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Um convite
Que acham de enviarem uns aos outros
fotos e/ou poesia de suas árvores prediletas:
aquela de sua rua,
ou de seu jardim,
encontrada numa viagem...
Abracemo-nos fraternalmente!
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
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Amanhece, a frondosa e antiga árvore recebe os primeiros raios,
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
o feminino ou a afetividade são como as árvores.
e, pelos frutos conhecemos as mesmas, não apenas
pelas flores.
..."Não há inverno que não finde,...
Seremos um riso que se prolonga,
E se as vezes choramos de cansaço,
Seremos no entanto, a imanência do afeto,
Em nossos passos silenciosos e obstinados
Que assinam esta primavera”.
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Se não houver frutos,
valeu a beleza das flores;
se não houver flores,
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
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com simultâneas florações e safras
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
"Entre as coisas não designa uma correlação localizável que
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"oh glicinia querida,
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vem com delicadeza
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
A PRIMAVERA NA REDE, TALVEZ
A primavera talvez porquê se as pessoas podem interagir,
No âmago de uma formação reflexiva e transdisciplinar,
Permeada pelo diálogo intergeracional, sereno, transparente
E afetuoso sobre o sentido profundo dos saberes e saberes ser,
Teremos a oportunidade de presenciar o nascimento
de estruturas cooperativas como as redes de aprendência,
tendo por finalidade nossa evolução conjunta.
A primavera, no entanto, talvez. Pois existe uma dúvida
Quanto a realidade e a efetividade da escolha possível,
E a partir dela, da vontade de trilhar, na sociedade atual,
O caminho do diálogo filosófico, da ajuda mútua e uma
Cooperação atenta e verdadeira,
porque existe sempre, calada e não intencional,
a tentação de se submeter a hierarquia
E aceitar a escravidão.
A primavera, ainda, talvez, pois apesar de condições sociais
Adversas, a consciência humana resiste, atua, participa,
E se desenvolve no silêncio da interioridade,
Quando sabemos escutar.
A primavera continuando, talvez, pois todos hoje que não se identificam
Com as máquinas escolas, têm a possibilidade de atuar em aulas livres,
Nas quais as conversas espontâneas e o sentido compartilhado
Podem se inscrever no cotidiano.
A primavera talvez pois mergulhando no conhecimento
Das sabedorias vindas das mais várias tradições culturais,
Nós encontraremos a constância necessária
Para atravessar as estações do outono a primavera e manter
O esforço da reflexão filosófica.
A primavera sem dúvida pois a transmissão cultural
Continua acontecendo desde os tempos mais remotos
Das mais inusitadas e belas formas e que por causa
Do pensamento transdisciplinar esta transmissão pode
se alargar a todas as disciplinas.
E antes que a luz acenda deixe-me lhe dizer,
Meu amigo solitário,
Minha parceira de aulas livres,
Que uma consciência azul sempre pode obrar.
Não há inverno que não finde,
As flores de nossos textos renascem em meio as pedras da dor,
Seremos uma outra manhã,
Uma primavera outonal,
Receberemos do céu revolto, no qual descansam os mortos,
Um esvoaçar de plumas e sementes de um futuro
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E em meio a tempestade da luta para o direito a igualdade
Do pensar,
Seremos um riso que se prolonga,
E se as vezes choramos de cansaço,
Seremos no entanto, a imanência do afeto,
Em nossos passos silenciosos e obstinados
Que assinam esta primavera.
Mariana Thieriot Loisel, 24 de Setembro de 2013
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre
no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo.
A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança.
A árvore impõe o verbo "ser", mas o rizoma tem como tecido a
conjunção "e... e... e..."
Há nesta conjunção força suficiente para sacudir e desenraizar o
verbo ser?
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Temos aqui "poesia" de todas os jeitos!
Somos poetas no conjunto!
Meditação à beira de um poema
Adélia Prado - "Oráculos de Maio"
Podei a roseira no momento certo
e viajei muitos dias,
aprendendo de vez
que se deve esperar biblicamente
pela hora das coisas.
Quando abri a janela, vi-a,
como nunca a vira,
constelada,
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alguns já com o rosa-pálido
espiando entre as pétalas,
jóias vivas em pencas.
Minha dor nas costas,
meu desaponto com os limites do
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o grande esforço para que me
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diante do recorrente milagre.
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Ninguém me demoverá
do que de repente soube
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nada impede ouro de corolas
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Só porque é setembro.
Na monumental dimensão do gigante Jatobá ou na delicada minúcia da flor
do Pessegueiro a necessária referência para encontrar nossa verdadeira
dimensão de seres humanos ainda em processo!

SILÊNCIO E REVERÊNCIA!
Estamos vivendo juntos
o Outono e a Primavera,
uma estação poética de diálogo
atravessando continentes!
Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
- Difícil de entender, me dizem, é a sua poesia, o senhor concorda?
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entendimento do corpo; e o da inteligência que é o entendimento do
espírito.
Eu escrevo com o corpo
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Entender é parede: procure ser uma árvore.
Manoel de Barros
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo
Convite de: Vera Laporta/ Mirian Menezes de Oliveira
Colaboração: Lali Jurowsky
Comparecimento da Primavera
Através dos Membros do CETRANS, primavera de 2013
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Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo

  • 1. Um convite Que acham de enviarem uns aos outros fotos e/ou poesia de suas árvores prediletas: aquela de sua rua, ou de seu jardim, encontrada numa viagem... Abracemo-nos fraternalmente!
  • 2. Um caminho que se faz ao andar...
  • 4. Estrelas diurnas e brancas brilham no Universo verde das folhas!
  • 6. Em meio as brumas, a primavera ao pé da letra
  • 8. Parece uma bela confraternização da natureza! Seres belos e diferentes, pousando para a "lente".
  • 10. Humilde, o Sol desce à Terra e se confraterniza com os seres!
  • 11. MULHERES SÁBIAS Amanhece, a frondosa e antiga árvore recebe os primeiros raios, suas raízes, majestosas, penetram o solo profundamente. Seus frutos, é tempo de safra, estão entre o verde e o maduro A idade importa, pois o sabor fica forte e a consistência suave. Não se inveja a mocidade, apenas se recolhe o prêmio do desejo, Saboreado com sobriedade, satisfaz os paladares mais exigentes. O fruto deve ser colhido verde, amadurecido dura pouco, o verdor das árvores antigas rivaliza com a das novas. Esta é a arvore do conhecimento, acessível a quem tem Vontade. Colha-se o fruto da árvore do bem e do mal, apenas o possível, e recolha-o dentro da cabeça. É lá que amadurece. Depois traga-o para o coração, ali deve ser comido, pois sabedoria se tornou. E o amor, que dele vai brotar, Alimenta a mim, a você e a toda humanidade. São Paulo 18/09/2001 7:56 AM Rodrigo Araês
  • 13. o feminino ou a afetividade são como as árvores. e, pelos frutos conhecemos as mesmas, não apenas pelas flores.
  • 14. ..."Não há inverno que não finde,... Seremos um riso que se prolonga, E se as vezes choramos de cansaço, Seremos no entanto, a imanência do afeto, Em nossos passos silenciosos e obstinados Que assinam esta primavera”.
  • 16. Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente Henfil
  • 18. Rosário de Sonetos Geir Campos Soneto II Num tempo dúplice de abril e outubro com simultâneas florações e safras perfumando alamedas, surpreendido quanto menos indago mais descubro: por exemplo descubro, minha amiga, que nunca é tarde ou cedo para amar (esta simples mas alta descoberta não me acarreta a mínima fadiga). Misturam-se as idades quando chega essa estação de fogo bem marcada que a cadência dos sangues acelera; a madrugada se abre em patamares sob as janelas de incendiados vidros — força é gozar o outono e a primavera!
  • 20. "Entre as coisas não designa uma correlação localizável que vai de uma para outra e reciprocamente, mas uma direção perpendicular, um movimento transversal que as carrega uma e outra, riacho sem início nem fim, que rói suas duas margens e adquire velocidade no meio." Gilles Deleuze e Félix Guattari
  • 21. "oh glicinia querida, vem do chão ou do céu vem com delicadeza alegrar meu humor"
  • 23. A PRIMAVERA NA REDE, TALVEZ A primavera talvez porquê se as pessoas podem interagir, No âmago de uma formação reflexiva e transdisciplinar, Permeada pelo diálogo intergeracional, sereno, transparente E afetuoso sobre o sentido profundo dos saberes e saberes ser, Teremos a oportunidade de presenciar o nascimento de estruturas cooperativas como as redes de aprendência, tendo por finalidade nossa evolução conjunta. A primavera, no entanto, talvez. Pois existe uma dúvida Quanto a realidade e a efetividade da escolha possível, E a partir dela, da vontade de trilhar, na sociedade atual, O caminho do diálogo filosófico, da ajuda mútua e uma Cooperação atenta e verdadeira, porque existe sempre, calada e não intencional, a tentação de se submeter a hierarquia E aceitar a escravidão. A primavera, ainda, talvez, pois apesar de condições sociais Adversas, a consciência humana resiste, atua, participa, E se desenvolve no silêncio da interioridade, Quando sabemos escutar.
  • 24. A primavera continuando, talvez, pois todos hoje que não se identificam Com as máquinas escolas, têm a possibilidade de atuar em aulas livres, Nas quais as conversas espontâneas e o sentido compartilhado Podem se inscrever no cotidiano. A primavera talvez pois mergulhando no conhecimento Das sabedorias vindas das mais várias tradições culturais, Nós encontraremos a constância necessária Para atravessar as estações do outono a primavera e manter O esforço da reflexão filosófica. A primavera sem dúvida pois a transmissão cultural Continua acontecendo desde os tempos mais remotos Das mais inusitadas e belas formas e que por causa Do pensamento transdisciplinar esta transmissão pode se alargar a todas as disciplinas. E antes que a luz acenda deixe-me lhe dizer, Meu amigo solitário, Minha parceira de aulas livres, Que uma consciência azul sempre pode obrar.
  • 25. Não há inverno que não finde, As flores de nossos textos renascem em meio as pedras da dor, Seremos uma outra manhã, Uma primavera outonal, Receberemos do céu revolto, no qual descansam os mortos, Um esvoaçar de plumas e sementes de um futuro Mais propício, E em meio a tempestade da luta para o direito a igualdade Do pensar, Seremos um riso que se prolonga, E se as vezes choramos de cansaço, Seremos no entanto, a imanência do afeto, Em nossos passos silenciosos e obstinados Que assinam esta primavera. Mariana Thieriot Loisel, 24 de Setembro de 2013
  • 27. Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente aliança. A árvore impõe o verbo "ser", mas o rizoma tem como tecido a conjunção "e... e... e..." Há nesta conjunção força suficiente para sacudir e desenraizar o verbo ser?
  • 29. Temos aqui "poesia" de todas os jeitos! Somos poetas no conjunto!
  • 30. Meditação à beira de um poema Adélia Prado - "Oráculos de Maio" Podei a roseira no momento certo e viajei muitos dias, aprendendo de vez que se deve esperar biblicamente pela hora das coisas. Quando abri a janela, vi-a, como nunca a vira, constelada, os botões, alguns já com o rosa-pálido espiando entre as pétalas, jóias vivas em pencas. Minha dor nas costas, meu desaponto com os limites do tempo, o grande esforço para que me entendam pulverizaram-se diante do recorrente milagre. Maravilhosas faziam-se as cíclicas perecíveis rosas. Ninguém me demoverá do que de repente soube à margem dos edifícios da razão: a misericórdia está intacta, vagalhões de cobiça, punhos fechados, altissonantes iras, nada impede ouro de corolas e acreditai: perfumes. Só porque é setembro.
  • 31. Na monumental dimensão do gigante Jatobá ou na delicada minúcia da flor do Pessegueiro a necessária referência para encontrar nossa verdadeira dimensão de seres humanos ainda em processo! SILÊNCIO E REVERÊNCIA!
  • 32. Estamos vivendo juntos o Outono e a Primavera, uma estação poética de diálogo atravessando continentes!
  • 34. - Difícil de entender, me dizem, é a sua poesia, o senhor concorda? - Para entender nós temos dois caminhos: o da sensibilidade que é o entendimento do corpo; e o da inteligência que é o entendimento do espírito. Eu escrevo com o corpo Poesia não é para compreender mas para incorporar Entender é parede: procure ser uma árvore. Manoel de Barros em Arranjos para assobio
  • 36. Convite de: Vera Laporta/ Mirian Menezes de Oliveira Colaboração: Lali Jurowsky Comparecimento da Primavera Através dos Membros do CETRANS, primavera de 2013
  • 37. Violão & Voz (improviso): Luiz Eduardo V Berni Gravado no celular
  • 38. Simplesmente, porque é Primavera...