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Primavera Árabe
Levantes do mundo árabe do norte da África




               geocontexto.blogspot.com
Em todos os países envolvidos nos protestos, a presença de
muçulmanos é expressiva
   Altos índices de desemprego na região
   Crise econômica
   Pouca ou nenhuma representação política da população
   Ditaduras
   Pouca liberdade de expressão




                                  Jean-Paul Sartre
Diversos países árabes no norte da África vivenciaram, a partir de
dezembro de 2010, ondas de revoltas e movimentos pró-democracia que
adentraram os primeiros meses de 2011

Causando instabilidade e temor nos países que viveram ditaduras

Após a queda das ditaduras tunisiana e egípcia, a Primavera árabe entrou
numa fase mais violenta, principalmente na Líbia
Mohammad Bouazizi
26, desempregado

Trabalhava informalmente
Foi expulso pela polícia do local em
que vendia frutas

Para protestar contra o autoritarismo
ateou fogo no próprio corpo, em 17
de dezembro de 2010
Morreu dias depois
Sua morte virou símbolo da
insatisfação tunisiana contra o
ditador Zine El Abidine Ben Alin
que foi deposto
TUNÍSIA
 14 de janeiro 2011 – Tunísia (Ben Ali) 1º vez um governo foi deposto
  pela força do próprio povo
 98,2% islâmica
 Dezembro de 2010 e janeiro de 2011, protestos populares, motivados
  pela divulgação (WikiLeaks) de diversos casos de corrupção
 Ben Ali estava há 23 anos no poder




Revolução de Jasmim
 Adotou o nome do jasmim, porque o jasmim é a flor nacional
 daquele país e, sendo uma flor maravilhosamente perfumada, serve
 integralmente para simbolizar uma revolução que está a espalhar
 perfume de esperança no povo tunisino e nos seus vizinhos.
Manifestantes antigoverno agitando
a Bandeira da Tunísia em 23 de janeiro de
                  2011
14 de janeiro de 2011: com barricadas e
incêndios, manifestantes tentam impedir a
passagem da polícia.
Governo interino assume o poder
Outubro de 2011 ocorreram eleições para a Assembleia Constituinte na
Tunísia
Partido Islâmico moderado Ennahda conquistou 90 das 217 cadeiras da
Assembleia Constituinte tunisiana (41,47% dos votos)

Críticas
Acusam Ghannouchi de fundamentalismo e afirmam que o partido
quer restringir os direitos das mulheres e a liberdade de expressão
Diversas manifestações populares também já tinham sido
registradas em países com Irã, Jordânia, Iêmen, Egito, Líbia,
Marrocos, Argélia e Bahrein
Manifestações de menor porte ocorreram também em outros
países árabes, como Kuwait, Iraque, Omã e Arábia Saudita
Policiais e manifestantes que querem a saída do
presidente Hosni Mubarak frente a frente em Suez
As redes sociais tiveram um papel fundamental na
 convocação dos manifestantes
 revolução 2.0




Diretamente da praça Tahrir, manifestantes mandam mensagens em 10 de fevereiro
As populações do Oriente Médio se levantaram contra regimes opressores várias vezes ao
longo da história. Mas a internet mudou a cara e a velocidade das revoltas
"O egípcio Khaled Said já tinha
morrido quando a contestação massiva
de Janeiro chegou ao Egito, mas o
jovem de 28 anos, vítima da violência
policial e do estado de emergência que
proibia as manifestações, tornou-se
num ícone da Primavera Árabe no
Egito. “Somos todos Khaled Said” é
o nome de uma página do Facebook e
o seu administrador, Wael Ghonim, que
trabalha para a Google, acabou por se
tornar também numa figura da
revolução."
Quem batizou esses movimentos de “revoluções 2.0” foi Wael Ghonim,
não por coincidência o diretor de marketing do Google para o Oriente Médio.
Ghonim foi o criador de um dos grupos que organizaram o primeiro protesto
popular na praça Tahrir, no Cairo, no dia 25 de janeiro, com uma página no
Facebook
Foi preso pela polícia três dias depois e passou 12 dias encapuzado. Ao ser
solto, deu sua versão sobre a importância da internet no movimento: “Se
você quer uma sociedade livre, apenas dê a ela acesso à rede. Os jovens irão ler
a imprensa imparcial, vão ver a verdade sobre outros países e seu próprio país e
colaborar uns com os outros”, disse, em entrevista à rede de televisão
americana CNN.

Ninguém pode dizer que a internet é protagonista das
revoltas na região nem afirmar que as deposições do
tunisiano Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak não
aconteceriam sem os sites de relacionamento. “O
inegável é que estamos diante de um fenômeno novo:
a rede foi crucial na eficácia e na rapidez com que se
deu a mobilização da população”, diz Hassan Nafaa,
cientista político da Universidade do Cairo.
Egito
94,6 % de população islâmica
Primeiro a seguir o exemplo da Tunísia, com milhares de
manifestantes nas ruas
Hosni Mubarak, tradicional aliado dos EUA na região,
renunciou o poder, após 30 anos no cargo
Manifestantes se reúnem na praça Tahrir, no Cairo
Novembro de 2011, ocorreu a primeira eleição direta
Movimentos ultraconservadores ficaram com 65% dos votos,
com décadas de um trabalho de caridade e resistência à
repressão da ditadura de Mubarak




Críticas
Composição política preocupa
Israel, partido fundamentalista
Ideologia formulada por Sayyid
Qutb, da Irmandade Mulçumana
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Líbia
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 Repressão mais violenta
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A repressão do ditador Bashar Al-Assad (Síria) às manifestações contra o
regime evolui para um conflito interno, porque a oposição pegou em armas
para enfrentar o governo. Como a Síria é um dos protagonistas das tensões
no Oriente Médio – próxima dos xiitas do Irã e do Hezbollah libanês e hostil a
Israel e aos EUA -, e sua população é heterogênea do ponto de vista étnico e
religioso, a crise nesse país é considerada a mais complexa da Primavera
Árabe, pela ameaça de se estender pela região.
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com alto risco de polarização e radicalismo, em especial na
questão religiosa
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Primavera Árabe: revoltas populares no Norte da África

  • 1. Primavera Árabe Levantes do mundo árabe do norte da África geocontexto.blogspot.com
  • 2. Em todos os países envolvidos nos protestos, a presença de muçulmanos é expressiva
  • 3. Altos índices de desemprego na região  Crise econômica  Pouca ou nenhuma representação política da população  Ditaduras  Pouca liberdade de expressão Jean-Paul Sartre
  • 4.
  • 5.
  • 6. Diversos países árabes no norte da África vivenciaram, a partir de dezembro de 2010, ondas de revoltas e movimentos pró-democracia que adentraram os primeiros meses de 2011 Causando instabilidade e temor nos países que viveram ditaduras Após a queda das ditaduras tunisiana e egípcia, a Primavera árabe entrou numa fase mais violenta, principalmente na Líbia
  • 7. Mohammad Bouazizi 26, desempregado Trabalhava informalmente Foi expulso pela polícia do local em que vendia frutas Para protestar contra o autoritarismo ateou fogo no próprio corpo, em 17 de dezembro de 2010 Morreu dias depois Sua morte virou símbolo da insatisfação tunisiana contra o ditador Zine El Abidine Ben Alin que foi deposto
  • 8. TUNÍSIA  14 de janeiro 2011 – Tunísia (Ben Ali) 1º vez um governo foi deposto pela força do próprio povo  98,2% islâmica  Dezembro de 2010 e janeiro de 2011, protestos populares, motivados pela divulgação (WikiLeaks) de diversos casos de corrupção  Ben Ali estava há 23 anos no poder Revolução de Jasmim Adotou o nome do jasmim, porque o jasmim é a flor nacional daquele país e, sendo uma flor maravilhosamente perfumada, serve integralmente para simbolizar uma revolução que está a espalhar perfume de esperança no povo tunisino e nos seus vizinhos.
  • 9. Manifestantes antigoverno agitando a Bandeira da Tunísia em 23 de janeiro de 2011
  • 10. 14 de janeiro de 2011: com barricadas e incêndios, manifestantes tentam impedir a passagem da polícia.
  • 11. Governo interino assume o poder Outubro de 2011 ocorreram eleições para a Assembleia Constituinte na Tunísia Partido Islâmico moderado Ennahda conquistou 90 das 217 cadeiras da Assembleia Constituinte tunisiana (41,47% dos votos) Críticas Acusam Ghannouchi de fundamentalismo e afirmam que o partido quer restringir os direitos das mulheres e a liberdade de expressão
  • 12.
  • 13. Diversas manifestações populares também já tinham sido registradas em países com Irã, Jordânia, Iêmen, Egito, Líbia, Marrocos, Argélia e Bahrein Manifestações de menor porte ocorreram também em outros países árabes, como Kuwait, Iraque, Omã e Arábia Saudita
  • 14. Policiais e manifestantes que querem a saída do presidente Hosni Mubarak frente a frente em Suez
  • 15. As redes sociais tiveram um papel fundamental na convocação dos manifestantes revolução 2.0 Diretamente da praça Tahrir, manifestantes mandam mensagens em 10 de fevereiro As populações do Oriente Médio se levantaram contra regimes opressores várias vezes ao longo da história. Mas a internet mudou a cara e a velocidade das revoltas
  • 16. "O egípcio Khaled Said já tinha morrido quando a contestação massiva de Janeiro chegou ao Egito, mas o jovem de 28 anos, vítima da violência policial e do estado de emergência que proibia as manifestações, tornou-se num ícone da Primavera Árabe no Egito. “Somos todos Khaled Said” é o nome de uma página do Facebook e o seu administrador, Wael Ghonim, que trabalha para a Google, acabou por se tornar também numa figura da revolução."
  • 17. Quem batizou esses movimentos de “revoluções 2.0” foi Wael Ghonim, não por coincidência o diretor de marketing do Google para o Oriente Médio. Ghonim foi o criador de um dos grupos que organizaram o primeiro protesto popular na praça Tahrir, no Cairo, no dia 25 de janeiro, com uma página no Facebook Foi preso pela polícia três dias depois e passou 12 dias encapuzado. Ao ser solto, deu sua versão sobre a importância da internet no movimento: “Se você quer uma sociedade livre, apenas dê a ela acesso à rede. Os jovens irão ler a imprensa imparcial, vão ver a verdade sobre outros países e seu próprio país e colaborar uns com os outros”, disse, em entrevista à rede de televisão americana CNN. Ninguém pode dizer que a internet é protagonista das revoltas na região nem afirmar que as deposições do tunisiano Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak não aconteceriam sem os sites de relacionamento. “O inegável é que estamos diante de um fenômeno novo: a rede foi crucial na eficácia e na rapidez com que se deu a mobilização da população”, diz Hassan Nafaa, cientista político da Universidade do Cairo.
  • 18.
  • 19. Egito 94,6 % de população islâmica Primeiro a seguir o exemplo da Tunísia, com milhares de manifestantes nas ruas Hosni Mubarak, tradicional aliado dos EUA na região, renunciou o poder, após 30 anos no cargo
  • 20. Manifestantes se reúnem na praça Tahrir, no Cairo
  • 21. Novembro de 2011, ocorreu a primeira eleição direta Movimentos ultraconservadores ficaram com 65% dos votos, com décadas de um trabalho de caridade e resistência à repressão da ditadura de Mubarak Críticas Composição política preocupa Israel, partido fundamentalista Ideologia formulada por Sayyid Qutb, da Irmandade Mulçumana Inspirador de Osama Bin Laden e da Al Qaeda
  • 22. Líbia  96,6% população islâmica  Protestos contra Muamar Kadhafi, que estava no poder desde 1969  Repressão mais violenta  ONU permitiu ação militar da OTAN  Rússia e a Liga Árabe criticou as ações  20 de outubro de 2011, Kadhafi, foi morto e o Conselho Nacional de Transição deu início ao governo de transição
  • 23. Os protestos da Primavera Árabe ainda estão em construção Na Síria, o presidente Bahar al-Assad escolheu o caminho da repressão, o que já provocou a morte de, aproximadamente, oito mil dissidentes
  • 24. A repressão do ditador Bashar Al-Assad (Síria) às manifestações contra o regime evolui para um conflito interno, porque a oposição pegou em armas para enfrentar o governo. Como a Síria é um dos protagonistas das tensões no Oriente Médio – próxima dos xiitas do Irã e do Hezbollah libanês e hostil a Israel e aos EUA -, e sua população é heterogênea do ponto de vista étnico e religioso, a crise nesse país é considerada a mais complexa da Primavera Árabe, pela ameaça de se estender pela região.
  • 25. O desafio agora é a realização de eleições diretas e inéditas, com alto risco de polarização e radicalismo, em especial na questão religiosa