2. Em todos os países envolvidos nos protestos, a presença de
muçulmanos é expressiva
3. Altos índices de desemprego na região
Crise econômica
Pouca ou nenhuma representação política da população
Ditaduras
Pouca liberdade de expressão
Jean-Paul Sartre
4.
5.
6. Diversos países árabes no norte da África vivenciaram, a partir de
dezembro de 2010, ondas de revoltas e movimentos pró-democracia que
adentraram os primeiros meses de 2011
Causando instabilidade e temor nos países que viveram ditaduras
Após a queda das ditaduras tunisiana e egípcia, a Primavera árabe entrou
numa fase mais violenta, principalmente na Líbia
7. Mohammad Bouazizi
26, desempregado
Trabalhava informalmente
Foi expulso pela polícia do local em
que vendia frutas
Para protestar contra o autoritarismo
ateou fogo no próprio corpo, em 17
de dezembro de 2010
Morreu dias depois
Sua morte virou símbolo da
insatisfação tunisiana contra o
ditador Zine El Abidine Ben Alin
que foi deposto
8. TUNÍSIA
14 de janeiro 2011 – Tunísia (Ben Ali) 1º vez um governo foi deposto
pela força do próprio povo
98,2% islâmica
Dezembro de 2010 e janeiro de 2011, protestos populares, motivados
pela divulgação (WikiLeaks) de diversos casos de corrupção
Ben Ali estava há 23 anos no poder
Revolução de Jasmim
Adotou o nome do jasmim, porque o jasmim é a flor nacional
daquele país e, sendo uma flor maravilhosamente perfumada, serve
integralmente para simbolizar uma revolução que está a espalhar
perfume de esperança no povo tunisino e nos seus vizinhos.
10. 14 de janeiro de 2011: com barricadas e
incêndios, manifestantes tentam impedir a
passagem da polícia.
11. Governo interino assume o poder
Outubro de 2011 ocorreram eleições para a Assembleia Constituinte na
Tunísia
Partido Islâmico moderado Ennahda conquistou 90 das 217 cadeiras da
Assembleia Constituinte tunisiana (41,47% dos votos)
Críticas
Acusam Ghannouchi de fundamentalismo e afirmam que o partido
quer restringir os direitos das mulheres e a liberdade de expressão
12.
13. Diversas manifestações populares também já tinham sido
registradas em países com Irã, Jordânia, Iêmen, Egito, Líbia,
Marrocos, Argélia e Bahrein
Manifestações de menor porte ocorreram também em outros
países árabes, como Kuwait, Iraque, Omã e Arábia Saudita
15. As redes sociais tiveram um papel fundamental na
convocação dos manifestantes
revolução 2.0
Diretamente da praça Tahrir, manifestantes mandam mensagens em 10 de fevereiro
As populações do Oriente Médio se levantaram contra regimes opressores várias vezes ao
longo da história. Mas a internet mudou a cara e a velocidade das revoltas
16. "O egípcio Khaled Said já tinha
morrido quando a contestação massiva
de Janeiro chegou ao Egito, mas o
jovem de 28 anos, vítima da violência
policial e do estado de emergência que
proibia as manifestações, tornou-se
num ícone da Primavera Árabe no
Egito. “Somos todos Khaled Said” é
o nome de uma página do Facebook e
o seu administrador, Wael Ghonim, que
trabalha para a Google, acabou por se
tornar também numa figura da
revolução."
17. Quem batizou esses movimentos de “revoluções 2.0” foi Wael Ghonim,
não por coincidência o diretor de marketing do Google para o Oriente Médio.
Ghonim foi o criador de um dos grupos que organizaram o primeiro protesto
popular na praça Tahrir, no Cairo, no dia 25 de janeiro, com uma página no
Facebook
Foi preso pela polícia três dias depois e passou 12 dias encapuzado. Ao ser
solto, deu sua versão sobre a importância da internet no movimento: “Se
você quer uma sociedade livre, apenas dê a ela acesso à rede. Os jovens irão ler
a imprensa imparcial, vão ver a verdade sobre outros países e seu próprio país e
colaborar uns com os outros”, disse, em entrevista à rede de televisão
americana CNN.
Ninguém pode dizer que a internet é protagonista das
revoltas na região nem afirmar que as deposições do
tunisiano Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak não
aconteceriam sem os sites de relacionamento. “O
inegável é que estamos diante de um fenômeno novo:
a rede foi crucial na eficácia e na rapidez com que se
deu a mobilização da população”, diz Hassan Nafaa,
cientista político da Universidade do Cairo.
18.
19. Egito
94,6 % de população islâmica
Primeiro a seguir o exemplo da Tunísia, com milhares de
manifestantes nas ruas
Hosni Mubarak, tradicional aliado dos EUA na região,
renunciou o poder, após 30 anos no cargo
21. Novembro de 2011, ocorreu a primeira eleição direta
Movimentos ultraconservadores ficaram com 65% dos votos,
com décadas de um trabalho de caridade e resistência à
repressão da ditadura de Mubarak
Críticas
Composição política preocupa
Israel, partido fundamentalista
Ideologia formulada por Sayyid
Qutb, da Irmandade Mulçumana
Inspirador de Osama Bin Laden
e da Al Qaeda
22. Líbia
96,6% população islâmica
Protestos contra Muamar Kadhafi, que estava
no poder desde 1969
Repressão mais violenta
ONU permitiu ação militar da OTAN
Rússia e a Liga Árabe criticou as ações
20 de outubro de 2011, Kadhafi, foi morto e o
Conselho Nacional de Transição deu início ao
governo de transição
23. Os protestos da Primavera Árabe ainda estão
em construção
Na Síria, o presidente Bahar al-Assad
escolheu o caminho da repressão, o
que já provocou a morte de,
aproximadamente, oito mil dissidentes
24. A repressão do ditador Bashar Al-Assad (Síria) às manifestações contra o
regime evolui para um conflito interno, porque a oposição pegou em armas
para enfrentar o governo. Como a Síria é um dos protagonistas das tensões
no Oriente Médio – próxima dos xiitas do Irã e do Hezbollah libanês e hostil a
Israel e aos EUA -, e sua população é heterogênea do ponto de vista étnico e
religioso, a crise nesse país é considerada a mais complexa da Primavera
Árabe, pela ameaça de se estender pela região.
25. O desafio agora é a realização de eleições diretas e inéditas,
com alto risco de polarização e radicalismo, em especial na
questão religiosa