2. 1
PACIFICAÇÃO DE
CONFLITOS
1. OS CONFLITOS
Para Ken Sande (2010) o conflito
pode ser entendido como uma
diferença de opinião ou propósito que
frustra os objetivos ou desejos de
alguém; ou, até mesmo, divergência
de perspectivas percebida como
geradora de tensão por pelo menos
uma das partes envolvidas numa
determinada interação e que pode ou
não se traduzir numa
incompatibilidade de objetivos.
Tal tipo de definição, muito difundida,
parece não abarcar a completude
conceitual de tal termo. Sendo
necessário, portanto, evidenciar que o
homem trava, não somente com
outras pessoas, mas também consigo
mesmo. Portanto, existem dois tipos
de conflitos: intrapsíquico e
interpessoal.
1. Intrapsíquico
Tais tipos de conflitos surgem no
campo da mente ligado às ideias,
pensamentos, emoções, valores ou,
até mesmo, predisposições. Portanto,
dentro do próprio indivíduo ele
poderá travar os seguintes conflitos.
● Atração – Atração (natureza
positiva)
● Repulsão – Repulsão (natureza
negativa)
● Atração – Repulsão (natureza
positiva/negativa)
● Dupla Atração – Repulsão
(natureza positiva + negativa
2. Extrapsíquico ou interpessoal
Os conflitos interpessoais são aqueles
ocasionados por outrem em razão de
uma diferença de opinião ou
propósito, onde os objetivos ou
desejos de alguém são frustrados.
Visão Bíblica dos conflitos
A natureza dos conflitos não é
necessariamente má. A Bíblia ensina
que algumas diferenças são naturais e
benéficas. Como Deus criou os
indivíduos como seres singulares, eles
sempre terão divergências nas
opiniões, convicções, desejos,
perspectivas e prioridades.
O apóstolo Paulo mostra claramente
que as questões das diferenças entre
os indivíduos são simplesmente o
resultado da diversidade dada por
Deus e de preferências pessoais.
3. 2
Ora, assim como o corpo é uma
unidade, embora tenha muitos
membros, e todos os membros,
mesmo sendo muitos, formam um só
corpo, assim também com respeito a
Cristo. Pois em um só corpo todos nós
fomos batizados em um único
Espírito: quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos
nós foi dado beber de um único
Espírito. O corpo não é composto de
um só membro, mas de muitos. Se o
pé disser: "Porque não sou mão, não
pertenço ao corpo", nem por isso
deixa de fazer parte do corpo. E se o
ouvido disser: "Porque não sou olho,
não pertenço ao corpo", nem por isso
deixa de fazer parte do corpo. Se todo
o corpo fosse olho, onde estaria a
audição? Se todo o corpo fosse
ouvido, onde estaria o olfato? De fato,
Deus dispôs cada um dos membros no
corpo, segundo a sua vontade. Se
todos fossem um só membro, onde
estaria o corpo? Assim, há muitos
membros, mas um só corpo. O olho
não pode dizer à mão: "Não preciso de
você! " Nem a cabeça pode dizer aos
pés: "Não preciso de vocês!"
(1 Coríntios 12.21-31).
Como cristãos precisamos buscar a
unidade nos relacionamentos e não,
exigir a uniformidade, como o
apóstolo Paulo nos fala em Efésios
4.1-13.
Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes
que vivam de maneira digna da
vocação que receberam. Sejam
completamente humildes e dóceis, e
sejam pacientes, suportando uns aos
outros com amor. Façam todo o
esforço para conservar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz. Há um só
corpo e um só Espírito, assim como a
esperança para a qual vocês foram
chamados é uma só; há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo, um só Deus
e Pai de todos, que é sobre todos, por
meio de todos e em todos. E a cada
um de nós foi concedida a graça,
conforme a medida repartida por
Cristo. Por isso é que foi dito: "Quando
ele subiu em triunfo às alturas, levou
cativo muitos prisioneiros, e deu dons
aos homens". (Que significa "ele
subiu", senão que também descera às
profundezas da terra? Aquele que
desceu é o mesmo que subiu acima de
todos os céus, a fim de encher todas
as coisas) E ele designou alguns para
apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas, e outros
para pastores e mestres, com o fim de
preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo
seja edificado, até que todos
alcancemos a unidade da fé e do
4. 3
conhecimento do Filho de Deus, e
cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo.
Em vez de evitar todos os conflitos ou
exigir que todos sempre concordem,
o cristão deve se alegrar na
diversidade da criação de Deus e
aprender a aceitar e trabalhar com
pessoas diferentes.
Entretanto, nem todos os conflitos
são neutros e benéficos, uma vez que
muitas das discordâncias são os
resultados direto de atitudes e
comportamentos pecaminosos, como
em Tiago 4.1,2:
De onde vêm as guerras e contendas
que há entre vocês? Não vêm das
paixões que guerreiam dentro de
vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as
têm; matam e invejam, mas não
conseguem obter o que desejam.
Vocês vivem a lutar e a fazer guerras.
Não têm, porque não pedem.
E nessas circunstâncias é
imprescindível ter uma postura
positiva, a fim de se descobrir a causa
do conflito e buscar a restauração
genuína.
Nesse ponto, quando o conflito é
gerado em razão do pecado, o cristão
deve enxergar como uma
oportunidade para demonstrar amor
e o poder de Deus em suas vidas,
como Paulo afirmou em sua carta aos
coríntios.
Assim, quer vocês comam, bebam ou
façam qualquer outra coisa, façam
tudo para a glória de Deus (1 Coríntios
10.31).
Tornem-se meus imitadores, como eu
o sou de Cristo (1 Coríntios 11.1).
A partir dessa passagem bíblica é
possível enxergar o conflito como
uma oportunidade para glorificar a
Deus, servir aos outros e crescer para
ser como Cristo.
DIFERENÇA ENTRE CONFLITO E
TENSÃO
Diante das muitas obras escritas
sobre o tema “conflitos”, poucas são
aquelas que fazem a diferenciação
entre conflito e tensão. Existe uma
linha tênue e quase imperceptível
entre o conceito desses dois termos, a
questão está na intensidade entre os
valores que estão em contradição ou
são o alvo da discussão.
Como visto, no início dessa aula,
vamos recapitular o conceito de
conflito, abordado por um dos
5. 4
maiores dicionários da língua
portuguesa:
Conflito: Ato, estado ou efeito de
divergirem acentuadamente ou de se
oporem duas ou mais coisas (Houaiss,
Dicionário da Língua Portuguesa).
O conceito de tensão, está definido no
dicionário da Porto Editora como:
Qualidade ou estado do que é (ou
está) tenso. Estado de rigidez ou
retesamento em certas partes do
organismo. Sensação de medo,
incerteza e preocupação;
enervamento. Estado de tensão em
psicologia social, representa o
pródromo [preâmbulo, introdução] de
um conflito mais ou menos agudo,
numa família ou num grupo, entre
coletividades ou entre nações.
A Bíblia também nos orienta sobre
como devemos lidar com a tensão,
conforme podemos observar nas
passagens bíblicas abaixo:
A sabedoria do homem lhe dá
paciência; sua glória é ignorar as
ofensas (Provérbios 19.11).
Sejam completamente humildes e
dóceis, e sejam pacientes, suportando
uns aos outros com amor (Efésios
4.2).
Suportem-se uns aos outros e
perdoem as queixas que tiverem uns
contra os outros. Perdoem como o
Senhor lhes perdoou (Colossenses
3.13).
Portanto, diante disso, podemos
considerar como tensão, a discussão
antagônica ou a contraposição de
ideias que envolve questões de
pequeno valor e que não tenha
causado sérios prejuízos a outrem ou
ao seu agente. Já o conflito, por
envolver em sua discussão questões
graves demais para serem ignoradas,
causa desonra a Deus, danos aos
relacionamentos, magoa aos outros e
fere o transgressor.
A tensão exige um tipo de reação
diferente do conflito. Por isso, quando
a pessoa está diante de uma situação
aparentemente conflituosa, é
necessário avaliar a relação de “custo
benefício” que envolve a questão.
Quando se tratar de conflito, é
imprescindível a atuação para a sua
pacificação, já a tensão exige a
negligência, a remissão das pequenas
ofensas ou dos conflitos de natureza
ou intensidade insignificante.
Existem duas condições que devem
compor o conceito de tensão, para
6. 5
que esta não se transforme num
conflito, sendo elas:
• A ofensa ou a discussão não pode
ter criado um muro entre os
envolvidos, nem ter feito com que
um ou todos os envolvidos tenham
desenvolvido um sentimento
diferente pelo outro, mesmo que por
um curto período de tempo.
• A ofensa ou a discussão não pode
ter causado sérios danos aos outros
ou ao ofendido.
As tensões merecem ser ignoradas,
mas não de forma passiva, com o
objetivo apenas de permanecer em
silêncio, guardando-as dentro do
coração para serem utilizadas num
momento posterior. Pois, na verdade,
quando isso acontece, a questão não se
trata apenas de uma tensão, mas sim de
um conflito e a pessoa reage a ele com
uma postura de negação.
Ignorar uma tensão significa agir de
forma ativa e proativa, pois inspirado na
misericórdia de Deus o indivíduo decide
ignorar verdadeiramente uma ofensa,
por meio da remissão, sem permitir que
ela cresça e se transforme em
amargura.
2. A COLINA ESCORREGADIA DO
CONFLITO – KEN SANDE
Para Ken Sande (2010) existem
algumas maneiras com as quais as
pessoas reagem quando estão frente
a um conflito, são elas: fuga,
pacificação e ataque.
Tal ilustração pode ser entendida
como uma colina coberta de gelo. Se
você se deslocar muito para direita ou
para esquerda, poderá perder o apoio
e escorregar. A mesma coisa
acontece quando estamos em um
conflito, para permanecer no topo
dessa colina escorregadia é
necessário:
• Resistir à inclinação natural de fugir
ou atacar.
• Desenvolver a habilidade de colocar
em prática o evangelho, usando a
reação de pacificação.
1. Reações de fuga
Alguns cristãos acreditam que os
conflitos são errados ou perigosos e
que, por isso, precisam ser evitados.
Confundindo a unidade de espírito
declarada pelo apóstolo Paulo com
unidade de temperamentos, ideias,
pensamentos, atitudes etc.
7. 6
Temos três tipos de postura que
geram o fingimento da paz, de acordo
com o grau e intensidade, sendo elas:
a negação, a fuga e o suicídio.
• A negação é a atitude de autodefesa
que nos impede de encarar a
verdade honestamente. Resultado:
alívio temporário e agravamento da
situação.
• A fuga é outra maneira de fugir da
solução do conflito, por causar
apenas o adiamento da resolução
apropriada do problema, sendo
muito nociva e extremamente
perigosa.
• O suicídio é a perda total de
esperança na solução do conflito e,
por isso, a busca por uma atitude
extrema de tirar a própria vida.
2. Reações de ataque
Geralmente, é uma postura tomada
por aqueles, que colocam a solução
do conflito acima dos
relacionamentos, como uma forma de
afirmação dos seus direitos, de
controle ou de favorecimento
indevido. Normalmente, essas
pessoas se sentem fortes e
autoconfiantes, mas existem também
aqueles que agem assim em razão de
se sentirem inseguros, fracos ou
vulneráveis. O objetivo maior
daqueles que reagem atacando os
seus “adversários” é anular as suas
ações, eliminando a sua oposição.
Existem, basicamente, três formas de
reações de rompimento da paz, de
acordo com o grau de intensidade ou
agravamento: o ataque, o litígio e o
homicídio.
• O Ataque é uma forma de
intimidação ou de exposição de
força, por meio de violência física,
ataque verbal ou esforços dedicados
para prejudicar a pessoa. Resultado:
agravamento da situação e dos seus
efeitos.
• O Litígio é a forma de ajustamento
da conduta conflituosa de outros
por meio da força jurídica, levando-a
ao tribunal. Resultado: pode
encontrar a solução, mas a paz e os
relacionamentos não são alcançados
ou preservados.
• O Homicídio é o outro extremo de
uma postura de ataque, na busca de
frear as questões conflituosas,
algumas pessoas chegam a tirar a
vida do próximo.
TENDÊNCIAS DA CURVA
É possível observar que as reações
mais extremas aos conflitos
produzem as maiores perdas.
Entretanto, as soluções de pacificação
8. 7
produzem os acordos mais favoráveis
para ambas as partes, sempre valendo
à pena o investimento de tempo e
energia para se conquistar a paz.
Portanto, quanto mais distante da
zona de pacificação de conflito, maior
será o prejuízo e mais elevado serão
os custos, sejam materiais,
emocionais, financeiros ou, até
mesmo, relacionais.
Existe algo bem interessante a se
notar, em relação às reações, no que
diz respeito ao foco:
• As reações de fuga têm como foco a
própria pessoa (a busca pelo que é
fácil, conveniente e não ameaçador).
• As reações de ataque projetam o
seu foco no outro indivíduo
envolvido no conflito (por meio da
imposição de culpa, a espera na
desistência do outro).
• Já os atos de pacificação têm como
foco todos os indivíduos envolvidos
(trabalha a responsabilidade mútua
na solução do conflito e a
consciência de interesse de ambos
os lados).
3. A DANÇA DO MEDO – Dr. Gary
Smalley
Na maioria dos casos conflituosos, o
problema exterior raramente é o
problema real. A natureza dos
conflitos interpessoais surge
primeiramente no campo
intrapsíquico. Conforme afirma
Sande:
O problema essencial que todo ser
humano luta após a queda do Homem
é o medo e dele se originam todos os
outros conflitos. Portanto, todos lutam
contra um medo essencial (SANDE,
2010).
A questão toda é que sempre existirá
conflito nos relacionamentos dos
indivíduos, que os colocarão
seriamente em risco, enquanto o
medo essencial não for identificado e
não houver compreensão das reações
produzidas por essa fonte. Segundo
Sande (2010), o medo essencial pode
ser percebido quando um indivíduo se
sente, por exemplo:
• Fraco, sem poder, impotente ou ser
controlado.
• Rejeitado, como se as pessoas o
deixassem fora de suas vidas.
• Abandonado ou deixado para trás,
como no divórcio.
• Desconectado dos outros ou
sozinho.
• Fracassado.
• Desprezados, como se ninguém
pudesse amá-lo.
9. 8
• Imperfeito, como se houvesse algo
errado, como se fosse o problema.
• Inadequado, como se não estivesse
à altura dos outros como deveria.
É necessária a exposição do medo
essencial para que haja a edificação
de relacionamentos sólidos. E, a partir,
desse grande passo rumo à
pacificação dos conflitos nos
relacionamentos, um mundo inteiro
de soluções e de estratégias para se
conseguir esse objetivo são
levantados e expostos. Para Sande
(2010), a dança do temor possui
quatro passos básicos: ferir, querer,
temer e reagir.
A pessoa fere: quando alguém faz
algo que a machuca, como ficam as
emoções: espanto, tristeza,
desconexão, raiva, confusão,
preocupação, fúria, frustração, horror,
embaraço?
A pessoa quer: Quando se é ferido se
quer uma solução. A pessoa quer
coisas que a façam se sentir melhor,
alguns se utilizam da comida, das
compras, dos vícios, dos filhos, do
trabalho ou quaisquer outras coisas
para esquecer os problemas
relacionados a esse conflito no
relacionamento. Algumas pessoas
colocam a esperança da solução do
seu conflito na outra pessoa, como
por exemplo, “se meu marido
mudasse, eu com certeza me sentiria
melhor”. Em todos esses
pensamentos, existe algo em comum:
expectativas mal postas. Sempre que
alguém coloca a sua expectativa nas
pessoas, nos lugares, nas coisas para
que as suas carências sejam
preenchidas, o resultado será o medo.
Lista de desejos:
• Aceitação: ser recebido de forma
calorosa, sem condição.
• Graça: querer algo bom que não
merece.
• Conexão: quer sentir-se conectado
aos outros.
• Companheirismo: quer
relacionamentos íntimos e
profundos.
• Sucesso: quer realizar ou executar
alguma coisa.
• Autodeterminação: quer
independência e livre-arbítrio.
• Compreensão: quer ser conhecido.
• Amor: quer sentir-se cativante para
os outros.
• Validação: quer ser valorizado como
pessoa.
• Competência: quer ter capacidade e
habilidade para ser bem-sucedido.
• Respeito: quer ser admirado e
estimado.
10. 9
• Valor: quer sentir-se como um
tesouro inestimável.
• Honra: quer sentir-se importante.
• Compromisso: quer ter segurança
incondicional no relacionamento.
• Importância: quer ter intenção e
propósito.
• Atenção: quer ser observado.
• Conforto: quer ter um sentimento de
bem-estar.
• Apoio: quer ser cuidadoso.
• Aprovação: quer ser querido e
aceito.
• Estima: quer ser procurado.
• Segurança: quer sentir-se protegido
e seguro.
• Afeição: quer sentir afeto e ternura.
• Confiança: quer ter fé nos outros.
• Esperança: quer ter convicção de
que consegue o que ama e deseja.
• Alegria: quer sentir-se satisfeito e
feliz.
A pessoa teme: quando um conflito
provoca emoções fortes de dor e de
desejo significa que atingiu temores
específicos. A pessoa sente temor
quando sente que suas vontades não
serão satisfeitas:
Não vivemos
sem...
Por isso,
tememos...
Aceitação Rejeição
Graça Julgamento
Conexão Desconexão
Companheiris
mo
Solidão
Autodetermin
ação
Fracasso
Compreensão Ser mal
entendido
Amor Ser
desprezado
Respeito Inferioridade
Valor Inútil
Segurança Perigo
Honra Sentir-se
desvalorizado
A pessoa reage: Consciente ou
inconscientemente, a pessoa ferida
cai no padrão já conhecido de reagir
quando alguém aciona seu botão do
medo. Faz qualquer coisa para aliviar
a sua dor, acalmar o seu temor ou
para tirar o sentimento terrível de
carência.
As emoções funcionam como agentes
das vontades, servindo como um
meio para satisfazê-las. Isso quer dizer
11. 10
que não é apenas o medo essencial
que prejudica, ameaça e rompe com
os relacionamentos, mas também a
forma como a pessoa escolhe reagir,
quando os seus medos são acionados.
Para Sande (2010), essas reações ou
comportamentos doentios servem
não somente para prejudicar o
relacionamento, como também para
produzir, pelo menos em certo grau,
uma sensação passageira de bem-
estar. E, por isso, gera quase um vício
ou um comportamento compulsivo,
cotidiano e sistemático.
INTERROMPA O RITMO
Os passos do medo permitem, ao
empurrar um indivíduo contra o outro,
que eles exerçam certa interação
entre eles, mesmo que seus efeitos
sejam maléficos. O resultado é um
relacionamento profundamente
doloroso, que gera dependência entre
os envolvidos, com o objetivo de
preencher as carências e satisfazer
suas vontades. Para interromper esse
movimento do temor é necessário
que um novo movimento seja iniciado.
1º Passo: O poder de um – assuma sua
responsabilidade pessoal.
• Assuma a responsabilidade por seus
botões do medo: você escolhe como
reagir quando alguém aciona o seu
botão do medo. Não dê aos outros o
poder de controlar seus
sentimentos: a única pessoa que
você pode mudar é você mesmo.
2º Passo: Segurança – crie um
ambiente seguro.
• Os relacionamentos florescem
quando você cria um ambiente
seguro. Honre o outro: a honra cria
um ambiente seguro em que as
pessoas podem se aproximar.
3º Passo: Cuidado com você mesmo
– mantenha a bateria carregada.
• Cuidar bem de si mesmo é essencial
para todos os relacionamentos: se
não cuidar de si mesmo, você não
terá nada para dar ao
relacionamento.
4º Passo: Comunicação emocional –
escute com o coração.
Escute os sentimentos além das
palavras: foque nas emoções e
sentimentos, ao invés de focar apenas
nas palavras ou nos pensamentos.
5º Passo: Trabalho em equipe –
adote a política de não perdedores.
Adote a política de não perdedores:
quando uma pessoa perde, em um
12. 11
relacionamento, todas perdem. Por
isso, essa política trabalha em direção
à compreensão mútua.
4. O COMPROMISSO DO CRISTÃO
PACIFICADOR
Os conflitos proporcionam
oportunidades para glorificar a Deus,
servir os outros e crescer para ser
como Cristo.
Em quaisquer situações, quando
existe um conflito, Deus está ansioso
para exibir o seu amor e poder na vida
daqueles que estão envolvidos em um
conflito. Portanto, a pacificação trata-
‐se de uma ordem e não de uma
opção na vida do crente. Esforços
simbólicos não são suficientes para
cumprir essa ordem, é necessário
dedicação e luta sincera pela paz.
Para que haja a pacificação do
conflito é preciso ter confiança em
Deus. Confiar em Deus não significa
não crer que Ele fará tudo o que você
quer, mas, na verdade, crer que Ele
fará tudo o que Ele sabe que é bom.
1. GLORIFIQUE A DEUS
Os conflitos proporcionam
oportunidades para glorificar a Deus,
servir aos outros e crescer para ser
como Cristo. Em quaisquer situações,
quando existe um conflito, Deus está
ansioso para revelar seu amor e poder
na vida daqueles que estão
envolvidos na situação.
A pacificação trata-se de uma
ordenança e não de uma opção na
vida do crente. Esforços simbólicos
não são suficientes para cumprir essa
ordenança, é necessário dedicação e
luta sincera pela paz.
Para que haja a pacificação do
conflito é preciso ter confiança em
Deus. Confiar em Deus não significa
crer que Ele fará tudo o que você
quer. Mas, na verdade, crer que Ele
fará tudo o que Ele sabe que é bom.
2. TIRE A TRAVE DO SEU OLHO
• Culpar os outros ou resistir à
correção não são as maneiras
corretas para se buscar a paz em um
conflito. Mas, é preciso assumir a
responsabilidade na contribuição
para a formação do conflito. Alguns
conflitos exigem uma dose de
esforço para que sejam
solucionados, entretanto, muitos
outros, como pequenas ofensas,
precisam ser ignorados.
• A confissão dos nossos pecados a
Jesus Cristo permite que Ele nos
purifique dos desejos e hábitos que
causam conflitos, sejam eles
13. 12
intrapsíquicos ou extrapsíquicos. Ele
deseja que cooperemos neste
processo de arrependimento,
autoexame, confissão e mudança
pessoal.
3. RESTAURE MANSAMENTE
Em vez de fingir que não há conflito
ou de falar dos outros pelas costas, é
preciso ignorar as pequenas ofensas
ou conversar de modo benevolente
com aqueles cujas ofensas parecem
graves demais para serem ignoradas,
procurando restauração dessas
pessoas e não, a condenação.
4. VÁ E SE RECONCILIE
Ao invés de se fazer concessões
prematuras e a permissão do fim de
um relacionamento, deve-se buscar
ativamente a paz e a reconciliação.
Declare hoje:
Eu sou um agente de
pacificação!
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA. Bíblia Sagrada Nova Versão
Internacional. São Paulo: Vida, 2007.
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco
e Desenvolvimento no Novo
Testamento. São Paulo: Hagnos,
2008.
REALLE, Miguel. Filosofia do Direito.
São Paulo: Saraiva, 1972.
SANDE, K. O pacificador: como
solucionar conflitos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010
SMALLEY, Gary. O DNA dos
relacionamentos. São Paulo: Hagnos,
2007.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil
– Teoria Geral das Obrigações e
Teoria Geral dos contratos.
14. O que é PBL?
A PBL é uma estratégia
educacional em que um problema
prático constitui a base para o
aprendizado de informações
relevantes; nela, os alunos
resolvem problemas em pequenos
grupos, sob a supervisão de um
tutor. A PBL é uma técnica de
ensino autodirigida que estimula o
pensamento crítico do estudante,
contribuindo a torná-lo um
solucionador de problemas.
Por que fazer uso da PBL?
A PBL é baseada em princípios de
teorias de aprendizagem de
adultos, o que inclui buscar a
motivação dos alunos
incentivando-os a definir as suas
próprias metas de aprendizagem,
e dando-lhes um papel nas
decisões que afetam sua própria
aprendizagem. Deste modo, o
aluno se torna o principal ator no
seu processo de aprendizagem.
A principal ideia por trás PBL é que
o ponto de partida para a
aprendizagem deve ser um
problema, uma consulta que o
aluno deseja resolver. Os alunos
trabalham para identificar o
problema e procurar o
conhecimento que eles precisam
obter a fim de elaborar
abordagens satisfatórias e, para
tanto, é necessário o
reconhecimento de fatos
desencadeados por certos
elementos de informação.
Sendo assim, a PBL não busca
apenas para resolver o problema,
mas constitui em oportunidades
de aprendizagem em que resolver
o problema é o foco ou o ponto de
partida para o aprendizado do
aluno.
Os 7 Passos da Discussão
• 1º passo: o professor
apresenta aos alunos a ideia
do projeto na forma de um
problema. Surgem os
questionamentos chave.
• 2º passo: discussão.
• 3º passo: o impasse. Neste
caso o relevante é o debate,
a análise e o esboço da
solução. A aplicabilidade
ainda não é o mais
importante.
• 4º passo: coleta e
sistematização das
15. principais sugestões dos
passos anteriores para
montagem de uma estrutura.
• 5º passo: as lacunas de
conhecimento e os tópicos
necessários para entender o
problema são
profundamente
questionados. O grupo
define as metas de
aprendizado para que os
estudos individuais levem a
novos conhecimentos.
• 6º passo: o tema ganha
análise individual vale buscar
leituras, visitas de campo,
entrevistas e todos os
métodos para colher
informações. É a preparação
para encarar a discussão em
grupo novamente.
• 7º passo: o grupo se reúne
novamente para debater e
compartilhar o que foi
aprendido nos estudos
individuais.
Diálogos e discussões mediadas
pelo tutor farão surgir o novo, o
inédito, a fórmula. É assim que
funciona a PBL, onde se percorre
um caminho de aprendizagem e o
indivíduo passa a ser parte do
processo de soluções.
O Funcionamento de um Grupo
de Ensino
Para que a Aprendizagem Baseada
em Problema se recomenda, uma
atenção especial à organização do
grupo de ensino. Os seis
elementos descritos abaixo devem
ser considerados quando da
aplicação da técnica PBL:
O grupo de PBL deve conter 1
tutor.
• Um dos alunos é indicado
como coordenador e outro
como relator da sessão e o
professor assume a função de
tutor.
• O aluno que é coordenador
deve: Liderar o grupo,
estimular todos os
participantes da discussão,
manter a dinâmica,
administrar o tempo e
assegurar o cumprimento das
tarefas.
• O estudante relator ajuda a
ordenar as ideias em
relatórios, otimiza a discussão
de forma a não haver
16. discussão e nem perda de
foco.
• O coordenador e o relator não
são cargos estáticos, há
revezamento entre os alunos,
para que todos conheçam
cada função.
• Os demais participantes
realizam a discussão seguindo
a técnica dos 7 passos.
Atuação dos tutores ou
facilitadores na PBL
Não há regras rígidas e rápidas
para a tutoria de PBL. As tarefas
consideradas pelo tutor em PBL
incluem:
• Definir o Clima: criar um
ambiente propício para a
aprendizagem autodirigida
• Tratar os alunos como
aprendizes adultos
• Promover a cooperação e não
a competição no trabalho de
grupo
• Esclarecer as necessidades de
aprendizagem e ajudar os
alunos a estabelecer objetivos
de aprendizagem e
estabelecer metas
• Projetar um plano de
aprendizagem: ajudar os
alunos com planos e
estratégias de aprendizagem
• Envolver-se em atividades de
aprendizagem para garantir
que os aprendizes estão no
caminho correto: estimular a
elaboração de informações e
ideias, orientar o processo de
aprendizagem, estimular a
integração do conhecimento,
estimular o aluno de interação
e responsabilidade individual,
e facilitar a localização de
informações.
Os tutores devem atuar como
facilitadores nas sessões PBL para
ajudar os alunos a se tornarem
solucionadores de problemas, para
que eles possam assumir a
responsabilidade de usar as
habilidades desenvolvidas por
conta própria.
Atuação dos aprendizes na PBL
Assim como os tutores, os alunos
também devem ter
responsabilidades bem definidas
para atuação dentro do processo
17. de PBL. Abaixo estão listados os
principais pontos de atenção para
adequada atuação dos alunos:
• Trate todos os membros do
grupo com respeito
• Seja pontual em assistir a
todas as sessões
• Expresse abertamente seus
pensamentos e ideias
• Esclareça e questione suas
compreensões
• Ofereça feedback aos
membros do grupo e aos
tutores
• Complete as tarefas
totalmente e no tempo
• Seja sensível às necessidades
de aprendizagem de outros
membros do grupo
• Interaja com os demais
membros do grupo
• Assuma a responsabilidade
pelo seu processo de
aprendizagem
Definição de problema
“Problema é qualquer situação a
ser resolvida por uma sequência
ações a ser executada, para
atingir um objetivo, onde a
situação é o estado inicial e o
objeto é o estado final
desejado”. John Dewey
Segundo a filosofia, um
problema é algo que perturba a
paz e a harmonia de daqueles
que passam por isso.
Um problema é uma
determinada questão ou um
determinado assunto que
requer uma solução. A nível
social, trata-se de um assunto
particular que, uma vez
resolvido, se torna benéfico
para a sociedade ou um grupo
específico.
Descubra a causa raiz -
metodologia 5 porquês
A metodologia 5 porquês,
também conhecida como 5-
Whys, é uma ferramenta muito
ligada à gestão da qualidade
total e à melhoria contínua nas
empresas. Ela foi desenvolvida
e aprimorada pela Toyota,
tendo surgido como elemento
importante para auxiliar na
18. resolução de problemas
internos.
Seu criador, Taiichi Ohno, foi
arquiteto do sistema Toyota de
produção nos anos 1950 e
descreveu o método em seu
livro Toyota Production
System: Beyond Large-scale
Production como sendo a base
da abordagem científica da
empresa.
Os 5 porquês é uma técnica
que visa encontrar a causa e
não o sintoma de alguma
variabilidade encontrada na
empresa. Pode-se dizer que o
método visa “descascar” as
camadas dos problemas, como
quem descasca uma cebola,
com o objetivo de eliminar o
conteúdo superficial e chegar
no seu centro do problema, a
sua real causa.
Os porquês são uma forma de
arguição que visa atingir as
causas-raízes, trata-se de uma
atividade investigativa.
O método consiste em
perguntar “Por que” cinco
vezes, sempre fazendo relações
com o processo e as causas que
antecederam o problema.
Nada impede que sejam
realizadas mais do que cinco
perguntas, o importante é
compreender o que está
causando a variabilidade.
A estipulação do número cinco
foi realizada por Taiichi Ohno,
através de sua observação.
Segundo o engenheiro, as cinco
repetições costumam ser
suficientes para se alcançar a
causa raiz de uma
problemática.
Os principais objetivos do uso
do método dos 5 porquês são:
• Determinar o que aconteceu:
qual foi a variabilidade
encontrada;
• Analisar o porquê de o
problema ter ocorrido;
• Descobrir o que deve ser
feito para reduzir a
probabilidade de o problema
acontecer novamente.
Taiichi Ohno percebeu que
quando se pergunta sobre a
causa de um problema, as
19. pessoas costumam procurar
um culpado. Esse
comportamento impede a
percepção da existência de
algo anterior ao erro.
Por exemplo, em uma fábrica,
percebe-se que os funcionários
não estão conseguindo manejar
determinada ferramenta de
forma adequada. A princípio,
pode-se imaginar que isso
esteja ocorrendo devido a
desatenção dos trabalhadores.
Então, elegemos os culpados,
como previsto por Taiichi Ohno.
Entretanto, se o padrão está se
repetindo, talvez haja uma
causa anterior por trás desse
erro. Será que o equipamento
está calibrado de maneira
adequada? Será que os
funcionários não foram
capacitados da maneira
correta? Em casos assim, é
preciso tentar encontrar a
causa raiz e os 5 Porquês
podem ser aliados para
descobri-la.
Por vezes, no dia a dia do
trabalho há muita pressa e
necessidade de agir
rapidamente. Dessa forma,
muitas empresas ao se
depararem com alguma
variabilidade não a investigam,
apenas tratam o sintoma.
Contudo, assim como ocorre
em seres humanos, quando
trata-se o sintoma e não a
causa, o problema tende a
voltar.
Solucionar os defeitos em um
processo é uma oportunidade
de aperfeiçoamento da
organização. Através da busca
pela melhoria contínua, pode-se
alcançar resultados melhores
do que os anteriores.
Os 5 porquês da qualidade: os
resultados de cada etapa
Essa técnica japonesa afirma
que:
• No 1º porquê, encontramos
um sintoma;
• No 2º porquê, encontramos
uma desculpa;
• No 3º porquê, encontramos
um culpado;
• No 4º porquê, encontramos
uma causa;
20. • No 5º porquê, encontramos a
causa raiz.
Dessa forma é possível
determinar a relação entre as
causas anteriores até se chegar
na expressividade do problema,
como o encontramos
atualmente.
Mesmo que o método de
repetição de perguntas pareça
simples, deve-se realmente
estudar as causas. Não se pode
basear as “respostas” dos
porquês em achismos ou
opiniões.
Quando se responde uma das
perguntas do método, essa
resposta precisa estar
estruturada em fatos passíveis
de observação e análise.
É necessário ir além do mero
questionamento, é
recomendável a utilização de
testes para comprovar a
veracidade das respostas
encontradas.
Como Utilizar a Regra dos 5
Porquês?
Assim como uma criança que
tem a curiosidade atiçada a
cada descoberta, a técnica
consiste em se perguntar por
que várias vezes acerca dos
acontecimentos até que a
equipe sinta confiança em estar
no controle da situação.
Alguns fatos precisarão de
cinco ou mais perguntas,
enquanto outros podem
precisar de menos. Perguntar
cinco vezes não é uma regra
imutável, isso vai depender da
complexidade do problema que
está sendo analisado pela
equipe.
Antes de aplicar os 5 Porquês é
fundamental identificar o
problema e delimitá-lo para não
se perder o foco, após a
identificação do problema é
importante conhecer o objetivo
ou o resultado que se pretende
chegar com a solução do
problema.
Por exemplo, uma empresa
está com dificuldade nas
entregas de produtos.
• Qual é o problema? Atraso
nas entregas
21. • Qual a consequência deste
problema? Cliente
insatisfeito
• Qual o resultado esperado,
qual será o benefício com a
solução do problema?
Eliminar atrasos de entregas,
garantindo a satisfação do
cliente.
Após algumas perguntas, foi
detectada uma falha no
gerenciamento do estoque.
Essa falha foi identificada como
um problema interno da própria
organização, e não de seus
entregadores.
Dessa forma, usando
a metodologia 5 Porquês a
empresa poderão alterar a
eficiência da sua gestão e
eliminar o problema. As
questões feitas para chegar à
raiz do problema poderiam ser:
Após a identificação da causa
raiz do problema é preciso
traçar o plano de ações.
1. Por que os produtos têm
sido entregues
sistematicamente com
atraso? Porque foram
postados com atraso.
2. Por que os produtos
foram postados com
atraso? Porque o prazo de
produção estourou.
3. Por que o prazo de
produção
estourou? Porque os
materiais para a confecção
não estavam disponíveis.
4. Por que os materiais não
estavam
disponíveis? Porque não
foram solicitados a tempo
ao fornecedor.
5. Por que os materiais não
foram solicitados a
tempo ao
fornecedor? Porque o
controle de estoque não
acompanhou o aumento
da demanda pelo material.
No dia a dia, é comum
resolvermos os problemas de
acordo com seus sintomas, já
que é difícil encontrar tempo e
habilidade para aprofundar
neles. Com a ferramenta 5
porquês, torna-se mais fácil e
prático obter um resultado
satisfatório na solução de
problemas.
22. Dessa forma, a metodologia do
5 Porquês foca na causa dos
ocorridos e evita com que eles
reapareçam em outras
situações.
Esse método faz com que se
reflita sobre os problemas de
forma mais aprofundada
objetivando chegar na causa
raiz, os sintomas dos problemas
se unem para mostrar o que
realmente está causando a
falha.
Nas empresas investir na
análise do problema em grupo
faz com que a equipe se una e
traga olhares diferentes através
das diversas perspectivas e
experiencias, já que diferentes
pessoas podem chegar a
diferentes respostas para o
mesmo problema.
Fazendo reuniões e discutindo
em grupo, será mais fácil
chegar a um consenso sobre as
causas dos problemas e, assim,
ter uma visão mais clara de qual
caminho tomar.
BIBLIOGRAFIAS
Bound D (1985), Problem
based Learning in perspective
in education for the
professionals, Sydney, Higher
education research and
development of Australia
Taiichi Ohno (1978), Toyota
Production System: Beyond
Large-Scale Production ,
Product press.
Westberg J. & & Jason H.,
(1996), Fostering learning in
Small group. Sprinter
Publishing company Inc , New
York
23. 2
Sala de Guerra
com Renato Okamoto
O que é a sala de guerra:
A sala de guerra é um ambiente,
normalmente uma sala - como o
próprio nome diz, onde diversas
pessoas com os mais diferentes perfis
entram com um objetivo claro:
Resolver um problema!
Você tem um líder para coordenar e
guiar o time - mas via de regra o
próprio problema e a equipe ditarão a
solução
Mas onde nasceu esta ideia:
Durante a segunda guerra mundial o
Primeiro Ministro Inglês, Winston
Churchill, no calor das batalhas, sentia
dificuldades com as:
• comunicações (e também o
medo de espionagem),
• com o foco,
• compartilhamento de materiais
e
• demora no fluxo de decisões.
Não adianta dizer: “estamos fazendo o
melhor que podemos”. Temos que
conseguir o que quer que seja
necessário. – Winston Churchill
Mas por que a Sala de Guerra é tão
importante?
A sala de guerra nos permite termos
todas as principais mentes reunidas no
mesmo ambiente.
A maioria dos problemas que temos
hoje ou poderiam ser evitados com a
comunicação correta ou podem ter
suas soluções aceleradas graças ao
fluxo correto das informações.
Isto que dizer que todos os
responsáveis pelas tomadas de
decisões referente a determinado
problema estão no mesmo lugar e com
tudo o que necessitam para tomar
uma decisão e garantir que o fluxo
desta informação até as equipes
responsáveis pela execução do plano
estejam reunidos
Colocar os princípios básicos:
Comunicação, foco,
compartilhamento de informações,
trabalho em equipe e fluxo de
decisões.
Case:
Faltou eletricidade no estádio - toda a
transmissão ficou parada
Neste momento alguém tinha uma sala
de guerra preparada, um dos
anunciantes (biscoito Oreo) tinha seu
time apostos para garantir que o
investimento de entorno de US$ 5,5
MM - 30 segundos tivesse seu retorno
garantido.
Com seu time de marketing e
executivos pensando na mesma sala
eles puderam desenvolveram um post
no Twitter que se tornou o campeão
da NFL 2013.
When Oreo tweeted its seminal “Dunk
in the Dark” tweet during the 2013
Super Bowl, social agencies
everywhere felt the shock. Some
wondered whether “real-time
24. 3
marketing” had finally jumped the
shark — or if this was more proof that
they needed to make the serious
investment in a “war room,” equipped
with just enough monitors to make
sure they were ready for their own
“Oreo moment” in the future.
25. 4
Liderança e Gestão de
Conflitos
com Yan Lima
Pacificar, de acordo com o dicionário
Aurélio significa: “Restabelecer a paz
a; apaziguar; serenar, tranquilizar,
acalmar, abrandar; voltar a paz.
Na liderança precisamos lidar com
resolução de conflitos o tempo todo.
Pontos de vista diferentes, contextos
diferentes, criações diferentes,
temperamentos diferentes, isso tudo
influencia os relacionamentos
interpessoais. Além disso, descontrole
emocional, problemas não
solucionados, ressentimentos, e
muitos outros motivos podem estar
por trás de conflitos interpessoais.
Em seu ministério, Jesus, em muitos
momentos, pacificou conflitos.
Em Lucas 9.46 vemos os discípulos
entrando em uma discussão sobre
quem seria o maior dentre eles:
“Emergiu entre os discípulos uma
discussão sobre quem, dentre eles,
seria o maior. ”, KJA. E Jesus os ajuda
a enxergar a verdade que não estavam
enxergando.
Quando uma mulher adultera está
para ser apedrejada, Jesus ajuda na
pacificação do conflito de maneira
muito sábia. Sem diminuir o peso do
pecado cometido ou desprezar a Lei,
mas trazendo um ponto de visto que
não estava sendo considerado.
O Novo Testamento tem muitos
mandamentos que demonstram como
viver em paz uns com os outros.
Somos continuamente instruídos a
amar uns aos outros (João 13.34;
Romanos 12.10), a viver em paz e
harmonia uns com os outros
(Romanos 15.5; Hebreus 12.14), a
resolver nossas diferenças entre nós
mesmos (2 Coríntios 13.11), a ser
pacientes, gentis e demonstrar ternura
um para o outro (1 Coríntios 13.4), a
considerar os outros antes de nós
mesmos (Filipenses 2.3), a carregar os
fardos uns dos outros (Efésios 4.2) e a
nos alegrar na verdade (1 Coríntios
13.6). O conflito é a antítese do
comportamento cristão conforme
descrito nas Escrituras.
1. CARACTERÍSTICAS DE UM
LÍDER PACIFICADOR
Ser empático: se colocar no lugar das
pessoas e procurar entender as razões
pelas quais as pessoas agiram dessa
forma, mesmo não concordando.
Ser um bom comunicador: fomentar o
diálogo, ajudar as partes envolvidas a
entenderem os motivos do conflito e o
melhor caminho para resolvê-lo.
Ser imparcial: pensar sempre no
aprendizado e desenvolvimento dos
envolvidos. Distanciar-se o suficiente
para enxergar o conflito mais
claramente.
2. COMO PACIFICAR
CONFLITOS?
• RESERVE TEMPO PARA
PACIFICAR O CONFLITO
É importante o compromisso de todos
em empenhar tempo na resolução do
conflito.
• TENHA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL
Tenha controle emocional e não se
deixe envolver.
26. 5
• SEJA ASSERTIVO
Ouça com atenção e veja o ponto de
vista dos envolvidos.
• IDENTIFICAR A ORIGEM DO
CONFLITO
Identificar a raiz do conflito é
fundamental para uma solução
assertiva e ajuda a evitar que ele volte
a acontecer.
• PROPOR UMA SOLUÇÃO DE
FORMA COLABORATIVA COM
A LÓGICA GANHA-GANHA
Em diversas situações é possível
chegar a um meio-termo. Ambos
podem ceder um pouco e aproveitar o
melhor de cada ponto de vista.
• APRENDER COM OS
CONFLITOS
Quando se estabelece uma cultura de
mediação de conflitos aberta ao
diálogo e ao encontro de soluções de
forma colaborativa, toda a equipe
acaba se preparando para passar por
esses problemas com mais
maturidade.
• INVESTIR EM TREINAMENTOS
Desenvolver inteligência emocional e
outras competências é fundamental
para crescimento de todo o time. Os
conflitos podem ser olhados também
como áreas em que o time precisa
crescer.
CONCLUSÃO:
Evitar o conflito, sem esforço para
resolvê-lo, adia uma resposta
adequada e agrava o problema
porque os conflitos evitados, mas não
resolvidos, acabam crescendo em
tamanho e terão efeitos negativos nos
relacionamentos dentro do corpo.
Um dos principais motivos pelos quais
a pacificação de conflitos é tão difícil é
que hesitamos em nos colocar em
situações desconfortáveis. Aqueles
que melhor resolvem conflitos são
frequentemente aqueles que
prefeririam não confrontar os outros
sobre seus pecados, mas ainda assim
o fazem por obediência a Deus. Essa é
uma questão tão importante para
Deus que a paz com Ele e a paz com
os outros estão muito entrelaçadas
(Mateus 5.23–24).
27. 6
É Correto Levar um Irmão
em Cristo para o Tribunal?
com Vinicius Carvalho
“Se algum de vocês tem queixa contra
outro irmão, como ousa apresentar a
causa para ser julgada pelos ímpios,
em vez de levá-la aos santos? Vocês
não sabem que os santos hão de julgar
o mundo? Se vocês hão de julgar o
mundo, acaso não são capazes de
julgar as causas de menor
importância? Vocês não sabem que
haveremos de julgar os anjos? Quanto
mais as coisas desta vida! Portanto, se
vocês têm questões relativas às coisas
desta vida, designem para juízes os
que são da igreja, mesmo que sejam os
menos importantes. Digo isso para
envergonhá-los. Acaso não há entre
vocês alguém suficientemente sábio
para julgar uma causa entre irmãos?
Mas, ao invés disso, um irmão vai ao
tribunal contra outro irmão, e isso
diante de descrentes! O fato de haver
litígios entre vocês já significa uma
completa derrota. Por que não
preferem sofrer a injustiça? Por que
não preferem sofrer o prejuízo? Em
vez disso, vocês mesmos causam
injustiças e prejuízos, e isso contra
irmãos!” – 1 Coríntios 6.1-8
CONTEXTO HISTÓRICO: Disputas
legais eram eventos públicos. O
julgamento era muito influenciado
pelo status social da pessoa. De certa
forma, era um sistema falho e
corruptível. Levar alguém da mesma
família espiritual para esse ambiente
seria trazer descrédito para a
comunidade cristã perante a
sociedade!
EXEMPLOS PRÁTICOS ATUAIS:
Muitas das situações abaixo podem
ser consideradas questões complexas.
Portanto, antes de decidir um curso de
ação, você precisa pedir a Deus
sabedoria e compreensão (Provérbios
2.6, Tiago 1.5). Você deve procurar
conselhos de cristãos sábios (Salmo 1.1,
Provérbios 11.14, 12.15 e 15.22). Por
último, antes de tomar uma decisão
final, você deve ter a paz de Deus em
seu coração sobre qual decisão tomar
(Colossenses 3.15).
CRISTÃOS COMO
REPRESENTANTES LEGAIS: Quando
os cristãos assumem certas posições
legalmente definidas, eles podem, em
certas circunstâncias, ter o dever legal
de prosseguir com ações legais
seculares (que poderiam
potencialmente envolver outros
crentes). Exemplos: Guardiões legais
cristãos;
Executor cristão de um testamento;
Curadores cristãos; e pais cristãos.
Esses exemplos representativos
envolvem fiduciários agindo em nome
do beneficiário, criança ou pessoa de
quem está no comando.
CRISTÃOS COM COBERTURA DE
SEGUROS: Em muitos casos, a pessoa
que causou seu dano ou dano é
coberta pelo seguro. Exemplo: Casos
de acidentes automobilísticos. E se
esse segurado for cristão? Por
exemplo, se você foi seriamente ferido,
desempregado e incapaz de sustentar
sua família, o que você faz se o
motorista negligente que causou seus
danos é cristão? Lembre-se, você tem
a obrigação de sustentar sua família (1
Timóteo 5.8). Portanto, nessa situação,
buscar uma compensação justa
através de um acordo extrajudicial
através de uma companhia de seguros
crente pareceria razoável
28. 7
AÇÃO DE DESPEJO: Uma disputa
entre cristãos proprietário-inquilino,
ao que parece, pode ser resolvida via
mediação ou arbitragem cristã na
maioria dos casos. No entanto, em
alguns casos, ir ao magistrado pode
ser apropriado se o inquilino cristão se
recusar a desocupar se recusar a
pagar aluguel e se recusar a procurar
imediatamente um mediador cristão
e/ou árbitro para resolver
rapidamente a disputa.
E SE EU FOR PROCESSADO? Se
você for processado por outro cristão,
você pode possivelmente contatá-los
(ou, se eles forem representados por
um advogado, então entrar em
contato com seu advogado), e solicitar
que, nos termos de 1 Coríntios 6.1-8,
este processo seja suspenso, ou
encaminhado pelo tribunal a um
mediador cristão e/ou árbitro cristão
acordado pelas partes. De qualquer
forma, na minha opinião, você pode se
defender em um tribunal secular nesta
situação. Se o seu adversário tiver um
caso válido contra você, concorde
com um acordo rapidamente para
evitar custos adicionais,
danos e/ou honorários
advocatícios (Mateus 5.25). Um acordo
rápido também diminuirá o dano à
causa de Cristo, tirando o assunto dos
olhos do público.
MÉTODO BÍBLICO DE RESOLUÇÃO
DE CONFLITOS:
Mateus 18.15-20 afirma que um
cristão, que é injustiçado por outro
cristão, deve seguir a seguinte
abordagem de quatro passos:
“Se o seu irmão pecar contra você, vá
e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se
ele o ouvir, você ganhou seu irmão.
Mas, se ele não o ouvir, leve consigo
mais um ou dois outros, de modo que
‘qualquer acusação seja confirmada
pelo depoimento de duas ou três
testemunhas’. Se ele se recusar a ouvi-
los, conte à igreja; e, se ele se recusar a
ouvir também a igreja, trate-o como
pagão ou publicano. “Digo a verdade:
Tudo o que vocês ligarem na terra terá
sido ligado no céu, e tudo o que vocês
desligarem na terra terá sido desligado
no céu. “Também digo que, se dois de
vocês concordarem na terra em
qualquer assunto sobre o qual
pedirem, isso será feito a vocês por
meu Pai que está nos céus. Pois onde
se reunirem dois ou três em meu nome,
ali eu estou no meio deles”.
Passo 1: Abordar a questão em
particular, sozinho com o outro crente
que você acredita que lhe prejudicou.
Aquele que não resolver a disputa,
então proceda para o segundo passo;
Passo 2: Repita o passo 1, exceto,
desta vez, trazer uma ou duas pessoas
cristãs (de preferência da liderança)
para com você procurar ajudar a
convencer a outra pessoa de seus
caminhos errôneos. Se este segundo
passo não resolver o problema, então
prossiga para a terceira etapa;
Passo 3: Traga o assunto para a igreja,
através de um aconselhamento
pastoral. É aí que entra em jogo um
processo cristão de resolução de
controvérsias ou uso de mediação
cristã privada e/ou arbitragem
(pacificação de conflitos). Quanto a
este terceiro passo (trazendo o
assunto à igreja), você normalmente
quer concordar com a outra parte, em
uma escrita assinada, que qualquer
decisão final do tomador de decisão
cristão é legalmente vinculativo às
partes. Para criar um acordo
vinculante legalmente aplicável, você
deve procurar um advogado para
ajudar a garantir que um acordo
vinculante válido seja criado. Se, após
uma decisão final sobre o assunto ser
tomada, o malfeito se recusar a se
arrepender e admitir seu delito ou
responsabilidade, então procederá
para o quarto passo.
Passo 4: Em último caso, analisar
junto a liderança e em oração a
29. 8
necessidade de um processo judicial
secular ou desistência da ação
assumindo o prejuízo, com a
consciência que a justiça pertence ao
Senhor.
“Deixe sua oferta ali, diante do altar,
e vá primeiro reconciliar-se com seu
irmão; depois volte e apresente sua
oferta.” Mateus 5.24
CONCLUSÃO:
O objetivo principal nesses casos é a
preservação da unidade do Corpo de
Cristo através do perdão, da graça, da
honra e da reconciliação. O cristão
deve colocar estas coisas diante dele,
com sabedoria e buscando a vontade
de Deus, para cada caso.
“Que eles sejam levados à plena
unidade, para que o mundo saiba
que tu me enviaste, e os amaste
como igualmente me amaste.” João
17.23
Os cristãos são devidamente
qualificados para avaliar e resolver
questões e disputas envolvendo
disputas cristãs. No entanto, há
momentos em que conhecimentos
jurídicos, técnicos, médicos ou
científicos especializados necessários
para ajudar a resolver a disputa podem
não estar disponíveis de um
profissional ou especialista cristão.
Nesses casos, pode ser necessário
trazer um não cristão com
conhecimento médico avançado,
legal, científico ou técnico para ajudar
os tomadores de decisão cristãos a
tomar uma decisão justa e justa.
Saiba disso, que processos podem
assumir uma vida própria. As partes
muitas vezes cavam, consertam suas
posições legais, e os casos podem se
tornar muito controversos, estressantes
e caros de se perseguir. Os crentes
têm os recursos necessários para
arbitrar habilmente as várias questões
e problemas que dizem respeito à
vida. Ir ao tribunal, embora necessário
em alguns casos, deve, em geral, ser
uma raridade, e um último recurso.
Como diz o texto bíblico, “Também
digo que, se dois de vocês
concordarem na terra em qualquer
assunto sobre o qual pedirem, isso será
feito a vocês por meu Pai que está nos
céus. Pois onde se reunirem dois ou
três em meu nome, ali eu estou no
meio deles”.” Deus opera na
conciliação, unidade, concordância. O
milagre acontece nas situações onde
dois irmãos em Cristo resolvem uma
situação buscando não quebrar a
unidade do Corpo de Cristo.
30. 9
O Problema do Orgulho
com Luiz Araújo
Bem-aventurados os pacificadores,
pois serão chamados filhos de Deus
– Mateus 5.9
Portanto, quem se faz humilde como
esta criança, este é o maior no Reino
dos céus - Mateus 18.4
INTRODUÇÃO
Um dos maiores problemas do ser
humano com toda certeza é o
orgulho, e isso reflete na família e nos
nossos relacionamentos.
Gosto destes textos da introdução,
porque já nos dá o tom de como
devemos agir. A Palavra de Deus nos
diz que temos que ser humildes, ou
inocentes como uma criança, mas
não está dando a possibilidade de ser
infantil! O orgulho em algum nível é
uma infantilidade, querer estar certo!
Então, quais os principais problemas
do orgulho?
1. TRAZ DESTRUIÇÃO EM
TODOS AS ATMOSFERAS.
O orgulho vem antes da destruição; o
espírito altivo, antes da queda
– Provérbios 16.18
Veja que texto forte, o orgulho vem
antes da queda! Poderíamos citar
inúmeros versículos que nos trariam
compreensão espiritual para este
versículo. Mas existe um outro texto
de 1 Coríntios nos chama atenção:
“Assim, aquele que julga estar firme,
cuide-se para que não caia”-
1 Coríntios 10.12
O orgulho destrói de dentro para fora!
2. TE FAZ SER IMEDIATISTA.
O fim das coisas é melhor que o seu
início, e o paciente é melhor que o
orgulhoso - Eclesiastes 7.8
Um dos segredos da vida espiritual é
ser paciente e ser orgulhoso é
contrário a isso. Geralmente quando
estamos assim queremos ser logo
atendidos, e até mesmo com Deus
agimos desta forma. Precisamos agir
com paciência, as coisas no mundo
espiritual não acontecem do nosso
jeito e sim do jeito de Deus.
Não trate Deus com orgulho.
3. NÃO RECEBE A GRAÇA DO
DEUS.
Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz
a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos,
mas concede graça aos humildes" - Tiago
4.6
Uau que forte! Deus se opõem aos
orgulhos, mas concede graça aos
humildes. Sabemos que
necessitamos da graça (bondade,
amor, perdão) de Deus sobre nossas
vidas, mas o orgulhoso não pode
desfrutar disto, em algum nível o
orgulhoso é religioso. Não se sente
amado, por isto que viver de
aparências.
A religiosidade talvez seja um dos
maiores perigos de uma de orgulho.
4. OCUPAMOS UM LUGAR QUE
NÃO É NOSSO.
Não falem tão orgulhosamente, nem
saia de sua boca tal arrogância, pois
o Senhor é Deus sábio; é ele quem
julga os atos dos homens - 1 Samuel
2.3
Veja que o orgulhoso se coloca no
lugar de Deus em seu julgamento,
não podemos como filhos de Deus
31. 10
assentar em seu trono. Uma outra
coisa que precisamos lembrar é o
Cordeiro de Deus está no trono para
nos julgar. Sendo assim sempre será
um julgamento em amor. Não deixe
que o orgulho faça com que você
ocupe um lugar que não é seu.
Algo importante para nos lembrar é
fruto do espírito que mata o orgulho.
Mas o fruto do Espírito é amor,
alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e
domínio próprio. Contra essas coisas
não há lei. Os que pertencem a Cristo
Jesus crucificaram a carne, com as
suas paixões e os seus desejos. Se
vivemos pelo Espírito, andemos
também pelo Espírito. Não sejamos
presunçosos - Gálatas 5.22-26
Acredito que se caminharmos dessa
maneira não iremos andar como os
orgulhosos.
32. 11
A Natureza do Conflito
com Leila Paes
A resolução de conflitos implica que os
conflitos podem ser resolvidos -
concluídos, superados ou resolvidos
permanentemente. A ideia de gestão
de conflitos foi escolhida
intencionalmente por estudiosos da
comunicação porque o termo evoca
uma visão de processo das escolhas e
comportamentos que entram em jogo
durante os conflitos. O termo
gerenciamento de conflito implica que
o conflito não é um fenômeno "ligado"
ou "desligado". Alguns conflitos são
duradouros e o melhor que podemos
esperar é administrar o nível e a
manifestação do conflito - manter uma
boa relação de trabalho livre de
comportamentos negativos.
Os estudiosos da comunicação
geralmente concordam que o conflito:
• É um processo
• É inevitável
• É uma parte normal da vida
• Conflito como percepção
Como um conjunto de percepções, o
conflito é uma crença ou compreensão
de que as próprias necessidades,
interesses, desejos ou valores são
incompatíveis com os de outra
pessoa.
Conflito como sentimento
O conflito também envolve uma
reação emocional a uma situação ou
interação que sinaliza um desacordo
de algum tipo. As emoções sentidas
podem ser medo, tristeza, amargura,
raiva ou desespero, ou alguma mistura
destes. Se experimentarmos esses
sentimentos em relação a outra
pessoa ou situação, sentimos que
estamos em conflito - e, portanto,
estamos.
Conflito como ação
O conflito também consiste nas ações
que realizamos para expressar nossos
sentimentos, articular nossas
percepções, e ter nossas necessidades
atendidas de uma forma que tem o
potencial de interferir com a
capacidade de outra pessoa de ter
suas necessidades atendidas. Este
comportamento de conflito pode
envolver uma tentativa direta de fazer
algo acontecer às custas de outra
pessoa. Pode ser um exercício de
poder. Pode ser violento. Pode ser
destrutivo. Por outro lado, este
comportamento pode ser conciliador,
construtivo e amigável. Mas, seja qual
for o tom, o propósito do
comportamento conflituoso é
expressar o conflito ou para ter suas
necessidades atendidas.
No centro de todos os conflitos estão
as necessidades humanas. As
pessoas se envolvem em conflitos
porque têm necessidades que são
atendidas pelo próprio processo de
conflito ou porque eles têm (ou
acreditam que têm) necessidades que
são inconsistentes com as dos outros.
As pessoas se envolvem em conflito
por causa de suas necessidades, e o
conflito não pode ser transformado ou
resolvido a menos que essas
necessidades sejam atendidas de
alguma forma.
De onde vêm as guerras e contendas
que há entre vocês? Não vêm das
paixões que guerreiam dentro de
vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as
têm; matam e invejam, mas não
conseguem obter o que desejam.
Vocês vivem a lutar e a fazer guerras.
Não têm, porque não pedem. Quando
pedem, não recebem, pois pedem por
motivos errados, para gastar em seus
prazeres. - Tiago 4.1-3
33. 12
O conflito envolve inerentemente
algum senso de luta ou
incompatibilidade ou diferença
percebida entre valores, objetivos ou
desejos. A ação, aberta ou encoberta,
é a chave para o conflito interpessoal.
Até que a ação ou expressão ocorra, o
conflito está latente, abaixo da
superfície.
O poder ou as tentativas de influenciar
ocorrem inevitavelmente nos conflitos.
Se as partes realmente não se
importam com o resultado, a
discussão provavelmente não chega
ao nível que chamamos de conflito.
Quando as pessoas discutem sem se
importar com o que acontece a seguir
ou sem um senso de envolvimento e
luta, provavelmente é apenas uma
discordância.
O conflito também pode ser entendido
examinando o que ele não é:
• O conflito não é somente uma
falha na comunicação, mas um
processo contínuo. O processo
de comunicação não é como
um carro que pode quebrar ou
parar de funcionar. O conflito
envolve a comunicação sobre
desacordos.
• O conflito não é inerentemente
bom ou ruim. Enquanto as
pessoas tendem a se lembrar
apenas dos conflitos que foram
dolorosos, o conflito em si é
uma parte normal do ser
humano. A harmonia total não
é normal nem necessariamente
desejável como um estado de
ser permanente. É normal nos
relacionamentos que
diferenças ocorram
ocasionalmente, assim como é
normal nos negócios que
mudanças nos objetivos e
direções ocorram. O conflito é
normal.
• O conflito não é resolvido
automaticamente pela
comunicação. Gerenciar
conflitos de forma produtiva é
uma habilidade.
Conflito destrutivo. Os
comportamentos que aumentam o
conflito até que ele pareça ter vida
própria são disfuncionais e
destrutivos. Conflitos destrutivos
podem degenerar o suficiente para
que as partes em conflito esqueçam as
questões importantes de vida e
transformem seus propósitos em se
vingar, retaliar ou ferir a outra pessoa.
No conflito destrutivo, ninguém está
satisfeito com o resultado, os ganhos
possíveis não são realizados e o sabor
negativo que sobrou no final de um
episódio de conflito é transportado
para o início do próximo conflito -
criando uma espiral degenerativa ou
negativa. Os conflitos destrutivos são
mais prováveis de ocorrer quando os
comportamentos vêm de sistemas
rígidos e competitivos.
Conflito construtivo. Os
comportamentos que se adaptam à
situação, pessoa e questões do
momento são funcionais e
construtivos. Muitos conflitos são uma
mistura de impulsos competitivos e
cooperativos. Conflitos construtivos
equilibram apropriadamente os
interesses de ambas as partes para
maximizar as oportunidades de
ganhos mútuos. Os conflitos
construtivos contêm um elemento de
adaptação criativa nascido da
compreensão de que é preciso
conhecer os próprios interesses e
objetivos e os interesses do outro para
poder encontrar um caminho que
ambas as partes estejam dispostas a
trilhar para descobrir um resultado
mutuamente aceitável. Focar no
processo, não apenas no resultado
que uma pessoa deseja, é a chave para
o gerenciamento produtivo de
conflitos.
Os sistemas de conflito competitivo
são baseados em uma perspectiva de
ganhar / perder - para uma parte
"ganhar", a outra parte deve "perder".
34. 13
Os sistemas de conflito cooperativo
(às vezes também chamados de
ganhos mútuos, baseados em
interesses e ganha / ganha) são
baseados em uma perspectiva de
ganho / vitória ou resultado mútuo
positivo - para uma parte vencer as
necessidades e objetivos da outra
parte também devem ser
considerados, com o resultado líquido
é que ambas as partes maximizam
seus resultados.
Embora alguns teóricos considerem a
barganha ou negociação uma área de
estudo diferente da gestão de
conflitos interpessoais, a negociação -
dar e receber envolvido na tomada de
decisões - faz parte do conflito
cotidiano e, portanto, é considerada
aqui como parte do processo de
gestão de conflitos. Por exemplo,
quando amigos têm objetivos e
desejos opostos sobre que filme ver,
ocorre a negociação.
Os teóricos da negociação de ganhos
mútuos recomendam quatro ideias-
chave para orientar o comportamento
durante um conflito.
1. Concentre-se na essência do
problema enquanto mantém um olho
no relacionamento.
2. Separe os interesses (necessidades)
das demandas ou desejos
3. Desenvolva opções onde ambos
possam lucrar
4. Avalie muitas soluções possíveis
35. 14
Conflitos Entre Pais e
Filhos, a Família e o
Conflito de Gerações
com Júlio Florêncio
“Se possível, quanto depender de vós,
tende paz com todos os homens” -
Romanos 12.18
INTRODUÇÃO
A família é a primeira rede de apoio que
nos preserva de adoecer em
consequência de uma crise.
VOCÊ SOFRE COM CONFLITOS
FAMILIARES, QUE ESTÃO
CONSTANTEMENTE NA SUA
FAMÍLIA?
É fato que cada geração tem a sua
maneira de agir, sentir, pensar e decidir.
Entende-se por “geração”:
• O conjunto dos indivíduos
nascidos na mesma época.
Meu testemunho e experiência familiar.
• O espaço de tempo
(aproximadamente 25 anos) que vai de
uma geração a outra (Aurélio).
Em uma família, várias gerações estão
presentes: avós, pais, filhos e netos. Isso
significa a presença de variados
pensamentos, conceitos e valores. O que
pode produzir competição, conflitos e
inveja.
Exemplos de conflitos de famílias na
Bíblia:
ABRAÃO- Família disfuncional.
JOSÉ- Inveja entre irmãos.
MOISÉS- Juventude sem identidade.
EXISTEM MENTALIDADES E VALORES
DIFERENTES.
O QUE SÃO VALORES?
Valor é algo desejável ou útil. As pessoas
valorizam o que desejam, necessitam ou
consideram interessante. Por causa disso,
temos as nossas preferências e escolhas.
Escolher supõe que preferimos o mais ao
menos valioso.
Existem objetos e atos humanos
valiosos:
Objetos valiosos: árvore, uma porção de
terra, uma cadeira, um carro, um
computador, uma obra de arte, um livro,
um tapete, um móvel de casa, uma roupa,
etc.
Atos humanos valiosos: ato moral,
político, jurídico, cívico, econômico, etc.
Os valores, de modo geral, podem ser:
• Positivos– Se alinham com os
valores bíblicos.
• Negativos – A desonestidade, a
violência, o preconceito, etc.
• Neutros – “Qual pé devo calçar
primeiro, o direito ou o esquerdo?”
Principais tipos de valores:
• Extrínseco ou instrumental – É
algo que tem valor por causa dos efeitos
que produz e não por causa daquilo que
é em si mesmo. Ex.: uma casa confortável.
36. 15
• Intrínseco ou final – Algo que é
valioso em si mesmo. Ex.: a bondade, a
lealdade, a justiça, etc.
COMO OS VALORES SE FORMAM NA
FAMÍLIA E NAS GERAÇÕES?
Sempre iremos nos deparar com um
processo sociológico de mudança
cultural comum a todas as culturas em
todas as gerações.
• Inovação
• Aceitação Social
• Eliminação Seletiva
• Integração Cultural.
QUAIS SÃO OS VERDADEIROS
VALORES DA VIDA?
O que é bíblico nenhuma cultura pode
derrubar ou superar, não importando a
geração, são absolutos e permanentes;
válidos para qualquer época.
AS JORNADAS
ABRÃAO - palavras e sinais de
encorajamento de Deus. Recebe apoio
para superar suas angústias,
contradições e seus pecados.
JOSÉ E MOISÉS - Deus intervém de
forma discreta. Percorre o caminho do
perdão que leva à salvação, com
delicadeza, paciência e inteligência.
COMO LIDAR COM OS CONFLITOS.
Resolvendo conflitos entre gerações.
Primeiramente, cada família tem uma
vocação! Cada família é composta de
pessoas únicas num universo, contexto
único. Deus não nos chama de forma
abstrata, Ele respeita a liberdade
humana. O plano de Deus através de
Jesus e ação do Espírito Santo, busca
sempre restaurar alianças e
relacionamentos.
Para a mãe, que foi educada de forma a
não poder sair sozinha com o namorado
(a irmã ou alguém tinha de ir junto), a não
poder beijar em público, fica difícil
entender que sua filha possa ir a uma
festa e chegar tarde da noite.
Um pai que foi educado aprendendo que
“lugar de mulher é dentro de casa”
também reluta em liberar a filha para
trabalhar.
Mas temos princípios que podem ser
aplicados nos relacionamentos
interpessoais, quando há atritos devido
às diferenças de gerações.
TRÊS PRINCÍPIOS QUE AJUDARÃO
NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
Romanos 12.9-12
1. EXERCITE O AMOR
SINCERO
“O amor deve ser sincero. Odeiem o que
é mau; apeguem-se ao que é bom. ”
Romanos 12.9
Comunique o conflito. A Bíblia não
recomenda o silêncio quando há
problemas ou pecados.
“Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a
sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o
ouvir, você ganhou seu irmão. ”
Mateus 18.15
O verbo “ganhar” quer dizer “poupar
alguém de um dano, perda ou
prejuízo”. O que acontece é que muitas
vezes falamos do conflito a todos, menos
à pessoa que realmente precisa saber.
2. ENTENDA O CONTRADITÓRIO.
“Dediquem-se uns aos outros com amor
fraternal. Prefiram dar honra aos outros
mais do que a si próprios. Nunca lhes falte
o zelo, sejam fervorosos no espírito,
sirvam ao Senhor.” - Romanos 12.10,11
Faça bom uso das “diferenças”.
37. 16
Se você puder entender a posição do
outro apenas como uma posição
diferente – nem melhor nem pior – a vida
familiar ficará mais fácil e também mais
rica e simples a convivência.
Há um provérbio indiano que diz: “Não
critique um homem antes de andar um
quilômetro com seus sapatos”. Tente
vivenciar o conflito sob o ponto de vista
da outra pessoa.
Dessa maneira, os avós ou sogros podem
se transformar em valiosa fonte de
aprendizagem, pois carregam uma
bagagem de vida com ricas
contribuições a dar aos demais.
3. AJA COM PRIORIDADE
“Alegrem-se na esperança, sejam
pacientes na tribulação, perseverem na
oração. Compartilhem o que vocês têm
com os santos em suas necessidades.
Pratiquem a hospitalidade.”- Romanos
12.12,13
Faça diferença entre o essencial e o
secundário
Portanto, “secundário” é aquilo que é de
menor importância em relação a outrem
ou a outra coisa; algo de pouco valor,
insignificante, inferior (Aurélio).
Você já ouviu falar do casal que brigava
constantemente porque ao colocar o
papel higiênico no papeleiro do banheiro
a mulher gostava que o papel saísse por
baixo, enquanto o marido insistia que
deveria sair por cima? Incrível!
Há muitas coisas que são importantes,
mas não são fundamentais.
E muitos conflitos podem ser evitados
com bom senso e tolerância, na medida
que identificamos o que é essencial e o
que é secundário; ou o que é inegociável
e o que é tolerável. Quantas vezes
brigamos por algo que daqui a pouco
tempo não terá valor algum para nós
mesmos!
CONCLUSÃO:
O Espírito Santo continua despertando
pais e filhos para vencerem os
obstáculos criados por conflitos em
todas as gerações.
A família que deseja que todos sejam
réplicas uns dos outros e não assimila as
diferenças acaba obstruindo o
crescimento de todos.
Na infância, tudo o que vem dos pais e
avós geralmente parece correto, mesmo
que a criança resista a obedecer – os pais
são vistos como aqueles que já
conhecem mais sobre o mundo.
Na adolescência, a tendência é de
oposição, de polarização com os pais. O
mundo bom parece ter princípios
opostos.
Na vida adulta, espera-se ter encontrado
uma posição mais madura, onde o
indivíduo tenha sido capaz não só de
“peneirar” as experiências, reter consigo
o que avaliou como uma boa
contribuição da família, como também de
elaborar algumas mudanças, dentro do
que considera ser a maneira pessoal mais
adequada para as necessidades atuais.
Ao contrário do que se pensa, uma
geração deve aprender com outra,
havendo assim, uma integração de
gerações.
“Sejam completamente humildes e
dóceis, e sejam pacientes, suportando
uns aos outros com amor. Façam todo o
esforço para conservar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz.” - Efésios
4.2,3
A proposta de Deus é estabelecer
diálogos nos lares e entre famílias, para
avançarem superar todos os tipos de
conflitos que surjam.