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A centralidade do trabalho na organização da sociedade  e os fundamentos da relação entre a educação e o trabalho
A centralidade do trabalho na organização da sociedade  e os fundamentos da relação entre a educação e o trabalho  Parte II - Descentralidade do trabalho e o paradigma da modernidade.   Disciplina:  Trabalho, Educação e Desenvolvimento Societário. Professora: Maria Aparecida da Silva Alunos: Sara Rios Bambirra Santos Valeria Bolognini F. Machado Venício Jos é Martins Mestrado em Educaç ão Tecnológica
Descentralidade do Trabalho ,[object Object],Jurgen Habermas André Gorz Claus Offe
Habermas: Teoria Crítica ,[object Object],Centralidade no trabalho Centralidade da linguagem PRINCIPAIS CONCEITOS DA  RAZÃO COMUNICATIVA: Linguagem Tipologia geral da racionalidade Estrutura do sistema social Trabalho
Pressupostos da Linguagem “ O que nos destaca da natureza é a única coisa cuja natureza podemos de fato conhecer: a linguagem” “ A única categoria cuja natureza permite substituir, na contextura de um novo paradigma, a velha relação objetivista de  sujeito-objeto  por uma nova relação eminentemente comunicativa de  sujeito-sujeito  não é outra senão a linguagem.” “ O paradigma da comunicação, em substituição ao da produção, caracteriza um desdobramento da intuição segundo a qual o  telos  – o fim último – do entendimento habita na linguagem”.
Tipologia Geral da Racionalidade ,[object Object],[object Object],Relação sujeito-objeto enquanto manipulação, domínio e controle eficaz da realidade e do mundo objetivo Avaliação correta das alternativas e das escolhas dos meios de manipulação, domínio e controle organizados pelo agir instrumental NÃO HÁ RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE ESSES DOIS TIPOS DE AÇÃO RACIONAL ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Estrutura do Sistema Social ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Família e papéis são tidos como básicos, pois são eles numa primeira inst â ncia que erguem as normas e os valores. Composta de quatro elementos básicos:
Trabalho em Habermas ,[object Object],Redução da categoria trabalho a uma concepção meramente tecnicista. Habermas considera que Marx generalizou o que é coordenado de conformidade com a razão instrumental para o que é coordenado de conformidade com a razão comunicativa, como se esta estivesse orientada também para a finalidade exclusiva da produção ou das forças produtivas.  Afirma que o trabalho é uma condição pré-humana
Passagem da vida natural para vida social  (versão apriorístico-antropológica) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Normas sociais cujos pressupostos estão enraizados numa estrutura familiar e numa linguagem integralmente constituída.
Andr é  Gorz Ordem patronal da produção, inocuidade do controle das fábricas e neoproletáriado. Discute o estatuto político   do proletariado como sujeito revolucionário OPERARIADO única classe  capaz de abolir o sistema capitalista, ao se re-apropriar do sistema de produção. não ocorreu em decorrência do processo de desqualificação taylorista do trabalho e da inocuidade do controle direto da produção como estratégia de abolição da ordem capitalista. Proletariado revelou-se  constitutivamente incapaz de se tornar sujeito de poder. desalojado do controle técnico sobre a produção, incapaz de apropriar-se de um sistema de produção profundamente complexo, confrontado com a fragilidade da estratégia baseada na tomada das fábricas e impotente para alterar estruturalmente a formação social capitalista. o proletariado encontrou seu fim como sujeito histórico revolucionário. Do antigo e temível proletariado, restaria apenas uma massa de assalariados acomodados.
[object Object],[object Object],Gorz:  Desemprego e neoproletariado   O  Trabalho   perde sua centralidade  na estruturação das formações  sociais capitalistas contemporâneas não há mais sentido nas idéias de liberação, soberania sobre a produção ou conquista do poder. O capital necessita de cada vez  menos  trabalho social para se produzir cada vez  mais  mercadorias.  Geração  do  NEOPROLETARIADO   (massa crescente de trabalhadores temporários, em tempo parcial,  precarizados, desempregados crônicos e de longa duração) Transforma-se em um  espaço de relações estruturalmente despolitizadas , esvaziado pelo desenvolvimento capitalista como esfera capaz de gerar contradições críticas ou sujeitos coletivos capazes de romper a lógica capitalista. Questão fundamental libertar-se do trabalho,  recusar o trabalho
Para Gorz ,[object Object],O PROLETARIADO ENCONTROU SEU FIM COMO SUJEITO HISTÓRICO REVOLUCIONÁRIO.   Dessa forma, não interessaria se apropriar do sistema de produção e dos aparelhos de dominação mas, sim, conquistar crescentemente espaços de autonomia, ao lado e por sobre os aparelhos de produção, buscando retomar o poder sobre sua própria vida, subtraindo-a à racionalidade produtivista e mercantil.
Claus Offe:  fragmentação político-organizacional proletária, descentralização identitária do trabalho e  obsolescência da luta de classe. categoria privilegiada da  pesquisa sociológica TRABALHO   ASSALARIADO 1. Desagregação político-organizacional da classe trabalhadora 2. Descentralização do trabalho como eixo estruturador das identidades individuais e coletivas 3. Obsolescência do conflito capital-trabalho como contradição fundamental das sociedades contemporâneas conseqüências
[object Object],Assim, questiona a validade do estatuto  teórico  da  categoria trabalho como  dado social fundamental
[object Object],[object Object],Offe 1) as modalidades tayloristas de organização do processo de trabalho contribuem para a descentralização subjetiva do trabalho, posto que seu propósito é a abolição do fator humano e da autonomia operária sobre a produção. O processo de identificação do trabalhador com sua atividade seria bloqueado pela própria organização do trabalho;
Offe 2) haveria atualmente uma tendência ao reconhecimento, pelos trabalhadores, dos custos crescentes e benefícios decrescentes associados ao trabalho e à renda. A sobrecarga física e psíquica do trabalho e seus riscos para a saúde seriam desestímulos cada vez mais para a intensificação individual do trabalho, ao passo que as aspirações e desejos de auto-realização (lazer, família, auto-estima, ócio etc.) seriam tendencialmente construídos fora do trabalho ou em oposição ao estresse e insatisfação associados ao trabalho;
Offe 3) os ambientes de vida anteriormente estruturados em torno do  trabalho encontrar-se-iam em desagregação em decorrência das descontinuidades freqüentes entre formação individual e postos de trabalho ocupados e do crescimento do tempo de desemprego nas trajetórias profissionais. As tradições familiares, vínculos organizacionais e modalidades de lazer, educação e consumo antes estruturados em torno do pertencimento ao trabalho seriam minadas pela rotatividade entre ocupações distintas e pelo desemprego, obstaculizando a construção de raízes coletivas, sob a forma de uma cultura proletária comum.
[object Object],[object Object],Claus Offe conclui que fragmentada internamente de forma aguda não mais ocupa o centro da estruturação das identidades coletivas e individuais a luta de classes cedeu lugar à emergência de novos conflitos e atores na arena política contemporânea A classe trabalhadora
Refer ê n cias  B ibliográficas ANTUNES, Ricardo.  Os sentidos do trabalho . Ensaio sobre afirmação e a  negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999. BONFIM, Antonio Carlos Ferreira. “A descentralidade do trabalho na versão  antropológica habermasiana da autoformação do homem”.  Trabalho e  Educação ,  Belo Horizonte,  7: 63-75, jul /dez – 2000. CHAIU, Marilena.  O que é ideologia ?  Cole ção Primeiros Passos, 38.ed. São Paulo:  Brasiliense, 1994. GORZ, Andre,  Crítica da divisão do trabalho.  2.ed. São Paulo: Martins Fontes,  1989. KONDER, Leandro.  Marx Vida e Obra.  Rio de Janeiro: José Álvaro Editor. 1968. LUKÁCS, Georg. A reprodução da sociedade como totalidade.  Revista Estudos de  Sociologia . UNESP. n.1, 1996.  MARX, Karl; ENGELS, Friedrich.  A Ideologia Alemã . 3.ed. São Paulo: Martins  Fontes, 2007. MÉSZÁROS, István.  A teoria da alienação em Marx.  São Paulo: Boitempo, 2006. SOUSA, Marcelo Alves. “A tese da perda de centralidade do trabalho como  despolitização do capitalismo contemporâneo”.  Enfoques , Rio de Janeiro,  jul. 2004.  Disponível em  <http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br/julho2003/04.html>   Acesso em 13 Abr 2007.

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  • 3.
  • 4.
  • 5. Pressupostos da Linguagem “ O que nos destaca da natureza é a única coisa cuja natureza podemos de fato conhecer: a linguagem” “ A única categoria cuja natureza permite substituir, na contextura de um novo paradigma, a velha relação objetivista de sujeito-objeto por uma nova relação eminentemente comunicativa de sujeito-sujeito não é outra senão a linguagem.” “ O paradigma da comunicação, em substituição ao da produção, caracteriza um desdobramento da intuição segundo a qual o telos – o fim último – do entendimento habita na linguagem”.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Andr é Gorz Ordem patronal da produção, inocuidade do controle das fábricas e neoproletáriado. Discute o estatuto político do proletariado como sujeito revolucionário OPERARIADO única classe capaz de abolir o sistema capitalista, ao se re-apropriar do sistema de produção. não ocorreu em decorrência do processo de desqualificação taylorista do trabalho e da inocuidade do controle direto da produção como estratégia de abolição da ordem capitalista. Proletariado revelou-se constitutivamente incapaz de se tornar sujeito de poder. desalojado do controle técnico sobre a produção, incapaz de apropriar-se de um sistema de produção profundamente complexo, confrontado com a fragilidade da estratégia baseada na tomada das fábricas e impotente para alterar estruturalmente a formação social capitalista. o proletariado encontrou seu fim como sujeito histórico revolucionário. Do antigo e temível proletariado, restaria apenas uma massa de assalariados acomodados.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Claus Offe: fragmentação político-organizacional proletária, descentralização identitária do trabalho e obsolescência da luta de classe. categoria privilegiada da pesquisa sociológica TRABALHO ASSALARIADO 1. Desagregação político-organizacional da classe trabalhadora 2. Descentralização do trabalho como eixo estruturador das identidades individuais e coletivas 3. Obsolescência do conflito capital-trabalho como contradição fundamental das sociedades contemporâneas conseqüências
  • 14.
  • 15.
  • 16. Offe 2) haveria atualmente uma tendência ao reconhecimento, pelos trabalhadores, dos custos crescentes e benefícios decrescentes associados ao trabalho e à renda. A sobrecarga física e psíquica do trabalho e seus riscos para a saúde seriam desestímulos cada vez mais para a intensificação individual do trabalho, ao passo que as aspirações e desejos de auto-realização (lazer, família, auto-estima, ócio etc.) seriam tendencialmente construídos fora do trabalho ou em oposição ao estresse e insatisfação associados ao trabalho;
  • 17. Offe 3) os ambientes de vida anteriormente estruturados em torno do trabalho encontrar-se-iam em desagregação em decorrência das descontinuidades freqüentes entre formação individual e postos de trabalho ocupados e do crescimento do tempo de desemprego nas trajetórias profissionais. As tradições familiares, vínculos organizacionais e modalidades de lazer, educação e consumo antes estruturados em torno do pertencimento ao trabalho seriam minadas pela rotatividade entre ocupações distintas e pelo desemprego, obstaculizando a construção de raízes coletivas, sob a forma de uma cultura proletária comum.
  • 18.
  • 19. Refer ê n cias B ibliográficas ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho . Ensaio sobre afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999. BONFIM, Antonio Carlos Ferreira. “A descentralidade do trabalho na versão antropológica habermasiana da autoformação do homem”. Trabalho e Educação , Belo Horizonte, 7: 63-75, jul /dez – 2000. CHAIU, Marilena. O que é ideologia ? Cole ção Primeiros Passos, 38.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. GORZ, Andre, Crítica da divisão do trabalho. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. KONDER, Leandro. Marx Vida e Obra. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor. 1968. LUKÁCS, Georg. A reprodução da sociedade como totalidade. Revista Estudos de Sociologia . UNESP. n.1, 1996. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã . 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006. SOUSA, Marcelo Alves. “A tese da perda de centralidade do trabalho como despolitização do capitalismo contemporâneo”. Enfoques , Rio de Janeiro, jul. 2004. Disponível em <http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br/julho2003/04.html> Acesso em 13 Abr 2007.