemplava todas as es- tidade’. Desenvolve no interior da organização, pecificidades de um evento com as característi- como acontece com um indivíduo.” cas do Perro Loco.   Segundo Strunck define sistema de identida-   O empirismo neste primeiro momento foi de visual: de extrema importância, pois mostrou que no- vas possibilidades de tratar a identidade visual É o conjunto de elementos gráficos que irão for- eram possíveis. A criação de uma de identidade malizar a personalidade visual de um nome, ideia, visual sistêmica, construída com elementos que produto ou serviço. Esse elementos agem mais ou fossem variados em cada peça gráfica de modo menos como as roupas e as formas de as pessoas se a valorizar seu tamanho e objetivo específico, é comportarem. Devem informar, substancialmente, um exemplo do que foi desenvolvido para aten- à primeira vista.(STRUNCK, 2007, pág. 57) der às necessidade conceituais do projeto. O ris- co era grande, mas o projeto possibilitou esta   Nesse sentido é possível entender que siste- Bottons da 2ª edição do Festival Perro Loco. atitude e os frutos viabilizaram a criação da base ma de identidade visual por definição é um con- para esse trabalho ser desenvolvido. junto de elementos, atributos, com o objetivo   Ao longo do projeto surgem questionamen- específico de representar um objeto, produto, tos, tais como, quais seriam as singularidades e serviço ou instituição. Vale ressaltar que em ne- similaridades de um sistema de identidade visu- nhum momento a definição de identidade visu- al# de eventos ao comparar com a identidade al está envolvida com a presença necessária de corporativa? Teria o sistema de identidade visu- logotipo, símbolo, e sim é estruturada por uma al de eventos uma metodologia própria? Qual lógica organização com visa de comunicar os seria a melhor forma de organizar os elementos valores. gráficos de um SIV para eventos?   Outro ponto é que a realidade do mundo das Para melhor contextualizar o projeto, faz-se marcas tem mudado de forma acelerada nos necessário entender o que é SIV visando com- últimos anos, principalmente com ferramen- preender os limites e os pontos centrais que tas como a internet que aproxima ainda mais definem seus conceitos. No livro Design de o consumidor final das empresas/produtores. Identidade de Marcas, Aline Wheeler define sis- Assim, o sistema de identidade visual também tema de identidade visual, que chama de iden- tem sido constantemente questionado em sua
  3. 5 comunicação, as necessidades mudaram, os pú- problema/questionamento surge no momento blicos mudaram e as empresas precisam mudar. de se produzir um sistema de identidade visu- O sistema de identidade visual não é mais o al para eventos. Qual metodologia seguir? Quais mesmo desde a revolução industrial. No passado são as similaridades e diferenças entre o sistema bastava gravar sua ‘marca’ (nome, monograma, de identidade visual corporativa e o sistema de símbolo e etc.), que a identificação era feita, mas identidade visual de eventos? Sabemos que boa era a qualidade do produto era o que definia sua parte dos eventos são periódicos , feitos para valorização comercial. Nos tempos atuais, a qua- durar um certo período de tempo pré-determi- lidade (benfeitoria do produto) não é mais fator nado, já as corporações carregam em seus dese- de destaque, com a globalização e mudança de jos, a eternidade de suas marcas, sua identidade local de produção (conhecida terceirização de e imagem. produção, exemplo a China produz para uma Esse questionamento sobre o sistema de considerável parte das indústrias norte-america- identidade visual de eventos, como dito an- nas, indústrias chinesas que produzem também teriormente, surge de um evento específico, os artigos falsificados), os produtos precisam o Perro Loco Festival de Cinema Universitário carregar valores, crenças e ter identidade, ser Latino-Americano, que em 2010 promoveu sua identificáveis, se diferenciar de uma outra forma, quarta edição. O Perro Loco é um evento de que não seja a de qualidade, pois qualidade hoje cinema, composto por mostras paralelas e uni- é commodity (o básico de um produto). versitárias, oficinas, palestras, mesas-redondas, Hoje qualquer produto (considera-se produto: shows e encontros. Evento que conta com a empresa, serviços, eventos, experiência e pro- participação anual de um público próximo de dutos físicos também) pode ter uma marca, mas 6 mil pessoas em todos os dias de evento. Este Bottons da 2ª edição do Festival Perro Loco. não necessariamente uma identidade. Como é um festival cujo material gráfico é produzido dito anteriormente, as formas de comunicação de março a agosto, mês em que é realidado. Por entre produto-público vem sofrendo transfor- isso, são usados materiais como camisetas, car- mações. O que é vendido se modificou, não se tazes, bottons, banners de divulgação, site, fol- vende mais produtos físicos como azeitonas ou ders, evento de abertura. A pesquisa feita em tênis para correr, mas sim experiência, sensações, livros, mostra métodos sempre voltados para a conhecimento e até memórias. Com a ampliação realidade da identidade visual corporativa, que do leque de produtos surge o evento, que vende tem como premissa a durabilidade, a ligação experiência, memória, conhecimento, informa- entre materiais com temporalidade diferente, ção e surge um questionamento: o evento pode a necessidade de todo material carregar marca ser tratado como uma empresa/produto? Este gráfica e padronização.
  4. 7 objetivos Os objetivos desse trabalho se fundamentam em sequer mencionam essa possibilidade, e, por isso, três tópicos. O primeiro é a busca da referências este Trabalho de Conclusão de Curso ganha impor- bibliográficas sobre assunto, abordando principal- tância, já que questiona uma lacuna. Claro, não há mente a questão tipológica do design na área es- pretensão de ser o texto definitivo, e sim de ser um pecífica de identidade visual. Em prosseguimento, o apontador de que algo diferente existe e merece questionamento sobre as diferenças e semelhanças ser analisado. entre a identidade visual de eventos e a identidade   Na definição de singularidades e similaridades visual corporativa. Por fim, o principal objetivo é de- das SIVs, o objetivo é encontrar mais peculiarida- senvolver uma metodologia específica da identida- des e aspectos específicos da SIV de eventos. Existe de visual de eventos baseada nas abordagens ante- uma extensa bibliografia que fala e discute sobre riores anteriores. a SIV corporativa, então o foco deste trabalho será   Um dos grandes desafios deste trabalho foi a mais nas singularidades da SIV de evento. luta travada em busca de melhores termos, devi-   O último objetivo é fazer uma proposta meto- do ao fato de que em praticamente toda referên- dológica em que seja evidenciado os aspectos sin- cia bibliográfica o tratamento de alguns termos gulares da SIV de evento, e que essa metodologia se dá comparando diferentes formas e visões. Por colabore para o desenvolvimento de projetos do exemplo,quase não há consenso entre autores maior número de designers possível. A intenção ao definir logotipo e símbolo, são usados nomes deste trabaho é adequar a metodologia às caracte- como: logo, assinatura visual, marca gráfica, logo- rísticas da SIV de evento, sendo tendo como pers- marca e identidade visual. Por isso, house dificul- pectiva o desenvolvimento colaborativo, e não de dade em optar por determinada tipologia. Outro uma verdade e um único caminho. A proposta des- ponto relativo a análise de referência bibliográfica sa metodologia é de auxílio e não aprisionamen- foi como os livros abordavam as questões especí- to dos designers e produtores de evento. Portanto Organizador com camiseta e folder da 2ª edição do Festival ficas do SIV de evento, já adiantando que muitos deve ser lida como forma de orientação. Perro Loco.
  5. A definicação do uso dos termos se dá pela alta variedade que se tem nas referências bibliográ- ficas no âmbito do sistema de identidade visual. Sendo aqui é definido os motivos das escolhas de alguns termos, específicos para este trabalho.
  6. 9 sistema de identidade visual A escolha por Sistema de Identidade Visual, e não só por identidade visual, foi feita exatamente para demonstrar o caráter de pensamento sistêmico, a definição de um sis- tema é a disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenados entre si, e que funcionam como estru- tura organizada (Dicionário Aurélio). E para este trabalho, ressaltar esta características de parte e todo, é de total im- portância. Este termo é usado por Péon e definido:   Maria Luísa Peón, em seu Sistemas de Identidade Visual (2001), distingue as noções de Identidade Visual, Imagem Corporativa e Sistema de Identidade Visual. Para a autora, Identidade Visual diz de um padrão visual adotado pela empresa. Já Imagem Corporativa significa a configuração subjetiva junto ao público-alvo da própria empresa. Siste- ma de Identidade Visual (SIV) é tido como a configuração objetiva da identidade visual, formada pelos elementos primários, secundários e adicionais em suas aplicações. (apud Cleomar Rocha. Marca, identidade, termos e tí- tulos, p. 4)   Apesar Peón usar dos elementos primários, secun- dários e adiconais em suas aplicações, e neste trabalho esses termos não serem usados pela características da SIV de eventos, a opção foi a melhor encontrada. In- felizmente esse é um problema da área de identidade visual, as definições mudam muito de autor para autor e não há um consenso.
  7. 10 marca gráfica Será feito o uso de marca gráfica para se referir a logo- tipo, símbolo ou a combinação dos mesmos. Não im- portando o uso de cores, famílias tipográficas ou ques- tões estéticas como abstrato ou realístico. Este uso do termo é baseado no livro Design de Identidade e Ima- gem corporativa de Daniel Raposo, 2008. Se na sua totalidade, A Marca ou Imagem Corporativa re- sulta do sistema semiótico, a marca gráfica é um compo- nente da Identidade Visual Corporativa, e é aquele que se encontra em quase todos os contactos que a empresa estabelece com os seus interlocutores, que rapidamente lhe outorgam os atributos corporativos.(RAPOSO, 2008, p.137) Trabalhando nessa perspectiva o uso de marca gráfica é como o sinal de assinatura das peças gráficas. E neste ponto o uso é mais adequado para este trabalho.
  8. 11 o padrão visual identitário - nem logo nem grafismo O sistema de identidade visual baseado no livro de Péon ( 2001 apud ROCHA, p. 5) usa este conceito: “Sistema de Identidade Visual (SIV) é tido como a configuração obje- tiva da identidade visual, formada pelos elementos pri- mários, secundários e adicionais em suas aplicações”. No caso estes elementos primários, secundários e adicionais são definidos por símbolo e logotipo, sendo primário. Secundário seriam cores institucionais e alfabeto institu- cional, por fim o elementos adicionais são os grafismos, mascotes e normas para layout.   A exemplos das SIVs analisadas,por exemplo as ima- gens do A WES ANDERSON FESTIVAL, trabalham na perspectiva de uma estrutura formada por uma série de fotografias e tipografia simplesmente informacio- nal. É verificável que a identificação de uma estrutura de SIV corporativa neste caso, cria problemas de classi- ficação, por exemplo o que seria o elemento primário de acordo com Péon? Neste caso o primário são as fo- tografias e não a marca gráfica. Os elementos secun- dários? Neste caso é a marca gráfica, que atua como assinatura das peças, ou mesmo poderiam ser as cores e o layout, pois se analisarmos a única função da marca gráfica em um evento é de sinalização de seu nome, mas não dos valores, sendo o layout e cores muito mais destacados. Essa impossibilidade e confusão de clas- sificação da SIV de eventos, cria uma necessidade de uma nova terminologia.   A proposta do termo padrão visual identitário apa- rece da identificação de que o funcionamento do siste- ma de identidade visual de eventos tem uma particu- laridade se comparada ao sistema de identidade visual corporativo, particularidade essa que é mais presente na SIV de evento, porém não é ausente na SIV corpo- rativa. Na análise das SIVs é possível constatar que em
  9. 12 boa parte dos casos o elemento representante dos va- lores e significados do evento não são necessariamen- te o logotipo acompanhado de um símbolo, não raro é possível ver um sistema de identidade visual baseado somente nas cores ou em uma série de fotografias.O termo surge da necessidade de ser nomear este ele- mento/objeto amorfo que não se pode classificar nem como logotipo, nem como símbolo, e que pode ser uma série de fotografias, ou mesmo padrões cromáti- cos e tipográficos abstratos. Padrão visual identitário é todo aquele padrão visual que cria em todas as aplica- ções da SIV uma identificação visual e de valores, não necessariamente abrigando ou repetindo exatamente os mesmos elementos gráficos.   No sistema de identidade visual corporativo podemos dividir em marca gráfica, tipografia institucional, pale- ta cromática institucional e grafismos. Sendo que vale destacar que o ponto central de todo o SIV corporativa é combinação de marca gráfica formada na maioria das vezes por logotipo e símbolo. Já no SIV de eventos, esse caráter não é difundido, por vários aspectos, por exemplo de saturação do material, como explicado anteriormente, quando falamos de eventos a convivência conjuntas das aplicações é muito maior do que em uma empresa.   O padrão visual identitário é um elemento que se adapta em cada projeto diferente, pode ser: fotografia, ilustração, cores, elementos abstratos, imagens das mais diversas formas, tipografia e outros. Mas o grande pon- to é que o padrão visual identitário deve ser o principal elemento a refletir os valores e linguagem do evento, podendo ser identificado, caso contrário volta para clas- sificação de marca gráfica e elementos institucionais.
  10. Esta classificação será dividida em partes/aspectos para a melhor com- preensão de cada evento, pois sa- bemos que cada evento tem sua particularidade de funcionamento, tamanho, objetivos e outros. A classifi- cação visa melhor entender todos es- ses aspectos específicos e individuais dos eventos, sempre voltado para o auxílio no desenvolvimento do design de identidade visual de eventos.
  11. 14 tamanho estrutural/envolvimento Definição: Exemplo3: 1 Evento de Imersão: Aqui é conside- O tamanho do evento é um dos pontos de compre- Evento de grande porte: para um público rado o evento de imersão, nos casos ensão para o desenvolvimento do design de identida- superior a 100.000 pessoas (ex.: Olimpía- especificos em que o público dorme, de visual, devemos considerar tamanho não pela sua das, Copa do Mundo de Futebol) se alimenta, e faz a maioria das suas extensão física, mas pela quantidade de funcionários Evento de médio porte: para um público atividades de alguma forma envolvi- envolvidos, público esperado, se será um evento de de 2.000 pessoas a 100.000 pessoas( ex.: da com o evento. Exemplos: Encon- imersão1 ou de visita2 . Entender o tamanho estrutural/ festivais de cinema ou de música) tros de Estudantes com camping e envolvimento do evento vai ajudar a entender como Evento de pequeno porte: para um pú- refeitório. será os seguintes pontos: blico de até 2.000 pessoas ( ex.: palestras, workshops) 2 Evento de visita: São os eventos em A classificação do evento se dá pelos seguintes pontos que o público tem participação limi- verificáveis: tada a ir ao evento, fazer suas ativi- dades e retornar. Exemplo: Mostra de • Tamanho estrutural ( local, espaço físico, ambientes filmes, em que existem horários mar- envolvidos) cados. • Quantidade de funcionários/participantes na produção • Evento de imersão ou de visita ( se haverá cam- 3 Estes exemplos foram de embasa- ping, alojamento, refeitório) mento empírico, criados pelo próprio • Público presente esperado autor para ilustrar a metodologia, é • Atrações ou objetivos das atividades passível de ser revisto e aprimorado. Finalidade: • Sinalização (complexidade proporcional ao tama- nho do evento) • Uniforme (questão de identificação e orientação) • Material informacional (folder, cartazes, catálogos) • Organização do material de divulgação • Lógica da identidade visual • Relacionamento público-evento Compreender qual será o tamanho do evento em pe- queno, médio e grande porte, é um ponto central para entender como funciona o evento em diversos aspec- tos da identidade visual, dos materiais escolhidos e da organização de todos esses pontos.
  12. 15 duração Definição: Exemplo: A duração do evento é o aspecto a ser dissecado para Duração curta (horas): espetáculos, shows que no desenvolvimento da identidade visual todo Duração média (dias): encontros acadê- material seja adequado a esse aspecto. A duração do micos e de estudantes evento é que vai definir a durabilidade dos materiais, Duração longa (meses): olimpíadas, cam- pois fará completa diferença, um folder de gramatura peonatos 90 em papel jornal para um couchê 230 com verniz, saber exatamente o tempo de duração do evento é um fator decisivo para a escolha de que tipo material vai ser usado no projeto. Outra questão é que a duração do evento envolve um aspecto não só em produção do evento, mas alguns materiais e objetos talvez precisem durar mais tempo que a uma semana do evento, exem- plo de mochilas, camisetas e outros. A duração pode ser mensurada por: • Horas • Dias • Meses Finalidade: Otimizar todo projeto de: • Sinalização ( interna, externa, chuva, sol, vento) • Uniforme (camisetas, blusão de frio , cachecol, boné) • Material informacional (folder, cartazes, catálogos) - nível qualitativo do material / durabilidade • Organização do material de divulgação • Relacionamento usuário-evento • Durabilidade do material • Definição de pré-produção, pós-produção e produção
  13. 16 periodicidade Definição: Exemplos: A periodicidade é um dos pontos que mais diferenciam • Pontual (ex.: Eco 92, COP 15) a identidade visual de eventos para identidade visu- • Períódicos regulares ( ex.: chorinho todas al corporativa. Junto com a questão da periodicidade sextas-feiras do mês ) surge a temática. Boa parte dos eventos são temáticos, • Períódicos esporádicos ( ex.: Rock in Rio ) assim a cada ano/período é trabalhado um novo tema para o mesmo, nesse sentido a temática acaba reno- vando o evento a cada ano e exterminando a sensa- ção de sempre ir ao mesmo evento, na mesma época do ano e etc. É importante não só avaliar de quanto em quanto tempo um evento acontece, mas também avaliar se ele se estrutura tematicamente ou não. A pe- riodicidade tem uma relação bem próxima com a du- ração do evento, são dois pontos que devem ser pen- sado juntos. Finalidade: Compreender se o evento deve trabalhar caracterís- ticas temáticas ou permanentes. Um exemplo é o do Festival Goiânia Noise, evento anual e que trabalha uma temática em sua identidade visual, contrastan- do com o Rock IN Rio que se aproxima muito de um produto quase corporativo, com identidade definida e permanente.
  14. 17 público Definição: Exemplo:   Neste projeto a prioridade será usar o termo usuário Congresso de Design de Pequisa & Desen- e não público, com a proposta de valorizar o aspecto volvimento, público: Professores acadêmi- conceitual que a palavra usuário traz, de uso no senti- cos e alunos da área de design. do de mão dupla de troca de informação. Sendo assim a definição clara e estabelecida de quem serão os usu- ários do eventos, é um dos pilares do design de iden- tidade visual, não só de eventos, mas de todo aspecto do design. Entender caracteristicas do usuário é um ponto de re- finamento em todo material de identidade visual, é nesse momento que decisões como: “iremos dar uma capanga ou uma sacola plástica na entrega do mate- rial?“, serão bem definidas e esclarecidas, sem apostar em “achismo”. Finalidade: Criar produtos específicos que atendam diretamente o usuário. Entender características únicas dos usuários e aprovei- tar para auxiliar no conceito de imersão do evento.
  15. 18 produção A característica da produção significa por quem é pro- Exemplo: duzido e como é produzido. É relevante saber quem •   Keynote da empresa Apple Inc., que produz e como é produzido, pois alguns eventos car- acontece aproximadamente 3 vezes por regam características de representarem uma empre- ano para apresentação de novos pro- sa, que podemos chamar de eventos endossados, que dutos e serviços, sendo assim esse é um nesse caso podem ser produzidos pelo própria empre- evento endossado pela Apple. sa em questão ou por uma terceira, esse evento pode •   Outro exemplo é o Rock In Rio, que ter características próprias ou simplesmente ser apre- mesmo tendo uma produtora, ele em sentação de um novo produto. sim é o evento e o produto que é vendi- do, sendo a produtora responsável pela Finalidade: realização, e não para nenhum tipo de   Criar um sistema de identidade visual que seja o mais promoção dos valores dela. adequado possível para o público. Tanto na expressão dos valores da empresa/evento, quanto na compreen- são por parte do público.
  16. 19 objetivos Definição: Exemplo: Organizar os eventos e entender quais são objetivos Evento de Entretenimento: a participação e dos eventos, deixará mais compreensível como desen- envolvimento dos públicos são essenciais. volver e projetar, até graficamente, a identidade visual de eventos. O foco dos eventos podem ser vários, sen- Evento institucional: promoção de um novo do alguns eles: produto pela empresa. • Filantrópicos Evento acadêmico: encontros para apresen- • Artísticos tação de artigos. • Entretenimento • Culturais • Comerciais • Promocionais • Institucionais • Sociais • Acadêmicos • Políticos • Religiosos Finalidade:   Os objetivos são indicativos de uma série de de- talhes e especificidades de cada tipo de evento. Por exemplo, eventos comerciais e promocionais, na maior parte das vezes, irão carregar a marca de uma empresa associada, portanto desenvolvimento e o pensamento de toda a identidade visual deve ser voltada para aju- dar a comunicar e ressaltar os valores dessa empresa em específico.   Evento culturais e de entrenimento são os que mais proporcionam uma liberdade poética no desenvolvi- mento da identidade visual, principalmente pelo seu aspecto lúdico e artístico na maioria das vezes, deta- lhes como esse devem ser bem aproveitados e desen- volvidos em seu máximo potencial.
  17. A partir da análise destes aspec- tos podemos entrar em uma ou- tra forma de organização, no nível de identidade visual para eventos. Como dito anteriormente há even- tos que são temáticos, e também existe uma parcela de eventos que se aproximam da lógica corpora- tiva, em que se desenvolve uma marca gráfica fixa e que somen- te alguns elementos tem variação. Para desenvolvimento desta pro- posta será usada a organização de Arquitetura de Marca usada tanto por Mollerup (apud Raposo, 2008) e por Aline Wheeler (2009).  
  18. 21 arquitetura de marca monolítica Proposta para evento: Arquitetura de SIV Permanente Analisando esta identidade visual fica verificado, até por seu minimalismo, que a marca gráfica é ex.: Cannes , Festival de Gramado, Oscar bem repetitiva, e tem a perspectiva de carregar os valores da identidade visual, até mesmo pelo De acordo com Wheeler (2009, p. 51) a arquite- fato de ter em sua marca gráfica um símbolo, di- tura monolítica é “uma marca diferenciada, po- ferente das outras SIVs, que em boa parte cons- derosa ao redor da qual tudo está unificado”. ta de logotipo somente, sendo alguns letterings Sendo assim deixa claro o caráter manipulador outros logogramas. Mas este SIV se encaixa na e extremamente presente em todos os mate- organização de Arquitetura de SIV Permanente, riais da marca. Interessante é um ponto no texto em que a marca gráfica explicita a pretensão de que resume as características da Arquitetura de ser perdurada, até pelo fato de que, se não hou- SIV Permanente: “as características dos benefí- vesse outra intenção, por que desenvolver um cios do produto são menos importantes do que símbolo abstrato e complexo? Desta forma uma as promessas da marca por que o consumidor das principais características da Arquitetura de confia na marca”. Essa arquitetura se pensada SIV Permanente, é a pretensão de permanência no âmbito dos eventos, se aproximaria mais de do SIV durante as outras edições, geralmente es- eventos como o Festival de Cinema de Grama- sas SIVs, criam símbolos ou marca gráficas que do, mas por motivos de material mais completo são usadas em todas edições, e tendo apenas apresento outro SIV do TILT Festival Athens, que uma mudança cromática ou de elementos se- carrega características bem próximas da arqui- cundários. tetura de marca monolítica. Figura 9. Aplicações do TILT Festival Athens.
  19. 22 arquitetura de marca endossada Proposta: No livro de Wheeler, é destacado uma caracte- Arquitetura de SIV de evento endossado rística da arquitetura de marca endossa sendo: “o produto ou a divisão tem uma presença de Ex.: Tim Jazz Festival, Planeta Terra Festival mercado claramente definida, porém se bene- ficia com a associação e visibilidade da marca O exemplo que será usado é do Festival Planeta master”. No caso do evento, tanto Pleneta Terra Terra, infelizmente o material é muito escasso, quanto TIM Festival, que será apresentado mais e não tem variedade de aplicação, porém com a frente, as empresas usam no sentido inverso, o que será apresentado é o suficiente para en- criaram ou endossaram os eventos para agregar tender os príncipios do SIV. Vale destacar o uso valor a marca principal. das cores branco e laranja com detalhes em   Outro exemplo é TIM Festival, antigo Free amarelo, cores institucionais do SIV do portal Jazz, que tem a construção da arquitetura de SIV de notícias e provedor TERRA. Outro ponto inte- do Planeta Terra,pois usa de um símbolo que é ressante é que a tipografia institucional não é a repetido em todas as edições e carrega as cores mesma usada no portal e no festival, porém não institucionais da empresa que endossa, no caso são distantes, caracterizando assim que a Arqui- vermelho e azul. tetura de SIV de evento endossado tem como   Vale destacar que a grande característica da perspectiva a manutenção de algumas caracte- arquitetura de SIV endossada é que os eventos rísticas com a empresa que endossa, e não ne- não tratam de vender produtos ou serviços das Figura 10. Aplicações do festival Pleneta Terra. cessariamente terá a marca gráfica da empresa empresas, assim como Planeta Terra é um festi- em seu material como fator de destaque dentro val de música e é endossado por um portal de do SIV, mas é comum o uso das cores institucio- notícias, oTIM Festival também é um evento de nais como elemento comunicador na relação música mas é endossado por uma empresa de evento-empresa. telecomunicação. Essa é a diferença da próxima   arquitetura de SIV apresentada. Fig. 11. Apesar deste material ser dos anos de 2003 e 2004, o símbolo é usado até hoje em todas as edições.
  20. 23 arquitetura de submarca Proposta: Arquitetura de SIV de evento institucional Ex.: Keynote da Apple. Feiras ou exposições das pró- prias empresas. Há uma enorme dificuldade em encontrar materiais de eventos de arquitetura de SIV de evento institucional até mesmo pelo seu caráter institucional, que muitas vezes é fechado para poucas pessoas e empresas. O ponto chave desta arquitetura de SIV é a relação com a empresa promotora, diferente da arquitetura de SIV anterior, a arquitetura de SIV de evento institucional vai manter todas as características da empresa que é promotora, até mesmo porque se trata de evento es- sencialmente promotor de produtos e serviços.   Um evento da Apple promove produtos da Apple. Diferende da Arquitetura de SIV endossada que pro- move a marca mas seria um festival de música ou um encontro de artistas. Figura 12. Estes são os convites feito a cada edição do Keynote da Apple Inc.
  21. 24 arquitetura de marca pluralista Proposta: Arquitetura de SIV temática Ex.: eventos em que a cada edição exista um novo sis- tema de identidade visual completamente refeito. Per- ro Loco, PUTZ, Festival de Artes de Goiás.   Para Aline Wheeler arquitetura de marca pluralística é quando a “marca master tem uma série de produtos que são marcas de consumidores bem conhecidas...O nome da marca master pode ser tanto invisível como inconsequente para o consumidor. Muitas empresas desenvolvem um sistema para o endosso corporativo que é terceirizado”(2008, p. 51).   Adaptando a realidade dos eventos, a Arquitetura de marca pluralística se aproxima dos eventos temáticos que em cada edição mudam completamente todo seu SIV, e só com o decorrer das edições é possível obser- var alguns aspectos recorrentes e assuntos, mas que são expressos nos valores conceituais ou visuais. Estes eventos geralmente tem uma importância maior que seu produtores, e muitas vezes seus produtores são Fig 13. Imagens da apliacações das ediçõess anteriores e recente desconhecidos, assim como no caso da arquitetura de do Festival de Artes de Goiás. marca pluralística. A proposta de mudança de nome para temática é feita pois essa e uma característica ain- da mais marcante do que ser plural, mesmo plural sig- nificando variedade. O grande desafio da arquitetura de SIV temática é como construir uma comunicação entre cada edição, mesmo tendo uma mudança drás- tica em toda seu SIV, pelo menos em termos de estéti- ca. A vantagem desta arquitetura é que a cada edição existe um novo valor a ser construído para a marca. É a possibilidade de abordar uma nova forma e revigo- rar a imagem do festival, e também claro adaptar a um tema com maior eficácia.
  22. 26 Esta metodologia foi baseada em duas princi- A estrutura proposta será: 1 http://dpl.kaist.ac.kr/design-me- pais referências Design Methodology Wiki1 e thodology/Main_Page , produto General Work Process2 , metodologias que tem >> Entender/Problematizar WIKI pertecente a toda comunida- uma compreensão mais ampla de todo proces- • Aspectos técnicos do briefing de e contruído de forma comunitá- so de design. A partir desta base foi feita uma • Aspectos do Evento ( durabilibidade, perio- ria também. adaptação para melhor organização dos as- diciadade e etc.) pectos levantados no capítulo anterior, usando • Definição de tipo de evento 2 http://project.cmd.hro.nl/cmi/ dos aspectos abordados, sendo eles: tamanho • Aspectos concetuais do briefing hci/toolkit/index.php Desenvolvido estrutural/envolvimento, periodicidade, objeti- • Análise de similares e edições anteriores por Bas Leurs, Peter Conradie, Joel vos, duração, público, produção e a arquitetura Laumans, Rosalieke Verboom. de SIV. Outros pontos de processo usaram de >> Conceituar grande parte sua adaptação o livro de Aline • Objetivos Wheeler, Design de Identidade de Marcas, que • Linguagem trabalha de uma forma muito interessante todo • Temática ou Contínua o processo do desenvolvimento de um sistema • Arquitetura de SIV de identidade visual, é claro sempre pensando na melhor adequação ao desenvolvimento do >> Desenvolver SIV de eventos. • Rafes   Para melhor compreensão será desenvolvido • Partidos/Tendências e explicado tópico por tópico, para esclareci- • Seleção mento maior do leitor, lembrando que essa me- • Prototipagem todologia vai ser adaptada para de livro digital, • Testes usando do PDF como formato de leitura.   Apesar desta metodologia parecer um tanto >> Aplicar quanto linear, deve-se deixar claro que muitas • Listagem de todas peças gráficas etapas podem ser preenchidas fora de ordem, • organização pré-produção,produção, pós- como dito anteriormente esta metodologia -produção propõe caminhos e não trilhas de trem, aonde só se tem uma opção. É mais do que saudável >> Vivenciar dar passos para trás ou pular etapas, quando • Lista de verificação de funcionamento há conforto e compreensão. O objetivo não é • Questionário para participantes criar ferramentas de prisão, e sim conseguir de- senvolver um projeto de design com qualidade, >> Manual de uso e a manuntenção do SIV respeitando as especificidades de cada projeto.  
  23. 27 entender/problematizar O primeiro momento de qualquer projeto de • Público design é o Entender o que está acontecendo, ou • Produção como chamam, Problematizar, não no sentido • Objetivos pejorativo de achar problemas, mas sim de en- tender a relação necessidade/dificuldade. E no   A definição de tipo de evento também é inte- caso do SIV de eventos, um ponto de extrema ressante nesse momento já entender, não con- importância é entender a relação que o evento fundir com arquitetura de SIV, já que se trata da tem com seu público, e como se dará a experiên- classificação, mais ligada aos objetivos, se ele é cia do público no evento. Para isso existe o brie- institucional corporativo, entretenimento, reli- fing, e no briefing há dois momentos de compre- gioso, acadêmico ou social. ensão ( WHEELER, 2008) , que são os aspectos   Estes pontos foram adaptados do livro Design técnicos do briefing e os aspectos conceituais do de Identidade de Marcas (WHEELER, 2008), em briefing, pontos que serão melhor descritos mais que eram perguntas e foram transformadas em a frente. Neste primeiro momento, ter uma base tópicos assim como no livro de Phillips (2007). de como foram desenvolvidas os SIV anteriores, compreender qual é o perfil do evento, e como Propostas de pontos para esse momento do briefing: é construída sua arquitetura de SIV, é o que vai guiar em muitos pontos o desenvolvimento do • Área do evento. Entretenimento, acadêmico projeto, os aspectos a serem analisados são: etc. • Duração do evento. Edição atual. • Aspectos técnicos do briefing • Fonte de renda do evento. Ex.: Editais, entrada, • Aspectos do Evento capital privado. • Definição de tipo de evento • Estimativa de público desta edição. Cite as edi- • Aspectos concetuais do briefing ções anteriores também. • Análise de similares e edições anteriores • Descreva o que o evento promove e todas suas atividades.   Primeiro tópico são os aspectos técnicos do • Objetivos do evento.Ex.: promoção de algum briefing, que são relacionados a: estrutura, por produto ou serviço. quem é feito, duração do evento, orçamento • Público do evento. Expectativa sobre esse pú- envolvido, em síntese, todos aspectos técnicos blico. envolvidos na produção de um evento. Há as- • Concorrância ou similares do evento. Cite al- pectos mais importantes do evento já foram guns se houver. abordados neste trabalho sendo eles: • Forma de promoção do evento. Ex.: internet, tv, rádio, implessos. • Duração • Alcance do evento. Regional, nacional e global. • Periodicidade • Tamanho estrutural/envolvimento
  24. 28   As perguntas devem ser usadas como orien- Anexo: tadoras da conversa com o cliente, uma dica • No briefing separe cliente/contrante do interessante é separar a relação cliente/produ- projeto, evitando assim gostos e opniões tor do evento, evitar palavras e frases que en- pessoais, que não sejam de interesse do volva: o que você acha, você, sua opnião, pois projeto. estes questionamentos podem ser levados para • Anote tudo que puder, gravações são bem o lado pessoal do cliente, e o evento deve ser vindas, após reuna todo material e filtre, mas projetado pensando no público e não no gosto no momento do briefing todas informações pessoal. A não ser em casos em que o cliente já relacionadas ao projeto são importantes. tenha alguma experiência para contribuir, mas • Materiais visuais são bem-vindos, tanto das evitar a mistura de evento e cliente é um ponto edições anteriores, como de eventos similares. saudável do processo.   Os aspectos conceituais são feitos em um se- gundo momento, depois do orçamento ter sido aprovado. Geralmente, os aspectos conceituais são avaliadores que levaram a compreensão de linguagem, qual imagem do evento será criada, e claro quais as cores, tipografias. Os aspectos conceituais unidos aos técnicos ajudaram a de- finir a arquitetura de SIV do evento. Pontos propostos para esse momento do brie- fing: • Vantagem competitiva do evento. Cite os motivos que as pessoas iriam ao evento. Grande diferencial do evento que levaria as pessoas até o evento. • Missão. Visão. Metas. • Projeção do evento em 5 anos e 10 anos. • Valores e crenças que os produtores acredi- tam ou deveriam. • O evento em uma única mensagem. • Se o evento fosse uma pessoa, o descreva.
  25. 29 conceituar Segundo momento da metodologia, a conceitu- Linguagem Arquitetura de SIV ação, consiste em traduzir tudo que os aspectos Conceituar é a definição de linguagem, depois de A arquitetura de SIV é a organização e estrutura técnicos e conceituais do briefing criaram para ge- bem definidos os objetivos, saber qual linguagem dos elementos e dos comportamentos do SIV, ba- rar os objetivos, linguagem e a arquitetura de SIV. deve ser usada é o que colabora para o próximo seados nos objetivos e linguagem do conceito, A conceituação reúne o máximo de material possí- passo que é a definição de Arquitetura de SIV, já que neste caso é baseado nos aspectos de eventos vel e usa algumas técnicas como o brainstorming que essas duas etapas são quase simultâneas e como durabilidade e etc. Podendo ser dividas em e o mural de ideias. Depois do briefing é que se complementares. Porém na definição de lingua- 4/3 formas de organização: traça a rota e os instrumentos que serão usados. gem se trata dos caminhos estéticos e técnicos do Momento de esquecer soluções pré-estabelecidas projeto. Todos esses pontos estão incluídos impli- • arquitetura de SIV de evendo endossado e olhar para os objetivos e necessidades, sempre citamente nas perguntas do briefing: Se o evento • arquitetura de SIV de evento institucional usando o briefing como referência. fosse uma pessoa, como ele seria? Sério? Brinca- • arquitetura de SIV de evento pluralista lhão? Executivo? Universitário? Homem? Mulher? • arquitetura de SIV de evento permanente • Objetivos Essa pergunta irá colaborar e muito na definição • Linguagem de linguagem do projeto, há outras perguntas • Arquitetura do SIV também, deixemos claro. Uma boa definição de A arquitetura de SIV auxiliará no desenvolvimento • linguagem é trabalhada em pontos como: do projeto para a criação de coerência e consis- tência em toda a composição, sem fugir de seus Objetivos • Contemporâneo objetivos e linguagem. Entender onde o evento se Refere-se ao momento de extrair do briefing o • Vanguardista encaixa é compreender melhor e aproveitar suas ponto de chegada. Sem o ponto chegada será • Executivo singularidades, com o foco em criar um ótimo pro- impossível identificar quando se realmente che- • Modernista jeto de design. gou. Cristalizar os objetivos ajudará no processo • Artístico de escolher entre uma tipografia serifada ou não • Comercial popular serifada, se a cor deverá ser cinza claro ou cinza Anexo: azulado. Os objetivos devem ser extremamen- Estes são alguns exemplos de adjetivos que po- • Mural de ideias / mapa mental te claros e bem delimitados pois isso contribuirá dem contribuir na construção da linguagem. Há • Brainstorming também para a produção coletiva, já que são raras que se destacar que algumas SIVs de evento já as empresas que são feitas por um pessoa só. Ou- podem ter sua linguagem definida, como no caso tra questão de se definir bem os objetivos são para dos eventos institucionais promovido por empre- a melhor relação com o cliente, pois assim evitará sas. Neste caso provavelmente a linguagem usada surpresas na hora da apresentação, já que sabe- será a da própria empresa promotora. mos que cada pessoa tem uma visão diferente de um mesmo objeto.
  26. 30 desenvolver O desenolvimento do projeto acontece após a Seleção Anexo: construção sólida da conceituação e do briefing. Logo após a definição de partidos e tendências, • Imprima em jato de tinta, a laser, reduza a Aqui, se aplica o que o briefing e o conceito delimi- a seleção das melhores opções devem ser feitas, marca gráfica e os elementos à 0,5mm. taram como preceitos, revisar a pesquisa também colocando em parâmetro o briefing e o conceito, • Veja a aplicação em jpeg com 72 dpi, e es- é muito interessante para lembrança. Agora serão também questões de viabilidade técnica e prazo, toure sua qualidade. abordadas algumas técnicas, que não são obriga- devem entrar em questão. Aqui é interessante a • Sempre pense o conjunto do materiais tórias ou essenciais, mas são importantes na cons- escolha de uma única opção para se evitar tanto • Pense em todas as formas de aplicação, trução do projeto. Evitar ao máximo ir direto para perda de tempo em desenvolver uma opção que horizontal, vertical, dentro de um quadra- o computador, usar de técnicas de desenhos ou será descartada, como também foco de energia do, no canto esquerdo e direito. colagem, enriquecer o projeto e poderá ajudar a no desenvolvimento, se verificado que não está criar perspectivas melhores construídas. bom, voltar alguns passos é mais do que natural e até saudável. Rafes A palavra rafe vem de roughs do inglês grosseiro Testes ou feito toscamentes. De acordo com o dicionário A fase de teste é a aplicação do que foi selecio- Aurélio, “esboço inicial, anterior ao leiaute, reali- nado, envolve desde impressão a tamanhos su- zado na criação de uma obra gráfica”. Então é o per-reduzidos até variação de cores e de combi- momento de se afastar do computador e rabiscar, nações tanto da marca gráfica quanto do padrão desenhar sem pretensão de acabamento visual e visual identitário ou dos elementos. A fase de teste sim de representação do conceito. Esse momento é essencial para previsão de erros e ajustes, diga- deve ocorrer quase que simultâneo ao de defini- mos microscópicos. Ter a lista de todas as peças ção de partidos e tendências, podemos dizer que gráficas que serão desenvolvidas é de grande aju- o momento de rafe serve especificamente para da para prever como será a aplicação e o uso. Se definição de partidos e tendências. algo der errado e não tiver salvação, voltar a etapa de rafes é essencial. Esta fase é a ponte para a pró- Partidos/Tendências xima etapa de aplicação dos materiais. Como dito anteriormente, o momento de decisão de partidos e tendências é uma consequência di- reta do que os rafes mostrarem ser interessante na representação do conceito e do briefing. É impor- tante não escolher só uma opção, como também não escolher opções demais, no máximo três op- ções de tendências.
  27. 31 aplicar Esta etapa da metodologia prevê que a fase de testes • Por quê? > Objetivos dos materiais. foi bem sucedida, que pode ter continuidade. A apli- • Onde? > Em que ambiente vai estar situado. cação já é a fase final, a identidade visual aqui já está • Para Quem? > Quem é o público final. bem resolvida, então essa é uma etapa muito mais de • Por Quem? > Quem vai fazer a distribuição / manutenção do que foi desenvolvido anteriormente • Quem vai desenvolver o conteúdo do que momento de desenvolvimento ainda. • Como? > Como vai ser usado / como vai ser feito • Listagem de todas peças gráficas • Organização pré-produção,produção, pós-produção   Faça a listagem de todas as peças gráficas, e depois divida em pré-produção, produção e pós-produção, essa organização serve até para entender o que é prioridade ou não, e também ajuda a visualizar quais as peças que precisam se comunicar mais, por estarem em um mesmo período do projeto. Se possível criar mapas de encontro, quando cada peça irá encontrar outra peça, e como estará sendo usada, isso será de grande ajuda para o desenvolvimento de real SISTEMA de identidade visual.   O questionário a seguir auxília na produção de cada material, como o tempo essas perguntas se tornam in- tuitivas no processo, mas para quem está começando é importante sempre realizar estas perguntas.
  28. 32 vivenciar Esta talvez seja a única proposta que não se en- Anexo: contra nos livros, mas é uma questão empírica, • Converse com máximo de pes- pois vivenciar o evento tem o intuito de perceber soas do público como as pessoas, no caso o público do evento, • Participe de uma oficina ou se comporta usando e vivenciando o evento e o alguma atração do evento SIV. Vivenciar significa observar de perto, como • Vá em alguma reunião do público, os erros e acertos do SIV, pois só olhan- evento como ouvinte do de perto é que podemos perceber como as peças se interagem e quais são as dúvidas ou as sugestões do público. Talvez muitos profissio- nais não tenham tempo de realizar essa etapa, mas ela é de grande auxílio para aqueles que querem sempre desenvolver SIV para eventos. • Lista de verificação de funcionamento • Questionário para participantes
  29. 33 Manual de uso e a manuntenção da SIV Terminado o desenvolvimento do SIV de eventos, che- ga o momento de manter a integridade do sistema, para isso existe o MANUAL DE USO, bem diferente do MANUAL DE APLICAÇÃO que já prevê todos as aplica- ções prontas. O manual de uso é projetado para orien- tar e manter a integridade do SIV. Este manual de uso é interessante que seja projetado para uso de não-de- signers também, exemplos são jornalistas e programa- dores, que farão uso do SIV • O que deve constar no manual de uso: • Conceito básico, orientação • Todas as formas possíveis de aplicação da marca gráfica e do padrão visual identitário, prevendo a área de respiro • Variação cromática: marca gráfica e padrão visual identitário • referências de cor • Padrão tipográfico • Proibições Mostrar algumas aplicações, para orientação do uso e não como previsão, pode ser interessante. Um formato indicado é que se crie um CD com todos os formatos de arquivos, e que estes arquivos já tenham as varia- ções tanto cromáticas quanto de diagramação.
  30. referências bibliográficas CHAVES, Norberto - La Imagem Corporativa, 3ª ed. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2005. MICHELENA MUNHOZ, Daniella Rosito - Manual de Identidade visual: guia para construção - Rio de Janeiro : 2AB, 2009. RAPOSO, Daniel - Design de Identidade e Imagem Corporativa . Lisboa: Edições IPCB, 2008. STRUNCK,Gilberto Luiz Teixeira Leite - Como criar Identidades visuais para Marcas de Sucesso . Rio De Janeiro: Rio Books, 3ª Edição, revista e atualizada, 2007. WHEELER, Aline - Design de Identidade da Marca / tradução Joaquim Fonseca - 2. ed. - Porto Alegre: Bookman, 2008. MARTIN, Vanessa. Manual Prático de Eventos. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2003 ROCHA, Cleomar. Marca, identidade, termos e títulos: uma questão de referência FRUTIGER, Adrian. Sinais e símbolos. São Paulo: Martins Fontes, 2001. PHILLIPS, Peter L. - Briefing: a gestão do projeto de design / Peter L. Philips ; traduç- nao Itiro Iida - São Paulo: Editora Blucher, 2007. COELHO, L.A.L. Percebendo o método. In.: COUTO, R. M. S. (Org.) ; OLIVEIRA, A. J. (Org.) . Formas do Design: Por uma metodologia interdisciplinar. Rio de Janeiro: 2AB, 1999. v. 1. 191 p. NEUMEIER, Marty. The Brand Gap - O abismo da marca: como construir a ponte entre a estratégia e o design / Marty Neumeier ; tradução Cynthia Azevedo. - 2 ed. - Porto Alegre: Bookman, 2008. BEHANCE NETWORK. Most Appreciated Projects All Time. New York, 2010. p.2. Dis- ponível em: <http://www.behance.net/?content=projects&search=festival+identity& sort=appreciations&time=all&page=2>. Acesso em: 20 de outubro de 2010.
  31. Contato: Victor Leal Pontes @victorlpontes victorl@zebrabold.com www.zebrabold.com Goiânia • Goiás • Brasil • 2010 Universidade Federal de Goiás • Faculdade de Artes Visuais
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