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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE
                                                   PERNAMBUCO


                                     PARECER Nº.

Comissão de Meio Ambiente
Projeto de Lei Ordinária nº. 1496/2010
Autor: Governador do Estado

                           EMENTA: AUTORIZA A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO DE
                           PRESERVAÇÃO    PERMANENTE   NAS  ÁREAS   QUE
                           ESPECIFICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. PELA
                           REJEIÇÃO.

1 - Relatório.

Vem a esta Comissão do Meio Ambiente, para análise e emissão de parecer, o Projeto de Lei
Ordinária nº. 1496/2010, encaminhado pelo Governador do Estado através da Mensagem nº.
015/2010 de 17 de março de 2010.

2 - Parecer do Relator.

A proposição vem arrimada no art. 19, caput, da Constituição Estadual e nos art. 192 e 194,
II, do Regimento Interno desta Assembléia Legislativa.

O Projeto de Lei ora encaminhado tem por objetivo autorizar a supressão de vegetação em
áreas de preservação permanente para consolidação do processo de urbanização das Zonas
Industriais (ZI) e Industrial Portuária (ZIP), declaradas de utilidade pública pelo Decreto
Federal nº 82.899, de 19 de dezembro de 1978, pelo Decreto nº 2845, de 27 de junho de
1973, pelo Decreto nº 4433, de 18 de fevereiro de 1977, e pelo Decreto nº 4928, de 24 de
fevereiro de 1978, conforme previsto em Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
Ambiental EIA/RIMA) de 2000, totalizando 1.076,5780 ha (mil e setenta seis hectares,
cinquenta e sete ares e oitenta centiares), divididas entre Manguezal, abrangendo 893,4820
ha (oitocentos e noventa e três hectares, quarenta e oito ares e 20 centiares), remanescente
de Mata Atlântica, abrangendo 17,0329 (dezessete hectares, três ares e vinte e nove
centiares), e Mata de Restinga, abrangendo 166,0631 ha (cento e sessenta e seis hectares,
seis ares e trinta e um centiares), de acordo com procedimento específico determinado pela
Lei nº. 11.206, de 31 de março de 1995, que dispõe sobre a Política Florestal do Estado de
Pernambuco conforme Memorial Descritivo constante do Anexo I desta Lei.

Cumpre ressaltar que, em decorrência do que dispõe o art. 8º, § 2º, da Lei nº. 11.206, de 31
de março de 1995, a supressão da vegetação de preservação permanente de que trata o art.
1° do Projeto de Lei ora em análise, fica condicionada à sua compensação com a preservação
ou recuperação de ecossistema semelhante em, no mínimo, correspondente à área
degradada, que garanta a evolução e a ocorrência dos processos ecológicos, anteriormente, à
conclusão da obra, como dispõe o art. 2º deste projeto e será realizada por meio da
preservação e recuperação ambiental das áreas descritas no Quadro e Mapa Geral
constantes no Anexo II da presente Lei, de conformidade com o disposto no artigo 3º do
projeto.

No entanto alertamos para o fato de que a compensação de vegetação prevista em lei não
vem sendo efetuada nas áreas dantes suprimidas.
Observamos ainda que pela garantia dada pelo art. 4º do referido projeto, qualquer obra ou
serviço no local onde haverá supressão de vegetação permanente somente deveria ser
iniciada depois de ultimado o licenciamento por parte da Agência Estadual do Meio Ambiente
– CPRH, que acompanhará todas as fases técnicas da obra.

A Comissão de Meio Ambiente entende a importância social e econômica do Projeto de Lei
ora em análise, contudo enfatizamos algumas questões pertinentes ao mérito desta
proposição legislativa. No anexo I do projeto de lei 14.096/2010 é especificado a supressão de
vegetação remanescente de Mata Atlântica totalizando uma área de 17,0329 hectares
destinada à implantação do complexo rodo-ferroviário que se encontra em fase de projeto
numa zona de preservação ecológica. O uso da citada área fere o que estabelece o decreto
estadual nº 8.447/83 que aprovou as normas de uso do solo, uso de serviços e preservação
ecológica do Complexo Industrial Portuário de modo a garantir a ocupação e o uso racional do
solo com menor dano sob a biodiversidade local, conforme previsto no seu plano diretor.
Embora, por força legal haja a exigência de compensação ou recuperação de área suprimida,
observamos que desde a implementação da Política Florestal do Estado de Pernambuco, Lei
Ordinária nº 11.206 de 31 de março de 1995, foram autorizadas as supressões de vegetação
em área de preservação permanente relativo ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE
num total de 222,30 hectares conforme o quadro abaixo:

        LEIS QUE AUTORIZARAM SUPRESSÃO DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
        NO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO EM SUAPE
                                   EM MANGUEZAIS
                      ÁREA
                    SUPRIMIDA
           LEI         (ha)      LOCAL      MUNICÍPIO             FINALIDADE
                                                        Complementação do Sistema de
                                                        Trens Metropolitanos do Recife -
        11.517/97     55,50     SUAPE      IPOJUCA      0,9ha (Recife/Cajueiro); Ampliação
                                                        da Pista do aeroporto dos
                                                        Guararapes - 0,2ha; Implantação
                                                        ZIP em Suape - 54,4ha.
        12.508/03     21,23     SUAPE      IPOJUCA      Urbanização da ZIP 03 do
                                                        Complexo Portuário de SUAPE.
                                                        Implantação da Refinaria Abreu e
        13.285/07      1,76     SUAPE      IPOJUCA
                                                        Lima - SUAPE.
                                                        Implantação da BUNGE e da
        13.557/08     47,36     SUAPE      IPOJUCA      Dutovia da Refinaria Abreu e Lima
                                                        - SUAPE.
                                                        Implantação do Estaleiro Atlãntico
        13.637/08     23,80     SUAPE      IPOJUCA
                                                        Sul
        TOTAL         149,65

                                      MATA ATLÂNTICA
                      ÁREA
                    SUPRIMIDA
           LEI         (ha)      LOCAL      MUNICÍPIO             FINALIDADE
        12.508/03     62,06     SUAPE      IPOJUCA      Urbanização da ZIP 03 do
                                                        Complexo Portuário de SUAPE.
                                                        Implantação do Estaleiro Atlântico
        13.637/08     10,59     SUAPE      IPOJUCA
                                                        Sul
        TOTAL         72,65


        TOTAL
        GERAL        222,30
Diante desde cenário não temos a clareza que tais compensações ambientais, previstas na
legislação pertinente, tenham sido efetivadas pelo complexo portuário. Vale ressaltar que a
matéria publicada no Jornal do Commércio do dia 15 de abril de 2010, noticiou a MULTA dada
pelo IBAMA ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE em R$ 1.800.000,00 (Um milhão e
oitocentos mil reais) POR NÃO TER REPLANTADO 26,8 hectares de mangue e 10,5 hectares
de restinga desmatados no ano de 2009, para a ampliação da área do Estaleiro Atlântico Sul.

Enfatizamos as diversas modificações que ocorrerão nesse ecossistema. Citando alguns
impactos ambientais, de acordo com o pesquisador Ralf Schwamborn, do Departamento de
Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco, o desmatamento proposto causaria os
seguintes impactos drásticos e permanentes sobre o meio em escala local e regional:

1- físico - Alteração das propriedades da água do mar nas proximidades do estuário e da baia
de Suape (aumento da turbidez da água do mar na zona costeira).

2- geológico - Alteração        da   dinâmica   de   transporte   de   sedimentos    costeiros
(aterros/assoreamento).

3 - nas funções ecológicas do mangue - a produção de plâncton nos manguezais e a
função do manguezal como “filtro biológico”, retendo matéria orgânica e poluentes, como
metais pesados. A destruição dos manguezais em Suape acarretará na liberação destas
substâncias tóxicas no mar da zona costeira, com consequências drásticas e incalculáveis
para o meio ambiente, por exemplo para os recifes de corais na região.

4 – biótico - Centenas de espécies usam o manguezal como berçário, ou seja como local de
abrigo para suas formas jovens. Entre estas, estão inúmeras espécies de importância sócio-
econômica (espécies de camarão, caranguejo, guaiamum, peixes, ostras) e várias espécies
ameaçadas de extinção. Exemplos: pitu (Macrobrachium carcinus) e mero (Epinephelus
itajara).

5 – antrópico - Haverá um forte impacto direto sobre a população ribeirinha local que vive da
exploração sustentável do mangue e da pesca. É discutível se a renda gerada com a
expansão de Suape beneficiará estas pessoas. Alternativas locacionais: Será que a expansão
de Suape tem que ser necessariamente nos manguezais e restingas, os ecossistemas que
mais sofrem com a atividade antrópica na zona costeira? Não haveria outras áreas
disponíveis, atualmente usadas para a agricultura?

O Projeto de Lei 1496/2010, no seu artigo 1º, cita que a supressão está prevista no Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), ambos elaborados no
ano 2000. Passados dez anos do estudo e com outras supressões já realizadas e
empreendimentos já consolidados (como a Termo Pernambuco, o Pólo de Poliéster, o
Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria Abreu e Lima, entre outros), tememos que o referido EIA/
RIMA não contemple os atuais impactos ambientais que esses empreendimentos possam ter
acarretado, como também a possibilidade de não alcançar os possíveis impactos que
ocorrerão naquele ecossistema.

Cabe ainda ressaltar que o Decreto 6.660/2008, em seu artigo 19 estabelece:

                     “Art. 19. Além da autorização do órgão ambiental competente, prevista
                     no art. 14 da Lei no 11.428, de 2006, será necessária a anuência prévia
                     do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
                     Renováveis - IBAMA, de que trata o § 1o do referido artigo, somente
                     quando a supressão de vegetação primária ou secundária em estágio
médio ou avançado de regeneração ultrapassar os limites a seguir
                     estabelecidos:
                     I - cinqüenta hectares por empreendimento, isolada ou cumulativamente;
                     ou
                     II - três hectares por empreendimento, isolada ou cumulativamente,
                     quando localizada em área urbana ou região metropolitana.”



Para não limitarmos a discussão apenas ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE, abaixo
descrevemos a área de vegetação suprimida em Leis durante os anos de 1997 a 2010, para
que possamos ter uma visão macro deste preocupante impacto ambiental:




                              ÁREA
               ANO          SUPRIMIDA MATA
                             hectares    ATLÂNTICA MANGUEZAL CAATINGA OUTRAS
                     2010         11,80        10,4         0      1,4      0
                     2009       1119,32        64,6      1,01  1007,82  45,89
                     2008        209,12       37,82     73,38    79,78  18,14
                     2007           1,76          0      1,76        0      0
                     2006        417,14      417,14         0        0      0
                     2003         86,86       63,97     22,89        0      0
                     2002           2,10        1,5      0,60        0      0
                     2000         39,99       39,49      0,50        0      0
                     1999           1,20        1,2         0        0      0
                     1997         67,77       12,27     55,50        0      0

                 TOTAL         1957,06    648,39       155,64   1089,00    64,03




Em tempo, ressaltamos que o conteúdo, do Projeto de Lei ora em análise, confronta o
princípio da precaução tendo em vista o complexo processo ambiental que poderá ocorrer
com a supressão que este projeto propõe.


Diante das observações acima aludidas e da magnitude da área suprimida, levantam-se
várias incertezas no tocante ao monitoramento ambiental e a mensuração dos potenciais
impactos possíveis de ocorrer caso esta proposição seja aprovada por esta Casa Legislativa.


Diante do exposto, opinamos no sentido de que o parecer, desta Comissão de Meio
Ambiente, seja pela REJEIÇÃO do Projeto de Lei Ordinária nº 1.496/2010, de autoria do
Governador do Estado.



Relator: Dep. Pedro Eurico




3 - Conclusão da Comissão
Ante o exposto, opinamos pela REJEIÇÃO do Projeto de Lei Ordinária nº 1.496/2010 de
autoria do Governador do Estado.


                       Sala das reuniões, 20 de abril de 2010.




                             Dep. ADELMO DUARTE
                           PRESIDENTE EM EXERCÍCIO



Dep. CEÇA RIBEIRO                           Dep. LUCRÉCIO GOMES



Dep. PEDRO EURICO                           Dep. PASTOR CLEITON COLLINS


                                   SUPLENTES


Dep. DILMA LINS                                      Dep. NELSON PEREIRA


Dep. ELINA CARNEIRO                                  Dep. EVERALDO CABRAL


Dep. ISALTINO NASCIMENTO

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Parecer plo 1496 2010 versão 2

  • 1. ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO PARECER Nº. Comissão de Meio Ambiente Projeto de Lei Ordinária nº. 1496/2010 Autor: Governador do Estado EMENTA: AUTORIZA A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NAS ÁREAS QUE ESPECIFICA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. PELA REJEIÇÃO. 1 - Relatório. Vem a esta Comissão do Meio Ambiente, para análise e emissão de parecer, o Projeto de Lei Ordinária nº. 1496/2010, encaminhado pelo Governador do Estado através da Mensagem nº. 015/2010 de 17 de março de 2010. 2 - Parecer do Relator. A proposição vem arrimada no art. 19, caput, da Constituição Estadual e nos art. 192 e 194, II, do Regimento Interno desta Assembléia Legislativa. O Projeto de Lei ora encaminhado tem por objetivo autorizar a supressão de vegetação em áreas de preservação permanente para consolidação do processo de urbanização das Zonas Industriais (ZI) e Industrial Portuária (ZIP), declaradas de utilidade pública pelo Decreto Federal nº 82.899, de 19 de dezembro de 1978, pelo Decreto nº 2845, de 27 de junho de 1973, pelo Decreto nº 4433, de 18 de fevereiro de 1977, e pelo Decreto nº 4928, de 24 de fevereiro de 1978, conforme previsto em Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA) de 2000, totalizando 1.076,5780 ha (mil e setenta seis hectares, cinquenta e sete ares e oitenta centiares), divididas entre Manguezal, abrangendo 893,4820 ha (oitocentos e noventa e três hectares, quarenta e oito ares e 20 centiares), remanescente de Mata Atlântica, abrangendo 17,0329 (dezessete hectares, três ares e vinte e nove centiares), e Mata de Restinga, abrangendo 166,0631 ha (cento e sessenta e seis hectares, seis ares e trinta e um centiares), de acordo com procedimento específico determinado pela Lei nº. 11.206, de 31 de março de 1995, que dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Pernambuco conforme Memorial Descritivo constante do Anexo I desta Lei. Cumpre ressaltar que, em decorrência do que dispõe o art. 8º, § 2º, da Lei nº. 11.206, de 31 de março de 1995, a supressão da vegetação de preservação permanente de que trata o art. 1° do Projeto de Lei ora em análise, fica condicionada à sua compensação com a preservação ou recuperação de ecossistema semelhante em, no mínimo, correspondente à área degradada, que garanta a evolução e a ocorrência dos processos ecológicos, anteriormente, à conclusão da obra, como dispõe o art. 2º deste projeto e será realizada por meio da preservação e recuperação ambiental das áreas descritas no Quadro e Mapa Geral constantes no Anexo II da presente Lei, de conformidade com o disposto no artigo 3º do projeto. No entanto alertamos para o fato de que a compensação de vegetação prevista em lei não vem sendo efetuada nas áreas dantes suprimidas.
  • 2. Observamos ainda que pela garantia dada pelo art. 4º do referido projeto, qualquer obra ou serviço no local onde haverá supressão de vegetação permanente somente deveria ser iniciada depois de ultimado o licenciamento por parte da Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH, que acompanhará todas as fases técnicas da obra. A Comissão de Meio Ambiente entende a importância social e econômica do Projeto de Lei ora em análise, contudo enfatizamos algumas questões pertinentes ao mérito desta proposição legislativa. No anexo I do projeto de lei 14.096/2010 é especificado a supressão de vegetação remanescente de Mata Atlântica totalizando uma área de 17,0329 hectares destinada à implantação do complexo rodo-ferroviário que se encontra em fase de projeto numa zona de preservação ecológica. O uso da citada área fere o que estabelece o decreto estadual nº 8.447/83 que aprovou as normas de uso do solo, uso de serviços e preservação ecológica do Complexo Industrial Portuário de modo a garantir a ocupação e o uso racional do solo com menor dano sob a biodiversidade local, conforme previsto no seu plano diretor. Embora, por força legal haja a exigência de compensação ou recuperação de área suprimida, observamos que desde a implementação da Política Florestal do Estado de Pernambuco, Lei Ordinária nº 11.206 de 31 de março de 1995, foram autorizadas as supressões de vegetação em área de preservação permanente relativo ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE num total de 222,30 hectares conforme o quadro abaixo: LEIS QUE AUTORIZARAM SUPRESSÃO DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO COMPLEXO INDUSTRIAL PORTUÁRIO EM SUAPE EM MANGUEZAIS ÁREA SUPRIMIDA LEI (ha) LOCAL MUNICÍPIO FINALIDADE Complementação do Sistema de Trens Metropolitanos do Recife - 11.517/97 55,50 SUAPE IPOJUCA 0,9ha (Recife/Cajueiro); Ampliação da Pista do aeroporto dos Guararapes - 0,2ha; Implantação ZIP em Suape - 54,4ha. 12.508/03 21,23 SUAPE IPOJUCA Urbanização da ZIP 03 do Complexo Portuário de SUAPE. Implantação da Refinaria Abreu e 13.285/07 1,76 SUAPE IPOJUCA Lima - SUAPE. Implantação da BUNGE e da 13.557/08 47,36 SUAPE IPOJUCA Dutovia da Refinaria Abreu e Lima - SUAPE. Implantação do Estaleiro Atlãntico 13.637/08 23,80 SUAPE IPOJUCA Sul TOTAL 149,65 MATA ATLÂNTICA ÁREA SUPRIMIDA LEI (ha) LOCAL MUNICÍPIO FINALIDADE 12.508/03 62,06 SUAPE IPOJUCA Urbanização da ZIP 03 do Complexo Portuário de SUAPE. Implantação do Estaleiro Atlântico 13.637/08 10,59 SUAPE IPOJUCA Sul TOTAL 72,65 TOTAL GERAL 222,30
  • 3. Diante desde cenário não temos a clareza que tais compensações ambientais, previstas na legislação pertinente, tenham sido efetivadas pelo complexo portuário. Vale ressaltar que a matéria publicada no Jornal do Commércio do dia 15 de abril de 2010, noticiou a MULTA dada pelo IBAMA ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE em R$ 1.800.000,00 (Um milhão e oitocentos mil reais) POR NÃO TER REPLANTADO 26,8 hectares de mangue e 10,5 hectares de restinga desmatados no ano de 2009, para a ampliação da área do Estaleiro Atlântico Sul. Enfatizamos as diversas modificações que ocorrerão nesse ecossistema. Citando alguns impactos ambientais, de acordo com o pesquisador Ralf Schwamborn, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco, o desmatamento proposto causaria os seguintes impactos drásticos e permanentes sobre o meio em escala local e regional: 1- físico - Alteração das propriedades da água do mar nas proximidades do estuário e da baia de Suape (aumento da turbidez da água do mar na zona costeira). 2- geológico - Alteração da dinâmica de transporte de sedimentos costeiros (aterros/assoreamento). 3 - nas funções ecológicas do mangue - a produção de plâncton nos manguezais e a função do manguezal como “filtro biológico”, retendo matéria orgânica e poluentes, como metais pesados. A destruição dos manguezais em Suape acarretará na liberação destas substâncias tóxicas no mar da zona costeira, com consequências drásticas e incalculáveis para o meio ambiente, por exemplo para os recifes de corais na região. 4 – biótico - Centenas de espécies usam o manguezal como berçário, ou seja como local de abrigo para suas formas jovens. Entre estas, estão inúmeras espécies de importância sócio- econômica (espécies de camarão, caranguejo, guaiamum, peixes, ostras) e várias espécies ameaçadas de extinção. Exemplos: pitu (Macrobrachium carcinus) e mero (Epinephelus itajara). 5 – antrópico - Haverá um forte impacto direto sobre a população ribeirinha local que vive da exploração sustentável do mangue e da pesca. É discutível se a renda gerada com a expansão de Suape beneficiará estas pessoas. Alternativas locacionais: Será que a expansão de Suape tem que ser necessariamente nos manguezais e restingas, os ecossistemas que mais sofrem com a atividade antrópica na zona costeira? Não haveria outras áreas disponíveis, atualmente usadas para a agricultura? O Projeto de Lei 1496/2010, no seu artigo 1º, cita que a supressão está prevista no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), ambos elaborados no ano 2000. Passados dez anos do estudo e com outras supressões já realizadas e empreendimentos já consolidados (como a Termo Pernambuco, o Pólo de Poliéster, o Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria Abreu e Lima, entre outros), tememos que o referido EIA/ RIMA não contemple os atuais impactos ambientais que esses empreendimentos possam ter acarretado, como também a possibilidade de não alcançar os possíveis impactos que ocorrerão naquele ecossistema. Cabe ainda ressaltar que o Decreto 6.660/2008, em seu artigo 19 estabelece: “Art. 19. Além da autorização do órgão ambiental competente, prevista no art. 14 da Lei no 11.428, de 2006, será necessária a anuência prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, de que trata o § 1o do referido artigo, somente quando a supressão de vegetação primária ou secundária em estágio
  • 4. médio ou avançado de regeneração ultrapassar os limites a seguir estabelecidos: I - cinqüenta hectares por empreendimento, isolada ou cumulativamente; ou II - três hectares por empreendimento, isolada ou cumulativamente, quando localizada em área urbana ou região metropolitana.” Para não limitarmos a discussão apenas ao Complexo Industrial Portuário de SUAPE, abaixo descrevemos a área de vegetação suprimida em Leis durante os anos de 1997 a 2010, para que possamos ter uma visão macro deste preocupante impacto ambiental: ÁREA ANO SUPRIMIDA MATA hectares ATLÂNTICA MANGUEZAL CAATINGA OUTRAS 2010 11,80 10,4 0 1,4 0 2009 1119,32 64,6 1,01 1007,82 45,89 2008 209,12 37,82 73,38 79,78 18,14 2007 1,76 0 1,76 0 0 2006 417,14 417,14 0 0 0 2003 86,86 63,97 22,89 0 0 2002 2,10 1,5 0,60 0 0 2000 39,99 39,49 0,50 0 0 1999 1,20 1,2 0 0 0 1997 67,77 12,27 55,50 0 0 TOTAL 1957,06 648,39 155,64 1089,00 64,03 Em tempo, ressaltamos que o conteúdo, do Projeto de Lei ora em análise, confronta o princípio da precaução tendo em vista o complexo processo ambiental que poderá ocorrer com a supressão que este projeto propõe. Diante das observações acima aludidas e da magnitude da área suprimida, levantam-se várias incertezas no tocante ao monitoramento ambiental e a mensuração dos potenciais impactos possíveis de ocorrer caso esta proposição seja aprovada por esta Casa Legislativa. Diante do exposto, opinamos no sentido de que o parecer, desta Comissão de Meio Ambiente, seja pela REJEIÇÃO do Projeto de Lei Ordinária nº 1.496/2010, de autoria do Governador do Estado. Relator: Dep. Pedro Eurico 3 - Conclusão da Comissão
  • 5. Ante o exposto, opinamos pela REJEIÇÃO do Projeto de Lei Ordinária nº 1.496/2010 de autoria do Governador do Estado. Sala das reuniões, 20 de abril de 2010. Dep. ADELMO DUARTE PRESIDENTE EM EXERCÍCIO Dep. CEÇA RIBEIRO Dep. LUCRÉCIO GOMES Dep. PEDRO EURICO Dep. PASTOR CLEITON COLLINS SUPLENTES Dep. DILMA LINS Dep. NELSON PEREIRA Dep. ELINA CARNEIRO Dep. EVERALDO CABRAL Dep. ISALTINO NASCIMENTO