história do Porto - As Pontes da cidade do Porto - Ponte D. Luis (Luiz I) - A...
Mosteiro de Santo Tirso - Património Histórico e Arquitetónico
1. Professor Doutor Artur Filipe dos Santos
www.artursantos.no.sapo.pt
www.comunicacaoepatrimoniophd.blogspot.com
http://www.facebook.com/arturfilipe.santos
UNIVERSIDADE SÉNIORCONTEMPORÂNEA DO PORTO – usc.no.sapo.pt
2. Professor Doutor Artur Filipe dos Santos
www.artursantos.no.sapo.pt
www.comunicacaoepatrimoniophd.blogspot.com
http://www.facebook.com/arturfilipe.santos
CANDIDATO
3. Mosteiro de Santo Tirso
(ou também Mosteiro
de São Bento ) é um
mosteiro localizado na
freguesia de Santo
Tirso, concelho de Santo
Tirso, em Portugal, que
foi da Ordem
beneditina.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 3
CANDIDATO
4. O mosteiro foi fundado
por D. Unisco Godiniz e
seu marido Abunazar
Lovesendes, primeiro
senhor da Maia, em
978, conforme
documento publicado
por D. António Caetano
de Sousa.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 4
CANDIDATO
6. O Mosteiro de Santo
Tirso foi ma das mais
importantes casas
beneditinas
portuguesas
edificadas, consagrada
ao fundador desta
Ordem religiosa, o
monge italiano Bento
de Núrsia.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 6
CANDIDATO
7. Dotado de inquestionável
beleza paisagística e de
abundantes e diversificados
recursos
cinegéticos, essenciais à
sobrevivência e fixação do
Homem, o território
correspondente, na
actualidade, ao concelho de
Santo Tirso possui inúmeros
testemunhos da presença de
comunidades humanas, desde
a mais alta antiguidade.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 7
CANDIDATO
8. As notícias sobre a origem deste
mosteiro são escassas, mas sabe-
se da sua existência antes de 997,
ano em que os muçulmanos
comandados por Almançor o
arrasariam.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 8
CANDIDATO
AbuAmir
Muhammad ibn
Abdullah ibn Abi
Amir, al-Hajib al-
Mansur, caudilho do
Al-Andalus
9. Embora já funcionasse na
segunda metade do século por
iniciativa de S. Frutuoso, Bispo
de Dume e de Braga, ou muito
antes, pela do bispo da diocese
de Braga, S. Martinho de Dume
o cenóbio - mais conhecido por
"Mosteiro de S. Bento" - foi
reconstruído já no século
XIII, mercê do empenho de
Martim Gil de Sousa, e de cuja
campanha de obras remanesce
apenas o claustro gótico.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 9
CANDIDATO
10. O Couto do mosteiro foi
instituído e doado em 1097
pelos condes D. Henrique e D.
Teresa a Soeiro Mendes da
Maia, que, por sua vez, o
doou em 1098 ao D. Abade
do
mosteiro, Gaudemiro, tornan
do o mosteiro num dos mais
poderosos do país, tendo
obtido, inclusive, Bulas de
protecção dos Papas
Inocêncio III e Honório III.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 10
CANDIDATO
11. S. Bento ia recebendo
doações várias e
ganhando maior prestígio
no seio da comunidade
tirsense, vindo a ser
reformado nos finais do
século XI. Contudo, das
edificações anteriores ao
século XIV nada subsiste,
com exceção de algumas
lápides do século XII.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 11
CANDIDATO
12. Em 15 de Outubro de
1385, e em 6, 7, 8 de
Agosto de 1409 o
mosteiro recebe a visita
de D. João I.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 12
CANDIDATO
13. Ao mosteiro
pertenceram as
terras do couto até
ao século
XIX, quando se deu a
expropriação dos
bens das ordens
religiosas em 1834.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 13
CANDIDATO
14. Em 11 de Maio desse
ano, 46 dias após a
retirada dos monges de S.
Bento, toma posse a
Comissão Municipal
interina do futuro
concelho de Santo Tirso, a
qual ficaria sediada num
dos edifícios do mosteiro.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 14
CANDIDATO
15. O mosteiro está
classificado como
Monumento Nacional
desde 1982, apesar da
primeira classificação ter
sido em 1910. Em 1951, o
MC limitou a limitaçaõ
ao claustro.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 15
CANDIDATO
16. Em 1982 a classificação
estendeu-se ao conjunto
formado pela “igreja do
Mosteiro de São Bento,
convento e respectiva cerca
e cruzeiro processional em
frente daquela”
Fonte: http://www.igespar.pt
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 16
CANDIDATO
17. A Câmara Municipal de
Santo Tirso apresentou a
intenção de
candidatar, até final de
Setembro, o Mosteiro de
Santo Tirso a Património
Mundial da
Humanidade.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 17
CANDIDATO
18. A actual igreja matriz foi
construída em 1659 - 79, com
projecto de Frei João Turriano,
filho de um arquitecto milanês,
Leonardo Turriano, monge de S.
Bento, engenheiro-mor do Reino
e lente de Matemática na
Universidade de Coimbra, autor
de várias intervenções
arquitectónicas realizadas
noutros espaços religiosos.
Possuí planta de cruz latina e é
de uma só nave.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 18
CANDIDATO
19. A fachada possuí três
nichos em que estão
alojadas as esculturas de
Santo Tirso ao
centro, ladeado por S.
Bento e Santa Escolástica.
No tímpano encontra-se
inscrita a data de 1679
que, hipoteticamente, repr
esenta o termo da
construção da igreja.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 19
CANDIDATO
20. A volumetria atual da
igreja é obra da segunda
metade do século
XVII, enquanto a zona do
mosteiro foi edificada no
último quartel de
Setecentos, de acordo
com a estética rocaille.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 20
CANDIDATO
21. Rocaille
Designação relacionada com a
decoração de gosto rococó surgida em
França nos últimos anos do reinado de
Luís XIV (1643-1715) e principalmente
na regência (1715-1723) do duque de
Orleães, Filipe, na menoridade de Luís
XV (1715-1774), com o qual adquire
maior expressão artística e voga por
toda a Europa, embora decaia um
pouco na sua parte final e desapareça
mesmo com Luís XVI.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 21
CANDIDATO
22. Rocaille
Também se lhe chama Luís XV ou
Regência, de acordo com a época - ou
sua estilização subsequente -, ou até
mesmo Pompadour, a partir do nome
de uma célebre dama francesa que
terá congregado à sua volta artistas e
sábios, para além de influir no governo
do país, muito contribuindo para
difundir o gosto rocaille,
aristocratizando-o até.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 22
CANDIDATO
23. Durante a segunda invasão
francesa, uma parte dos
tesouros conventuais foram
roubados. A espoliação de
livros e alfaias de culto
prosseguiu com a extinção das
Ordens religiosas em 1834 e o
consequente abandono do
mosteiro pela congregação
beneditina.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 23
CANDIDATO
24. A cerca e várias dependências
conventuais seriam vendidas pelo
Estado, sendo estas adquiridas em
1882 pelo conde de S. Bento.
Contudo, nos inícios do século
XX, um incêndio destruiu parte desta
ala do cenóbio (ala destinada a
habitação da comunidade
religiosa), restaurada posteriormente
por familiares desta figura da
nobreza local.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 24
CANDIDATO
25. O arquiteto da Igreja de S. Bento
foi frei João Torriano, engenheiro-
mor do Reino no tempo de D.
João IV, filho de Leonardo
Torriano, anterior titular deste
cargo régio. O projeto inicial de
João Torriano foi alterado e
simplificado, possivelmente por
questões económicas, tendo as
obras começado em 1659.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 25
CANDIDATO
26. A austera fachada da igreja apresenta-
se dividida em três
corpos, sobressaindo na parte superior
as duas torres sineiras, recuadas e
cobertas por coruchéus triangulares
azulejados. O andar térreo é formado
por galilé de três arcos de volta
perfeita, sendo os panos da fachada
ritmados por grandes pilastras (Pilar
de quatro faces fixo ou aderente à
parede por uma delas.).
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 26
CANDIDATO
27. No alinhamento dos arcos estão
três nichos com estátuas de
santos, sobrepujados por igual
número de janelas retangulares.
Forte cornija, flanqueada por
plintos com pináculos, sustenta
um anguloso frontão com o
tímpano preenchido por janela
semicircular tripartida.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 27
CANDIDATO
28. O perfil da fachada prolonga-se
numa das faces por linhas
descendentes contracurvadas.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 28
CANDIDATO
29. Contíguo à igreja desenvolve-se o
convento de harmoniosas linhas
rocaille, marcando a extensa fachada
janelas de belo recorte barroquizante.
Destaca-se ainda a denominada Porta
Branca, movimentada composição do
barroco final possuindo desenvolvido
entablamento contracurvado, com o
escudo da Ordem de S. Bento ao
centro, assente em colunas erguidas
sobre pedestais.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 29
CANDIDATO
30. Com uma planta em cruz latina, o
interior do templo é marcado por uma
atmosfera rica e surpreendente, que
lhe é conferida pelo excelente trabalho
de talha rocaille. A sua ampla nave é
coberta por abóbada de berço e
ornamentada por estuques. Uma
grade de ferro, realizada por frei José
de Sto. António Vilaça cerca de
1780, separa a nave do
transepto, estando reservado este
espaço e o da capela-mor aos monges
beneditinos.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 30
CANDIDATO
31. Com uma planta em cruz latina, o
interior do templo é marcado por uma
atmosfera rica e surpreendente, que
lhe é conferida pelo excelente trabalho
de talha rocaille. A sua ampla nave é
coberta por abóbada de berço e
ornamentada por estuques. Uma
grade de ferro, realizada por frei José
de Sto. António Vilaça cerca de
1780, separa a nave do
transepto, estando reservado este
espaço e o da capela-mor aos monges
beneditinos.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 31
CANDIDATO
32. Os altares laterais da nave são
cobertos por estruturas de talha
rocaille, de autoria de frei José
Vilaça, engrandecidas pelas
movimentadas esculturas
barrocas, em madeira estofada e
pintada, atribuídas a frei Cipriano
da Cruz, para além de uma
Sagrada Família setecentista e de
uma escultura da Virgem com o
Menino, obra do século XVI.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 32
CANDIDATO
33. Os ondulantes púlpitos são,
igualmente, obra de frei José
Vilaça e datados do último quartel
do século XVIII, apresentando
cobertura de elaborados dosséis
rematados pelas figuras de S.
Miguel, no lado do Evangelho, e da
Caridade, no lado oposto da
Epístola.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 33
CANDIDATO
34. Frei José Vilaça deixaria a sua
marca superior em composições
de talha do último quartel do
século XVIIII, como são os casos
das belas sanefas das
janelas, em vários altares e no
magnífico cadeiral do
coro, decorado com relevos
entalhados contando a vida de
S. Bento.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 34
CANDIDATO
35. A par destas elaboradas estruturas de
talha, acresce o valor superior da
escultura seiscentista de frei Cipriano
da Cruz, enriquecendo a soberba talha
do barroco nacional seiscentista dos
altares do transepto. Bela e elaborada
composição de barroca talha dourada
é o movimentado retábulo-mor, de
Estilo Nacional dos finais do século
XVII, sublinhado pela qualidade
plástica das imagens de S. Bento e de
Santa Escolástica.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 35
CANDIDATO
36. Das várias dependências
conventuais, o destaque vai para a
capela monástica com o seu
revestimento de azulejos
seiscentistas alusivos à vida de
Cristo, bem como as galerias
seiscentistas do seu pátio, de arcos
de volta perfeita assentes em
robustas colunas da ordem
toscana.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 36
CANDIDATO
37. Testemunho das remodelações
medievais é o harmonioso claustro
trecentista, com a sua galeria de
arcos ogivais assentes em
conjuntos de colunas duplas com
capitéis preenchidos por
arcaizantes composições
escultóricas de motivos
zoomórficos, vegetalistas e de
figuração humana.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 37
CANDIDATO
38. Num dos ângulos das galerias do
claustro ainda é visível uma
escultura gótica da Virgem com
o Menino. No centro do claustro
ergue-se uma esbelta fonte com
tanque de linhas polilobadas,
obra executada em granito e
datada de 1649
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 38
CANDIDATO
39. Corre sobre a galeria gótica um
andar superior, construção
setecentista que serviu como
residência paroquial e
que, atualmente, guarda
algumas das melhores obras de
arte deste mosteiro de Santo
Tirso.
Professor DoutorArtur Filipe dos Santos - Universidade Sénior Contemporãnea 39
CANDIDATO