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Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
COMO MEDIR CORRETAMENTE
A GLICEMIA CAPILAR
GUIA PARA O USUÁRIO DIABÉTICO INSULINO DEPENDENTE
INTRODUÇÃO
O diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis
altos de glicose (açúcar) no sangue. Essa doença surge em con-
sequência da deficiência na secreção de insulina, de defeitos
em sua ação ou de ambos os fenômenos. O diabetes mellitus
(DM) constitui um dos principais problemas em saúde pública
no mundo, com prevalência crescente, sobretudo nos países
em desenvolvimento.
É importante seguir o tratamento do diabetes conforme
orientações da equipe de saúde, para evitar complicações
decorrentes da doença. A prática regular de atividade física,
a manutenção do peso ideal, o abandono do uso de tabaco e
de bebidas alcoólicas contribuem para o melhor controle do
diabetes e, além disso, previnem a ocorrência de doenças car-
diovasculares. É importante ter uma alimentação saudável,
balanceada, rica em frutas, legumes e verduras, conforme
orientações da equipe de saúde. O uso de medicamentos,
como os antidiabéticos orais e/ou a insulina, pode ser ne-
cessário e é importante para controlar os níveis de glicose
(glicemia) no sangue.
Outro componente essencial de uma efetiva estratégia
terapêutica para o controle adequado do diabetes é o moni-
toramento da glicose no sangue. Esse procedimento permite
a você, portador de diabetes, avaliar sua resposta à terapia,
possibilitando também analisar se as metas glicêmicas reco-
mendadas estão sendo efetivamente atingidas. Os resultados
da automonitorização da glicose realizada no domicílio podem
ser úteis na detecção de hipoglicemia e hiperglicemia não
sintomáticas, na prevenção da hipoglicemia e no ajuste da
conduta terapêutica, principalmente para pessoas em trata-
mento com insulina. A frequência das medidas glicêmicas deve
ser definida pelo médico que o acompanha, de acordo com as
necessidades individuais.
O termo “hipoglicemia” quer dizer que os níveis de glicose
no sangue estão muito abaixo do recomendado (menos que
60 mg/dL). Isso pode acontecer em algumas situações, como
longo período de jejum, aplicação de insulina fora do horário
ou atividade física prolongada. Os sintomas de hipoglicemia
são: fome, suor, tremores, palidez, palpitações, visão emba-
çada, dor de cabeça, irritabilidade, tonturas, incapacidade de
concentração, cansaço, sonolência.
Hiperglicemia ocorre quando o nível de glicose no sangue é
maior que 200 mg/dL. Os sintomas de hiperglicemia são: sede in-
tensa,desidratação,cansaço,apatia,vontadeexcessivadeurinar,
fraqueza e tonturas. Caso apresente os sintomas citados e re-
sultados de glicemia inferior a 60mg/dL ou superior a 200mg/dL,
você deve procurar imediatamente um serviço de saúde.
A distribuição dos insumos para monitoramento de glicose
no sangue pelo SUS representa um dos principais avanços do
tratamento de diabetes nos últimos anos. Para ter acesso ao
aparelho glicosímetro, às tiras reagentes, às lancetas e ao lan-
cetador, você deve procurar a Farmácia de Minas ou a Unidade
de Saúde do município responsável pelo seu acompanhamento.
Não basta, porém, apenas ter acesso aos insumos para
o monitoramento da glicemia. Para a obtenção dos melho-
res resultados, é necessário que você, portador da doença,
compreenda a importância do acompanhamento domiciliar
da glicose no sangue e conheça a forma correta de utilizar os
aparelhos e os insumos para o automonitoramento. Assim,
juntos, podemos garantir que o seu tratamento será adequado,
contribuindo para a manutenção de uma boa qualidade de vida.
O USO DE GLICOSÍMETROS
Os glicosímetros são aparelhos portáteis, capazes de de-
terminar a concentração da glicose no sangue. A amostra de
sangue é obtida pela punção dos dedos das mãos, com o auxílio
de um lancetador, sendo denominada de “sangue capilar”.
Existem diferentes metodologias empregadas pelos gli-
cosímetros para verificação da glicose no sangue
capilar. Nenhuma delas é, de forma geral, me-
lhor ou pior que a outra. Contudo, é importante
conhecer o modelo de aparelho e entender
que, para cada aparelho, há um modelo de
tiras exclusivo. O uso correto do glicosímetro
e das tiras é importante para evitar erros nas
medidas realizadas e garantir o acompanha-
mento adequado de sua saúde.
CONFIGURAÇÃO E CALIBRAÇÃO DO APARELHO
Quando se utiliza um aparelho glicosímetro pela primeira
vez, é importante que um profissional de saúde auxilie você a
configurar o aparelho, ou seja, a atualizar a data e a unidade de
medida, que deve estar em mg/dL. A próxima etapa é a calibração.
cosímetros para verificação da glicose no sangue
cosímetros para verificação da glicose no sangue
Calibrar o glicosímetro consiste em garantir que o código
que aparece no visor do aparelho seja o mesmo impresso no
frasco das tiras reagentes. A calibração é necessária quando
se utiliza o aparelho pela primeira vez, ou antes de utilizar
um novo lote de tiras testes.
Para realizar a calibração, você deve procurar o farmacêu-
tico ou outro profissional da equipe de saúde que o acompanha.
Eles possuem os conhecimentos e os recursos necessários
para essa atividade.
Atenção: Os resultados poderão ser imprecisos se o código do
aparelho não for compatível com o código das tiras reagentes.
AJUSTE DO LANCETADOR
O primeiro passo para medir a glicose no sangue é ajustar
o lancetador. Os seis passos para o correto uso do aparelho
estão apresentados a seguir.
Remova a tampa do
lancetador.
Insira a lanceta no suporte do lance-
tador e pressione para encaixá-la.
1 2
Remova o disco protetor
da lanceta.
Coloque a tampa do lancetador e a
rosqueie até que esteja bem fechada.
3 4
Ajuste a profundidade de penetra-
ção girando a tampa do lancetador.
Deslize o controle de ejeção/pre-
paro para trás, até ouvir um clique.
5 6
Atenção: Nunca empreste as lancetas e o aparelho lancetador a
outras pessoas, nem os compartilhe com elas, evitando, assim, o
risco de contaminação. Sempre use lancetas novas e que sejam
fornecidas esterilizadas. Cada lanceta deve ser utilizada apenas
uma vez. Mantenha o lancetador limpo e em bom estado.
DOSAGEM DA GLICOSE
1. Lave e seque as mãos antes de iniciar as medições. Não é
necessário usar álcool para higienizar a mão ou os dedos.
Prefira lavá-los com água e sabão e evite utilizar cremes
no momento da medição.
Tão importante quanto lavar as mãos é secá-las bem, evi-
tando que os dedos úmidos diluam a gota de sangue e for-
neçam um resultado errado.
2. Retire uma tira do frasco e feche-o imediatamente.
3. Insira a tira teste na fenda do aparelho, com a barra de
contato voltada para cima e para dentro do glicosímetro.
O aparelho ligará automaticamente.
4. Confira se o número que aparece no visor corresponde ao
mesmo código impresso no frasco de tiras. Caso os códigos
sejam diferentes, solicite ao farmacêutico da Farmácia de
Minas ou da Unidade Básica de Saúde que realize a cali-
bração do aparelho.
5. Segure o lancetador firmemente contra o dedo e pressio-
ne o botão de liberação. Você ouvirá um estalo, indicando
que foi feita a punção (furo). Massageie suavemente a área
puncionada e delicadamente comprima-a para obter uma
gota de sangue.
Atenção: A primeira gota de sangue pode ser usada na
monitorização glicêmica somente após lavagem das mãos
com água e sabão. Se não for possível lavar as mãos e se
elas não estiverem visivelmente sujas ou recentemente
expostas a produtos com açúcar, o uso da segunda gota
de sangue é aceitável, após enxugar a primeira gota com
algodão seco ou com um tecido limpo.
6. Encoste o sangue puncionado na área de absorção da tira,
preenchendo-a completamente. O resultado será mostrado
no visor em alguns segundos e é automaticamente arma-
zenado na memória do glicosímetro.
7. Pressione o botão de ejeção de tiras para ejetar a tira uti-
lizada ou simplesmente retire, puxando-a. Após a ejeção
da tira, o aparelho desligará automaticamente.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Para melhor definição de sua faixa de referência, o mé-
dico deverá ser consultado. Em geral, as metas de glicemias
capilares para adultos e idosos são estabelecidas conforme o
quadro a seguir.
Quadro – Metas de glicemias capilares para adultos e idosos
Glicemias capilares Adultos Idosos: > 65 anos
Jejum 90 mg/dL a 120 mg/dL
90 mg/dL a
120 mg/dL
Pré-prandial
(antes da refeição)
70 mg/dL a 130 mg/dL Até 150 mg/dL
Pós prandial
(2h após refeição)
< 180 mg/dL < 180 mg/dL
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011/American Diabetes Association, 2012.
Caso os resultados de glicemia sejam muito diferentes
dos encontrados habitualmente e você não apresente nenhum
sintoma, repita o teste utilizando outra tira. Se continuar a
obter resultados maiores ou menores que o habitual (sem
apresentar sintomas), solicite ao farmacêutico da Farmácia de
Minas a avaliação do desempenho do glicosímetro e das tiras,
por meio da solução controle. Caso o farmacêutico constate
que o aparelho está com defeito, este deverá ser trocado ime-
diatamente, conforme disponibilidade de estoque.
Você deve anotar os resultados obtidos e levá-los para
avaliação do médico em suas consultas. É necessário anotar
data, horário da medida, valor da glicemia obtido, horários de
aplicação de insulina e de cada refeição, se realizou exercício
físico e outras questões que podem influenciar a medida da
glicose no sangue.
Sempre que tiver dúvidas quanto aos resultados de gli-
cemia obtidos ou sobre a utilização do glicosímetro, procure
um profissional da equipe de saúde que o acompanha para as
orientações necessárias.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Os glicosímetros já são fornecidos com as baterias, que
têm vida útil, em média, de um ano, desde que os aparelhos
sejam utilizados corretamente. O glicosímetro alertará quando
a bateria estiver fraca. O farmacêutico da Farmácia de Minas
deve avaliar a real necessidade da solicitação de novas baterias
por parte do usuário. Elas devem ser solicitadas apenas quando
houver necessidade de substituir as baterias que acompanham
os aparelhos. Ou seja, quando os glicosímetros sinalizarem
baterias fracas ou descarregadas.
Sempre confira o prazo de validade das tiras. Para que o
resultado seja confiável, a amostra de sangue deve preencher
toda a área de absorção. A umidade e as temperaturas altas
podem alterar a eficácia das tiras. Portanto, o frasco deve ser
armazenado fechado, em local com pouca umidade e sem luz
direta do sol.
Não deixe o glicosímetro próximo a aparelhos eletroele-
trônicos (TV, geladeira, microondas etc.) e evite quedas do
aparelho, pois ele pode ser danificado. Lembre-se: cuidando
e fazendo a utilização correta dos insumos de auto monitora-
mento, você estará cuidando de sua saúde!
REFERÊNCIAS
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Department of Health and Human
Services. Review criteria assessment of portable blood glucose moni-
toring in vitro diagnostic devices using glucose oxidase, dehydrogena-
se or hexokinase methodology. Disponível em: <http://www.fda.gov/
MedicalDevices/DeviceRegulationandGuidance/GuidanceDocuments/
ucm094134.htm>. Acessado em 10 de julho de 2013.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Conteú-
do Técnico da Linha-Guia de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes
Mellitus e Doença Renal Crônica. 3. ed. Belo Horizonte: SES, 2013.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Bra-
sileira de Diabetes 2011: tratamento e acompanhamento do diabetes
mellitus. 4. ed. São Paulo: Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011.
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Antonio Augusto Junho Anastasia
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Alberto Pinto Coelho
SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Antônio Jorge de Souza Marques
SECRETÁRIO ADJUNTO EM SAÚDE
Francisco Antônio Tavares Junior
CHEFIA DE GABINETE
Marta de Sousa Lima
SUBSECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA E PROMOÇÃO À SAÚDE
Carlos Alberto Pereira Gomes
SUBSECRETÁRIO DE POLÍTICAS E AÇÕES EM SAÚDE
Maurício Rodrigues Botelho
SUBSECRETÁRIO DE INOVAÇÃO E LOGÍSTICA EM SAÚDE
João Luiz Soares
SUBSECRETÁRIO DE GESTÃO REGIONAL
Gilberto José Rezende dos Santos
SUBSECRETÁRIA DE REGULAÇÃO
Maria Letícia Duarte Campos
ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Gisele Maria Bicalho Resende
SUPERINTENDENTE DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Renata Cristina Rezende Macedo do Nascimento
DIRETORA DE MEDICAMENTOS BÁSICOS
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  • 1. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais COMO MEDIR CORRETAMENTE A GLICEMIA CAPILAR GUIA PARA O USUÁRIO DIABÉTICO INSULINO DEPENDENTE
  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO O diabetes é uma doença crônica caracterizada por níveis altos de glicose (açúcar) no sangue. Essa doença surge em con- sequência da deficiência na secreção de insulina, de defeitos em sua ação ou de ambos os fenômenos. O diabetes mellitus (DM) constitui um dos principais problemas em saúde pública no mundo, com prevalência crescente, sobretudo nos países em desenvolvimento. É importante seguir o tratamento do diabetes conforme orientações da equipe de saúde, para evitar complicações decorrentes da doença. A prática regular de atividade física, a manutenção do peso ideal, o abandono do uso de tabaco e de bebidas alcoólicas contribuem para o melhor controle do diabetes e, além disso, previnem a ocorrência de doenças car- diovasculares. É importante ter uma alimentação saudável, balanceada, rica em frutas, legumes e verduras, conforme orientações da equipe de saúde. O uso de medicamentos, como os antidiabéticos orais e/ou a insulina, pode ser ne- cessário e é importante para controlar os níveis de glicose (glicemia) no sangue. Outro componente essencial de uma efetiva estratégia terapêutica para o controle adequado do diabetes é o moni- toramento da glicose no sangue. Esse procedimento permite
  • 4. a você, portador de diabetes, avaliar sua resposta à terapia, possibilitando também analisar se as metas glicêmicas reco- mendadas estão sendo efetivamente atingidas. Os resultados da automonitorização da glicose realizada no domicílio podem ser úteis na detecção de hipoglicemia e hiperglicemia não sintomáticas, na prevenção da hipoglicemia e no ajuste da conduta terapêutica, principalmente para pessoas em trata- mento com insulina. A frequência das medidas glicêmicas deve ser definida pelo médico que o acompanha, de acordo com as necessidades individuais. O termo “hipoglicemia” quer dizer que os níveis de glicose no sangue estão muito abaixo do recomendado (menos que 60 mg/dL). Isso pode acontecer em algumas situações, como longo período de jejum, aplicação de insulina fora do horário ou atividade física prolongada. Os sintomas de hipoglicemia são: fome, suor, tremores, palidez, palpitações, visão emba- çada, dor de cabeça, irritabilidade, tonturas, incapacidade de concentração, cansaço, sonolência. Hiperglicemia ocorre quando o nível de glicose no sangue é maior que 200 mg/dL. Os sintomas de hiperglicemia são: sede in- tensa,desidratação,cansaço,apatia,vontadeexcessivadeurinar, fraqueza e tonturas. Caso apresente os sintomas citados e re- sultados de glicemia inferior a 60mg/dL ou superior a 200mg/dL, você deve procurar imediatamente um serviço de saúde. A distribuição dos insumos para monitoramento de glicose no sangue pelo SUS representa um dos principais avanços do tratamento de diabetes nos últimos anos. Para ter acesso ao aparelho glicosímetro, às tiras reagentes, às lancetas e ao lan- cetador, você deve procurar a Farmácia de Minas ou a Unidade de Saúde do município responsável pelo seu acompanhamento.
  • 5. Não basta, porém, apenas ter acesso aos insumos para o monitoramento da glicemia. Para a obtenção dos melho- res resultados, é necessário que você, portador da doença, compreenda a importância do acompanhamento domiciliar da glicose no sangue e conheça a forma correta de utilizar os aparelhos e os insumos para o automonitoramento. Assim, juntos, podemos garantir que o seu tratamento será adequado, contribuindo para a manutenção de uma boa qualidade de vida. O USO DE GLICOSÍMETROS Os glicosímetros são aparelhos portáteis, capazes de de- terminar a concentração da glicose no sangue. A amostra de sangue é obtida pela punção dos dedos das mãos, com o auxílio de um lancetador, sendo denominada de “sangue capilar”. Existem diferentes metodologias empregadas pelos gli- cosímetros para verificação da glicose no sangue capilar. Nenhuma delas é, de forma geral, me- lhor ou pior que a outra. Contudo, é importante conhecer o modelo de aparelho e entender que, para cada aparelho, há um modelo de tiras exclusivo. O uso correto do glicosímetro e das tiras é importante para evitar erros nas medidas realizadas e garantir o acompanha- mento adequado de sua saúde. CONFIGURAÇÃO E CALIBRAÇÃO DO APARELHO Quando se utiliza um aparelho glicosímetro pela primeira vez, é importante que um profissional de saúde auxilie você a configurar o aparelho, ou seja, a atualizar a data e a unidade de medida, que deve estar em mg/dL. A próxima etapa é a calibração. cosímetros para verificação da glicose no sangue cosímetros para verificação da glicose no sangue
  • 6. Calibrar o glicosímetro consiste em garantir que o código que aparece no visor do aparelho seja o mesmo impresso no frasco das tiras reagentes. A calibração é necessária quando se utiliza o aparelho pela primeira vez, ou antes de utilizar um novo lote de tiras testes. Para realizar a calibração, você deve procurar o farmacêu- tico ou outro profissional da equipe de saúde que o acompanha. Eles possuem os conhecimentos e os recursos necessários para essa atividade. Atenção: Os resultados poderão ser imprecisos se o código do aparelho não for compatível com o código das tiras reagentes. AJUSTE DO LANCETADOR O primeiro passo para medir a glicose no sangue é ajustar o lancetador. Os seis passos para o correto uso do aparelho estão apresentados a seguir.
  • 7. Remova a tampa do lancetador. Insira a lanceta no suporte do lance- tador e pressione para encaixá-la. 1 2 Remova o disco protetor da lanceta. Coloque a tampa do lancetador e a rosqueie até que esteja bem fechada. 3 4 Ajuste a profundidade de penetra- ção girando a tampa do lancetador. Deslize o controle de ejeção/pre- paro para trás, até ouvir um clique. 5 6
  • 8. Atenção: Nunca empreste as lancetas e o aparelho lancetador a outras pessoas, nem os compartilhe com elas, evitando, assim, o risco de contaminação. Sempre use lancetas novas e que sejam fornecidas esterilizadas. Cada lanceta deve ser utilizada apenas uma vez. Mantenha o lancetador limpo e em bom estado. DOSAGEM DA GLICOSE 1. Lave e seque as mãos antes de iniciar as medições. Não é necessário usar álcool para higienizar a mão ou os dedos. Prefira lavá-los com água e sabão e evite utilizar cremes no momento da medição. Tão importante quanto lavar as mãos é secá-las bem, evi- tando que os dedos úmidos diluam a gota de sangue e for- neçam um resultado errado. 2. Retire uma tira do frasco e feche-o imediatamente. 3. Insira a tira teste na fenda do aparelho, com a barra de contato voltada para cima e para dentro do glicosímetro. O aparelho ligará automaticamente. 4. Confira se o número que aparece no visor corresponde ao mesmo código impresso no frasco de tiras. Caso os códigos sejam diferentes, solicite ao farmacêutico da Farmácia de Minas ou da Unidade Básica de Saúde que realize a cali- bração do aparelho.
  • 9. 5. Segure o lancetador firmemente contra o dedo e pressio- ne o botão de liberação. Você ouvirá um estalo, indicando que foi feita a punção (furo). Massageie suavemente a área puncionada e delicadamente comprima-a para obter uma gota de sangue. Atenção: A primeira gota de sangue pode ser usada na monitorização glicêmica somente após lavagem das mãos com água e sabão. Se não for possível lavar as mãos e se elas não estiverem visivelmente sujas ou recentemente expostas a produtos com açúcar, o uso da segunda gota de sangue é aceitável, após enxugar a primeira gota com algodão seco ou com um tecido limpo. 6. Encoste o sangue puncionado na área de absorção da tira, preenchendo-a completamente. O resultado será mostrado no visor em alguns segundos e é automaticamente arma- zenado na memória do glicosímetro. 7. Pressione o botão de ejeção de tiras para ejetar a tira uti- lizada ou simplesmente retire, puxando-a. Após a ejeção da tira, o aparelho desligará automaticamente.
  • 10. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Para melhor definição de sua faixa de referência, o mé- dico deverá ser consultado. Em geral, as metas de glicemias capilares para adultos e idosos são estabelecidas conforme o quadro a seguir. Quadro – Metas de glicemias capilares para adultos e idosos Glicemias capilares Adultos Idosos: > 65 anos Jejum 90 mg/dL a 120 mg/dL 90 mg/dL a 120 mg/dL Pré-prandial (antes da refeição) 70 mg/dL a 130 mg/dL Até 150 mg/dL Pós prandial (2h após refeição) < 180 mg/dL < 180 mg/dL Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011/American Diabetes Association, 2012. Caso os resultados de glicemia sejam muito diferentes dos encontrados habitualmente e você não apresente nenhum sintoma, repita o teste utilizando outra tira. Se continuar a obter resultados maiores ou menores que o habitual (sem apresentar sintomas), solicite ao farmacêutico da Farmácia de Minas a avaliação do desempenho do glicosímetro e das tiras, por meio da solução controle. Caso o farmacêutico constate que o aparelho está com defeito, este deverá ser trocado ime- diatamente, conforme disponibilidade de estoque. Você deve anotar os resultados obtidos e levá-los para avaliação do médico em suas consultas. É necessário anotar data, horário da medida, valor da glicemia obtido, horários de aplicação de insulina e de cada refeição, se realizou exercício
  • 11. físico e outras questões que podem influenciar a medida da glicose no sangue. Sempre que tiver dúvidas quanto aos resultados de gli- cemia obtidos ou sobre a utilização do glicosímetro, procure um profissional da equipe de saúde que o acompanha para as orientações necessárias. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Os glicosímetros já são fornecidos com as baterias, que têm vida útil, em média, de um ano, desde que os aparelhos sejam utilizados corretamente. O glicosímetro alertará quando a bateria estiver fraca. O farmacêutico da Farmácia de Minas deve avaliar a real necessidade da solicitação de novas baterias por parte do usuário. Elas devem ser solicitadas apenas quando houver necessidade de substituir as baterias que acompanham os aparelhos. Ou seja, quando os glicosímetros sinalizarem baterias fracas ou descarregadas. Sempre confira o prazo de validade das tiras. Para que o resultado seja confiável, a amostra de sangue deve preencher toda a área de absorção. A umidade e as temperaturas altas podem alterar a eficácia das tiras. Portanto, o frasco deve ser armazenado fechado, em local com pouca umidade e sem luz direta do sol. Não deixe o glicosímetro próximo a aparelhos eletroele- trônicos (TV, geladeira, microondas etc.) e evite quedas do aparelho, pois ele pode ser danificado. Lembre-se: cuidando e fazendo a utilização correta dos insumos de auto monitora- mento, você estará cuidando de sua saúde!
  • 12. REFERÊNCIAS FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Department of Health and Human Services. Review criteria assessment of portable blood glucose moni- toring in vitro diagnostic devices using glucose oxidase, dehydrogena- se or hexokinase methodology. Disponível em: <http://www.fda.gov/ MedicalDevices/DeviceRegulationandGuidance/GuidanceDocuments/ ucm094134.htm>. Acessado em 10 de julho de 2013. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Conteú- do Técnico da Linha-Guia de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e Doença Renal Crônica. 3. ed. Belo Horizonte: SES, 2013. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Bra- sileira de Diabetes 2011: tratamento e acompanhamento do diabetes mellitus. 4. ed. São Paulo: Sociedade Brasileira de Diabetes, 2011.
  • 13. GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Antonio Augusto Junho Anastasia VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Alberto Pinto Coelho SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS Antônio Jorge de Souza Marques SECRETÁRIO ADJUNTO EM SAÚDE Francisco Antônio Tavares Junior CHEFIA DE GABINETE Marta de Sousa Lima SUBSECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA E PROMOÇÃO À SAÚDE Carlos Alberto Pereira Gomes SUBSECRETÁRIO DE POLÍTICAS E AÇÕES EM SAÚDE Maurício Rodrigues Botelho SUBSECRETÁRIO DE INOVAÇÃO E LOGÍSTICA EM SAÚDE João Luiz Soares SUBSECRETÁRIO DE GESTÃO REGIONAL Gilberto José Rezende dos Santos SUBSECRETÁRIA DE REGULAÇÃO Maria Letícia Duarte Campos ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Gisele Maria Bicalho Resende SUPERINTENDENTE DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Renata Cristina Rezende Macedo do Nascimento DIRETORA DE MEDICAMENTOS BÁSICOS Grazielle Dias da Silva DIRETORA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS Liziane Silva DIRETORA DE MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO Maria Heliodora de Souza Lui
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