1. Consumo e Ambiente
Trabalho de sociologia
Professora: Leonor Alves
Participantes:
Gilson
Elisa Sebastião nº32
2. O consumo é uma actividade económica (uma das principais, ao lado da produção,
distribuição, repartição dos rendimentos e acumulação) que consiste na utilização, destruição
ou aquisição de bens ou serviços. Este ato pode ser efetuado pelas famílias, empresas ou
outros agentes económicos, tornando-se estes consumidores, permitindo também satisfazer
as respectivas necessidades.
O consumo é necessário à vida e à sobrevivência de toda e qualquer espécie. Para respirar
precisamos consumir o ar; para nos mantermos hidratados, temos que consumir água; para
crescermos e nos mantermos saudáveis, necessitamos de alimentos. O mesmo acontece com
outras espécies que compartilham este planeta connosco. São atos naturais que sempre
existiram e que precisamos para nos mantermos vivos.
O problema é quando o consumo de bens e serviços acontece de forma exagerada, levando à
exploração excessiva dos recursos naturais e interferindo no equilíbrio estabelecido do
planeta.
É verdade que a população mundial cresceu muito desde sua existência. No século XVIII
(durante a revolução industrial) éramos cerca de 750 milhões de habitantes. Hoje, somos 6,8
bilhões de seres humanos na Terra. E segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a
população mundial deve chegar a 8,9 bilhões de habitantes até 2050.
Isso naturalmente proporciona um aumento no consumo dos recursos do planeta. No entanto,
esse consumo é extremamente desigual. Enquanto uns consomem muito mais do que suas
necessidades básicas, outros sofrem com a falta de recursos.
De acordo com alguns relatórios de estudos de algumas universidades, pessoas mais ricas do
planeta (7% da população mundial) são responsáveis pela emissão de 50% do gáscarbónico,
enquanto três bilhões de pessoas mais pobres são responsáveis por apenas 6% das emissões
deste gás.
O consumo descontrolado no mundo desenvolvido erodiu os recursos renováveis, a exemplo
dos combustíveis fósseis, florestas e áreas de pescas, poluiu o ambiente local e global e se
curvou à promoção da necessidade de exibir o que se tem, em lugar de atender às
necessidades legítimas de vida.
3. Riscos e Incertezas
A sociedade sempre esteve sob ameaça de riscos ambientais, a diferença é que a sociedade
antiga sofria de riscos provocados pela natureza, como por exemplo secas e terramotos. Já a
sociedade contemporânea tem vindo a modificar os riscos que a ameaçam, são esses os
seguintes e principais riscos:
Riscos manufacturados - estes riscos são directamente causados pelo homem sob a
natureza, ou seja, que resultam do impacto da acção do nosso saber e da tecnologia
sobre o mundo natural. Hoje em dia somos cada vez mais confrontados com este tipo
de riscos manufacturados que são um produto da acção do homem sobre a natureza.
-Saúde -Consumo de produtos alimentares
Riscos ecológicos – estes são riscos também causados pelo homem mas, mais indirectamente.
Causas: Urbanização, poluição, produção industrial, projectos agrícolas em largas escalas,
programas de energia nuclear…
São formas de impacto dos seres humanos sobre o meio natural que causam:
Destruição ambiental, aquecimento global, efeito de estufa, calotes polares derretidas, subida
do nível médio das águas do mar, mudanças nos padrões climáticos ( cheias, furacões,
tsunamis, secas, pragas de insectos)
4. Consumo Global
Pessoas do mundo todo gastam milhares de milhões em bens e serviços, principalmente nos
automóveis, electrodomésticos, computadores, roupas, calçados etc…
A produção e o fabrico de bens aumentaram junto com o desperdício, uns dos exemplos é o
telemóvel, pois hoje em dia a população mundial faz a sua troca em 2/1 ano, ou em 6 meses.
O resultado de tanto desperdício é que o uso dos recursos naturais está ultrapassando a
capacidade que o planeta tem de provê-los.
Nos últimos anos a produção de, metais, petróleo, carvão, plástico e o consumo de gás natural
têm aumentado de forma signitiva, fazendo com que o planeta esteja mais fraco para absorver
os lixos que são produzidos.
"Um automóvel hoje emprega o dobro do cobre que utilizava há dez anos", afirma o sociólogo
Maurício Waldman. "Não tem como a reciclagem dar conta se continuamos produzindo
resíduos nessas proporções."
Esse fato tem preocupado ambientalistas, que procuram conscientizar a população sobre a
necessidade de preservar o meio ambiente e para isso é preciso que as pessoas mudem certos
hábitos, procurando consumir de forma mais consciente. Alguns exemplos como levar o
próprio saco ao fazer compra, diminuindo o número de sacos plásticos, reaproveitar ao
máximo os produtos, separar o lixo para reciclagem contribuem para o meio ambiente.
Para que o impacto do consumo sobre o planeta diminua, é necessário que o governo crie
campanhas educativas que mostrem as consequências desse consumo e formas de minimizar
esse impacto. Uma outra solução é as escolas oferecerem aulas sobre educação ambiental,
mostrando diferentes formas de ajudar a preservar o meio ambiente no dia-a-dia.
5. Estilos de vida
Os estilos de vida não podem ser entendidos sem serem inseridos num compromisso entre as
aspirações dos indivíduos e dos constrangimentos da sociedade e do meio envolvente.
Os estilos de vida dependem dos valores, que nada mais são, em termos próprios, que o
“mapa” mais abrangente de uma sociedade ou de uma cultura. Actualmente as pessoas
preocupam-se com o corpo, pois praticam mais vezes exercício físico, têm mais preocupações
com a alimentação, entre outras.
Por outro lado, estilos de vidas correspondem às "práticas quotidianas enformas de consumo
que envolvem escolhas particulares e identitárias em domínios tão díspares como a habitação,
os usos do corpo, o vestuário, a aparência, os hábitos de trabalho, o lazer, a religião, a arte, a
organização do espaço e do tempo ou o convívio com os outros actores sociais".
Os diversos estilos de vida são, na era da globalização, influenciados pelos meios de
comunicação de massas "mass media", como a televisão, a publicidade, os vídeos e o cinema,
a internet, bem como pelo marketing, a moda, as viagens de turismo e a emigração, etc.
Os estilos de vida reflectem:
Valores, atitudes e comportamentos individuais e de grupo;
Contribuem para a construção das identidades pessoais e colectivas;
Influência da classe social e nível económico dos indivíduos;
As diferentes condições sociais.
Na actualidade assumem particular relevo, nas sociedades urbanas ocidentais, alguns estilos
de vida cujo principal "denominador comum reside na caracterização da dimensão cultural do
corpo humano" que passou a ocupar um lugar central nas preocupações quotidianas dos
actores sociais.
6. O que fazer para ajudar o ambiente?
- Evitar o consumo exagerado, ou seja: não usar ou desperdiçar aquilo que não é necessário.
Em primeiro lugar, porque tudo o que consumimos, de forma direta ou indireta, vem de
recursos da natureza, e alguns não se renovam. Em segundo lugar, porque o consumo produz
lixo e, como sabemos, alguns materiais demoram para se decompor.
Mais sério ainda é o desperdício de alimentos, jogados fora ao mesmo tempo em que
inúmeras pessoas morrem de fome. Tal tipo de lixo forma uma substância líquida, que pode
penetrar na água subterrânea, e contaminando-a. Além disso, por se tratar de restos de
comida, esse material atrai animais que podem provocar doenças, como ratos e baratas.
Considerando que muitas pessoas têm contato direto com o lixo, o resultado não é nada bom.
Desligar o chuveiro enquanto ensaboa o corpo, e a torneira da pia enquanto escova os dentes;
e apagar a luz ao sair do cómodo.
Reaproveitar materiais. Isso porque, como já tinha dito, tudo o que consumimos utiliza
recursos da natureza. Assim, ao invés de comprar algo novo, reutilizando o que temos,
estamos poupando o meio ambiente. Direcionar o lixo de forma correta.
Reciclar é um gesto muito importante que uma pessoa pode fazer pelo meio ambiente. No
entanto, para reciclar materiais, as indústrias também precisam de muita matéria-prima da
natureza. Assim sendo, é importante, primeiramente, evitar o consumo exagerado e o
desperdício, e reaproveitar o que podemos para depois, considerar a reciclagem.
O consumo consciente é a chave para salvaguardar o ambiente natural que nos cerca, e
garantir uma melhor qualidade de vida para gerações atuais e futuras. Fazendo com que sejam
conservados recursos essenciais à vida, sem furtar do povo o uso do bem comum.