é a principal forma de música de raízes
africanas surgida no Brasil. O nome
"samba" é, provavelmente, originário do
nome angolano semba, um ritmo religioso,
cujo nome significa umbigada, devido à
forma como era dançado.
O primeiro registro da palavra "samba"
aparece na Revista O Carapuceiro, de
Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838,
quando Frei Miguel do Sacramento Lopes
Gama, escreve contra o que chamou de
"samba d'almocreve".
Em meados do século 19, a palavra
samba definia diferentes tipos de música
introduzidas pelos escravos africanos,
desde o Maranhão até São Paulo.
O samba carioca provavelmente recebeu muita influência
de ritmos da Bahia, com a transferência de grande
quantidade de escravos para as plantações de café no
Estado do Rio, onde ganhou novos contornos, instrumentos
e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno,
como gênero musical, surgiu no início do século 20 na
cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então).
Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe,
do lundu e da modinha como fontes que, quando
sintetizadas, deram origem a ao samba moderno.
O termo "escola de samba" é originário deste período de
formação do gênero. O termo foi adotado por grandes
grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação
para o samba e para a suas manifestações artísticas; o
morro era o terreno onde o samba nascia e a "escola"
dava aos músicos um senso de legitimidade e organização
que permitia romper com as barreiras sociais.
O samba-amaxixado Pelo telefone, de
domínio público mas registrado por Donga e
Mauro Almeida, é considerado o primeiro
samba gravado, embora Bahiano e Ernesto
Nazaré tenham gravado pela Casa Édison
desde 1903. É deles o samba "A viola está
magoada". Há registros também do samba
"Em casa de Baiana" (1913), de autoria de
Alfredo Carlos Brício. Porém ambos não
fizeram muito sucesso, e foi a composição
registrada por Donga que levou o gênero para
além dos morros. Donga chegou a anunciar
"Pelo telefone" como "tango-samba", no Jornal
do Brasil de 8 de janeiro de 1917.
Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por
Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de
Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa
Falar. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os
contornos atuais, inclusive coma introdução de
novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para
que melhor se adequasse ao desfile de carnaval.
Nesta mesma época, um importante personagem
também foi muito importante para a popularização
do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela
união do samba do morro com o do asfalto. É
considerado o primeiro cronista da música popular
brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a
popularidade do samba por todo o país, e com o
suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba
ganhou status de "música oficial" do Brasil.
Nos anos seguintes o samba se desenvolveu em
várias direções, do samba canção às baterias de
escolas de samba. Um dos novos estilos foi a bossa
nova, criado por membros da classe média, dentre
eles João Gilberto e Antonio Carlos Jobim.
Nos anos sessenta os músicos da bossa nova
iniciaram um movimento de resgate dos grandes
mestres do samba. Muitos artistas foram
descobertos pelo grande público neste momento.
Nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Keti
e Clementina de Jesus gravaram os seus primeiros
discos.
Nos anos setenta o samba era muito tocado nas
rádios. Compositores e cantores como Martinho da
Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho
dominavam as paradas de sucesso.
No início da década de 1980, depois de um
período de esquecimento onde as rádios
eram dominadas pela Disco Music e pelo
rock brasileiro, o samba reapareceu no
cenário brasileiro com um novo movimento
chamado de pagode. Nascido nos subúrbios
cariocas, o pagode era um samba renovado,
que utilizava novos instrumentos, como o
banjo e o tantã, e uma linguagem mais
popular. Os nomes mais famosos foram Zeca
Pagodinho, Almir Guineto, Grupo Fundo de
Quintal, Caras de Pau, Jorge Aragão e
Jovelina Pérola Negra.
Em meados de 1998 surgiu uma tendência para o
samba que agora seguiria para direção das
influências das músicas caribenhas. Nesse tempo,
bandas baianas e também cariocas laçaram
novidades como o Samba-reggae, hoje a principal
variante do Pagode baiano. Assim, tanto o Samba
de Roda quanto a Axé Music, estavam caminhando
para a decadência e com pouca vendagem de
discos. No início do Século XXI, em concorrência
com a popularidade dos Pagodes carioca e paulista,
o Samba-reggae, um gênero originalíssimo, tem
ganhado popularidade. Grandes bandas tem
mantido o estilo como Olodum, Terra Samba, Refla.
Atualmente o Samba é o gênero musical mais
popular no Brasil e também popular em outras
regiões do mundo como no Japão. Alguns artistas
brasileiros como Nelson Sargento, Monarco e Wilson
Moreira produzem Samba para japoneses
Adoniran Barbosa
Agepê
Alcione
Anjos do Inferno
Arlindo Cruz
Aracy de Almeida
Ary Barroso
Benito di Paula
Beth Carvalho
Bezerra da Silva
Candeia
Caras de Pau
Carmen Miranda
Cartola
Chico Buarque
Clara Nunes
Clementina de Jesus
Demônios da Garoa
Dona Ivone Lara
Donga
Dorival Caymmi
Elza Soares
Elizeth Cardoso
Francisco Alves
Germano Matias
Ismael Silva
Jair Rodrigues
Jamelão
João Bosco
João Nogueira
Jorge Aragão
Jorge Ben Jor
Jorge Veiga
Leci Brandão
Lupicínio Rodrigues
Maria Rita
Marisa Monte
Martinho da Vila
Milton Banana - Baterista
Moraes Moreira
Moreira da Silva
Neguinho da Beija-Flor
Nelson Cavaquinho
Noel Rosa
Novos Baianos
Paulinho da Viola
Pixinguinha
Roberto Paiva
Roberto Roberti
Roberto Ribeiro
Rodrigo Carioca
Silas de Oliveira
Simone
Teresa Cristina
Tom Jobim
Wilson Batista
Zeca Pagodinho
Zé Ketti