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“USO DE NOVO DISPOSITIVO PARA ALEITAMENTO ARTIFICIAL<br />SUBAQUÁTICO DE PEIXES-BOIS-MARINHO (Trichechus manatus<br />manatus) E AMAZÔNICO (Trichechus inunguis) EM REABILITAÇÃO E MANTIDOS EM CATIVEIRO”.<br />Pesquisador proponente: Augusto Carlos da Bôaviagem Freire – UFRPE<br />Supervisão: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA/ICMBio<br />Introdução<br />Os peixes-bois fazem parte da ordem Sirênia que é composta por duas famílias: Dugongidae e Trichechidae. A primeira possui como representante o Dugong dugon e a segunda apresenta três espécies: Trichechus senegalensis (peixe-boi africano) que ocorre na costa africana entre os países do Senegal e Angola (BEST, 1984), Trichechus inunguis (peixe-boi amazônico) ocorre em toda Bacia Amazônica (CALDAS, 2001), e Trichechus manatus que se encontra dividida em duas subespécies: Trichechus manatus manatus (peixe-boi marinho). Esta ocorre na América Central e América do Sul sendo Trichechus manatus latirostris (peixe-boi da Flórida), presente na América do Norte (HARTMAN, 1979; PERRINE e RIPPLE, 2002). Os processos históricos de exploração comercial de carne, óleo, pele e outros, em larga escala foram e ainda são, quando se refere à espécie amazônica, os principais responsáveis pelos baixos níveis populacionais de peixes-boi (FONSECA, 1994; LIMA, 1997; ROSAS & PIMENTEL, 2001). Outro fator importante é a destruição do habitat com o aterramento de manguezais, assoreando os estuários e com a poluição da água (LIMA, 1997) que fazem com que os peixes-boi marinhos percam os locais utilizados por eles como berçários, obrigando as fêmeas a parir seus filhotes no mar aumentando-lhes as chances de se perderem de suas mães pela energia da maré ou encalhando em praias. Esses fatores fazem com que inúmeros filhotes órfãos sejam resgatados todos os anos pelos centros especializados para serem reabilitados e posteriormente devolvidos aos seus respectivos ambientes naturais. No Brasil, o CMA (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos), unidade do governo federal responsável pela implementação das políticas públicas voltadas à conservação de mamíferos aquáticos vem há quase 30 anos atuando no resgate, na reabilitação e reintrodução de peixes-bois-marinhos, especialmente na costa nordeste do país. Da mesma forma, o IDSM (Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá) vem trabalhando na mesma temática com o peixe-boi-amazônico há quase 20 anos. A manutenção desses animais em cativeiro tem permitido acompanhar seu desenvolvimento, contribuindo com estudos relacionados à alimentação, nutrição, comportamento, reprodução e crescimento, consequentemente, auxiliando de forma significativa sua conservação. Nestes termos, com o intuito de oferecer uma alternativa viável técnica e biologicamente mais semelhante das condições naturais e ideais para o aleitamento de filhotes de sirênios, foi desenvolvido o “DISPOSITIVO PARA ALEITAMENTO ARTIFICIAL SUBAQUATICO DE PEIXES-BOI”. Esta invenção conjuga duas condições intrínsecas necessárias e suficientes, para reduzir ou mesmo eliminar os riscos de transmissão de zoonoses e a perniciosa associação da imagem do homem a fonte de alimento materno.<br />Entre as principais vantagens da implementação desta técnica, consideramos:<br />1. Permite que a alimentação se processe de uma forma mais próxima às condições naturais,<br />ou seja, na condição subaquática, favorecendo e acelerando a reabilitação;<br />2. Elimina o contato físico (visual, olfativo, gustativo e tátil) do animal com o tratador no momento do aleitamento;<br />3. Impede a não desejável associação da imagem humana à fonte de alimento,<br />especialmente no que diz respeito ao aleitamento;<br />4. Reduz significativamente a possibilidade de transmissão de zoonoses;<br />5. Esta forma de aleitamento proporciona posição ergonômica muito mais favorável ao<br />tratador em sua utilização diária.<br />Objetivos<br />1. Objetivo Geral<br />Implantar novo método de aleitamento artificial subaquático em filhotes de peixes-boi<br />marinhos e amazônicos mantidos em centros de reabilitação no Brasil.<br />2. Objetivos específicos<br />-  Avaliar o uso do novo dispositivo em filhotes de peixes-boi marinho e amazônico,<br />considerando comportamento do animal e aceitação do manipulador (tratador).<br />-  Comparar o comportamento e ganho de peso dos animais em ambas as espécies e que<br />receberam o aleitamento através do novo dispositivo, com os filhotes que receberam o<br />aleitamento através do método tradicional (mamadeira).<br />- Promover sua utilização em filhotes encalhados e/ou órfãos em ambiente natural, afim<br />de minimizar os efeitos do stress causados pela captura e transporte para recintos de<br />reabilitação no CMA (PE) e no IDSM (AM).<br />Materiais e Métodos<br />Área de estudo<br />O presente trabalho será realizado no Centro de Reabilitação de Mamíferos Aquáticos(CRAS) do CMA/ICMBio localizado na Ilha de Itamaracá, no estado de Pernambuco; Centro de Reabilitação de Base Comunitária Amanã, Tefé- Amazonas, Brasil.<br />Animais<br />Serão estudados e monitorados pelo menos 50 filhotes de peixes-boi marinhos e amazônicos, de ambos os sexos, distribuídos em dois grupos: A e B. No grupo A constarão os filhotes que receberão o aleitamento artificial através do novo dispositivo e no grupo B serão os filhotes controles, animais que não receberão o aleitamento através do novo método, porém também serão analisados.<br />
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Uso de novo dispositivo para aleitamento artificial

  • 1. “USO DE NOVO DISPOSITIVO PARA ALEITAMENTO ARTIFICIAL<br />SUBAQUÁTICO DE PEIXES-BOIS-MARINHO (Trichechus manatus<br />manatus) E AMAZÔNICO (Trichechus inunguis) EM REABILITAÇÃO E MANTIDOS EM CATIVEIRO”.<br />Pesquisador proponente: Augusto Carlos da Bôaviagem Freire – UFRPE<br />Supervisão: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA/ICMBio<br />Introdução<br />Os peixes-bois fazem parte da ordem Sirênia que é composta por duas famílias: Dugongidae e Trichechidae. A primeira possui como representante o Dugong dugon e a segunda apresenta três espécies: Trichechus senegalensis (peixe-boi africano) que ocorre na costa africana entre os países do Senegal e Angola (BEST, 1984), Trichechus inunguis (peixe-boi amazônico) ocorre em toda Bacia Amazônica (CALDAS, 2001), e Trichechus manatus que se encontra dividida em duas subespécies: Trichechus manatus manatus (peixe-boi marinho). 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