SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Revolução dos Farrapos Professora Thaís S.F.Bozzetto 2006
Guerra dos Farrapos  ou  Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecido o conflito entre o Rio Grande e o governo imperial.  Durou de 1835 a 1845 e chegou se espalhou até Santa Catarina.
 
Naquela época, o termo  farrapo  era pejorativo e com o tempo adquiriu uma significação elogiosa, sendo adotado com orgulho pelos revolucionários.  Tropa do exército imperial Na guerra dos farrapos.
Sul de Porto Alegre na época da Revolução dos Farrapos.
Antecedentes e causas As causas remotas do conflito se encontra na posição secundária, econômica e política da região sul, a Província do Rio Grande do Sul. Diferentemente de outras províncias o RS produzia para seu consumo, tendo como principal produto o charque.  Como causa imediata, o charque rio-grandense sofria com os altos impostos, perdendo em valor par o charque vindo da Argentina e Uruguai. No interior do RS existiam fazendas agrícolas. Ali, muitos colonos se estabeleciam e, entre eles, militares desmobilizados. Alguns desses colonos, ex-militares, não conseguiam emprego e acabavam se oferecendo como seguranças aos proprietários mais afastados. E como região fronteiriça era militarizado e passível de conflitos, como a Guerra da Cisplatina. Que foi um conflito ocorrido entre Brasil e Argentina (1825 a 1828) pela posse do Uruguai.
A guerra Em 1835, os estancieiros e militares descontentes promoviam reuniões, destacando-se Bento Manuel Ribeiro e Bento Gonçalves, dois líderes militares. Naquele ano foi nomeado como presidente da Província Antônio Rodrigues Fernandes Braga, nome que aos poucos se mostrou pouco digno de confiança. No dia em que tomou posse, Fernandes fez uma séria acusação de separatismo contra os estancieiros gaúchos, o que praticamente liquidou as chances de conviver em paz com os seus governados. Bento Gonçalves Bento Manoel Ribeiro
Bento Gonçalves da Silva   (Triunfo, 1788 — Pedras Brancas, 1847)  Jovem já demonstrou vocação nas guerrilhas da campanha cisplatina. Foi comandante de cavalaria e em 1829, D. Pedro I o nomeou coronel de estado-maior. Em 1834, denunciado como rebelde e acusado de manter entendimentos secretos para a separação do RS, foi chamado à Corte. Defendeu-se perante o ministro da Guerra, foi absolvido. O presidente da província conseguiu a destituição de Bento Gonçalves do comando militar da Província. Foi o estopim para a Revolução Farroupilha, que iria se iniciar em 20 de Setembro de 1835.
LENÇO FARROUPILHA
Em 20 de setembro de 1835 Bento Gonçalves marchou para a capital Porto Alegre, tomando a cidade e dando início à revolta. O governador Fernandes Braga se refugiou na povoação vizinha de Rio Grande, que viria a ser tomada alguns meses depois. Os  farroupilhas , como também ficaram conhecidos os rebeldes, empossaram Marciano Pereira Ribeiro como novo presidente. O liberal Diogo Feijó, então Regente do Império do Brasil, tentando acalmar os ânimos, nomeou um presidente riograndense para a Província, José de Araújo Ribeiro. A Assembléia Provincial mostrou-se indecisa quanto a esse nome e decidiu adiar-lhe a posse. Nesse dia da posse, em que José Ribeiro deveria comparecer à Assembléia, seria então informado de que não seria empossado. Bento Manuel Ribeiro se opôs a esse ardil e, a partir de então, desligou-se dos revoltosos. José Ribeiro não compareceu diante da Assembléia em Porto Alegre e tomou posse em Rio Grande, o que irritou ainda mais os ânimos riograndenses. Como resultado, os rebeldes proclamaram, através de  Antônio de Sousa  Netto ,  a República  RioGrandense   (11 de setembro de 1836), indicando para presidente o nome de Bento Gonçalves. Este, no entanto, acaba cercado pelas forças de Bento Manuel com o apoio de embarcações da Marinha Imperial sob o comando de John Grenfell. Na famosa batalha da ilha do Fanfa, Bento Gonçalves se rendeu (4 de Outubro de 1836), sendo conduzido preso ao Rio de Janeiro e depois a Salvador, onde fará ligações com os rebeldes da Sabinada. Marechal BENTO MANOEL RIBEIRO (1783-1855)
Na ausência do líder, Gomes Jardim assumiu o governo da República Piratini, sustentada pelas forças de Sousa Netto. Nesse ínterim, Bento Gonçalves se evadiu espetacularmente da detenção no Forte do Mar (Salvador, 1837), retomando a presidência no mesmo ano. Nessa fase, organizando o Estado, faz com que a revolução atinja seu auge, levando a crer que a República Piratini conseguirá consolidar-se como Estado independente. No plano tático, a capital Porto Alegre havia sido recuperada pelos legalistas, que também ocupavam a de Rio Grande. Sob rigoroso cerco, estas cidades eram abastecidas pela Marinha Imperial. As tentativas feitas para conquistá-las em 1838 revelaram-se frustantes. Diante da pressão das forças imperiais a capital da república foi transferida de Piratini para Caçapava do Sul, cidade mais inacessível e mais fácil de defender. Como reforço, chegou ao Rio Grande do Sul o revolucionário italiano  Giuseppe Garibaldi . Com apoio de Davi Canabarro, Garibaldi partiu para Santa Catarina, onde proclamou a República Juliana (15 de julho de 1839), formando com a República Piratini uma confederação. A nova república, entretanto, revelou-se efêmera, pois sem condições de expandir-se pelo interior de Santa Catarina durou apenas quatro meses: em novembro desse mesmo ano as forças do Império retomaram a cidade litorânea de Laguna, a capital juliana.
A paz Em 1840, por ocasião da maioridade de Dom Pedro II, foi oferecida uma anistia, recusada pela maioria dos rebeldes. Alguns, contudo, exaustos pelos anos de luta, começaram a compreender que não poderiam alcançar a vitória. Em 1842 foi finalmente promulgada a Constituição da República, o que deu um ânimo momentâneo à luta. Nesse mesmo ano, entretanto, foi nomeado para presidente do Rio Grande do Sul o experimentado general Luís Alves de Lima e Silva, o qual tratou de negociar a paz por via diplomática mais do que pela bélica. Os farroupilhas entraram em discordância, com episódios como a morte de Antônio Vicente da Fontoura e o duelo entre Onofre Pires (ferido e depois morto) e Bento Gonçalves. As negociações de paz foram conduzidas por Lima e Silva, de um lado, e Davi Canabarro (que subtituiu Bento Gonçalves), do outro. No dia 28 de Fevereiro de 1845 (algumas fontes referem 1 de Março ou 25 de Fevereiro), depois de 10 anos de lutas, foi assinada a paz em Ponche Verde, que tinha como condições principais: a anistia aos revoltosos;  os soldados rebeldes seriam incorporados ao exército imperial, nos mesmos postos (excetuando-se os generais);  a escolha do presidente da Província caberia aos farroupilhas;  as dívidas da República Rio-Grandense seriam assumidas pelo Império do Brasil;  haveria uma taxa de 25% sobre o charque importado.  Obs.: Há contradições quanto a validade do Tratado de Ponche Verde (ver comentários). A atuação de Lima e Silva foi tão nobre e decente para com os rebeldes que os rio-grandenses o escolheram para presidente da província. O Império, reconhecido, outorgou ao general o título nobiliárquico de  Conde de Caxias  (1845). Nasceu na fazenda São Paulo, situada na vila de Porto da Estrela, hoje  Parque Histórico Duque de Caxias , no município  fluminense  de  Duque de Caxias
D. Pedro II, Imperador do Brasil
Iniciava-se a luta que se estenderia por dez anos. Bento Gonçalves foi preso no  combate da ilha do  Fanfa  (3 e  4 de outubro  de  1836 ). Foi mandado para a Corte e depois foi encarcerado no  Rio de Janeiro  no  Forte da Laje  e depois transferido para a  Bahia  onde ficou preso no  Forte do Mar . Conseguiu, porém, evadir-se de modo espetacular da prisão baiana em  10 de Setembro  de  1837 . No período de sua prisão, a independência do Rio Grande do Sul foi proclamada pelo general  Antônio de Sousa  Netto  e Bento Gonçalves aclamado presidente ( 6 de Novembro  de  1836 ). De volta ao Rio Grande, aceitou o cargo e continuou a luta. A república sul-rio-grandense teve seu fim no  combate do Poncho Verde , em  28 de Fevereiro  de  1845 .  Luís Alves de Lima e Silva  - o  Duque de Caxias  -, general vitorioso, assumiu a presidência da Província e estabeleceu com os farrapos anistiados um acordo honroso para a pacificação.  D. Pedro II , por sua vez, em sua primeira viagem como imperador pelas províncias do Império, foi ao Rio Grande em dezembro de  1845 . Ao jovem monarca de vinte anos de idade, apresentou-se Bento Gonçalves, com seu uniforme de coronel e revestido de todas as medalhas com que havia sido condecorado por D. Pedro I, pela atuação nas campanhas militares do Primeiro Reinado. Após o fim da revolta, Bento Gonçalves retornou para as atividades do campo sem interessar-se mais por política, Morreu dois anos depois, acometido de  pleurisia .
Antônio de Souza  Netto , gaúcho, foi um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul. Viveu no século XIX, sendo reconhecido por seu árduo trabalho na Revolução Farroupilha, de 1835. Como general da 1 ª Brigada de Lanceiros Negros, após a batalha do  Seival , proclamou a República  Rio-Grandense , no Campo dos Menezes.Abolicionista ferrenho, foi morar no Uruguai após a guerra, com os negros que o acompanharam por livre vontade. Continuou com a  crição  de gado, e com seu exército pessoal, em 1864, foi requisitado pra lutar na Guerra do Paraguai. Na batalha de  Tuiuti , foi ferido a bala e mandado para um hospital em  Corrientes , Argentina. Morreu no hospital, em 2 de julho de 1866.Retirado de " http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant %C3%B4nio_ de_Sousa_Netto "
República Juliana   Bandeira da República Juliana Proclamada em 15 de julho de 1839, por  Davi  Canabarro  e  Giuseppe Garibaldi , a  República Catarinense  ou  República Juliana  formou com a  República  Riograndense  (República do Piratini) uma confederação. Mas a nova república durou apenas quatro meses: sem condições de expandir-se pela então província de  Santa Catarina , e sem conquistar Nossa Senhora do Desterro (atual  Florianópolis ), sede provincial do governo imperial, em novembro do mesmo ano as forças do Império retomam  Laguna , cidade que sediou o governo republicano. A irmã República Riograndense durou até  1 de março  de  1845 , quando é celebrada a paz pelo  tratado de Ponche Verde , e a república integra-se ao Império do Brasil. Bandeira da República Juliana
Giuseppe Garibaldi  ( Nizza , 4 de julho de 1807 —  Caprera , 2 de junho de 1882) foi um guerrilheiro italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido à sua participação em conflitos na Itália e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe  Mazzini  e do Conde de  Cavour , Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em  Nizza  (hoje Nice, na França) então parte do reino da  Sardenha-Piemonte . Após participar de um levante frustrado na Itália e ser condenado à morte, fugiu para a América do Sul.
República  Rio-Grandense Origem:  Wikipédia , a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa   Bandeira da República  Rio-Grandense .A  República  Rio-Grandense  (também conhecida como  República do Piratini , termo que deve ser evitado, pois refere-se à sua capital) foi proclamada em 20 de setembro de 1836, após a batalha do  Seival , pelo general Antônio de Sousa  Netto , durante a Guerra dos Farrapos. Os principais líderes  rio-grandenses  eram estancieiros, que haviam aprendido a arte da guerra nas guerras platinas, mais precisamente na Guerra da Cisplatina. A constituição da República  Rio-Grandense  foi aprovada em 1843 em  Alegrete .A República foi proclamada, pois os fazendeiros acreditavam que não existia mais condições de haver uma união entre a província do Rio Grande do Sul e o Império Brasileiro, por considerarem injusta a forma como o governo imperial tratava a província.Em 1839, a República  Rio-Grandense  formou uma confederação com a República Juliana (proclamada no mesmo ano, em Santa Catarina), cuja capital era a cidade de Laguna.Foi dissolvida em 1 de março de 1845, pelo Tratado de Ponche Verde, que manteve em vigor algumas leis derivadas da constituição  Rio-Grandense .   A República  Rio-Grandense  teve cinco capitais durante seus nove anos de existência: as cidades de Piratini, Caçapava do Sul,  Alegrete  (capitais oficiais), Bagé (somente duas semanas) e São Borja.[editar] Teoria da Invalidade do Tratado de Ponche Verde Há algumas pessoas e grupos, entre elas historiadores gaúchos, que contestam frontalmente a idéia da dissolução da República  Rio-Grandense , bem como a validade do Tratado de Ponche Verde. Eis os argumentos apresentados por essas pessoas:Acredita-se que uma guerra de tão longa duração produziria um desgaste e um sacrifício econômico crescente entre o povo da província em geral. Dessa forma, o exército republicano já não podia manter-se, devido à falta de recursos, ou devido à falta de comando. O momento teria sido de fraqueza extrema, influindo na moral das tropas, que aceitou passivamente a derrota.Há também o argumento de que o tratado em si não existe, de que existem apenas rascunhos em papéis não oficiais das condições para obtenção da paz. Não especificaria, portanto, a dissolução peremptória da República, mas sim que os atos anteriores deveriam ser esquecidos.O Império jamais reconheceu a criação de um Estado independente no Rio Grande do Sul, motivo pelo qual não houve qualquer tratado oficial, mas apenas uma rendição e deposição de armas dos revoltosos. Entretanto, tendo aceito o fato de que a República  Rio-Grandense  foi proclamada, diz-se que, para desfazê-la, seria necessário um tratado de verdade, legalmente assinado, entre dois estados.Acredita-se que, admitindo as condições para deposição das armas republicanas como um tratado, ele só teria validade a partir do cumprimento de suas cláusulas. O não-cumprimento de suas cláusulas o anularia.O  Tratado de  Ponche Verde , ou  paz de Ponche Verde  pôs fim à  Guerra dos Farrapos  e à  República  Rio-Grandense .Teve como representante do Império do Brasil, o general  Luís Alves de Lima e Silva , barão de  Caxias , que havia sido nomeado pelo governo imperial como presidente da província do  Rio Grande do Sul  em 1842, e como representante da República  Rio-Grandense  o general  Davi  Canabarro , que havia substituído o general  Bento Gonçalves da Silva  na presidência da República.No dia 1 de março de 1845 foi assinada a paz, que tinha as principais condições:a  anistia  aos revoltosos; os soldados da república seriam incorporados ao exército imperial, nos mesmos postos (exceto os generais); a escolha do presidente da Província caberia aos  farroupilhas ; as dívidas da República  Rio-Grandense  seriam assumidas pelo Império do Brasil; haveria uma taxa de 25% sobre o charque importado; todos os ex-escravos que lutaram no exército  rio-grandense  seriam declarados livres (embora acredite-se que muitos deles foram re-escravizados depois); e todos os processos da justiça republicana continuariam válidos. Em reconhecimento pela conduta nobre e decente durante as negociações de paz, os farroupilhas escolheram para presidente da Província do Rio Grande do Sul, o general Luís Alves de Lima e Silva. Bandeira da República Rio-Grandense.  Declaração da República Rio-grandense. Òleo do acervo do Governo do RS
 
Curiosidades A expressão "tchê", uma das mais típicas do linguajar gaúcho, é de origem guarani. Tendo o sentido de "meu". A Erva Mate, também uma herança indígena, chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas, pois "o demônio, por meio de algum feiticeiro, inventou-a", diziam eles. A cuia era muito parecida com a usada hoje, mas o mesmo não se pode dizer da bomba que era feita de bambus. A palavra "gaúcho" inicialmente designava os ladrões de gado e os malfeitores - "os homens sem lei e sem rei". Eram os "guacho", que significa "órfão" e refere-se aos filhos de índia com o branco espanhol ou português. Somente em meados do século XIX o termo deixou de ser depreciativo.  A população do Rio Grande do Sul em 1814 era de 70.656 pessoas, sendo que destes, 20.611 eram escravos. A população de Porto Alegre era de 6.111 habitantes. A maior população do Estado estava na cidade de Rio Pardo com 10.445 pessoas. Entre 1824 e 1830, chegam 5.350 imigrantes alemães que se espalham pela região de São Leopoldo.
República dos senhores  Os principais chefes farrapos eram ferrenhos escravistas. Ao ser enviado preso para a Corte, Bento Gonçalves da Silva levou consigo negro úm doméstico, para servi-lo. Ao morrer, legou terras, gado e meia centena de homens negros.  Os farroupilhas jamais acenaram com a distribuição de terras, aos gaúchos, e com o fim do cativeiro, aos cativos, como fizera Artigas. Sequer propuseram o fim do tráfico. A revolta era das elites, para as elites.  Para abater as armas, os farrapos exigiram que o Império respeitasse a liberdade dos soldados negros. Temiam que se formasse guerrilha negra na província, ou que os combatentes negros homiziassem-se no Uruguai, caso temessem a reescravização.  A infâmia de Porongos  Na madrugada de 14 de novembro de 1844, o general farrapo David Canabarro, combinado com Caxias, entregou os farrapos negros desarmados aos inimigos. No serro de Porongos, foi dizimada a infantaria negra, acelerando a paz entre os amos farroupilhas e imperialistas.  A rendição de Poncho Verde foi acordo entre senhores. Não havia contradições essenciais entre os chefes imperialistas e farroupilhas. O Império não manteria o controle do Sul sem a colaboração dos criadores. Logo, os ex-farrapos marchariam sob bandeira imperial contra o Uruguai e a Argentina
 

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A revolução haitiana
A revolução haitiana A revolução haitiana
A revolução haitiana DeaaSouza
 
Atividades de História: Revolução Francesa
Atividades de História: Revolução FrancesaAtividades de História: Revolução Francesa
Atividades de História: Revolução FrancesaDoug Caesar
 
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdfMapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdfGerson Coppes
 
3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período Regencial3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período RegencialDaniel Alves Bronstrup
 
Absolutismo monárquico
Absolutismo  monárquico Absolutismo  monárquico
Absolutismo monárquico Mary Alvarenga
 
Palavras cruzadas - feudalimso
Palavras cruzadas  - feudalimso  Palavras cruzadas  - feudalimso
Palavras cruzadas - feudalimso Mary Alvarenga
 
Brasil: das conjurações à independência
Brasil: das conjurações à independênciaBrasil: das conjurações à independência
Brasil: das conjurações à independênciaEdenilson Morais
 
Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.
 Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial. Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.
Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.Luis Silva
 
Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)Edenilson Morais
 
Período regencial (1831 1840)
Período regencial (1831  1840)Período regencial (1831  1840)
Período regencial (1831 1840)Marilia Pimentel
 
2012 história do ceará
2012  história do ceará2012  história do ceará
2012 história do cearáMARIANO C7S
 

Mais procurados (20)

A revolução haitiana
A revolução haitiana A revolução haitiana
A revolução haitiana
 
2 governo geral
2 governo geral2 governo geral
2 governo geral
 
Atividades de História: Revolução Francesa
Atividades de História: Revolução FrancesaAtividades de História: Revolução Francesa
Atividades de História: Revolução Francesa
 
Civilização Grega aula 01
Civilização Grega   aula 01Civilização Grega   aula 01
Civilização Grega aula 01
 
Fenicios
FeniciosFenicios
Fenicios
 
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdfMapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
Mapa Mental História do Brasil até 1930.pdf
 
3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período Regencial3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período Regencial
 
Absolutismo monárquico
Absolutismo  monárquico Absolutismo  monárquico
Absolutismo monárquico
 
Aula regencias
Aula regenciasAula regencias
Aula regencias
 
Palavras cruzadas - feudalimso
Palavras cruzadas  - feudalimso  Palavras cruzadas  - feudalimso
Palavras cruzadas - feudalimso
 
Brasil: das conjurações à independência
Brasil: das conjurações à independênciaBrasil: das conjurações à independência
Brasil: das conjurações à independência
 
Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.
 Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial. Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.
Neocolonialismo e Primeira Guerra Mundial.
 
Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)
 
Período regencial (1831 1840)
Período regencial (1831  1840)Período regencial (1831  1840)
Período regencial (1831 1840)
 
BRASIL COLÔNIA - PARTE I
BRASIL COLÔNIA - PARTE IBRASIL COLÔNIA - PARTE I
BRASIL COLÔNIA - PARTE I
 
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma AntigaAVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
AVALIAÇÃO 6º ANO - Roma Antiga
 
Atividades feudalismo na idade média
Atividades   feudalismo na idade médiaAtividades   feudalismo na idade média
Atividades feudalismo na idade média
 
2012 história do ceará
2012  história do ceará2012  história do ceará
2012 história do ceará
 
8 2º reinado
8  2º reinado8  2º reinado
8 2º reinado
 
Resumo baixa idade media
Resumo baixa idade mediaResumo baixa idade media
Resumo baixa idade media
 

Destaque

Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farraposmahhhluiza
 
Guerra Dos Farrapos
Guerra Dos FarraposGuerra Dos Farrapos
Guerra Dos Farraposecsette
 
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do Sul
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do SulGuerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do Sul
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do SulGisele Gordon
 
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!Revolução farroupilha/Estude para o Enem!
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!Joemille Leal
 
Cultura gaúcha
Cultura gaúchaCultura gaúcha
Cultura gaúcha28385
 
Guerra Civil Inglesa
Guerra Civil Inglesa Guerra Civil Inglesa
Guerra Civil Inglesa Thiago Bro
 
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair Aguilar
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair AguilarGuerra das duas Rosas - Prof. Altair Aguilar
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
A Revolução Farroupilha
A Revolução FarroupilhaA Revolução Farroupilha
A Revolução FarroupilhaFrancine Chagas
 

Destaque (20)

Guerra dos Farrapos
Guerra dos FarraposGuerra dos Farrapos
Guerra dos Farrapos
 
Ante proyecto PF MNR
Ante proyecto PF MNRAnte proyecto PF MNR
Ante proyecto PF MNR
 
Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farrapos
 
Revolução farroupilha
Revolução farroupilhaRevolução farroupilha
Revolução farroupilha
 
Semana farroupilha
Semana farroupilhaSemana farroupilha
Semana farroupilha
 
Guerra Dos Farrapos
Guerra Dos FarraposGuerra Dos Farrapos
Guerra Dos Farrapos
 
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do Sul
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do SulGuerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do Sul
Guerra dos Farrapos e o Turismo do Rio Grande do Sul
 
Revoluçao farrapos
Revoluçao farraposRevoluçao farrapos
Revoluçao farrapos
 
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!Revolução farroupilha/Estude para o Enem!
Revolução farroupilha/Estude para o Enem!
 
Guerra dos Farrapos
Guerra dos FarraposGuerra dos Farrapos
Guerra dos Farrapos
 
Rio Grande Do Sul
Rio Grande Do SulRio Grande Do Sul
Rio Grande Do Sul
 
Geografia Regional Sul
Geografia Regional   SulGeografia Regional   Sul
Geografia Regional Sul
 
Cultura gaúcha
Cultura gaúchaCultura gaúcha
Cultura gaúcha
 
Guerra Dos Farrapos
Guerra Dos FarraposGuerra Dos Farrapos
Guerra Dos Farrapos
 
Guerra Civil Inglesa
Guerra Civil Inglesa Guerra Civil Inglesa
Guerra Civil Inglesa
 
Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farrapos
 
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair Aguilar
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair AguilarGuerra das duas Rosas - Prof. Altair Aguilar
Guerra das duas Rosas - Prof. Altair Aguilar
 
Historia 7 ano
Historia 7 anoHistoria 7 ano
Historia 7 ano
 
A Revolução Farroupilha
A Revolução FarroupilhaA Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha
 
Slides prontos
Slides prontosSlides prontos
Slides prontos
 

Semelhante a Revolução Farroupilha

Trabalho História - Farrapos.pdf
Trabalho História - Farrapos.pdfTrabalho História - Farrapos.pdf
Trabalho História - Farrapos.pdfBlack4057
 
A revolução farroupilha
A revolução farroupilhaA revolução farroupilha
A revolução farroupilhaFrancine Chagas
 
Revolução farroupilha
Revolução farroupilhaRevolução farroupilha
Revolução farroupilhamateus_95
 
Revoltas Regenciais- farrapos.pdf
Revoltas Regenciais- farrapos.pdfRevoltas Regenciais- farrapos.pdf
Revoltas Regenciais- farrapos.pdfoobetimm
 
Revolução Farroupilha
Revolução Farroupilha  Revolução Farroupilha
Revolução Farroupilha Mima Badan
 
História do Rio Grande do Sul
História do Rio Grande do SulHistória do Rio Grande do Sul
História do Rio Grande do SulCarlos Glufke
 
20 de setembro (dia do gaucho)`
20 de setembro  (dia do gaucho)`20 de setembro  (dia do gaucho)`
20 de setembro (dia do gaucho)`andrestefanazeredo
 
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptx
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptxSegundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptx
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptxvaleria908734
 
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870Isabel Aguiar
 
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptxvaleria908734
 
História Regional - A guerra do Paraguai
História Regional - A guerra do ParaguaiHistória Regional - A guerra do Paraguai
História Regional - A guerra do Paraguaidantasmestre
 
Segundo Reinado - Política Externa
Segundo Reinado - Política ExternaSegundo Reinado - Política Externa
Segundo Reinado - Política ExternaFabrício Lima
 
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptx
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptxGuerra dos Farrapos - 8° B.pptx
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptxBrandoneLeeOficial
 

Semelhante a Revolução Farroupilha (20)

Trabalho História - Farrapos.pdf
Trabalho História - Farrapos.pdfTrabalho História - Farrapos.pdf
Trabalho História - Farrapos.pdf
 
A revolução farroupilha
A revolução farroupilhaA revolução farroupilha
A revolução farroupilha
 
Farrapos ok
Farrapos okFarrapos ok
Farrapos ok
 
Revolução farroupilha
Revolução farroupilhaRevolução farroupilha
Revolução farroupilha
 
Guerra dos farrapos
Guerra dos farraposGuerra dos farrapos
Guerra dos farrapos
 
Revoltas Regenciais- farrapos.pdf
Revoltas Regenciais- farrapos.pdfRevoltas Regenciais- farrapos.pdf
Revoltas Regenciais- farrapos.pdf
 
Guerra da cabanagem ok
Guerra da cabanagem okGuerra da cabanagem ok
Guerra da cabanagem ok
 
Rio grandedo sul]
Rio grandedo sul]Rio grandedo sul]
Rio grandedo sul]
 
Revolução Farroupilha
Revolução Farroupilha  Revolução Farroupilha
Revolução Farroupilha
 
História do Rio Grande do Sul
História do Rio Grande do SulHistória do Rio Grande do Sul
História do Rio Grande do Sul
 
20 de setembro (dia do gaucho)`
20 de setembro  (dia do gaucho)`20 de setembro  (dia do gaucho)`
20 de setembro (dia do gaucho)`
 
Revolução farroupilha 0002
Revolução farroupilha 0002Revolução farroupilha 0002
Revolução farroupilha 0002
 
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptx
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptxSegundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptx
Segundo Reinado: Política Externa Parte 1.pptx
 
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
 
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx
2º Reinado - Política Externa: Guerra do Paraguai.pptx
 
História Regional - A guerra do Paraguai
História Regional - A guerra do ParaguaiHistória Regional - A guerra do Paraguai
História Regional - A guerra do Paraguai
 
Todos contra o paraguai
Todos contra o paraguaiTodos contra o paraguai
Todos contra o paraguai
 
Segundo reinado 8ºano
Segundo reinado 8ºanoSegundo reinado 8ºano
Segundo reinado 8ºano
 
Segundo Reinado - Política Externa
Segundo Reinado - Política ExternaSegundo Reinado - Política Externa
Segundo Reinado - Política Externa
 
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptx
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptxGuerra dos Farrapos - 8° B.pptx
Guerra dos Farrapos - 8° B.pptx
 

Mais de Thaís Bozz

Historia da Unificacao Italiana
Historia da Unificacao ItalianaHistoria da Unificacao Italiana
Historia da Unificacao ItalianaThaís Bozz
 
Historia dos Etruscos
Historia dos EtruscosHistoria dos Etruscos
Historia dos EtruscosThaís Bozz
 
Historia da Grecia E. Fundamental
Historia da Grecia E. FundamentalHistoria da Grecia E. Fundamental
Historia da Grecia E. FundamentalThaís Bozz
 
Historia da Unificacao Alema
Historia da Unificacao AlemaHistoria da Unificacao Alema
Historia da Unificacao AlemaThaís Bozz
 
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da Ásia
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da ÁsiaHistoria da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da Ásia
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da ÁsiaThaís Bozz
 
Historia da Mesopotâmia
Historia da MesopotâmiaHistoria da Mesopotâmia
Historia da MesopotâmiaThaís Bozz
 
Historia das Revoltas do Império no Brasil
Historia das Revoltas do Império no BrasilHistoria das Revoltas do Império no Brasil
Historia das Revoltas do Império no BrasilThaís Bozz
 
Historia da Imigração no Brasil
Historia da Imigração no BrasilHistoria da Imigração no Brasil
Historia da Imigração no BrasilThaís Bozz
 
Historia da Expansão Marítima e Comercial
Historia da Expansão Marítima e ComercialHistoria da Expansão Marítima e Comercial
Historia da Expansão Marítima e ComercialThaís Bozz
 

Mais de Thaís Bozz (9)

Historia da Unificacao Italiana
Historia da Unificacao ItalianaHistoria da Unificacao Italiana
Historia da Unificacao Italiana
 
Historia dos Etruscos
Historia dos EtruscosHistoria dos Etruscos
Historia dos Etruscos
 
Historia da Grecia E. Fundamental
Historia da Grecia E. FundamentalHistoria da Grecia E. Fundamental
Historia da Grecia E. Fundamental
 
Historia da Unificacao Alema
Historia da Unificacao AlemaHistoria da Unificacao Alema
Historia da Unificacao Alema
 
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da Ásia
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da ÁsiaHistoria da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da Ásia
Historia da Colonizacao e Descolonizaçcao da África e da Ásia
 
Historia da Mesopotâmia
Historia da MesopotâmiaHistoria da Mesopotâmia
Historia da Mesopotâmia
 
Historia das Revoltas do Império no Brasil
Historia das Revoltas do Império no BrasilHistoria das Revoltas do Império no Brasil
Historia das Revoltas do Império no Brasil
 
Historia da Imigração no Brasil
Historia da Imigração no BrasilHistoria da Imigração no Brasil
Historia da Imigração no Brasil
 
Historia da Expansão Marítima e Comercial
Historia da Expansão Marítima e ComercialHistoria da Expansão Marítima e Comercial
Historia da Expansão Marítima e Comercial
 

Revolução Farroupilha

  • 1. Revolução dos Farrapos Professora Thaís S.F.Bozzetto 2006
  • 2. Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecido o conflito entre o Rio Grande e o governo imperial. Durou de 1835 a 1845 e chegou se espalhou até Santa Catarina.
  • 3.  
  • 4. Naquela época, o termo farrapo era pejorativo e com o tempo adquiriu uma significação elogiosa, sendo adotado com orgulho pelos revolucionários. Tropa do exército imperial Na guerra dos farrapos.
  • 5. Sul de Porto Alegre na época da Revolução dos Farrapos.
  • 6. Antecedentes e causas As causas remotas do conflito se encontra na posição secundária, econômica e política da região sul, a Província do Rio Grande do Sul. Diferentemente de outras províncias o RS produzia para seu consumo, tendo como principal produto o charque. Como causa imediata, o charque rio-grandense sofria com os altos impostos, perdendo em valor par o charque vindo da Argentina e Uruguai. No interior do RS existiam fazendas agrícolas. Ali, muitos colonos se estabeleciam e, entre eles, militares desmobilizados. Alguns desses colonos, ex-militares, não conseguiam emprego e acabavam se oferecendo como seguranças aos proprietários mais afastados. E como região fronteiriça era militarizado e passível de conflitos, como a Guerra da Cisplatina. Que foi um conflito ocorrido entre Brasil e Argentina (1825 a 1828) pela posse do Uruguai.
  • 7. A guerra Em 1835, os estancieiros e militares descontentes promoviam reuniões, destacando-se Bento Manuel Ribeiro e Bento Gonçalves, dois líderes militares. Naquele ano foi nomeado como presidente da Província Antônio Rodrigues Fernandes Braga, nome que aos poucos se mostrou pouco digno de confiança. No dia em que tomou posse, Fernandes fez uma séria acusação de separatismo contra os estancieiros gaúchos, o que praticamente liquidou as chances de conviver em paz com os seus governados. Bento Gonçalves Bento Manoel Ribeiro
  • 8. Bento Gonçalves da Silva (Triunfo, 1788 — Pedras Brancas, 1847) Jovem já demonstrou vocação nas guerrilhas da campanha cisplatina. Foi comandante de cavalaria e em 1829, D. Pedro I o nomeou coronel de estado-maior. Em 1834, denunciado como rebelde e acusado de manter entendimentos secretos para a separação do RS, foi chamado à Corte. Defendeu-se perante o ministro da Guerra, foi absolvido. O presidente da província conseguiu a destituição de Bento Gonçalves do comando militar da Província. Foi o estopim para a Revolução Farroupilha, que iria se iniciar em 20 de Setembro de 1835.
  • 10. Em 20 de setembro de 1835 Bento Gonçalves marchou para a capital Porto Alegre, tomando a cidade e dando início à revolta. O governador Fernandes Braga se refugiou na povoação vizinha de Rio Grande, que viria a ser tomada alguns meses depois. Os farroupilhas , como também ficaram conhecidos os rebeldes, empossaram Marciano Pereira Ribeiro como novo presidente. O liberal Diogo Feijó, então Regente do Império do Brasil, tentando acalmar os ânimos, nomeou um presidente riograndense para a Província, José de Araújo Ribeiro. A Assembléia Provincial mostrou-se indecisa quanto a esse nome e decidiu adiar-lhe a posse. Nesse dia da posse, em que José Ribeiro deveria comparecer à Assembléia, seria então informado de que não seria empossado. Bento Manuel Ribeiro se opôs a esse ardil e, a partir de então, desligou-se dos revoltosos. José Ribeiro não compareceu diante da Assembléia em Porto Alegre e tomou posse em Rio Grande, o que irritou ainda mais os ânimos riograndenses. Como resultado, os rebeldes proclamaram, através de Antônio de Sousa Netto , a República RioGrandense (11 de setembro de 1836), indicando para presidente o nome de Bento Gonçalves. Este, no entanto, acaba cercado pelas forças de Bento Manuel com o apoio de embarcações da Marinha Imperial sob o comando de John Grenfell. Na famosa batalha da ilha do Fanfa, Bento Gonçalves se rendeu (4 de Outubro de 1836), sendo conduzido preso ao Rio de Janeiro e depois a Salvador, onde fará ligações com os rebeldes da Sabinada. Marechal BENTO MANOEL RIBEIRO (1783-1855)
  • 11. Na ausência do líder, Gomes Jardim assumiu o governo da República Piratini, sustentada pelas forças de Sousa Netto. Nesse ínterim, Bento Gonçalves se evadiu espetacularmente da detenção no Forte do Mar (Salvador, 1837), retomando a presidência no mesmo ano. Nessa fase, organizando o Estado, faz com que a revolução atinja seu auge, levando a crer que a República Piratini conseguirá consolidar-se como Estado independente. No plano tático, a capital Porto Alegre havia sido recuperada pelos legalistas, que também ocupavam a de Rio Grande. Sob rigoroso cerco, estas cidades eram abastecidas pela Marinha Imperial. As tentativas feitas para conquistá-las em 1838 revelaram-se frustantes. Diante da pressão das forças imperiais a capital da república foi transferida de Piratini para Caçapava do Sul, cidade mais inacessível e mais fácil de defender. Como reforço, chegou ao Rio Grande do Sul o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi . Com apoio de Davi Canabarro, Garibaldi partiu para Santa Catarina, onde proclamou a República Juliana (15 de julho de 1839), formando com a República Piratini uma confederação. A nova república, entretanto, revelou-se efêmera, pois sem condições de expandir-se pelo interior de Santa Catarina durou apenas quatro meses: em novembro desse mesmo ano as forças do Império retomaram a cidade litorânea de Laguna, a capital juliana.
  • 12. A paz Em 1840, por ocasião da maioridade de Dom Pedro II, foi oferecida uma anistia, recusada pela maioria dos rebeldes. Alguns, contudo, exaustos pelos anos de luta, começaram a compreender que não poderiam alcançar a vitória. Em 1842 foi finalmente promulgada a Constituição da República, o que deu um ânimo momentâneo à luta. Nesse mesmo ano, entretanto, foi nomeado para presidente do Rio Grande do Sul o experimentado general Luís Alves de Lima e Silva, o qual tratou de negociar a paz por via diplomática mais do que pela bélica. Os farroupilhas entraram em discordância, com episódios como a morte de Antônio Vicente da Fontoura e o duelo entre Onofre Pires (ferido e depois morto) e Bento Gonçalves. As negociações de paz foram conduzidas por Lima e Silva, de um lado, e Davi Canabarro (que subtituiu Bento Gonçalves), do outro. No dia 28 de Fevereiro de 1845 (algumas fontes referem 1 de Março ou 25 de Fevereiro), depois de 10 anos de lutas, foi assinada a paz em Ponche Verde, que tinha como condições principais: a anistia aos revoltosos; os soldados rebeldes seriam incorporados ao exército imperial, nos mesmos postos (excetuando-se os generais); a escolha do presidente da Província caberia aos farroupilhas; as dívidas da República Rio-Grandense seriam assumidas pelo Império do Brasil; haveria uma taxa de 25% sobre o charque importado. Obs.: Há contradições quanto a validade do Tratado de Ponche Verde (ver comentários). A atuação de Lima e Silva foi tão nobre e decente para com os rebeldes que os rio-grandenses o escolheram para presidente da província. O Império, reconhecido, outorgou ao general o título nobiliárquico de Conde de Caxias (1845). Nasceu na fazenda São Paulo, situada na vila de Porto da Estrela, hoje Parque Histórico Duque de Caxias , no município fluminense de Duque de Caxias
  • 13. D. Pedro II, Imperador do Brasil
  • 14. Iniciava-se a luta que se estenderia por dez anos. Bento Gonçalves foi preso no combate da ilha do Fanfa (3 e 4 de outubro de 1836 ). Foi mandado para a Corte e depois foi encarcerado no Rio de Janeiro no Forte da Laje e depois transferido para a Bahia onde ficou preso no Forte do Mar . Conseguiu, porém, evadir-se de modo espetacular da prisão baiana em 10 de Setembro de 1837 . No período de sua prisão, a independência do Rio Grande do Sul foi proclamada pelo general Antônio de Sousa Netto e Bento Gonçalves aclamado presidente ( 6 de Novembro de 1836 ). De volta ao Rio Grande, aceitou o cargo e continuou a luta. A república sul-rio-grandense teve seu fim no combate do Poncho Verde , em 28 de Fevereiro de 1845 . Luís Alves de Lima e Silva - o Duque de Caxias -, general vitorioso, assumiu a presidência da Província e estabeleceu com os farrapos anistiados um acordo honroso para a pacificação. D. Pedro II , por sua vez, em sua primeira viagem como imperador pelas províncias do Império, foi ao Rio Grande em dezembro de 1845 . Ao jovem monarca de vinte anos de idade, apresentou-se Bento Gonçalves, com seu uniforme de coronel e revestido de todas as medalhas com que havia sido condecorado por D. Pedro I, pela atuação nas campanhas militares do Primeiro Reinado. Após o fim da revolta, Bento Gonçalves retornou para as atividades do campo sem interessar-se mais por política, Morreu dois anos depois, acometido de pleurisia .
  • 15. Antônio de Souza Netto , gaúcho, foi um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul. Viveu no século XIX, sendo reconhecido por seu árduo trabalho na Revolução Farroupilha, de 1835. Como general da 1 ª Brigada de Lanceiros Negros, após a batalha do Seival , proclamou a República Rio-Grandense , no Campo dos Menezes.Abolicionista ferrenho, foi morar no Uruguai após a guerra, com os negros que o acompanharam por livre vontade. Continuou com a crição de gado, e com seu exército pessoal, em 1864, foi requisitado pra lutar na Guerra do Paraguai. Na batalha de Tuiuti , foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes , Argentina. Morreu no hospital, em 2 de julho de 1866.Retirado de " http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant %C3%B4nio_ de_Sousa_Netto "
  • 16. República Juliana Bandeira da República Juliana Proclamada em 15 de julho de 1839, por Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi , a República Catarinense ou República Juliana formou com a República Riograndense (República do Piratini) uma confederação. Mas a nova república durou apenas quatro meses: sem condições de expandir-se pela então província de Santa Catarina , e sem conquistar Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis ), sede provincial do governo imperial, em novembro do mesmo ano as forças do Império retomam Laguna , cidade que sediou o governo republicano. A irmã República Riograndense durou até 1 de março de 1845 , quando é celebrada a paz pelo tratado de Ponche Verde , e a república integra-se ao Império do Brasil. Bandeira da República Juliana
  • 17. Giuseppe Garibaldi ( Nizza , 4 de julho de 1807 — Caprera , 2 de junho de 1882) foi um guerrilheiro italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido à sua participação em conflitos na Itália e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour , Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice, na França) então parte do reino da Sardenha-Piemonte . Após participar de um levante frustrado na Itália e ser condenado à morte, fugiu para a América do Sul.
  • 18. República Rio-Grandense Origem: Wikipédia , a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Bandeira da República Rio-Grandense .A República Rio-Grandense (também conhecida como República do Piratini , termo que deve ser evitado, pois refere-se à sua capital) foi proclamada em 20 de setembro de 1836, após a batalha do Seival , pelo general Antônio de Sousa Netto , durante a Guerra dos Farrapos. Os principais líderes rio-grandenses eram estancieiros, que haviam aprendido a arte da guerra nas guerras platinas, mais precisamente na Guerra da Cisplatina. A constituição da República Rio-Grandense foi aprovada em 1843 em Alegrete .A República foi proclamada, pois os fazendeiros acreditavam que não existia mais condições de haver uma união entre a província do Rio Grande do Sul e o Império Brasileiro, por considerarem injusta a forma como o governo imperial tratava a província.Em 1839, a República Rio-Grandense formou uma confederação com a República Juliana (proclamada no mesmo ano, em Santa Catarina), cuja capital era a cidade de Laguna.Foi dissolvida em 1 de março de 1845, pelo Tratado de Ponche Verde, que manteve em vigor algumas leis derivadas da constituição Rio-Grandense . A República Rio-Grandense teve cinco capitais durante seus nove anos de existência: as cidades de Piratini, Caçapava do Sul, Alegrete (capitais oficiais), Bagé (somente duas semanas) e São Borja.[editar] Teoria da Invalidade do Tratado de Ponche Verde Há algumas pessoas e grupos, entre elas historiadores gaúchos, que contestam frontalmente a idéia da dissolução da República Rio-Grandense , bem como a validade do Tratado de Ponche Verde. Eis os argumentos apresentados por essas pessoas:Acredita-se que uma guerra de tão longa duração produziria um desgaste e um sacrifício econômico crescente entre o povo da província em geral. Dessa forma, o exército republicano já não podia manter-se, devido à falta de recursos, ou devido à falta de comando. O momento teria sido de fraqueza extrema, influindo na moral das tropas, que aceitou passivamente a derrota.Há também o argumento de que o tratado em si não existe, de que existem apenas rascunhos em papéis não oficiais das condições para obtenção da paz. Não especificaria, portanto, a dissolução peremptória da República, mas sim que os atos anteriores deveriam ser esquecidos.O Império jamais reconheceu a criação de um Estado independente no Rio Grande do Sul, motivo pelo qual não houve qualquer tratado oficial, mas apenas uma rendição e deposição de armas dos revoltosos. Entretanto, tendo aceito o fato de que a República Rio-Grandense foi proclamada, diz-se que, para desfazê-la, seria necessário um tratado de verdade, legalmente assinado, entre dois estados.Acredita-se que, admitindo as condições para deposição das armas republicanas como um tratado, ele só teria validade a partir do cumprimento de suas cláusulas. O não-cumprimento de suas cláusulas o anularia.O Tratado de Ponche Verde , ou paz de Ponche Verde pôs fim à Guerra dos Farrapos e à República Rio-Grandense .Teve como representante do Império do Brasil, o general Luís Alves de Lima e Silva , barão de Caxias , que havia sido nomeado pelo governo imperial como presidente da província do Rio Grande do Sul em 1842, e como representante da República Rio-Grandense o general Davi Canabarro , que havia substituído o general Bento Gonçalves da Silva na presidência da República.No dia 1 de março de 1845 foi assinada a paz, que tinha as principais condições:a anistia aos revoltosos; os soldados da república seriam incorporados ao exército imperial, nos mesmos postos (exceto os generais); a escolha do presidente da Província caberia aos farroupilhas ; as dívidas da República Rio-Grandense seriam assumidas pelo Império do Brasil; haveria uma taxa de 25% sobre o charque importado; todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (embora acredite-se que muitos deles foram re-escravizados depois); e todos os processos da justiça republicana continuariam válidos. Em reconhecimento pela conduta nobre e decente durante as negociações de paz, os farroupilhas escolheram para presidente da Província do Rio Grande do Sul, o general Luís Alves de Lima e Silva. Bandeira da República Rio-Grandense. Declaração da República Rio-grandense. Òleo do acervo do Governo do RS
  • 19.  
  • 20. Curiosidades A expressão "tchê", uma das mais típicas do linguajar gaúcho, é de origem guarani. Tendo o sentido de "meu". A Erva Mate, também uma herança indígena, chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas, pois "o demônio, por meio de algum feiticeiro, inventou-a", diziam eles. A cuia era muito parecida com a usada hoje, mas o mesmo não se pode dizer da bomba que era feita de bambus. A palavra "gaúcho" inicialmente designava os ladrões de gado e os malfeitores - "os homens sem lei e sem rei". Eram os "guacho", que significa "órfão" e refere-se aos filhos de índia com o branco espanhol ou português. Somente em meados do século XIX o termo deixou de ser depreciativo. A população do Rio Grande do Sul em 1814 era de 70.656 pessoas, sendo que destes, 20.611 eram escravos. A população de Porto Alegre era de 6.111 habitantes. A maior população do Estado estava na cidade de Rio Pardo com 10.445 pessoas. Entre 1824 e 1830, chegam 5.350 imigrantes alemães que se espalham pela região de São Leopoldo.
  • 21. República dos senhores Os principais chefes farrapos eram ferrenhos escravistas. Ao ser enviado preso para a Corte, Bento Gonçalves da Silva levou consigo negro úm doméstico, para servi-lo. Ao morrer, legou terras, gado e meia centena de homens negros. Os farroupilhas jamais acenaram com a distribuição de terras, aos gaúchos, e com o fim do cativeiro, aos cativos, como fizera Artigas. Sequer propuseram o fim do tráfico. A revolta era das elites, para as elites. Para abater as armas, os farrapos exigiram que o Império respeitasse a liberdade dos soldados negros. Temiam que se formasse guerrilha negra na província, ou que os combatentes negros homiziassem-se no Uruguai, caso temessem a reescravização. A infâmia de Porongos Na madrugada de 14 de novembro de 1844, o general farrapo David Canabarro, combinado com Caxias, entregou os farrapos negros desarmados aos inimigos. No serro de Porongos, foi dizimada a infantaria negra, acelerando a paz entre os amos farroupilhas e imperialistas. A rendição de Poncho Verde foi acordo entre senhores. Não havia contradições essenciais entre os chefes imperialistas e farroupilhas. O Império não manteria o controle do Sul sem a colaboração dos criadores. Logo, os ex-farrapos marchariam sob bandeira imperial contra o Uruguai e a Argentina
  • 22.