2. O que é Leucemia?
A Leucemia refere-se a um grupo de cânceres que afetam as células
brancas do sangue. É uma enfermidade que se desenvolve na medula óssea,
parte do corpo que produz as células sanguíneas, (células vermelhas, células
brancas, e plaquetas). Um organismo com leucemia produz exageradamente
certos tipos de glóbulos brancos, chamados blastos (células muito jovens),
causando infecções, anemia e sangramento excessivo.
3. Causas da Leucemia
A causa exata ainda não é conhecida, mas a doença é
influenciada por fatores genéticos e ambientais e resultam de
mutações somáticas no DNA, as quais podem ocorrer espontaneamente
ou em função de exposição à radiação ou a substâncias cancerígenas, e
tem sua probabilidade influenciada por fatores genéticos.
5. Tipos de Leucemia
Os tipos de Leucemia são agrupados pela sua rapidez de
desenvolvimento e agravamento da doença.
A Leucemia pode ser:
Aguda (é caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do
sangue. O tratamento deve ser imediato pela rápida progressão e
acumulo de células malignas que invadem a circulação periférica e
outros órgãos. Geralmente acomete em crianças, adultos e jovens.
Crônica (é caracterizada pelo aumento de células maduras mas
anormais. Sua progressão pode demorar de meses a anos. Geralmente
acomete pessoas mais velhas.)
6. Leucemia linfática aguda - Tipo mais comum de leucemia em crianças jovens. Este tipo
também afeta adultos, especialmente com mais de 65 anos.
Leucemia mielóide aguda - Ocorre mais comumente em adultos do que em crianças,
sendo mais comuns em homens do que em mulheres.
Leucemia linfática crônica - Mais frequentemente afeta adultos acima de 55 anos. Às
vezes ocorre em adultos jovens, mas quase nunca afeta crianças. ⅔ dos afetados são
homens. Incurável.
Leucemia mielóide crônica - Ocorre principalmente em adultos. Um número muito
pequeno de crianças também desenvolve esta doença.
7. Sintomas da Leucemia
Febre e suores noturnos;
Infecções frequentes;
Sensação de fraqueza;
Dor de cabeça;
Sangrar e fazer nódoas negras (hematomas) facilmente; gengivas que
sangram, manchas arroxeadas na pele, ou pequenas pintas vermelhas sob a
pele;
Dor nos ossos e articulações;
Inchaço ou desconforto no abdómen (em consequência do aumento do
baço);
Gânglios inchados, especialmente os do pescoço e das axilas;
Perda de peso;
Queda de cabelo;
Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central, podem surgir dores de
cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
8. Formas de diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de uma análise laboratorial ao paciente. Porém,
a confirmação só é feita com exames da medula óssea.
Exame físico;
Análises sanguíneas;
Biópsia;
Citogenética;
Punção lombar;
Radiografia ao tórax
9. Formas de tratamento
Imunoterapia: Este tipo de tratamento melhora as defesas naturais do organismo contra o cancro. O
tratamento é administrado por injeção numa veia. Algumas pessoas com leucemia linfocítica crónica,
recebem imunoterapia, utilizando anticorpos monoclonais. Estas substâncias ligam-se às células
cancerígenas, permitindo que o sistema imunitário elimine as células tumorais, no sangue e na
medula óssea.
Radioterapia: usa raios de elevada energia, para matar as células cancerígenas. Para a maioria dos
doentes, uma máquina dirige a radiação para o baço, cérebro ou para outras partes do corpo, onde se
tenham depositado células tumorais. Alguns doentes fazem radiação dirigida a todo o corpo; a
radiação total ao corpo é, geralmente, realizada antes de um transplante de medula óssea. A
radioterapia é sempre administrada num hospital ou numa clínica.
Quimioterapia: A maioria das pessoas com leucemia faz quimioterapia A quimioterapia consiste na
utilização de fármacos, para matar as células cancerígenas. Dependendo do tipo de leucemia, pode
ser administrado apenas um fármaco, ou uma associação de dois ou mais fármacos.
Transplante de células estaminais: Um transplante de células estaminais, permite o tratamento
com doses mais elevadas de fármacos, de radiação ou de ambos. As doses elevadas, destroem tanto
as células cancerígenas como os glóbulos sanguíneos normais da medula óssea. Mais tarde, a pessoa
recebe células estaminais saudáveis, através de um catéter que é colocado numa grande veia, no
pescoço ou na zona do peito. A partir das células estaminais transplantadas, desenvolvem-se novos
glóbulos sanguíneos.
12. Dados da Leucemia
No Brasil e em outros países, a Leucemia representa numericamente cerca de 2% de todos
os tipos de câncer, sendo uma das poucas neoplasias que atingem não só adultos e idosos mas também
menores de 14 anos. A Leucemia Linfóide Aguda, por exemplo, é o câncer de maior incidência em
crianças, particularmente de 3 a 5 anos. Para o Estado de São Paulo, no ano de 2003, as Leucemias
foram responsáveis por 3,4% das mortes por neoplasias, alcançando a 11ª colocação. Já no ano de 2004,
foram responsáveis por 3,65% das internações por câncer, também para o Estado de São Paulo.
O Instituto Nacional do Câncer - INCA estimou para 2006, no Estado de São Paulo, a
ocorrência de 138.570 casos novos de câncer, sendo 70.340 para o sexo masculino e 68.230 para o
feminino. Do total esperado, 2.570 casos (1,85%) seriam referentes às leucemias, sendo 1.410 (54,86%)
no sexo masculino e 1.160 (45,14%) no sexo feminino.
Após o envio do último banco de dados em dezembro de 2.005, a base de dados estadual do
Registro Hospitalar de Câncer conta atualmente com 174.743 casos diagnosticados desde janeiro de
2.000 . Destes, 4.504 tumores (2,58%) tiveram a Leucemia registrada como morfologia. A distribuição
dos casos de Leucemia por sexo demonstrou predominância do sexo masculino, com 2.522 casos
(56%), em relação ao sexo feminino, 1.982 casos (44%).
Em 2008 foram estimados cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por leucemia no
mundo. No Brasil são estimados 5 novos casos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres. Por
causa da diferença no acesso ao tratamento sobrevida após 5 anos é de 43% na Europa Ocidental, mas
apenas 24% na América do Sul. Em crianças com acesso a hospitais modernos a sobrevida relativa em
5 anos alcança 80%. Em 2012, no Brasil, o INCA estima que houve cerca de 4.500 homens e 4.000
mulheres afetados. Em 2010 a leucemia causou cerca de 6000 vítimas. Ainda segundo o INCA, em
2008 ocorreram no mundo cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por leucemia.